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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Míssil de Kim Jong-un destrói cidade de seu próprio país

Imagem satelital mostra como ficou a cidade impactada pelo míssil desastrado
Imagem satelital mostra como ficou a cidade impactada pelo míssil desastrado
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






No início do ano, a revista especializada “The Diplomat” revelou que no dia 28 de abril de 2017, a Coreia do Norte lançou o míssil balístico de rango intermédio Hwasong-12 /KN17 desde a base aérea de Pukchang, na província Pyongan do Sul.

O engenho falhou logo depois da partida e caiu sobre a cidade norte-coreana de Tokchon (aproximadamente 237.000 habitantes), causando danos consideráveis a um complexo de prédios industriais e agrícolas.

A destruição foi fotografada por satélites do governo dos EUA e divulgada por uma agência oficial especializada no acompanhamento dos programas de armas de Coreia do Norte. As imagens da devastação foram colhidas nos meses de abril e maio de 2017.

Segundo a agência o foguete não superou os 70 quilômetros de altitude. Os motores da primeira etapa do míssil apresentaram defeito após um minuto de voo provocando “um desastre catastrófico”.

Pelas imagens se pode estabelecer que, tendo voado pouco e tendo consumido uma parte menor do combustível, a queda provocou uma grande explosão em Tokchon.



Não foi possível apurar a perda de vidas humanas, embora o local do impacto e a data sugerem que não havia muitas pessoas por perto.

A catástrofe explicaria por que a Coreia do Norte mudou o local dos testes para a cidade costeira de Sinpo.

Nela, as quedas seriam sobre o mar com menores possibilidades de impactar infraestruturas ou áreas urbanas povoadas, sugere a revista.

Imagens do lançamento falido de 28 de abril supervisionada por Kim Jong-un
Imagens do lançamento falido de 28 de abril supervisionada por Kim Jong-un
Em 29 de novembro, após meses de inatividade, Pyongyang retomou os lançamentos, testando o míssil balístico intercontinental Hwasong-15. Esse seria o mais poderoso, e segundo as bravatas de Kim Jong-un poderia arrasar Washington e a costa leste dos EUA.

Os EUA e Coreia do Sul revidaram com exercício militar conjunto em grande escala que segundo Pyongyang visava “transtornar a paz global” e acionar “um jogo nuclear extremadamente perigoso”.

Os EUA também impuseram novas sanções ao regime de Kim Jong-un. Mas esse dá de ombros às represálias sentindo as costas aquecidas pela China e pela Rússia e não se incomodando com a fome de seu povo.

A calamidade causada pelo Hwasong-12 desvenda a pobreza tecnológica militar do regime comunista. E, também, o viés informativo da grande imprensa ocidental que omitiu um fato tão revelador.


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