Nova capital do Egito: a China põe um pé perto do Canal de Suez |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A pandemia está provocando gravíssimos danos à economia dos países em nível nacional e no intercambio mundial. Notamos isso na própria vida cotidiana.
Porém certos países estão fazendo despesas sem fundo como se estivessem lucrando fabulosamente na crise atual.
Nota comum das nações com economias em grave decadência é o fato de pertencerem à área de cultura cristã (ou ex-cristã).
Em sentido contrário, países comunistas ou pagãos se apresentam como nadando na abundância e tirando imensos lucros.
A China lidera este desequilíbrio econômico ovante. É um fenômeno suspeito de que temos tratado muito no nosso blog.
Mas não é o único estado anticristão avançando. É também o caso, entre outros, de países islâmicos.
De alguns se conhece a origem da riqueza: o petróleo e seus derivados. Mas os combustíveis estão prejudicados pela recessão no consumo.
Agora a macro mídia habitualmente montada contra os ricos, não se espanta – e até admira – informando que o Egito apressa a construção no meio do deserto de uma capital no estilo nova normalidade, a leste do Cairo, a custos multibilionários, que descreveu “La Nación”.
Centro financeiro da nova capital administrativa egipcia |
A avenida dos ministérios evoca os templos faraônicos e o governo se instalará num complexo islâmico dominado por duas cúpulas parlamentares e um enorme edifício presidencial em fase de acabamento.
Um monotrilho atravessará o distrito financeiro feito em volta de um arranha-céu de 385 metros de altura quase concluído. No fundo de um parque de 10 quilômetros de extensão se destaca uma imensa mesquita.
A cidade, conhecida até agora como Nova Capital Administrativa, funciona com tecnologia inteligente, terá uma sede universitária, locais de entretenimento e bairro diplomático.
O financiamento inicial dos Emirados Árabes Unidos ficou insuficiente e em 2015 o exército (recebe auxílios colossais dos EUA para não fazer a guerra a Israel) e o governo assumiram 25 bilhões de dólares do custo, tirados de fontes não especificadas de fora do orçamento.
Alguns créditos e fundos internacionais também foram garantidos.
A pandemia atrasou as obras. Todos os projetos da fase 1 têm uma taxa de conclusão de mais de 60%, disse Khaled el-Husseiny, responsável da nova capital.
Funcionários públicos deverão ir se instalando neste ano |
Não circulará dinheiro e todos os pagamentos serão eletrônicos, um centro de monitoramento eletrônico fará a polícia, os telhados serão de painéis solares, e haverá 15 metros quadrados de área verde por morador permanente.
O projeto ainda levará décadas para ficar completado embora o governo se mudará enquanto as obras continuam, diz Amr Khattab, porta-voz do Ministério da Habitação.
Milhares de unidades residenciais estão vazias ao longo da rota de entrada da cidade. Mas segundo Khattab, 5 mil das 20 mil unidades residenciais serão entregues em maio.
Os primeiros 50.000 funcionários públicos terão um serviço de ônibus gratuito e o governo Al-Sisi promete US $96 milhões em incentivos para os que se transfiram.
Husseiny esclareceu que a ferrovia começou com US$ 3 bilhões de dólares vindos da China e que o distrito comercial foi construído pela China State Construction Engineering Corporation, a maior construtora do mundo.
A maquete da nova capital é sedutora, mas esconde projeto expansionista chinês |
Al-Sisi iniciou múltiplos megaprojetos de infraestrutura e desenvolvimento nacional, e promete não negligenciar região alguma.
O governo argui que a nova capital reduzirá o congestionamento, mas a preocupação é que a nova cidade seja acessível só para os afilhados ideológicos esquerdistas e da Fraternidade Islâmica, covil do fundamentalismo.
O PIB nominal e o PIB per capita do Egito é a quinta parte do brasileiro. Como Egito devolverá o dinheiro emprestado, notadamente à China? Por que é que a China avançou tanto dinheiro e tecnologia?
A pandemia serve para encobrir transformações colaterais muito mal e pouco explicadas e que apontam para um mundo futuro dominado pelo marxismo pequinês.
Meu caro Luís Dufaur, saudações!
ResponderExcluirRecebo essa sua bétis contribuição regularmente há anos.
Gostaria de lhe agradecer e lhe desejar sucesso e saúde para continuar sua sua luta contra esse monstro que desrespeita a vida e a liberdade!
Uma pequena e singela contribuição da minha parte.
Não está correto usar “a nível de”.
A forma correta é “em nível de”.
Não me acredite. Procure na Internet.
Um grande abraço!
Seu leitor assíduo,
Meu caro Jorge,
ExcluirMuito grato pela contribuição. Já fizemos a correção.
Sempre que houver outra a fazer, agradeceremos a advertência.