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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Pequim e Moscou usam vacinas como armas de conquista

A China manipula suas vacinas como instrumentos de conquista
A China manipula suas vacinas como instrumentos de conquista
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A Mongólia prometeu “um verão sem Covid”; o Bahrein que “voltaria à vida normal” e as ilhas Seychelles a retomada da economia.

Todos confiavam nas promessas das vacinas chinesas baratas. Mas, agora enfrentam uma escalada de casos e infecções, revela reportagem do “La Nación”.

A “diplomacia das vacinas” chinesas é muito política e pelo menos inescrupulosa ditada pela ânsia de conquista dos países debilitados pela pandemia.

As vacinas não eram tão eficazes quando propagandeava Pequim. No Chile, Bahrein, Mongólia e Seychelles, entre 50% e 80% da população foi inoculada com as duas doses da Sinopharm ou da Sinovac e estão no top 10 dos piores surtos denunciou o “The New York Times”.

“Se fossem boas o suficiente, esse padrão não seria observado”, disse Jin Dongyan, especialista da Universidade de Hong Kong. “A China tem a responsabilidade de consertar isso”.

Muitos acham que se deveria exigir indenizações multibilionárias da China pela irresponsabilidade com que agiu na origem e posterior proliferação do vírus.

E inclusive com o material de má qualidade distribuído aos milhões para teoricamente combater o Covid que se espalhava.

China quer dominar o mundo e usa as vacinas como armas para isso
China quer dominar o mundo e usa as vacinas como armas para isso
Nos EUA, cerca de 45% da população está totalmente imunizada, principalmente com a Moderna ou Pfizer-BioNTech e em seis meses desde o início da vacinação, o número de casos diários caiu 94%.

Israel administrou vacinas da Pfizer e os casos diários estão cerca de 4,95 por milhão de habitantes.

Mas nas Seychelles com a mesma proporção da vacinação, porém com a chinesa Sinopharm, há 716 casos por milhão de habitantes.

As mais de 90 nações que apelaram às vacinas chinesas terão que sofrer com quarentenas, cotonetes e restrições na vida cotidiana por meses ou anos, a economia piorará e será mais difícil convencer os não vacinados a faze-lo.

Mas isso pouco importa aos autocratas marxistas de Pequim. Eles comandam a “diplomacia de vacinas” para projetar a China ao rango de potência de maior peso global.

Não se incomodam com a vida dos que acreditaram nas promessas socialistas.

Xi Jinping prometeu entregar a milhões de pessoas em todo o mundo uma vacina de “bem público global”.

A Mongólia acreditou no sonoro slogan, recebeu milhões de doses do Sinopharm, vacinou maciçamente, e agora só num dia contabilizou 2.400 novas infecções em sua escassa população, quadruplicando a cifra do mês anterior.

É sabido que nenhuma vacina previne completamente, mas as baixas taxas de eficácia das fórmulas chinesas são uma causa dos surtos mais recentes.

“Cantamos vitória com antecedência”, pranteia Ministério da Saúde da Mongólia
“Cantamos vitória com antecedência”, pranteia Ministério da Saúde da Mongólia
Pfizer-BioNTech e Moderna têm índices de eficiência de mais de 90%. A chinesa Sinovac fica em 51% e as empresas chinesas não publicam muitos dados clínicos sobre suas vacinas embora, ao menos, tenham eficácia na prevenção de casos graves.

Batbayar Ochirbat, pesquisador sênior do Grupo de Aconselhamento Científico para Emergências do Ministério da Saúde da Mongólia, teme que muitas pessoas acreditaram na propaganda e se julgaram logo protegidas com uma única dose.

“Cantamos vitória com antecedência”, diz Batbayar. “Meu conselho é não confie antes do seu tempo”.

Poderia acrescentar: sobretudo não confie na guerra da informação que Pequim e Moscou promovem com suas vacinas com objetivos ideológicos e de dominação política.


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