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A China manipula suas vacinas como instrumentos de conquista |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A Mongólia prometeu “um verão sem Covid”; o Bahrein que “voltaria à vida normal” e as ilhas Seychelles a retomada da economia.
Todos confiavam nas promessas das vacinas chinesas baratas. Mas, agora enfrentam uma escalada de casos e infecções, revela reportagem do “La Nación”.
A “diplomacia das vacinas” chinesas é muito política e pelo menos inescrupulosa ditada pela ânsia de conquista dos países debilitados pela pandemia.
As vacinas não eram tão eficazes quando propagandeava Pequim. No Chile, Bahrein, Mongólia e Seychelles, entre 50% e 80% da população foi inoculada com as duas doses da Sinopharm ou da Sinovac e estão no top 10 dos piores surtos denunciou o “The New York Times”.
“Se fossem boas o suficiente, esse padrão não seria observado”, disse Jin Dongyan, especialista da Universidade de Hong Kong. “A China tem a responsabilidade de consertar isso”.
Muitos acham que se deveria exigir indenizações multibilionárias da China pela irresponsabilidade com que agiu na origem e posterior proliferação do vírus.
E inclusive com o material de má qualidade distribuído aos milhões para teoricamente combater o Covid que se espalhava.
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China quer dominar o mundo e usa as vacinas como armas para isso |
Israel administrou vacinas da Pfizer e os casos diários estão cerca de 4,95 por milhão de habitantes.
Mas nas Seychelles com a mesma proporção da vacinação, porém com a chinesa Sinopharm, há 716 casos por milhão de habitantes.
As mais de 90 nações que apelaram às vacinas chinesas terão que sofrer com quarentenas, cotonetes e restrições na vida cotidiana por meses ou anos, a economia piorará e será mais difícil convencer os não vacinados a faze-lo.
Mas isso pouco importa aos autocratas marxistas de Pequim. Eles comandam a “diplomacia de vacinas” para projetar a China ao rango de potência de maior peso global.
Não se incomodam com a vida dos que acreditaram nas promessas socialistas.
Xi Jinping prometeu entregar a milhões de pessoas em todo o mundo uma vacina de “bem público global”.
A Mongólia acreditou no sonoro slogan, recebeu milhões de doses do Sinopharm, vacinou maciçamente, e agora só num dia contabilizou 2.400 novas infecções em sua escassa população, quadruplicando a cifra do mês anterior.
É sabido que nenhuma vacina previne completamente, mas as baixas taxas de eficácia das fórmulas chinesas são uma causa dos surtos mais recentes.
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“Cantamos vitória com antecedência”, pranteia Ministério da Saúde da Mongólia |
Batbayar Ochirbat, pesquisador sênior do Grupo de Aconselhamento Científico para Emergências do Ministério da Saúde da Mongólia, teme que muitas pessoas acreditaram na propaganda e se julgaram logo protegidas com uma única dose.
“Cantamos vitória com antecedência”, diz Batbayar. “Meu conselho é não confie antes do seu tempo”.
Poderia acrescentar: sobretudo não confie na guerra da informação que Pequim e Moscou promovem com suas vacinas com objetivos ideológicos e de dominação política.
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