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quarta-feira, 14 de julho de 2021

Humilhação religiosa no centenário do Partido Comunista Chinês

'Internados e desprogramados' em 'Casa de Amor' forzados a cantar pelo centenário do Partido Comunista
'Internados e desprogramados' em 'Casa de Amor'
forçados a cantar pelo centenário do Partido Comunista
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A perseguição religiosa não esteve ausente das comemorações do centenário do Partido Comunista Chinês (PCCh) enquanto transcorriam espetaculares encenações militaristas e exibicionismos do “triunfo” do materialismo.

Nas escolas de reforma do pensamento, hipocritamente denominadas “Casas de Amor” especialmente os católicos fiéis à Roma foram obrigados a cantar “Glória ao Partido Comunista Chinês!”, como informou “Bitter Winter”.

Nessas casas verdadeiras residências de tortura moral e religiosa são encerrados os denominados “sectários desprogramados”.

Quer dizer os condenados como membros do xie jiao (“ensinamentos heterodoxos”, ou seja, movimentos religiosos proibidos, às vezes rotulados “cultos do mal”) que foram detidos e estão sendo ‘desprogramados’.

Cada ser humano reduzido a um ponto na massa escrava do marxismo
Cada ser humano reduzido a um ponto na massa escrava do marxismo
Isto significa doutrinados sob coerção nos dogmas do comunismo marxista, do socialismo imperante, do pensamento de Mao Tsé Tung e do atual ditador Xi Jinping.

Os slogans e cânticos “Glória ao Partido Comunista Chinês!” e “Sem Partido Comunista não há nova China!” deviam ser gritados em todo o imenso país para comemorar o 100º aniversário do Partido Comunista Chinês (PCCh) com um “sorriso amarelo” em todas as multitudinárias manifestações do Partido e até em miseráveis escolinhas do interior, passando por todo local onde houvesse reunião de pessoas a algum título.

Causou surpresa na cidade de Nanjing, província de Jiangsu que numa temida “Casa do Amor” “sectários desprogramados” fossem constrangidos a cantar e gritar essas vozes de ordem.

Puxavam os guardas – ditos “voluntários” na hipócrita terminologia – e respondiam os “internados”, ou prisioneiros em linguagem não fictícia.

O nome “Casa do Amor” também é ambíguo e encobre instalações diferentes. A do distrito de Gulou, fundada em 2009, treina “voluntários” anti-xie-jiao que foram “transformados por meio da educação” e costumam ser os mais pérfidos perseguidores ou torturadores dos seus ex-irmãos na fé.

'Internados' e 'guardas' sendo doutrinados pelo 100º aniverário do PC
'Internados' e 'guardas' sendo doutrinados pelo 100º aniversário do PC
Se a “transformação” não for bem-sucedida, esses “voluntários” serão trancados de volta na prisão.

A propaganda oficial insiste que os “sectários desprogramados” foram “transformados” pela educação, pelo amor e pelo cuidado, mas são frequentes as histórias de brutalidade, ameaças, violência e até tortura nesses centros de “desprogramação”.

Em 27 de junho, Cheng Dongxiao, diretor da Associação Anti-xie-jiao de Gulou, explicou aos presos a “gloriosa” história do PCCh, mostrou um filme de propaganda e todos tiveram que cantar.

O líder político lhes lembrou que eles estavam ali para aprender a “acreditar firmemente no Partido, amar o Partido e segui-lo”.


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