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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Repressão chinesa equipara Bíblia e pornografia

Polícia vasculha livrarias procurando textos bíblicos ou pornografia
Polícia vasculha livrarias procurando textos bíblicos ou pornografia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






O regime comunista chinês requinta em maldade na hora de perseguir a religião católica.

A polícia da cidade de Xinyang, na província de Henan, no centro do país fez numerosas devassas nas livrarias arguindo que estavam combatendo a “pornografia e a obscenidade” além do “xie jiao” [termo que indica 'ensinamentos heterodoxos' proibidos pelo governo socialista, e sumariamente equiparados a ‘culto’], noticiou “Bittter Winter”, com dados mandados por habitantes da própria China.

As torpes suspeitas e acusações visavam com especial sanha as Escrituras, os livros católicos, e cristãos em geral.

Os ensinamentos dos livros de religião, aliás sempre qualificada de “ilegal e de superstição”, são os principais conteúdos que as agências governamentais devem procurar e confiscar na China.

Em junho [2023], oficiais e policiais do Escritório de Vigilância dos Mercados vasculharam as livrarias do condado de Shangcheng, Henan, revirando prateleiras e livros, aduzindo que procuravam pornografia e publicações religiosas ou “supersticiosas” não autorizadas.

Livraria devassada com intenções persecutórias anticristãs
Livraria devassada com intenções persecutórias anticristãs
As livrarias perto de escolas e faculdades foram particularmente visadas. Mas os agentes não encontraram muito, e para justificar seus atropelos alegaram procurar livros de “terror” que também são considerados “imorais”.

Os católicos locais sabem que o governo desenvolve uma política que coloca livros religiosos não autorizados (leia-se que não fazem propaganda do socialismo) e pornografia na mesma categoria, e os cristãos ficam ofendidos por essa difamação.

Essa política virou comum na China, malgrado a aproximação que a diplomacia do Vaticano tenta fazer com o governo socialista chinês.

Imprimir e distribuir a Bíblia e quaisquer outros textos religiosos não autorizados é um “crime” punido com as mesmas penalidades da produção e venda de pornografia.



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