O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira). Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Pequim prega a natalidade porque diminui a população

Mãe junto a seu bebê abortado pela força na China comunista
Mãe junto a seu bebê abortado pela força na China comunista
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









O Partido Comunista chinês quer que as mulheres tenham mais filhos por um motivo materialista: faltam operários e soldados para fazer crescer a economia e alavancar a expansão militarista.

O inumano controle da natalidade pela política do “filho único” durante décadas, tardiamente substituída pela dos “dois filhos” provocou imenso desequilíbrio populacional: faltam operários e soldados.

Acresce que a alta percentagem de idosos destrói as contas públicas e as poupanças privadas, constatou reportagem do jornal “The New York Times”.

A planificação socialista inverteu a propaganda materialista e passou a invocar o patriotismo das “boas esposas e mães”.

É tudo o contrário da posição marxista, inimiga da família bem constituída. Mas, agora, por razoes de interesse expansionista passou a oferecer moradias mais baratas, vantagens fiscais e dinheiro vivo às famílias com mais filhos.

Mas não obtém resultados. Os costumes pagãos pré-comunistas louvavam as famílias com prole numerosa.

Guerrilheiros cambojanos de orientação chinesa massacravam as crianças
Guerrilheiros cambojanos de linha chinesa massacravam as crianças
Porém, a Revolução Cultural maoista tirou as mulheres do lar e da dependência do marido para aumentar a mão de obra, tendo no máximo um único filho.

Aliás, é o que fazem as esquerdas no mundo todo.

A mudança antinatural “educou” as novas gerações de mulheres chinesas em evitar o casamento e as crianças. E foi feito num ritmo tão rápido que a população da China em 2023 se contraiu por segundo ano consecutivo.

Também o aumento estatístico da proporção de idosos está pondo em xeque o futuro econômico, fato que impressiona a fundo ao materialismo socialista.

Em 2023 diminuíram as nascenças por sétimo ano consecutivo: a China ganhou 9,02 milhões de bebes, cifra por baixo dos 9,56 milhões de 2022. Assim deixou de ser o país mais populoso do mundo, sendo superado pela Índia.

No mesmo 2023, faleceram 11,1 milhões de pessoas, e a China passou a ter mais idosos do que qualquer outra parte do mundo, e em rápido aumento.

A população total da China é de 1,409 bilhões, com uma diminuição de 2,08 milhões no último ano, mais do dobro dos 850.000 a menos de 2022, informou “AsiaNews”. 

É o primeiro declínio desde a Grande Fome de Mao Tsé-tung em 1961.

Detalhe de cena familiar na China, repleta de descendência. Celebrando o Ano Novo. século XVIII, dinastia Ching. Fonte Wikipedia
Detalhe de cena familiar tradiciional na China, repleta de descendência.
Celebrando o Ano Novo. século XVIII, dinastia Ching. Fonte: Wikipedia
Especialistas da ONU estimam que o total da população chinesa diminua 109 milhões por volta de 2050.

O número de idosos atingiu 296,97 milhões em 2023, constituindo o 21,1% da população total e tendo aumentado num ano em quase 17 milhões.

A expectativa é que esse número cresça em mais de 400 milhões por volta de 2035, quase duas vezes a população do Brasil.

A Academia Chinesa de Ciências calcula que o sistema de aposentadorias falirá por esse ano.

Os dados são do Escritório Nacional de Estatísticas comunista reproduzidos pela Reuters.

O ditador Xi Jinping instou aos funcionários do governo a promover uma “cultura do matrimonio e da maternidade e influenciar especialmente sobre o que pensam os jovens do “amor e matrimonio, da fertilidade e família.”

Mas as mulheres não querem saber de filhos porque as leis prometidas não são respeitadas e as mães não são protegidas.

Campanhas de propaganda e encontros patrocinados pelo Estado que incitam os jovens a se casar enchem as redes sociais clamando pelo “rejuvenescimento da nação”.

Comunismo quer operários e soldados mas faltam jovens. Praça para crianças em Xiapu, 2021, para promover nascimentos
Comunismo quer operários e soldados mas faltam jovens.
Praça para crianças em Xiapu, 2021, para promover nascimentos
Mas décadas de gerações criadas pelo comunismo na ideia de igualdade destruíram as opiniões tradicionais sobre o matrimonio.

Piora ainda a situação o fato de a “política do filho único” ter provocado um grande desequilíbrio entre o número de homens e mulheres. Só podendo ter uma criança, os casais preferiam que fosse um homem que os sustentasse na velhice.

E, horresco referens, abortavam os fetos de sexo feminino. Hoje há até muitos chineses que “compram” uma mulher em países vizinhos para poder casar.

No papel, as leis promovem a igualdade de gênero e ilegalizam a discriminação no emprego em função do gênero, raça ou origem étnico.

Mas na prática, as empresas querem candidatos masculinos.

Uma nova norma exige 30 dias de reflexão antes de efetivar o divorcio. Mas o índice de matrimônios desce há nove anos não só nas cidades, mas nas zonas rurais.

Em quase 150.000 sentenças judiciais de divórcio computadas por Ethan Michelson, professor da Universidade de Indiana, o 40% dos pedidos por parte de mulheres foram denegadas pelo juiz, até quando havia provas de violência doméstica.

O próprio Xi prega agora que a família é o fundamento da sociedade chinesa e a estabilidade familiar é a base da estabilidade social e do desenvolvimento nacional.

Agora China perde população pelo aborto e limitação forçada da natalidade
Agora China perde população pelo aborto e limitação forçada da natalidade
Então os juízes não concedem o divórcio. Os ditos populares na Internet giram com ideias como “uma licença de matrimonio virou uma licença para surrar”, ou algo ainda pior.

As políticas do governo que pretendem atrair as mulheres ao matrimonio, são percebidas como uma arapuca.

A instituição da família, ainda venerada no velho paganismo, hoje afunda sob o peso de monstruosas desordens criadas pelo igualitarismo socialista.

Só uma conversão do povo chinês ao catolicismo poderia restaurar a ordem e a paz da fundamental instituição familiar em meio a tanta confusão e decadência.


Nenhum comentário:

Postar um comentário