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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Até padre alinhado com Pequim está horrorizado com a perseguição

Funeral de Monseñor Vicente Zhu Weifang, último bispo legítimo de Wenzhou
Funeral de Monsenhor Vicente Zhu Weifang, último bispo legítimo de Wenzhou
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Na diocese de Wenzhou, o bispo legítimo e por isso “clandestino” Monsenhor Shao está preso. Ele foi levado pela polícia quando ia celebrar a missa em uma igreja.

O mesmo governo instalou um padre filo-comunista “oficial” como chefe da diocese e está reformulando as paróquias segundo quer o Partido Comunista.

Até um padre católico chinês pernibambo que se registrou nos órgãos oficiais escreveu carta aberta aos chefes marxistas do Departamento de Assuntos Religiosos da Província de Zhejiang para protestar contra a situação anormal da diocese, relatou “AsiaNews”.

Trata-se do padre Jin Mengxiu que denunciou a invasão de policiais uniformizados a uma igreja.

Os agentes comunistas executavam a reformulação da paróquia decidida pelo ilegítimo padre Ma Xianshi da Igreja Patriótica, órgão burocrático da ditadura socialista.

A diocese de Wenzhou sofre sem seu bispo canonicamente erigido, Mons. Peter Shao Zumin, de 61 anos, nomeado bispo coadjutor com mandato papal em 2011. Seu antecessor Monsenhor Vincente Zhu WeiFang morreu em setembro de 2016.

Como Mons. Peter Shao não quis se submeter aos órgãos “oficiais” impostos pelo governo de Pequim, ele nunca foi reconhecido pela ditadura que declarou a sé “vaga” e confiou a comunidade católica local ao sacerdote renegado Pe. Ma Xianshi.

Mons. Shao já fora preso outras vezes, especialmente nas solenidades para impedir que os fiéis compareçam aos ritos que ele preside.

Mons. Peter Shao não quis se submeter aos órgãos “oficiais” impostos pelo governo de Pequim
Mons. Peter Shao não quis se submeter ao governo de Pequim
O padre Jin que ficou sem deveres pastorais argumenta que a mudança da geografia das paróquias não pode ser feita por um simples sacerdote.

Ele lembrou que nada parecido aconteceu nas outras dioceses nem mesmo em Xangai cuja sé ficou usurpada por um ‘pelego’ marxista.

A intervenção policial só serve para agitar mais contradições e conflitos diz o padre Jin.

Ele também pergunta ao governo quão credível será o “patriotismo” de um padre que age abandonando as regras da Igreja que o nutriu e apoiou por tanto tempo.

Mas a comunismo não se interessa pelo valor dos traidores enquanto servem a seu sistema de opressão. O dia que não servirem mais lhes dará um horrível fim.



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