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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Arbitrariedades vaticano-comunistas na nomeação de bispos chineses

Mons. José Cai Bingrui, bispo de Xiamen
Mons. José Cai Bingrui, bispo de Xiamen
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Monsenhor José Cai Bingrui, bispo de Xiamen, foi transferido pela força policial a uma outra sede episcopal em 2007.

A posteriori, a transferência foi aprovada pelo Papa Francisco em aplicação do Acordo Provisório entre Roma e Pequim sobre a nomeação de bispos, segundo a bem informada “AsiaNews”. 

O bispo Cai ordenado no seminário Sheshan de Xangai, foi feito administrador diocesano da diocese de Xianmen, por sua vez usurpada por um bispo ordenado ilegitimamente por Pequim (Joseph Huang Ziyu) que acabou falecendo.

Monseñor José Cai Bingrui fora sagrado em 2010, com o consentimento de Roma, seguindo os procedimentos anteriores ao funesto Acordo Provisório entre Roma e Pequim.

Depois, Francisco I aprovou o bispo ilegítimo pro-comunista e o bispo legítimo foi transferido para Fuzhou, substituindo ao arcebispo legítimo Peter Lin Jashan, que pertencia à “Igreja clandestina” e que morreu em 2023 aos 88 anos.

O Vaticano em comunicado tratou ao novo pastor de “bispo” e a Fuzhou como “diocese”, e não como “arcebispo” nem “arquidiocese”, adotando a geografia eclesiástica imposta pelas autoridades comunistas de Pequim, que não inclui mais sedes metropolitanas, ou arquidioceses.

Mons Joseph Cai Bingrui transferido da diocese de  Xiamen à diocese de Fuzhou
Mons Joseph Cai Bingrui transferido da diocese de  Xiamen
 à diocese de Fuzhou
Mons. Cai deverá governar uma vasta diocese com mais de 300.000 católicos. As confusões criadas pelo acordo Pequim-Vaticano não têm fundo, e os grandes prejudicados são os católicos que querem continuar fiéis a Roma.

Obviamente, o grande beneficiado é o comunismo que quer fazer apostatar os católicos que perseveram heroicamente

Em Fuzhou nos primeiros tempos da evangelização, deu-se a conversão histórica de um grupo de estudiosos confucionistas. 

Mas também nela aconteceram os primeiros e gloriosos martírios cristãos durante a Dinastia Qing.

Mártires da China
Em 1747, o bispo dominicano, Monsenhor Pedro Sans i Jordà, então vigário apostólico de Fujian, foi preso e decapitado.

A canonização dos 120 mártires chineses em 1º de outubro de 2000, foi criticada como “provocação” pelo Partido Comunista Chinês.

Os seis primeiros deles — mortos antes do século XIX — são todos missionários dominicanos que derramaram seu sangue pela proclamação do Evangelho nesta província chinesa.

Fujian também é uma das áreas economicamente mais dinâmicas do país e muito sensível do ponto de vista político, porque ali reside a base sobre a qual o ditador Xi Jinping se elevou ao topo do Partido Comunista Chinês.

Também está na primeira linha de confronto com Taiwan, que fica a apenas 120 quilômetros pelo mar.

Quando foi sagrado Monsenhor Cai, estava presente o bispo emérito de Taipei, Mons. Joseph Cheng Tsai-fa.

Mons. Cai explica que sua diocese há muito tempo recebe visitas de católicos da vizinha de Taiwan, que o comunismo de Pequim quer agressivamente invadir.


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