Kangbashi, megalópole fantasma |
A planificação marxista de Pequim pretende planejar até 2020 a primeira megalópole do mundo. O Plano do Delta do Rio Pérola, fusionará nove cidades e ocupará 42.000 quilômetros quadrados. Será maior que a Suíça e incluirá 45 milhões de pessoas, noticiou a revista “Veja”.
150 projetos principais de infraestrutura conectarão as redes de transporte, energia, água e telecomunicações já existentes. Vinte e nove linhas de trem de alta velocidade, com um total de 5000 quilômetros, percorrerão a Babel chinesa em, no máximo, uma hora de viagem.
O delta do Rio Pérola, no sul da China, é a região mais industrializada do país e uma das mais populosas do mundo. “Lá, é impossível perceber quando uma cidade acaba e outra começa”, diz o sociólogo chinês Yong Cai.
O delta do Rio Pérola poderia ser superado pela megalópole que amalgamaria Pequim e Tianjin, atingindo 260 milhões de habitantes, 36% mais do que a população brasileira. Nesses aglomerados, o indivíduo ficaria reduzido a um grão de poeira. Aliás, é o valor que o socialismo atribui às pessoas.
Kangbashi: ninguém quer morar |
No oeste e no norte do país, a planificação socialista tentou outros projetos ambiciosos. Kangbashi, na fronteira com a Mongólia, é uma cidade, literalmente deserta erguida nas dunas do Deserto de Gobi.
Para os planificadores socialistas era o endereço ideal para criar uma megalópole interiorana. Desde 2004, foram gastos mais de 160 bilhões de dólares em prédios futuristas, com largas avenidas, museus, teatros e até um autódromo.
Mas, do planejado milhão de moradores, Kangbashi só tem apenas 30.000, ou 3% da meta. A imprensa oficial garante que todos os 300.000 apartamentos foram vendidos, mas a maioria está vazia. Kangbashi é uma cidade fantasma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário