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terça-feira, 2 de julho de 2019

“Rota da Seda” e nova ordem global
sob chefia chinesa

Agência putinista Sputnik anunciou com agrado a inclusão do Peru
Agência putinista Sputnik anunciou com agrado a inclusão do Peru
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Pode uma via poética mas riquíssima do passado se transformar numa espécie de superautoestrada para consolidar a hegemonia totalitária de Pequim?

Na aparência são coisas incompatíveis. Entretendo, a cúpula marxista chinesa pensa diferente.

O plano tem um nome antigo e poético, mas pode enfiar sua faca até a costa atlântica brasileira.

O belo nome antigo é “Rota da Seda” constituiu durante milênios uma série de percursos interligados através da Ásia. Por ela circulava o comércio da seda e outras preciosidades entre o Oriente e a Europa.

Caravanas de toda espécie e tamanho ou até embarcações oceânicas, quando navegavam pelo Pacífico e pelo Índico, ligavam comercialmente o Extremo Oriente e a Europa.


Investimentos chineses no mundo
Investimentos chineses no mundo
O ponto de partida era a cidade de Xiam, capital durante séculos do império chinês, e célebre por seu exército de terracota entre outras obras de arte.

As caravanas chegavam por diversos caminhos até Antioquia, na Ásia Menor, dominados pelo menos na metade final por tribos nômades islâmicas que faziam sua riqueza com o transporte.

Foi a maior rede comercial do Mundo Antigo.

Em Antioquia encontravam as naus de Veneza, rainha do Mediterrâneo, que também fazia seu imenso lucro.

Até que Portugal deu a volta na África e dominou o comércio com o Oriente.

Nos séculos seguintes, Portugal foi superado pela Inglaterra que passou a ser a rainha dos mares e a dominadora do intercambio econômico com o Oriente.

Mas, hoje Pequim anseia recriar uma nova “Rota da Seda” que obviamente não vai trazer magníficas sedas, mas pretende ser um instrumento de hegemonia comercial planetária.

Nova Rota da Seda, projeções
Nova Rota da Seda, projeções
A China está realizando crescentes aquisições de empresas e imóveis no exterior, inclusive no Brasil.

Investe pesadamente em energia e, onde lhe permitem, em terra, subsolo, agricultura. E o faz globalmente.

Os investimentos são particularmente visíveis na África, mas os principais destinos dos capitais pequineses na última década foram EUA, Austrália, Canadá e Brasil.

E isso não é ingênuo ou inocentemente comercial. Quando a imensa rede da nova “Rota da Seda” chegar encontrará os clientes já preparados, chineses eles próprios.

China está tomando conta da infraestrutura africana e mira o mundo.
China está tomando conta da infraestrutura africana e mira o mundo.
A estratégia gera agudas preocupações. Teme-se uma competição e desindustrialização não só desleal, mas conquistadora.

Governos sensibilizam-se com eventual perda de soberania sobre recursos naturais.

Trabalhadores ressentem-se do estilo escravizante com que os chineses exploram a seus empregados-escravos.

O Fundo da Rota da Seda e o investimento estatal e privado no exterior por parte do marxismo chinês já foi comparado a um “Plano Marshall chinês”.

Porém, o nome é exageradamente dissimulado. Poderia ser chamado de “Plano Mao Tsé Tung de conquista do mundo”.

“O que Mao cuidava bem de não esclarecer era a natureza essencialmente militar desse plano, a qual iria ficar escondida, e ainda é muito pouco conhecida na China de hoje. (...)

O objetivo de Mao era que a China se tornasse uma superpotência para que quando ele falasse o mundo inteiro ouvisse”. (Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 págs. 414)

Xi JinPing: a China está disposta a jogar com quem aceitar entrar na manobra.
Xi JinPing: a China está disposta a jogar com quem queira entrar na manobra.
A nova Rota da Seda é o mais ambicioso projeto geopolítico do governo chinês. Assim está saindo do papel a grande aposta de Pequim para se tornar o poder global hegemônico, escreveu já há tempos a Folha de S. Paulo. 

Pequim não cogita em caravanas de camelos para fazer os 8.000 km aproximadamente entre Xiam e Veneza, mas numa ampla rede de ferrovias, estradas, oleodutos e cabos de fibras ópticas, entre outros.

Pequim criou um fundo de US$ 40 bilhões, e confia na participação de outros 21 países que forneceriam um capital de mais US$ 50 bilhões.

A Rússia é uma das maiores esperanças.

Segundo o sinólogo David Kelly, a nova Rota da Seda é fruto de uma decisão do mais alto nível na hierarquia comunista, só definida pelos líderes máximos, como Mao Tse-Tung e Deng Xiaoping, hoje Xi Jinping. “É como uma bula papal, não pode ser contestada”.

Em alguns mapas prospectivos a nova Rota da Sede já aparece atravessando de lado a lado o Brasil, entrando pelo Peru, para plasmar a ordem internacional maoista do século 21.

A magnitude dos investimentos chineses no nosso continente visa essa integração sob a chibata pequinesa.


Um comentário:

  1. 27 Quem dá ao pobre não passa necessidade; e quem fecha os olhos para ele ficará coberto de maldições.

    28 Quando os injustos imperam, todo mundo se esconde; quando eles DESAPARECEM( E VÃO) desaparecem, os justos prosperam.

    http://www.paulus.com.br/biblia-pastoral/_PKQ.HTM

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