Campos de concentração chineses exploram trabalho escravo |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Grandes empresas americanas como Amazon, Apple e Nike fecham os olhos para o trabalho escravo de que se beneficiam na China.
Assim agindo acumpliciam os consumidores com esse procedimento inumano, denunciou o senador republicano Marco Rubio diante do Comitê de Relações Exteriores do Senado em Washington, segundo reproduziu a agência Reuters.
Segundo o depoimento do senador, muitas companhias dos EUA estão colhendo lucros com os crimes do regime escravagista chinês.
“Há muito empresas como Nike, Apple, Amazon e Coca-Cola exploram o trabalho forçado ou se enriquecem com fornecedores suspeitos de usá-lo.
“Essas companhias estão nos tornando a todos nós cúmplices desses crimes”, disse.
O senador democrata Ed Markey, que presidiu a audiência com seu colega Tim Kaine também declarou que empresas de seu país tiram proveito com a “indústria de vigilância autoritária” que neste momento está caindo em cima da minoria étnica do Xinjiang.
O senador Marco Rubio fala no Senado sobre cumplicidade de grandes empresas com o escravagismo da China |
O senador Rubio porém afirmou ter escrito à Thermo Fisher, sobre as inconsistências da política que ostenta mas que aplicada relaxadamente.
Um porta-voz da Amazon disse que sua empresa toma medidas assim que recebe provas de trabalho escravo.
A Coca Cola se negou a falar. Outras, quando interrogadas pela agencia Reuters, não responderam.
Os legisladores americanos debatem proibir a importação de produtos do Xinjiang por causa do regime de trabalho escravo ali imperante com prisão arbitrária de por volta de um milhão de cidadãos de minorias étnico-religiosas desde 2016.
Centros de reeducação são centros de exploração de escravos. |
Sophie Richardson, diretora da Human Rights Watch na China, disse ao Senado que a “repressão e vigilância” de Pequim é tão radical que fica difícil as empresas observar se os direitos humanos estão sendo respeitados.
À luz dessa declaração as empresas genericamente indiciadas podem alegar impossibilidade de tirar a limpo o que se passa nas fábricas que contratam e continuar com o horrível comércio do trabalho de escravos.
O fim desse relacionamento econômico seria a atitude decente, mas as empresas mencionadas só querem lucrar, em mais um sinal da imoralidade do comércio com a China.
Nenhum comentário:
Postar um comentário