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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

China nos leva ao período mais turbulento da história?

Haverá paz China estendeu sua mão para auxiliar os Talibãs. Foto Asia Times
Haverá paz China estendeu sua mão para auxiliar os Talibãs. Foto Asia Times
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Haverá paz após a entrega do Afeganistão como dizem acreditar o presidente americano Joe Biden e muitos altos porta-vozes políticos da esquerda e do espectro eclesiástico?

Só se houver algum processo político diplomático em andamento que pudesse evitar uma saída conflitiva e os líderes do mundo estivessem agindo bem.

Mas se houvesse e os líderes não estivessem agindo bem, não haverá paz no mundo.

Para o colunista Thomas L. Friedman do “The New York Times” as incógnitas em volta dessa problemática giram em torno de uma só palavra: China.

E resume seus temores em alguns parágrafos:

Nos 40 anos de 1979 a 2019 as relações EUA-China consistiram no essencial na promoção econômica do gigante marxista.

A amola propulsora foram os capitais e condições de comércio favoráveis que Ocidente foi dando à ditadura comunista chinesa desde a desastrosa viagem do presidente americano Richard Nixon.

O resultado foi uma globalização da economia mundial e uma relativa paz entre as duas grandes potências econômicas mundiais.



No espírito ‘americanista’ se as relações econômicas vão bem, tudo vai bem: novos mercados, centenas de milhões de pessoas beneficiadas e muitos produtos muito mais acessíveis para os consumidores.

Toast entre Nixon e Zhou simbolizou uma era que hoje acabou
Toast entre Nixon e Zhou-enLai simbolizou uma era que hoje acabou
Nessa atitude, aliás ateia e censurável, mas inteligível, se fundamentou a grande paz. E isto último foi um erro monumental desde um ponto de vista católico e de uma boa compreensão da revolução comunista mundial.

Mas, para Friedman, a relativa paz e prosperidade do mundo nesses 40 anos se deve em grande medida aos imensos negócios entre os EUA e a China.

Porém, nos últimos cinco anos esse relacionamento, diz ele, entrou no caminho da desintegração e talvez do confronto direto.

A liderança cada vez mais agressiva da China em casa e no exterior degradou o ambiente dos negócios planetários.

Pode ser que daqui a 20 anos nossos netos digam que o mundo se tornou um lugar mais perigoso e menos próspero por causa do colapso das relações entre os EUA e a China no início de 2020.

As trocas por cima e por baixo da mesa foram apelando ao pontapé cada vez mais violento com risco de quebrar a mesa.

Mudanças climáticas, biodiversidade, ciberespaço, foram algumas das crescentes zonas de desordem e enfrentamento.

Nos primeiros 30 dos 40 anos de “paz” econômica, a China vendeu “produtos superficiais” como camisetas e tênis enquanto os EUA transferiam software e computadores que agigantavam o sistema de poder e ditadura marxista.

Xi Jinping encerrou a era da enganação Mao-Nixon
Xi Jinping encerrou a era da enganação Mao-Nixon
Hoje, a China vem por cima de nós com sistemas como o 5G da Huawei que se instala em nossas casas, quartos e empresas.

E ali começamos a temer.

Acresce que Xi Jinping está estendendo o controle do Partido Comunista a todos os poros da sociedade, cultura e comércio chineses, dentro e fora do país.

Quer faze-lo no mundo todo deixando a América dependente de seu controle totalitário.

O plano foi montado com as tecnologias postas à sua disposição por Washington e, quando foi preciso, Pequim as comprou, roubou ou pirateou para ficar muito mais agressiva.

O nível de roubo de tecnologia e penetração nas instituições americanas se tornou intolerável.

Pequim extinguiu a democracia em Hong Kong, extermina os uigures em seu território porque muçulmanos e envia “diplomatas lobos” para intimidar vizinhos como a Austrália.

Assim agindo, Xi atrai todo o mundo ocidental contra a China.

Nader Mousavizadeh, fundador e C.E.O. da Macro Advisory Partners, empresa de consultoria geopolítica, acha que o mundo se encaminha para uma irreversível confrontação contra a China.

A China empreendeu como missão inevitável a disseminação global de seu autoritarismo, marcadamente nacionalista.

Os anos 2020 marcaram o início da grande turbulência
Os anos 2020 marcaram o início da grande turbulência
Na grande coalizão econômico política que é o que mantém Ocidente unido não está havendo uma abordagem comum para a China. E sem isso qualquer coalizão vai desmoronar.

Os EUA acham que o melhor contra a China é uma ampla coalizão transnacional, baseada em valores universais como o Estado de Direito, livre comércio, direitos humanos e princípios básicos de contabilidade.

Mas a China nem responde a esses temas.

O infeliz final de uma guerra de 20 anos contra o terrorismo e um “retorno a casa” para resolver problemas de infraestrutura, educação, renda e igualdade racial não vai sossegar o ímpeto de assalto chinês.

Pelo contrário, pode acender o incêndio da ambição chinesa face a um adversário que eles vêm acocorado voltado só para seus problemas.

Então teria chegado a hora de avassala-lo seguindo os ensinamentos dogmáticos de Mao Tsé Tung.

Nesse caso, a vergonha de Cabul nos encaminhou para o período mais turbulento da história.



O encobrimento do século. 

A verdade que o PCCh ocultou ao mundo (em espanhol)





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