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quarta-feira, 6 de abril de 2022

China avança militarmente à sombra da guerra na Ucrânia

Patrulha indiana prevenida contra incursão chinesa
Patrulha indiana prevenida contra incursão chinesa
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A China está aproveitando que a invasão russa da Ucrânia atrai as atenções para lançar uma “ofensiva” militar na área oceânica Indo-Pacífica e em áreas disputadas do Himalaia.

Astuciosamente finge distanciamento da guerra na Europa Central, e se expande como potência colonizadora no Oriente.

Mais recentemente assinou um memorando de entendimento com as autoridades militares cambojanas para fortalecer sua posição no Sudeste Asiático em crescente competição geopolítica com os EUA, informou a agência AsiaNews.

O acordo foi assinado pelo general Liu Zhenli, comandante das forças terrestres do Exército Popular de Libertação (PLA), e Hun Manet, vice-chefe do exército cambojano, filho e provável sucessor do primeiro-ministro Hun Sen.

Os dois países fazem parte da mesma área ideológica socialista oriental onde a China é o gigante dominador. O Camboja usa uma monarquia como camuflagem de seu comunismo e é satélite econômico da China.

Os dois lados não divulgaram o conteúdo do pacto, mas o Ministério da Defesa chinês elogiou a cooperação militar entre Pequim e Phnom Penh.

Em sentido contrário, as relações entre o Camboja e os EUA se deterioram visivelmente após a revelação de um pacto secreto entre Pequim e Phnom Penh que cedeu à Marinha chinesa o uso exclusivo de partes da base naval cambojana de Ream, no Golfo da Tailândia.

Nansha island, recife de coral que a China transformou em base
Nansha island, recife de coral que a China transformou em base
Simultaneamente Pequim anunciou um projeto de acordo de segurança com as Ilhas Salomão, sem divulgar os termos. Mas se supõe que garante aos navios de guerra chineses o direito de parar e reabastecer nos portos do arquipélago.

A Austrália, a Nova Zelândia e os EUA expressaram preocupação pela segurança regional.

Peter Dutton, ministro da Defesa da Austrália, lembrou que a China estabeleceu 20 pontos de presença bélica no Mar da China Meridional, apesar de ter garantido não militarizar a região.

O almirante John C. Aquilino, chefe do Comando dos EUA no Indo-Pacífico, denunciou que os chineses montaram bases navais em três recifes de coral no Mar do Sul da China (Mischief, Subi e Fiery Cross).

Pequim reivindica quase todo trecho de água na região atropelando os direitos do Vietnã, da Malásia, das Filipinas, do Taiwan, do Brunei e da Indonésia.

Essa atitude invasora já foi julgada sem fundamento pelo tribunal internacional para as disputas de direitos marítimos. Mas Pequim prossegue se burlando de leis e acordos que assinou.

Guarda Costeira Chinesa em águas que não são suas
Guarda Costeira Chinesa em águas que não são suas
A pressão militar de Pequim também cresce na superfície continental aproveitando a cobertura propagandística que lhe fornece a invasão russa da Ucrânia.

O Exército Vermelho chinês concluiu a construção de 624 aldeias artificiais em áreas disputadas ou ocupadas pela força na fronteira do Himalaia pertencentes à Índia, o Butão e o Nepal.

Para o analista estratégico indiano Brahma Chellaney, a criação de centros populacionais militarizados em territórios reivindicados pela Índia, Butão e Nepal equivale em terra ao que os chineses fazem no Mar do Sul da China: uma invasão sub-reptícia dos países vizinhos.


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