O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira). Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Ditadura chinesa se parece com a do Anticristo

Software de reconhecimento facial da empresa de inteligência artificial Megvii, aplicado em Pequim.
Software de reconhecimento facial da empresa de inteligência artificial Megvii,
aplicado em Pequim.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Em Zhengzhou, um policial com óculos de reconhecimento facial pegou um contrabandista de heroína numa estação ferroviária.

Em Qingdao, câmaras guiadas por inteligência artificial identificaram duas dezenas de criminosos num festival de cerveja. Em Wuhu, identificaram um suspeito de homicídio enquanto ele comprava comida de um camelô, segundo reportagem de “La Nación”.

Essa tecnologia manipulada com sabedoria poderia ser muito útil. Mas não é o que os chineses temem.

Eles estão vendo erguer-se um futuro autoritário, no qual o reconhecimento facial e a inteligência artificial servirão para identificar e controlar a liberdade de 1,4 bilhão de pessoas num sistema de vigilância nacional sem precedentes.

Na China está morrendo a ideia de que a tecnologia veio trazer mais liberdade e conexão. O monstro está aí: o controle universal implacável.

Nas estações de trem, as câmaras escaneiam sem cessar; nas ruas telões exibem os rostos dos pedestres que alguma vez não respeitaram as leis do regime e a lista dos inadimplentes; nos complexos habitacionais registram quem e quando entrou ou saiu.

O número estimado de câmaras de vigilância em funcionamento é de 200 milhões, 400% a mais que nos EUA.

Outros sistemas rastreiam o uso da internet, os ingressos em hotéis, as viagens de trem ou de avião, inclusive os trajetos de carro.

Telão exibe cidadãos de conduta indesejável em Xiangyang, com nomes e RG.
Telão exibe cidadãos de conduta indesejável em Xiangyang, com nomes e RG.
É o Maravilhoso Mundo Novo, só que do Partido Comunista, ao qual chegam as informações e que define o controle da população.

O software invasivo de vigilância de massas já funciona nas grandes cidades em relação a minorias étnicas e religiosas, mapeando também amigos e familiares, segundo “The New York Times”.

Na agitadíssima ponte da Changhong, em Xiangyang, a polícia instalou o sistema ligado a um telão. De início, as pessoas comemoravam quando seus rostos apareciam, até que perceberam que se tratava de um castigo.

Vizinhos ou colegas comentavam pelas costas e os identificados passavam demasiada vergonha.

Mao Tsé-Tung foi o precursor da ideia, mas não conseguiu pô-la em prática. Agora a tecnologia o está conseguindo.

No caso de Mao, o sistema produziu ditadura, fome, Revolução Cultural e dezenas de milhões de mortes.

Seus sucessores anelam o mesmo controle, mas temem as revoltas causadas pelo totalitarismo. Por isso, vigorava um acordo com um código de conduta implícito: se o povo suportasse a impotência política, a polícia o deixaria em paz e lhe permitiria ganhar dinheiro.

Mas esse acordo implícito está agora caindo aos pedaços.

Xi Jinping, o comandante supremo chinês, só visa consolidar seu poder onímodo. As mudanças na lei lhe deram mais poder que a Mao.

Reviveu o culto da personalidade e do Partido Comunista, que trata de impor. Para isso, confia na tecnologia.

Por que passou a desrespeitar o acordo implícito que garantia a aparência de ordem na China?

“As reformas e a abertura fracassaram, mas ninguém se atreve a dizê-lo”, comenta o historiador chinês Zhang Lifan sobre as quatro décadas do período pós-Mao.

Como? A China não se enriqueceu e se tornou a segunda economia do mundo?

Eis o fracasso: o enriquecimento relativo da população promoveu naturalmente as desigualdades econômicas. E essas desigualdades são o auge do fracasso para o comunismo.
Centenas de milhões de câmaras monitoram as ruas chinesas. Na foto, no mausoleu de Mao em Pequim.
Centenas de milhões de câmaras monitoram as ruas chinesas.
Na foto, no mausoleu de Mao em Pequim.

Xi, então, está criando o maior Estado de vigilância do planeta. É o maior consumidor de tecnologia de vigilância da população.

Calcula-se que em 2020 o país terá quase 300 milhões de câmaras funcionando. A polícia prevê gastar 30 bilhões de dólares adicionais para esquadrinhar até os locais e gestos mais íntimos dos cidadãos.

Em Xangai, a empresa Yitu analisa os rostos dos que circulam por corredores e escritórios, salas de repouso, entradas e saídas, marcando com linhas azuis cada funcionário identificado, listando seus mais mínimos movimentos, idas e vindas, todos os dias, durante as 24 horas.

As empresas de aplicativos competem para atender clientes vorazes que querem sempre mais. E não só na China. Em 2017, a Yitu ganhou o primeiro prêmio em reconhecimento facial, oferecido pela Direção de Inteligência Nacional do governo americano.

Na especialidade, a China compete com o Silicon Valley.

No complexo habitacional de Xiangyang o sistema comunica à polícia as fotos dos moradores que entram e saem, as quais são conferidas pelo Partido Comunista.

Wen Yangli, executivo da Number 1 Community, a empresa fabricante, trabalha para criar mapas virtuais a fim de que a policia possa identificar quem mora em cada prédio.

A base nacional de dados de indivíduos indesejáveis não inclui somente suspeitos de terrorismo ou criminosos, mas também pessoas que não pensam como o Partido. Os piores “criminosos” do ponto de vista ideológico do Partido Comunista somariam entre 20 e 30 milhões de chineses.

Muitos sistemas aguardam para serem compatibilizados. Em alguns deles as imagens não aparecem instantaneamente, podendo os telões exibir os mesmos “réus” durante semanas. Mas é questão de tempo.

Empregados de Megvii monitoram cidadão em Pequim
Empregados de Megvii monitoram cidadão em Pequim
O regime quer convencer o povo de que o sistema já está funcionando a todo vapor. Mas como ainda tem falhas, as pessoas poderão pensar que a espionagem universal não é tão eficaz nem tão ruim assim. Quando estiverem resignados, o sistema fechará a malha fina.

Os eventos constituem um alvo especial. O jornal oficial do Partido Comunista, “Diário do Povo”, comemorou uma série de prisões feitas com reconhecimento facial em concertos de estrelas pop.

O artigo parafraseava uma letra do cantante pop Jacky Cheung: “És uma rede de amor infinito que pode me prender com facilidade”.

No cruzamento de Xiangyang as imprudências dos pedestres diminuíram, e no complexo habitacional, controlado pelo Number 1 Community, as bicicletas não somem mais.

“O objetivo final é que a gente não saiba que está sendo vigiada, mas fique na incerteza, o que a torna mais obediente”, explicou Chorzempa, investigador do Instituto Peterson.

Essa incerteza de não saber se está sendo observado gera a submissão, destrói os nervos e as mentes.

É a redução de um país inteiro à completa escravidão, tal como a imaginou fazer Mao Tsé-Tung em suas imensas granjas coletivas e campos de concentração, só que sem atingir então todo o sucesso desejado.



quarta-feira, 12 de abril de 2023

“Política do filho único” deixou China à beira da catástrofe

Os altos índices de suicídio feminino estão ligados aos abortos forçados. Mulher tenta se suicidar em Kunming.
Os altos índices de suicídio feminino estão ligados aos abortos forçados.
Mulher tenta se suicidar em Kunming.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




A diminuição no número de novos trabalhadores está tornando impossível manter as gerações que se retiram do trabalho.

As vagas não estão sendo preenchidas por falta de mão-de-obra e a economia treme. E o desequilíbrio na proporção entre homens e mulheres provoca toda espécie de atrocidades: compra e venda de mulheres, inclusive no exterior, sodomia, etc.

Uma parte do Partido Comunista resiste à mudança, pois se enriqueceu com propinas e subornos arrancados dos pais para passar por cima da lei, fazendo vistas grossas para as crianças “ilegais”.

A nova política fixa um limite máximo de duas crianças por casal, e o largo setor corrupto do Partido ainda poderá obter abundantes retornos imorais.

O dirigismo até no número de filhos deixou China à beira da catástrofe.
“Se querem ter um filho ou dois, eles terão que tirar uma licença para cada um, pois do contrário sofrerão coerção, a menos que sejam suficientemente ricos para ‘passar por cima dos limites’”, explicou Reggie Littlejohn, fundador de Women’s Rights Without Frontiers, um grupo baseado em San José, na Califórnia, que faz campanha contra o aborto forçado e a seleção por sexo das crianças na China.

Os pobres serão os que mais continuarão sofrendo, mas não terão ao seu lado os abandeirados dos pobres, que se exibem no Ocidente contra os ricos “capitalistas aquecedores do planeta”!

As perspectivas não são, pois, muito otimistas. Pelo contrário, deve-se temer a continuação dos mesmos procedimentos, com uma ligeira mitigação.

Em 2005, o advogado Chen Guangcheng processou as autoridades por causa dessa política, mas acabou sendo jogado durante anos num cárcere e depois condenado a prisão domiciliar.

Tendo ficado cego, em 2012 ele fugiu do controle policial de sua casa e se refugiou na embaixada dos EUA. Hoje ensina na Universidade Católica dos EUA.

Cheng explica que a violência do sistema criou um clima de medo e destruiu o respeito tradicional chinês pela vida, venerada até pelo paganismo durante milênios.

Feng Jianmei junto a seu filho abortado pela violência da política oficial
Feng Jianmei junto a seu filho abortado pela violência da política oficial
Os slogans oficiais do planejamento familiar são cruamente claros: “Mais vale ter rios de sangue do que nascimentos em excesso”.

Agindo assim, o regime socialista degrada mentalmente o povo. “Pense – diz Chen –, não tendo as pessoas controle sequer do próprio corpo, não podem proteger seu filho”.

Em 2012, a opinião pública mundial ficou estarrecida com as fotos de Feng Jianmei, deitada junto ao cadáver de seu bebê de sete meses após um aborto forçado.

As “autoridades do povo” exigiram como condição para ela ter um segundo filho, uma propina equivalente a 6.300 dólares, mas a mãe não tinha como pagar.

O marido de Feng conta que sua esposa ficou depressiva e que sua filhinha perguntava onde estava o irmãozinho. “Só podíamos lhe dizer que estava no Céu. A menina queria saber como é o Céu e nós não sabíamos”.

No Ocidente, grandes porta-vozes do movimento ambientalista socialista, comodamente instalados em governos, organismos internacionais e cátedras eclesiásticas, apregoam uma drástica redução da humanidade com o falso pretexto de evitar um inexistente “aquecimento global”.

Que o horrível exemplo chinês, que não lhes é desconhecido, sirva para afastar esse demônio inimigo da vida e do gênero humano.


quarta-feira, 22 de março de 2023

Laser chinês sobre Havaí pressagia grande guerra

Raios lasers sobre Havaí e balão espião sobre a 'tríade nuclear' dos EUA
Raios lasers sobre Havaí e balão espião sobre a 'tríade nuclear' dos EUA.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A China varreu com raios laser um vulcão adormecido na Ilha Grande do Havaí, deixando claro que o Partido Comunista Chinês está se mobilizando para a guerra, escreveu o especialista Gordon G. Chang do Gatestone Institute.

Em janeiro, a Subaru-Asahi Star Camera, que transmite ao vivo imagens do Telescópio Subaru em Mauna Kea, no Havaí, capturou imagens de uma chuva de raios laser de cor esverdeada de poucos segundos.

Os raios só poderiam ter vindo de uma fonte: o satélite chinês Daqi-1/AEMS.

Por que varrer com raios laser um vulcão adormecido no Havaí?

“Está medindo o nível dos poluentes”, esclareceu ingenuamente Roy Gal do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí.

Mas a realidade é muito mais grave e tal vez o assustou demais.

“Os chineses, que são os poluidores mais prolíficos do planeta, por que estariam coletando dados sobre poluentes no nosso lado do Pacífico”, perguntou Ray L'Heureux, Ex-Chefe do Estado Maior das Forças Navais do Pacífico.

China vinha usando raios laser para 'cegar' navios de guerra filipinos
China vinha usando raios laser para 'cegar' navios de guerra filipinos
E Richard Fisher, do International Assessment and Strategy Center da Virgínia, explicou porquê os cientistas chineses se interessam na atmosfera dos outros.

“O satélite chinês Daqi-1 é um perfeito exemplo da dualidade no uso do programa espacial da China.

“Utiliza um laser verde para pesquisa ambiental ou de gases de efeito estufa, porque os dados que fornecem podem ser usados para dirigir a pontaria do novo míssil balístico hipersônico da China”, ressaltou Fisher.

“Os HGVs, (“mísseis balísticos hipersônicos”) como são chamadas essas plataformas balísticas, exigem medições meteorológicas precisas para o lançamento de ogivas com mira certeira.”

E há mais. “O satélite que pairava sobre o Havaí provavelmente estava rastreando a movimentação de submarinos americanos onde as infraestruturas anti-submarinas cada vez mais sofisticadas da China poderiam ser aprimoradas e se tornarem uma ameaça aos navios de guerra americanos lá submergidos”, salientou Brandon Weichert, autor de livro Winning Space: How America Remains a Superpower.

Lasers avançados em órbita têm condições de varrer as profundezas do oceano, localizar e rastrear submarinos americanos que estão tentando se movimentar 'silenciosamente nas profundezas”, prosseguiu Weichert.

Plano que inclui os balões espiões chineses


Laser chinês sobre Havai presagia grande guerra
Laser chinês sobre Havaí pressagia grande guerra
No mesmo dia, quiçá por coincidência, o balão espião chinês entrou no espaço aéreo do Alasca. Confira: Balões espiões chineses causam intensa preocupação

Em sua trajetória de oito dias pelos EUA e Canadá, deu uma boa olhada nos dois pilares da “Tríade Nuclear” dos EUA, a força de dissuasão nuclear.

Antes de ser atingido pela Força Aérea sobre águas de Myrtle Beach, o balão manobrável monitorou, entre outras instalações, Malmstrom, F.E. Warren e as Bases da Força Aérea de Minot, que abrigam todos os mísseis balísticos intercontinentais Minuteman III dos EUA , o primeiro pilar da Tríade.

Também passou perto da Base Aérea de Whiteman, domicílio da frota de bombardeiros B-2 com capacidade de carregar bombas nucleares, o segundo pilar da Tríade.

Mais nefasto ainda, a nave passou perto da Base Aérea de Offutt, quartel-general do Comando Estratégico, que controla todas as armas nucleares dos EUA, o terceiro pilar da Tríade.

Sem dúvida a rota sugere que a China está coletando informações para o primeiro ou segundo ataque contra as armas nucleares americanas.

A verdadeira história é que o Pentágono foi pego de calças curtas por essas invasões, escreve Chang. Só depois o Pentágono percebeu que houve invasões em anos anteriores.

Lasers apontam o espaço uma nova dimensão da guerra
Lasers apontam o espaço: uma nova dimensão da guerra
“A China agora acredita que pode se safar com comportamentos dessa natureza”, afirmou Weichert.

Enquanto isso, o Partido Comunista Chinês mobiliza celeremente toda a sociedade para a guerra.

É perigoso presumir que a chuva de raios laser da China ocorrida em Havaí foi realizada somente para fins civis.

Ninguém em terra sofreu queimaduras em virtude dos raios chineses, mas a chuva de raios laser é só mais um aviso de que a guerra está a caminho, concluiu Chang.


quarta-feira, 8 de março de 2023

Bases militares chinesas na Terra do Fogo?

China tenta abrir mais uma base dissimulada em Rio Grade, Terra do Fogo
China tenta abrir mais uma base dissimulada em Rio Grade, Terra do Fogo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O governo esquerdista argentino prometeu impedir a instalação de uma base chinesa no sul da Argentina, argumentando questões de soberania.

Mas na prática avança na construção de um “porto polivalente” em Río Grande, Terra do Fogo, que tem por trás o China Shaanxi Chemical Industry Group, que promete instalar uma fábrica química e uma central elétrica no local.

A história é difícil de acreditar, disse o site bem informado “Infobae” porque a referida empresa chinesa delegou o serviço à HydroChina Corp, do governo socialista chinês que é representada na Argentina por Shuiping Tu, um burocrata do Partido Comunista Chinês.

“Sob a desculpa de um porto, o que a China busca na verdade é construir uma base naval com cais e acesso ao mar. Isso permitirá a Pequim uma porta de entrada para a Antártida. Também poderá monitorar a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico e as comunicações em todo o hemisfério”, acrescentou “Infobae”.

Base espacial chinesa em Neuquén, Patagonia, onde os argentinos não podem entrar
Base espacial chinesa em Neuquén, Patagônia, onde os argentinos não podem entrar
O governador da Terra do Fogo, Gustavo Melella, é um entusiasta do desembarque chinês no sul e não incluiu o grande negócio nas contas oficiais. O Legislativo local deverá ratificar o acordo, informou o “El Diario del Fin del Mundo”.

A empresa chinesa de fachada se compromete a produzir 600.000 toneladas anuais de amônia sintética, 900.000 de ureia e 100.000 de glifosato.

Porém o que mais interessa à China comunista por trás da empresa de fachada é ter um porto próprio na região mais austral do planeta, porta de entrada para o Continente Branco.

O “plano comercial” promovido pelo governador esquerdista e pelo embaixador da Argentina em Pequim, Sabino Vaca Narvaja é suspeito também porque “fazer um porto na Terra do Fogo não é lucrativo.

“Não há volume, não há escala, nem há probabilidade de fazer um investimento que o justifique”, indicaram outras fontes reservadamente.

Outro especialista tirou todas as dúvidas: “os chineses nunca querem ganhar dinheiro. Eles sempre têm um objetivo político”.

O Exército Popular da China dirige a base china en Neuquén, disse a general Laura Richard, chefe do comando Sul
O Exército Popular da China dirige a base china en Neuquén,
disse a general Laura Richard, chefe do comando Sul
O embaixador da China em Buenos Aires, Zou Xiaoli, pressionou a Justiça local para remover os “obstáculos legais” que impediam o início do projeto.

O governador promete obter “as aprovações legais o mais rápido possível” e a empresa fachada China Shaanxi Chemical Industry Group, promete construir uma base para navios de até 20.000 toneladas.

Diz que com ela irá “incentivar as empresas chinesas a investir na Terra do Fogo”, prova de que não há movimento atual que justifique, e “implementar uma filosofia de proteção ambiental” que a China viola até em seu território.

A surpresa é maior porque já está em andamento a construção de um porto pelo setor privado com capital argentino.

O governador das esquerdas inventou uma estatal energética, a Terra Ignis Energía, com a intenção de envolver os chineses em projetos e negócios.

Na província é tida como um mais engendro da corrupção política.

A obsessão chinesa final é a Antártida, e para isso cogita mais uma instalação na cidade mais austral do mundo: Ushuaia.

A vantagem de Rio Grande, é que sendo pequena e afastada o regime comunista chinês poderia agir sem mito controle.

A China já recebeu de mão beijada um amplo espaço em Neuquén, onde construiu a Estação Espacial Distante localizada em Bajada del Agrio também na Patagônia.

China e Rússia querem abrir um Polo Antártico em Ushuaia
China e Rússia querem abrir um Polo Antártico em Ushuaia
Só que apenas militares chineses podem entrar em suas instalações e ... para ver as estrelas! Diversas fontes na Argentina e nos EUA sempre suspeitaram que esse observatório espacial tem finalidades militares.

A “Infobae” enviou seu jornalista Andrés Klipphan a estudar o caso e achou graves irregularidades na entrada comunista em Terra do Fogo.

A China já tentou o mesmo projeto em 2010 mas foi abandonado totalmente porque a população se julgava enganada.

O jornalista Armando Cabral, ameaçado por investigar esse tipo de acordo entre Pequim e a corrupção na província, denunciou que a manobra se deve a que “é um lugar muito estratégico se tiveres em conta que estás no canal que une os dois oceanos”, além de ser um local muito pouco habitado.

A flota pesqueira clandestina
Outras iniciativas chinesas em período de governo esquerdista-nacionalista concluíram em escândalos judiciais e inconclusão das obras.

Por sua vez, uma base chinesa na Terra do Fogo preocupa no Brasil, escreveu “Mar sem fim”. A China já tentou o Uruguai para abrir uma base na América do Sul. Tendo fracassado procurou autoridades do Rio Grande (RS), também se frustrando. Agora se volta para a Argentina.

Marinha argentina captura mais um pesqueiro ilegal chinêsCom cobertura de silêncio da grande mídia, em 2021 os chineses foram recebidos pelo secretário do Meio Ambiente e infraestrutura do Rio Grande do Sul, teoricamente para melhorar a pesca.

Mais felizmente a manobra não foi em frente. Pois a China é a maior predadora dos mares do planeta. Depois de esgotar a pesca em sua Zona Econômica Exclusiva, foi depredar o litoral africano.

E o estrago feito, passou a depredar águas sul americanas especialmente as argentinas muito ricas em lulas dentadas (metade das capturas mundiais).

Essa depredação da frota ilegal chinesa já se fazia desde 2013! E, em 2016, um pesqueiro chinês suspeito abordado pela Armada argentina se afundou para não revelar o que estava fazendo.

Também a China invadiu e depredou os riquíssimos santuários marinhos das Galápagos (Equador) no Pacífico.

Mais uma frota de pesqueiros chineses parte para depredar os mares de outros países
Mais uma frota de pesqueiros chineses parte para depredar os mares de outros países
Agora segundo o site portenho pescare.com.ar um novo ataque da República Popular da China está visando nosso país. Não lhes basta a pesca ilegal. Agora eles buscam construir uma base naval em Ushuaia, (Terra do Fogo), abrindo uma “janela” para a Antártida”.

Segundo o site Intelligence Online da França, essa base permitiria à China controlar a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Ushuaia fica às margens do Canal de Beagle, e seria um desastre para a América do Sul e a Antártica se os ‘chineses’ alcançarem seu intento.

Segundo o La Nación, a Rússia pretende ter num Polo Logístico Antártico coisa pouco compreensível porque já tem várias bases no continente antártico.

Pesca ilegal chinesa rouba bilhões de dólares
Pesca ilegal chinesa rouba bilhões de dólares
Com o pretexto “patriótico” de fortalecer a presença das Forças Armadas na Patagônia o Ministério da Defesa argentino promoveu instalações com magros equipamentos nacionais, mas visando a Grã-Bretanha.

O verdadeiro interesse das esquerdas argentinas está na parceria com a China e a Rússia, suscitando a preocupação nos EUA.

O Brasil ficará comprometido por esse desenvolvimento de potências expansionistas enquanto também aumenta a preocupação com a Amazônia Azul, altamente cobiçada no exterior, ameaça pouco acompanhada pela opinião nacional.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Desmoronam megaprojetos da China

Engenheiros acharam milhares de fissuras na hidroelétrica Coca Codo Sinclair causadas pela má qualidade do aço chinês
Engenheiros acharam milhares de fissuras na hidroelétrica Coca Codo Sinclair
causadas pela má qualidade do aço chinês
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A hidrelétrica Coca Codo Sinclair foi construída pela China perto de um vulcão em atividade. Trouxe grande popularidade ao ditador chavista Rafael Correa, significou uma forte entrada do comunismo de Pequim no país andino e paliou a crise energética, ao menos passageiramente.

Foi o maior projeto de infraestrutura já realizado no Equador, um colosso de concreto financiado com dinheiro chinês e é tão importante para Pequim que o líder da China, Xi Jinping, falou na inauguração em 2016, constatou “La Nación”.

Hoje, milhares de rachaduras aparecem na hidrelétrica de US$ 2,7 bilhões, disseram engenheiros do governo. Ao mesmo tempo, as encostas montanhosas do rio Coca estão sendo erodidas pelo caudaloso rio, cortando uma estrada e ficando ameaçada a integridade da barragem.

As falhas de planificação e execução alimentam a preocupação de que a maior fonte de energia do Equador possa vir abaixo.

“Podemos perder tudo”, disse Fabricio Yépez, engenheiro da Universidade de San Francisco, em Quito, que acompanha de perto os problemas do projeto. “Não sabemos se pode ser amanhã ou daqui a seis meses.”

É um dos muitos projetos financiados pela China em todo o mundo atormentados por falhas de construção, mostrou densa reportagem do “Wall Street Journal”.

Durante a última década, a China distribuiu um trilhão de dólares em empréstimos internacionais como parte da iniciativa Rota da Seda, destinada a desenvolver o comércio expandindo a ânsia de hegemonia da China na Ásia, África e América Latina.

Esses empréstimos fizeram de Pequim o governo mais credor para o mundo em desenvolvimento, com empréstimos quase equivalentes aos de todos os outros governos juntos, de acordo com o Banco Mundial.

Erosão do rio Coca pela má planificação chinesa da barragem Coca Codo Sinclair
Erosão do rio Coca pela má planificação chinesa da barragem Coca Codo Sinclair
No entanto, as práticas de empréstimos da China foram criticadas por líderes estrangeiros, economistas e outros, que dizem que o programa contribuiu para crises de dívida em lugares como Sri Lanka e Zâmbia, e muitos países que têm dificuldades para pagar os empréstimos.

Alguns projetos também resultaram incompatíveis com as necessidades de infraestrutura de um país ou prejudiciais ao meio ambiente.

A construção de baixa qualidade pode prejudicar a infraestrutura principal e sobrecarregar as nações com ainda mais custos nos próximos anos, em lugar de remediar os problemas.

“Estamos sofrendo hoje por causa da má qualidade de equipamentos e peças” em projetos construídos na China, disse René Ortiz, ex-ministro de Energia do Equador e ex-secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

A Embaixada da China no Equador não respondeu aos pedidos de comentários sobre o projeto hidrelétrico.

O dinheiro chinês foi usado para construir de tudo, desde um porto no Paquistão até estradas na Etiópia e uma linha de transmissão no Brasil.

As empresas de construção chinesas se apoiam em combinações ideológicas com autoridades locais prometendo pacotes de financiamento de bancos e seguradoras chineses, por vezes irrigando com dinheiro bolsos particulares.

Na África, mais de 60% da receita dos principais contratos em 2019 foram para empresas chinesas, de acordo com um artigo de 2021 da Iniciativa de Pesquisa China-África da Universidade Johns Hopkins.

Em pouco tempo, vieram à tona graves falhas em alguns dos projetos.

O Paquistão fechou a hidrelétrica Neelum-Jhelum feita por chineses por perigo de desabamento detectado
O Paquistão fechou a hidrelétrica Neelum-Jhelum feita por chineses
por perigo de desabamento detectado
As autoridades do Paquistão fecharam a usina hidrelétrica Neelum-Jhelum em 2022 depois de detectar rachaduras em um túnel que transporta água por uma montanha para acionar uma turbina.

O chefe do regulador de eletricidade do país, Tauseef Farooqui, disse ao Senado do Paquistão que estava preocupado com o colapso do túnel apenas quatro anos depois que a usina de 969 megawatts entrou em operação.

O fechamento da usina já custou ao Paquistão cerca de US$ 44 milhões por mês em custos de energia, de acordo com o órgão regulador.

A empresa de geração de energia de Uganda identificou mais de 500 defeitos de construção em uma usina hidrelétrica de 183 megawatts construída pela China no rio Nilo, que gerou quebras frequentes desde que entrou em operação em 2019.

O Projeto de Energia Hidrelétrica Karuma de 600 megawatts no Nilo, também na Uganda, está três anos atrasada por defeitos de construção, incluindo paredes rachadas.

A empreiteira chinesa Sinohydro Corp., instalou cabos, interruptores e um sistema de extinção de incêndio defeituosos.

A China International Water & Electric Corp., que liderou construção da Usina Hidrelétrica de Isimba, falhou em construir uma barreira flutuante para proteger a represa de ervas daninhas e outros detritos, o que levou a turbinas entupidas e falta de energia, de acordo com a Uganda Electricity Generation Co., ou UEGC.

Em Angola, 10 anos depois que os primeiros inquilinos se mudaram para o Kilamba Kiaxi, um vasto projeto de habitação social fora da capital Luanda, muitos reclamam de paredes rachadas, tetos mofados e construção precária.

O projeto foi construído pelo CITIC Group da China.

“O nosso prédio tem muitas fissuras”, disse Aida Francisco, que vive num apartamento de quatro quartos no Kilamba com o marido e três filhos.

Uganda identificou defeitos graves na hidrelétrica Isimba (na foto em construção)
Uganda identificou defeitos graves na hidrelétrica Isimba (na foto em construção)
A umidade se acumula nas paredes do apartamento, causando mofo enquanto muitos materiais de construção, incluindo portas e grades, são de baixa qualidade.

Nos últimos anos muitos edifícios, incluindo o dela, caíram em desuso.

“Esses prédios não vão durar muito”, disse dona Francisco. “Eles estão desmoronando pouco a pouco.”

Na pobre província de Jujuy, no norte da Argentina, a PowerChina construiu o parque solar Cauchari, o maior projeto do gênero na América do Sul. A mais de 13.000 pés acima do nível do mar, é capaz de abastecer cerca de 160.000 residências, de acordo com o governo argentino.

No Brasil, a State Grid da China construiu uma das linhas de transmissão mais longas do mundo, conectando a barragem de Belo Monte, no Nordeste, a cidades do sul, a cerca de 1.550 milhas de distância.

No Equador parlamentares, ex-ministros e ativistas anticorrupção dizem que os empréstimos carecem de transparência, os contratos foram concedidos sem licitações públicas, resultando em construção de má qualidade, altos custos e corrupção.

Funcionários do governo atual e economistas equatorianos disseram que alguns projetos fazem pouco sentido, incluindo a expropriação de milhares de acres de terras agrícolas em um vale andino para construir uma nova metrópole chamada Yachay City, que deveria transformar o Equador em uma potência tecnológica regional.

O Export-Import Bank of China forneceu um empréstimo de US$ 200 milhões para as primeiras obras de infraestrutura. Hoje, o projeto foi abandonado, com um supercomputador de $ 6,3 milhões inutilizado, mas que deveria ser usado por pesquisadores sentados ao ar livre.

Em 2019, a controladoria-geral revisou a construção de 200 escolas feitas pelos chineses, relatando que alguns dos prédios apresentavam problemas nas fundações e outros tinham salas de aula com piso inclinado e cabos expostos. Cinquenta e sete das escolas foram concluídas com atraso, disse o escritório do controlador geral.

“Correa gastou em muitos projetos que não eram adequados”, disse Vicente Albornoz, economista da Universidade de Las Américas em Quito. “E a China estava financiando os gastos de Correa [nos projetos].”

O ex-presidente esquerdista Correa disse que o dinheiro impulsionou o desenvolvimento com novas rodovias, hospitais e escolas, mas foi condenado em 2020 por corrupção e está exilado na Bélgica.

A família Carranza salvou tudo o que pode temendo o desabamento da usina chinesa
A família Carranza salvou tudo o que pode temendo o desabamento da usina chinesa
Desde a inauguração da hidroelétrica Coca Codo Sinclair em 2016, funcionários da concessionária estadual de eletricidade encontraram mais de 17.000 rachaduras nas oito turbinas da usina. Eles atribuem as fissuras ao aço defeituoso importado da China.

Em 2020, as encostas do rio Coca começaram a desmoronar sacudindo o solo como um terremoto. A erosão destruiu a maior cachoeira do Equador, uma estrada importante e um oleoduto.

O Pink House, um bordel em San Luis que os moradores dizem ser popular entre os trabalhadores chineses e equatorianos, caiu no rio.

Temendo pela segurança de sua família, a Sra. Carranza fugiu de San Luis em março, salvando tudo o que pôde de sua casa, tirando janelas, portas e até mesmo o telhado.

O governo precisará realocar uma parte importante da usina o que custaria milhões de dólares, antes que a estrutura seja destruída pela erosão.

Nancy Chicaiza, moradora de San Luis, tem poucas esperanças de sobrevivência de sua cidade, e acha que a erosão acabará por destruir toda San Luis. “A Coca Codo foi considerada muito boa. Ninguém pensou nessas consequências”, disse Chicaiza


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

China prende dissidentes em hospitais psiquiátricos

Liu Hongzhi foi internado e torturado porque pedia investigação de explosão mortal numa fábrica
Liu Hongzhi foi internado e torturado
porque pedia investigação de explosão mortal numa fábrica
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Na China, criticar o Partido Comunista leva a uma cruel internação num hospital psiquiátrico, alertou o site Bitter Winter bem informado desde o interior do imenso país comunista.

O pior, acrescenta a fonte com testemunhos vindos do coração da China, é que se o infeliz dissidente tiver a sorte de ser solto, não pode revelar que foi abusado e torturado na clínica psiquiátrica.

Se o fizer, será enviado novamente para o hospital psiquiátrico, onde os médicos e enfermeiras que abusaram dele o tratarão com especial punição.

É a história do dissidente chinês Liu Hongzhi, entre outros. Seus parentes relataram em novembro [2022] ele foi detido e enviado novamente ao Hospital Mental Dali. Ele havia sido libertado em 16 de janeiro de 2020 e, desde então, reclamava publicamente de abuso e tortura.

Como muitos outros, Liu tornou-se dissidente por causa do Acidente Explosivo 321, ou seja, a explosão de 21 de março de 2019, na fábrica Tianjiayi Chemical em Chenjiagang, Jiangsu, que matou 78 e feriu 617 segundo a contagem oficial (as vítimas reais poderiam ter sido mais).

As reais causas do acidente nunca foram apuradas, mas muitos cidadãos locais e internautas apontaram a corrupção que tornava precárias as inspeções de segurança nas fábricas de produtos químicos.

A reação do PCCh foi proibir mais discussões sobre o acidente e fechar a área para jornalistas.

O método comunista para abafar as catástrofes trabalhistas se repete. O mesmo já tinha acontecido nas espantosas explosões no porto de Tianjin (escoa a produção da área de Pequim) que mataram pelo menos 114 pessoas e feriram mais de 700.

O regime “investigou as causas” e prendeu 15.000 internautas acusados de delitos que “puseram em perigo a segurança cibernética” e se deu por satisfeito. Cfr. Pequim “apura” explosões de Tianjin prendendo 15 mil descontentes 

Instantânea do 'Acidente  Explosivo 321' postado na rede social chinesa Weibo em 2019
Instantânea do 'Acidente  Explosivo 321'
postado na rede social chinesa Weibo em 2019
Neste caso, Liu, que é de Liaoning, foi um dos maiores críticos pela Internet da atitude das autoridades após o Acidente 321, e chamou a atenção da polícia.

Insatisfeito com o fato de terem sido ignoradas suas petições de um relatório oficial completo sobre o acidente, ele se juntou a outros dissidentes e em outubro de 2019 viajou para Hong Kong para apoiar o movimento pró-democracia local.

Isso foi demais para as autoridades, que o detiveram por “provocar brigas e confusão” (crime do artigo 293 do Código Penal, do qual os dissidentes são frequentemente acusados) e o declararam louco.

Ele foi enviado para um hospital psiquiátrico, rotina assustadora para reprimir dissidentes políticos e religiosos. Ali foi espancado e torturado repetidamente para “reformar” sua mente.

Ele também foi informado de que deveria manter silêncio sobre como foi tratado lá.

Mas ele falou. Então foi entregue novamente aos seus torturadores.



Corrupção teria sido culpada da explosão que deixou 47 mortos. Mas quem pedir esclarecimentos vai a hospital psiquiátrico.




quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Balões espiões chineses causam intensa preocupação

Balão espião chinês foi o último de uma série
Balão espião chinês foi o último de uma série
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Não foi o primeiro, mas sim um da “frota” de balões espiões que a China já enviou por cima dos cinco continentes.

O primeiro de um total de quatro já derrubados pelos EUA após sobrevoar o espaço aéreo americano, motivou o cancelamento da visita de Estado à Pequim que pretendia fazer o secretário de Estado Antony J. Blinken. Essa teria sido a primeira viagem à China de um secretário de Estado dos EUA em seis anos, informou “The New York Times”.

A descoberta pôs a China em alerta inclusive diante da balbuciante reação inicial do presidente Biden.

O Pentágono tentou minimizar o fato dizendo que não foi a primeira vez que a China enviou balões de espionagem aos EUA, e que este teria apenas permanecido no país por mais tempo.

Acrescentou que o balão não representava nenhuma ameaça militar ou física, e tinha um valor limitado para coleta de informações, palavras que depois desmentiu.

O balão viajou da China para as Ilhas Aleutas, no Alasca, e pelo noroeste do Canadá até chegar a Montana, onde ficou baseado. Mas, em Montana se encontra um dos três campos de mísseis balísticos intercontinentais americanos capazes de levar várias cabeças atômicas.

O Departamento de Defesa Nacional do Canadá informou que o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, que faz parte da parceria militar EUA-Canadá, estava “rastreando ativamente” os movimentos de um balão de vigilância de alta altitude.

A China tem vários satélites que orbitam a cerca de 300 milhas acima da Terra, podem tirar fotos e monitorar lançamentos de armas.

O fato ocorreu num momento em que as tensões entre Pequim e Washington aumentam.

Grupo 2 de Eliminação de Artefatos Explosivos da Marinha dos EUA, recupera balão de espionagem chinês derrubado
Grupo 2 de Eliminação de Artefatos Explosivos da Marinha dos EUA,
recupera restos de balão de espionagem chinês derrubado
Em um memorando vazado previamente, o general Mike Minihan, chefe do Comando de Mobilidade Aérea dos EUA, afirmou que seu país e a China travarão uma guerra em 2025. O estopim seria uma tentativa de Pequim de tomar à força Taiwan, informou a “Folha de S.Paulo”.

“As eleições presidenciais em Taiwan são em 2024, e elas darão a Xi [Jinping] um pretexto. As eleições nos EUA são em 2024 e oferecerão a Xi uma América distraída. O time de Xi, suas razões e oportunidades estão todas alinhadas para 2025”, acrescentou.

O diretor da CIA, William Burns, pediu não subestimar as ambições de Xi por Taiwan. A principal agência de inteligência americana foi informada de que o líder chinês ordenou a seus militares estar de prontidão para uma invasão da ilha que pode acontecer antes de 2027.

Hipocritamente, a China disse estar investigando se um balão espião seu violou o espaço aéreo dos EUA e repetiu que a “China é um país responsável que sempre cumpre rigorosamente o direito internacional”, segundo recolheu “La Nación”.

Diante da indignação nacional, Blinken qualificou o uso do balão de “irresponsável” e “uma clara violação da soberania dos EUA e do direito internacional”, registrou o “The New York Times”.

Os civis de Montana ficaram alarmados quando começaram a avistar o balão, a que de início o Pentágono tirou importância.

Mas, o caso tornou-se uma crise diplomática quando a atenção da mídia aumentou e os políticos republicanos pediram que o presidente Biden e Blinken agissem.

Alguns legisladores republicanos criticaram Biden por permitir que o balão flutuasse durante dias sobre os EUA e não tomar medidas mais duras contra a China. Funcionários da Casa Branca disseram que esses balões já apareceram inclusive durante o governo Trump.

O general quatro estrelas da Força Aérea Mike Minihan alertou para possível guerra com a China em 2025
O general quatro estrelas da Força Aérea Mike Minihan
alertou para possível guerra com a China em 2025
Pequim voltou à carga com suas mentiras e alegou que o balão se desviou acidentalmente, sendo usado só para pesquisa meteorológica.

Mais um balão espião chinês estaria sobrevoando a América Latina, confirmou o Pentágono em meio à crescente preocupação com o balão derrubado na costa leste dos EUA, difundiu o “The Epoch Times”.

“Estamos vendo um balão transitando pela América Latina e avaliamos ser outro balão de vigilância chinês”, disse o secretário de imprensa do Pentágono, brigadeiro-general Patrick Ryder.

O Ministério da Defesa do Canadá disse monitorar um “segundo incidente em potencial” e Ryder tirou o corpo.

O presidente Biden de início recebeu a “forte recomendação” dos líderes militares para não o derrubar devido aos riscos de destroços ferir civis.

“Minha grande preocupação com o balão chinês é seja um teste para ver o quão rápido reagimos e o que fazemos”, analisou Art Thompson, CEO da empresa Sage Cheshire Aerospace, da Califórnia, que fornece serviços para balões estratosféricos.

Thomson examinou os balões que passaram sobre os EUA e a Costa Rica, e achou que são muito semelhantes.

Chefes da NATO e do Departamento de Estado se reuniram para debater o caso do balão mais a crise da Ucrânia
Chefes da NATO e do Departamento de Estado se reuniram
para debater o caso do balão mais a crise da Ucrânia
Thompson defendeu derrubar o balão com armas laser, ação que foi efetivada por um jato F22. Ele teme que o da Costa Rica “vai ficar fora de alcance rapidamente porque na Costa Rica, ele vai atravessar o golfo muito rápido”, disse.

“Os chineses definitivamente estão nos testando e se preparando para algo”. Por certo nada tranquilizador ouvidas as ameaças bélicas do ditador marxista Xi, que em tudo fazem dueto com as de Putin no Kremlin.

Os restos do balão caíram perto da praia de Myrtle Beach, Carolina do Sul, em águas de pouca profundidade. Foram recuperados por membros da Marinha americana experimentados na manipulação de material perigoso no mar e entregues ao FBI para análise, informou “La Nación”.

Afinal, após anos de hipocrisia das administrações Trump e Biden, a Casa Branca reconheceu que a China usa balões meteorológicos extensivamente como ferramentas de espionagem em todo o mundo, registrou BFMTV.

A capital do comunismo chinês, como sempre, nega e disse acreditar que seja parte de uma campanha de difamação contra ela.

“Balões chineses foram observados sobre países dos cinco continentes” cuja soberania eles “violaram”, disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

Washington garante que a China enviou três aeronaves desse tipo para breves incursões nos céus americanos durante a presidência de Donald Trump, e já uma no início do mandato de Joe. Biden.

O balão espião sendo derrrubado
O balão espião sendo derrrubado
Para a China, a destruição do balão “foi um ato irresponsável”.

E acusou os EUA de ter enviado dezenas de balões do gênero para invadir seu espaço aéreo, sem dar especificações.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, lembrou que o exército americano continua com a coleta de detritos do balão na costa da Carolina do Sul, durante uma coletiva de imprensa ao lado do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

“Os EUA não foram o único alvo desse vasto programa que violou a soberania de países nos cinco continentes”.

Jens Stoltenberg manifestou a preocupação dos países da NATO com estas atividades da espionagem chinesa, sublinhando que Pequim tem investido maciçamente para adquirir novas capacidades militares.

“Também vimos um aumento nas atividades de espionagem da China na Europa. Eles usam satélites, internet e, como vimos nos EUA, balões”, disse.

De acordo com o “The Washington Post”, balões espiões foram usados para monitorar instalações militares no Japão, Índia e Taiwan, acrescentou o jornal.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Rezemos pelos sacerdotes presos pelo comunismo

Cardeal Ernest Simoni
Cardeal Ernest Simoni
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O Cardeal Ernest Simoni, 93 anos, foi ordenado em 1956, preso sete anos depois e condenado a morte duas vezes (1963 e 1973), pena mudada por trabalhos forçados pela ditadura socialista albanesa.

A ditadura quis fazê-lo apostatar em 1962 enquanto celebrava clandestinamente a Santa Missa em latim.

Acorrentaram-no, lhe leram a condena, o torturaram-no para blasfemar contra Jesus, a Igreja e o Papa. Nunca o fez e o enviaram para mais dez anos de trabalhos nos esgotos de Scutari, relatou “Religión en Libertad”.

Neste ano de 2023 que começa há bispos e sacerdotes chineses e de outras nacionalidades em situações análogas nos países comunistas.

Rezemos ao Menino Jesus para que os abençoe, lhes de coragem e seus sorrisos de consolo infinito.