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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Destruições impiedosas

O crucificado removido da igreja de  Xiahuang  (imagem fornecida por um informador interno)
O crucificado removido da igreja de  Xiahuang
(imagem fornecida por um informador interno)
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Enquanto afundava a “diocese modelo” do Acordo de capitulação vaticana em favor do marxismo pequinês, o famoso santuário de Nossa Senhora das Sete Dores em Dongergou, perto de Taiyuan (Shanxi) era destruído impiedosamente.

Ele foi substituído por um prédio “achinesado” que lhe tira toda expressão católica, noticiou a agência AsiaNews.

O santuário tem uma porta solene, chamada de “Porta do Paraíso”, no alto de uma grande escadaria, a qual os fiéis sobem de joelhos.

O governo simplesmente alegou que precisava fazer uma autoestrada que passasse por ali...

As numerosas imagens católicas, cruzes e sinos foram removidos.

O santuário de Guizhou também corre risco de destruição, e o termo mais apropriado para o que está sendo feito é o olhar indolente e risonho do Papa Francisco.

Na última romaria, a polícia fez exibição desproporcionada e desnecessária de força. Só os sacerdotes locais de Taiyuan puderam celebrar.



Polícia prende fiéis que rezavam em casa
Polícia prende fiéis que rezavam em casa
Muitos fiéis ainda subiram a grande escada de joelhos, implorando a preservação da “Porta do Paraíso”.

Todos os anos, no dia 15 de setembro, dezenas de milhares de peregrinos provenientes de todas as partes da China visitam o santuário.

Bitter Winter acrescentou que as autoridades ateias observaram que o Santuário de Nossa Senhora dos Sete Dolores deveria ser demolido pois nele “havia cruzes e estátuas demais”.

Hipocritamente, a administração socialista qualificou a destruição como “renovação e correção”, impedindo que qualquer um se aproximasse do local sem licença.

As estátuas foram removidas, os dois andares superiores foram demolidos e a imponente construção católica foi transformada num prédio estilo chinês que faria as delícias dos nossos promotores de arte moderna.

Durante a reforma “cultural” a prefeitura desativou os celulares da área, enquanto uma centena de policiais bloqueava as estradas que conduziam ao santuário.

Até os celulares dos operários eram inspecionados, e fotos ou imagens apagadas.

A prefeitura não queria danificar a imagem do Partido Comunista e os policiais percorriam as ruas da aldeia vizinha para impedir que os fiéis “criassem problemas”.

Um velho fiel comparou o temor do regime ao que aconteceu durante o massacre da Praça Tiananmen em 1989, quando os estudantes esmagados foram acusados de contra-revolucionários e seus familiares não puderam sequer ver seus cadáveres.

Juventude comunista de Jiangxi declarou que 'Jesus é Deus dos ocidentais' mas cultua-lo na China é traição
Juventude comunista de Jiangxi declarou que 'Jesus é Deus dos ocidentais'
mas cultua-lo na China é traição
Bitter Winter acusa o Acordo entre a Santa Sé e a China de 2018 como o grande responsável dos atropelos socialistas atuais.

Em setembro de 2019 foi arrancada a imagem do santuário de Nossa Senhora do Carmo, em Tianjiajing, Henan, e um altar de mais de 100 anos foi enterrado numa fossa comum.

O decano de uma igreja católica disse a Bitter Winter que com essas destruições religiosas o governo quer deixar claro que igreja alguma pode-se achar acima do Partido Comunista.

O sacerdote deduziu: “atualmente o poder do Partido não é estável. Temem ver a Igreja Católica unida, e a perseguem pois pensam que os católicos podem se rebelar e ‘criar problemas’”.


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