Na China, a água para beber é tão perigosa quanto o ar para respirar, segundo 'The Guardian' |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
No mundo ainda livre, governos e ativistas ambientalistas se empenham em pôr freios à produção, a China Vermelha continua alegre e impune pela deblaterada rodovia das emissões danosas ao planeta.
O “Wall Street Journal” demonstrou como a China prossegue violando as diretrizes ecológicas que a ONU, a União Europeia, entre outros, exigem de outros países a custo de serem parados. Apud “Why Does Red China Always Have a Green Light at Environmental Stop Lights?”
O ditador chinês Xi Jinping, promete ao mundo um futuro verde, mas nunca cumpre e é sempre aplaudido como campeão da luta contra o “aquecimento global” porque conta com múltiplas e altas cumplicidades nos países ocidentais.
A lista de violações chinesas dos mitos ambientalistas erigidos em dogma não é sequer mencionada pela rígida eco-polícia cujas delegacias ou tribunais punitivos que emitem condenações pela grande mídia, ONGs e organismos internacionais.
Em 2017, cerca de 1,24 milhões de chineses morreram devido à poluição atmosférica com protestos mínimos do movimento ecológico.
A China liberta hoje 50% mais emissões de CO2 do que a Europa, os EUA e o Japão juntos, fato que deveria levantar uma onda de indignados protestos. Mas até Greta Thunberg dá de ombros.
Outro desastre ecológico só tolerado ao regime comunista de Pequim é a destruição dos cursos de água.
Procurando a hegemonia industrial planetária, a China construiu reservatórios e desviou rios com incalculáveis danos aos recursos hídricos prejudicando até outros países asiáticos.
Um dos desastrosos resultados é que a grande parte da água da China, aliás famosa por seus enormes rios, não é potável e não pode ser utilizada para a agricultura.
Na época das grandes chuvas, numerosas cidades são alagadas de modo destrutivos.
Entre outros “crimes ecológicos” a marinha de guerra chinesa destrói delicados ecossistemas de recifes de coral.
No Mar do Sul da China, a armada comunista construiu instalações militares e pistas no topo de 90 milhas quadradas de recifes de coral. E os poucos protestos nem chegaram aos arautos ocidentais do planeta.
Tal impunidade aos imensos “crimes ecológicos” vai além de qualquer raciocínio: é de natureza radicalmente ideológica.
Após a queda da Cortina de Ferro, muitos militantes esquerdistas trocaram o velho vermelho marxista pelo novo verde ecologista.
A velha dialética da luta de classes se travestiu em ecologia, a política de identidade e o ativismo LGBTQetc. Os objetivos são os mesmos: o Ocidente deve ser destruído e uma nova desordem ecológica mundial deve ser instalada.
Poluição do ar mata quatro mil pessoas por dia segundo 'The Independent' |
“A proteção do ambiente tornou-se a principal ferramenta de ataque contra o Ocidente, ela é usada como pretexto para minar a base industrial das nações desenvolvidas, para introduzir mal-estar, reduzir o padrão de vida e implantar valores comunistas”. Cfr. “Chapter Sixteen, Part I: The Communism Behind Environmentalism” .
O eco-movimento tolera os eco-desastres chineses porque partilha os mesmos objetivos filosóficos e sociais, que visam destruir os últimos restos da Cristandade, dissolvendo-os numa sociedade nivelada sem mercados livres, restrições, família, religião e moral tradicional.
Neste movimento revolucionário mundial para implantar uma sociedade utópica, só compreensível à luz da Revolução gnóstica e igualitária denunciada pelo Prof. Plinio Correa de Oliveira, a esquerda procura a destruição do Ocidente e das suas estruturas socioeconômicas.
Uma preocupação genuína com o planeta deveria incluir a condenação das desastrosas políticas ecológicas da China.
Mas, onde estão esses ambientalistas, ou ecologistas, que dizem estar sinceramente preocupados com o planeta?