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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Famílias e crianças punidas pelo comunismo chinês

Família de uigures dissidentes é separada à força
Família de uigures dissidentes é separada à força
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Relatório do grupo de ONGs internacionais Chineses Defensores dos Direitos Humanos (CHRD) denunciou que o governo comunista de Pequim está punindo os filhos dos “defensores dos direitos humanos” num contexto de crescente repressão à sociedade civil, informou “LifeSiteNews”.

O informe faz parte da série de relatórios anuais do CHRD sobre a situação dos defensores dos direitos humanos que protestam contra o Partido Comunista Chinês (PCCh).

O título do trabalho é: “Se eu desobedecer, minha família sofrerá”. Ele descreve a perseguição das autoridades chinesas aos defensores dos direitos básicos e seus familiares qualificados de “atos de punição coletiva”.

O relatório se concentra nos fatos de 2023, mas afirma que “as autoridades chinesas têm usado essas táticas durante décadas, infligindo danos tremendos com impunidade”.

E quando os prejudicados recorrem à Justiça na procura de alguma reparação, “muitas vezes desencadeiam mais assédio policial, brutalidade e processos legais infundados”, prossegue o atroz relato.

Esse se baseia nos testemunhos de pessoas afetadas pela punição coletiva do governo chinês em 2023, removendo os detalhes que possam identificá-los para proteger os informantes de represálias oficiais.

O capítulo 1 detalha os métodos utilizados pelos agentes comunistas contra os filhos de dissidentes. Entre eles, menciona, abusos, processos penais, incomunicação dos parentes presos, obstrução dos contatos com estrangeiros e separação familiar forçada incluindo proibição de saída do país.

As punições são coletivas contra as famílias dos dissidentes. Mas aplica outros métodos não menos dolorosos para silenciá-los.

Entre eles toda uma gama de outras ferramentas “como censura, detenção arbitrária, desaparecimentos forçados, tortura e maus-tratos, violência sexual e assédio das mulheres visando silenciar, intimidar e punir os defensores dos direitos humanos”.

Uma testemunha acrescenta que esses métodos comunistas são aplicados como “uma política informal ou oculta”.

Por exemplo, os filhos pequenos da ativista He Fangmei foram internados no Hospital Psiquiátrico Henan Xinxiang Gongji, após ela e o marido terem sido detidos pelos agentes da repressão em 2020.

Ela deu à luz uma menina em fevereiro de 2021, que lhe foi arrancada à força logo após nascida e “deixada no hospital psiquiátrico com os outros filhos”, narra o relatório, “sem o consentimento dos pais ou de qualquer parente próximo”.

As outras duas filhas de He permaneceram internadas no hospital psiquiátrico “apesar dos apelos dos familiares para que fossem liberadas”.

O hospital psiquiátrico até recusou o pedido da irmã de He para visitar as crianças, citando ordens do governo chinês.

No momento em que foi escrito o relatório as crianças estavam “desaparecidas”.

Num outro caso, familiares do advogado de direitos humanos Wang Quanzhang sofreram grande “assédio e intimidação” durante a detenção de Wang e mesmo após a sua libertação.

O governo chegou ao ponto de negar ao filho de Wang a educação, como corroboram os relatórios da ONG “Rede de Defesa dos Direitos”.

Wang finalmente fez um vídeo no YouTube detalhando sua situação: “(desde 2015). Vinte e quatro horas por dia, um grande número de pessoas desconhecidas cerca-nos, seguem-nos, tiram-nos fotografias, perturbam-nos e intrometem-se na nossa vida quotidiana.

“Minha família foi despejada à força muitas vezes. Nossa água, eletricidade e gás foram cortados.

“Quando encontrámos uma escola para o meu filho, rapidamente essa foi visitada pela polícia, que interrogou os professores e os assediou. Depois de apenas um dia, fomos informados de que meu filho não poderia mais frequentar aquela escola. Meu filho apresenta sintomas de trauma psicológico desde então”.
As famílias dos dissidentes são usadas como vítimas para a intimidação
As famílias dos dissidentes são usadas como vítimas para a intimidação
O relatório do CHRD cita ainda Li Wenzu, esposa de Wang, sobre os efeitos da perseguição sobre o seu filho, cujo nome é Quanquan:

“Uma noite, fomos acordados por chutes violentos na porta da casa de um amigo que nos acolheu. Quanquan estava tão assustado que me segurou com força, seu corpo tremendo incontrolavelmente, soluçando... A polícia entrou correndo, exigiu revistar o local, dizendo que procurava 'usuários de drogas'.

“Quando finalmente encontramos outra moradia alugada, a polícia a invadiu depois da meia-noite, gritando que a criança devia se levantar e todos deveriam ir embora, enquanto eles quebravam coisas, ameaçando nos bater se nos recusássemos a sair.

“Na manhã seguinte, Quanquan ainda estava em estado de choque, com sangramento nasal, febre alta e praticamente em estado de colapso. Desde então, ele sofre uma forte dor de cabeça, que às vezes o impede de ler, e o obriga a ficar na cama. Provavelmente é devido ao tremendo estresse.”


Os dissidentes que tentam fugir para o estrangeiro tiveram de enfrentar proibições de saída, tendência em aumento à medida que o ditador Xi Jinping aperta as suas rédeas no poder.

Wang Qiaoling, advogada e defensora dos direitos humanos, detalhou como o seu filho Zeyuan não pôde deixar a China para continuar os seus estudos devido às proibições impostas à sua família pelas autoridades socialistas:

Durante anos, o governo comunista chinês foi criticado em nível nacional e internacional por violar os direitos humanos, particularmente nas regiões de Xinjiang e Tibete, bem como em Hong Kong nos últimos tempos.

Pequim rejeita obstinadamente as denúncias das violações dos direitos cidadãos que pratica, aduzindo uma campanha internacional de difamação para obstruir o desenvolvimento da China.

Os falsos alegados produzidos pelos ditadores marxistas não são geralmente acreditados, excetuados por uma cúmplice articulação de bilionários, ideólogos e jornalistas simpatizantes do maoismo e, infelizmente, pela diplomacia vaticana do período pós-conciliar.


quarta-feira, 21 de agosto de 2024

China envenena o planeta com anuência de ecologistas ocidentais

Na China, a água para beber é tão perigosa quanto o ar para respirar, segundo 'The Guardian'
Na China, a água para beber é tão perigosa quanto o ar para respirar, segundo 'The Guardian'
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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No mundo ainda livre, governos e ativistas ambientalistas se empenham em pôr freios à produção, a China Vermelha continua alegre e impune pela deblaterada rodovia das emissões danosas ao planeta.

O “Wall Street Journal” demonstrou como a China prossegue violando as diretrizes ecológicas que a ONU, a União Europeia, entre outros, exigem de outros países a custo de serem parados. Apud “Why Does Red China Always Have a Green Light at Environmental Stop Lights?”

O ditador chinês Xi Jinping, promete ao mundo um futuro verde, mas nunca cumpre e é sempre aplaudido como campeão da luta contra o “aquecimento global” porque conta com múltiplas e altas cumplicidades nos países ocidentais. 

 
A lista de violações chinesas dos mitos ambientalistas erigidos em dogma não é sequer mencionada pela rígida eco-polícia cujas delegacias ou tribunais punitivos que emitem condenações pela grande mídia, ONGs e organismos internacionais.

Em 2017, cerca de 1,24 milhões de chineses morreram devido à poluição atmosférica com protestos mínimos do movimento ecológico.

A China liberta hoje 50% mais emissões de CO2 do que a Europa, os EUA e o Japão juntos, fato que deveria levantar uma onda de indignados protestos. Mas até Greta Thunberg dá de ombros.

Outro desastre ecológico só tolerado ao regime comunista de Pequim é a destruição dos cursos de água.

Procurando a hegemonia industrial planetária, a China construiu reservatórios e desviou rios com incalculáveis danos aos recursos hídricos prejudicando até outros países asiáticos.

Um dos desastrosos resultados é que a grande parte da água da China, aliás famosa por seus enormes rios, não é potável e não pode ser utilizada para a agricultura.

Na época das grandes chuvas, numerosas cidades são alagadas de modo destrutivos.

Entre outros “crimes ecológicos” a marinha de guerra chinesa destrói delicados ecossistemas de recifes de coral.

No Mar do Sul da China, a armada comunista construiu instalações militares e pistas no topo de 90 milhas quadradas de recifes de coral. E os poucos protestos nem chegaram aos arautos ocidentais do planeta.

Tal impunidade aos imensos “crimes ecológicos” vai além de qualquer raciocínio: é de natureza radicalmente ideológica.

Após a queda da Cortina de Ferro, muitos militantes esquerdistas trocaram o velho vermelho marxista pelo novo verde ecologista.

A velha dialética da luta de classes se travestiu em ecologia, a política de identidade e o ativismo LGBTQetc. Os objetivos são os mesmos: o Ocidente deve ser destruído e uma nova desordem ecológica mundial deve ser instalada.

Poluição do ar mata quatro mil pessoas por dia segundo 'The Indpendent'
Poluição do ar mata quatro mil pessoas por dia segundo 'The Independent'
A falecida Natalie Grant Wraga, especialista na desinformação soviética alertou ao Departamento de Estado dos EUA sobre o engano soviético:

“A proteção do ambiente tornou-se a principal ferramenta de ataque contra o Ocidente, ela é usada como pretexto para minar a base industrial das nações desenvolvidas, para introduzir mal-estar, reduzir o padrão de vida e implantar valores comunistas”. Cfr. “Chapter Sixteen, Part I: The Communism Behind Environmentalism” .

O eco-movimento tolera os eco-desastres chineses porque partilha os mesmos objetivos filosóficos e sociais, que visam destruir os últimos restos da Cristandade, dissolvendo-os numa sociedade nivelada sem mercados livres, restrições, família, religião e moral tradicional.

Neste movimento revolucionário mundial para implantar uma sociedade utópica, só compreensível à luz da Revolução gnóstica e igualitária denunciada pelo Prof. Plinio Correa de Oliveira, a esquerda procura a destruição do Ocidente e das suas estruturas socioeconômicas.

Uma preocupação genuína com o planeta deveria incluir a condenação das desastrosas políticas ecológicas da China.

Mas, onde estão esses ambientalistas, ou ecologistas, que dizem estar sinceramente preocupados com o planeta?



quarta-feira, 17 de julho de 2024

Páginas heroicas escritas com sangue de cristãos

Catedral de Baoding, diocese onde se desenvolve muito a resistência católica
Catedral de Baoding, diocese onde se desenvolve muito a resistência católica
Luis Dufaur
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Na diocese de Baoding continua a repressão aos objetores de consciência católicos. Aqueles que veem uma traição no acordo Vaticano-China e não se juntam à Igreja Católica Patriótica estão sendo “desaparecidos”, escreveu “Bitter Winter” com dados chegados do coração da perseguição.

Após o acordo Vaticano-China de 2018, a Santa Sé encorajou os católicos a aderirem à excomungada Igreja Católica Patriótica, controlada pelo governo.

Porém, a diplomacia vaticana teve que admitir que aqueles que se recusam a fazê-lo por razões de consciência, embora não sejam encorajados nem aprovados pelo Vaticano, não são excomungados, continuam a fazer parte da Igreja Católica e devem ser tratados com “respeito”.

O Partido Comunista Chinês (PCCh) expressa o seu “respeito” aos objetores de consciência católicos prendendo-os brutalmente.

A diocese de Baoding, cidade na província de Hebei, a 150 quilômetros de Pequim, é um centro de objeção de consciência católica.

A atitude do bispo Francisco An Shuxin, que se juntou à Associação Patriótica, foi condenada pelos objetores de consciência. Em represália, as igrejas e seminários clandestinos fiéis a Roma foram invadidos em 2020.

Mons. Peter Joseph Fan Xueyan, bispo mártir de Baoding
Mons. Peter Joseph Fan Xueyan, bispo mártir de Baoding
O fiel bispo legítimo de Baoding Mons. Peter Joseph Fan Xueyan (1907-1992), “desapareceu” em 1990.

Seu corpo com claros sinais de tortura foi deixado à porta da casa de familiares em 1992 em um saco plástico.

Sua memória é venerada como a de um mártir modelar pelos objetores de consciência.

Dois líderes da resistência católica em Baoding, o Pe. Chi Huitian e o Prof. Chen Hekun, “desapareceram” em abril [2024], enquanto outros objetores de consciência católicos foram presos e submetidos a forte doutrinação na prisão.

Apesar da severa perseguição, o movimento de resistência católica continua a prosperar.

Não se trata de apenas de velhos incapazes de compreender os novos tempos.

A objeção de consciência é muito popular entre os jovens católicos.


quarta-feira, 10 de julho de 2024

Carros elétricos chineses entopem portos

Carros elétricos chineses empilhados em portos europeus
Carros elétricos chineses empilhados em portos europeus
Luis Dufaur
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A China montou numa megaestrutura produtora de carros híbridos e elétricos imaginando dominar o mercado mundial de carros, explicou “La Nación”.

Os capitais do regime maoista financiaram marcas novas como a BYD, que surgiram do nada para se posicionar por cima das maiores montadoras ocidentais de carros elétricos e dominar o setor a nível mundial.

A China chegou a construir pelo menos oito megacargueiros capazes de distribuir no Ocidente a fabulosa produção dos novos carros.

Em outros rubros o regime de Pequim já vinha dando poderosos sinais dessa vontade hegemônica com ambiciosos planos de expansão mundial, incluindo Europa e América Latina.

A capacidade das montadoras chinesas tocada a ritmo de produção militar, entretanto, atingiu logo o desequilíbrio e superou a procura por esses carros. Simultaneamente, os consumidores do velho continente e da América do Norte vinham se afastando dos carros elétricos por problemas novos ligados a essa tecnologia.

O resultado é que veículos de diversas marcas chinesas, bem melhores que os miseráveis primeiros modelos, se acumulam nos portos europeus e entopem as atividades.

O “Financial Times” exemplificou com a situação no porto de Antuérpia-Brugge, Bélgica, e o de Bremen, na Alemanha, principais terminais onde chegam os rodados chineses para serem distribuídos na União Europeia (UE).

Catástrofe dos carros elétricos chineses estocados nos portos europeus. Mais de100.000 em Bruges
Catástrofe dos carros elétricos chineses estocados nos portos europeus.
Mais de100.000 em Bruges
A própria UE estava pavimentando o mercado para a entrada chinesa obrigando as montadoras europeias a cessarem a produção de carros com motores a explosão em prazos ultra-apertados.

A UE errou em todos os sentidos e hoje se discute a subsistência futura dessa União. No que se refere aos carros elétricos chineses, eles saturam há meses a capacidade de armazenamento dos portos que os recebem.

Por falta de escoamento no mercado, muitos deles ficam estacionados por períodos prolongados, que podem levar até 18 meses até serem vendidos ao usuário final, conforme informa o setor de logística automotiva à mídia internacional.

Segundo as mesmas fontes diversas montadoras chinesas do novo estilo alugaram grandes áreas em zonas próximas dos portos para armazenarem veículos sem clientes.

“Os fabricantes chineses de automóveis elétricos estão cada vez mais a utilizar os portos como estacionamento ou armazéns”, se queixou um porta-voz de uma empresa de logística ao “Financial Times”.

E um executivo do porto de Antuérpia explicou que “em vez de exibi-los nas concessionárias, eles os vendem com retirada direta no terminal portuário”. Mau sinal.

Porto de Bruges inundado por carros chineses sem saída
Porto de Bruges inundado por carros chineses sem saída
À queda de interesse pelos carros elétricos na Europa soma-se o fato de que em 2024, alguns países da UE retiraram os subsídios financeiros para sua compra.

O financiamento governamental tem sido decisivo para a expansão das “energias alternativas” e suas aplicações, sendo aproveitado pelos consumidores enquanto existe. Mas cessando a distorção do mercado assim induzida, as promessas futuristas ambientalistas esmorecem ante a realidade.

A Alemanha, pioneira neste tipo de benefícios e de sua retirada, é um exemplo paradigmático: só em março 2024 a venda dos carros elétricos teve uma queda de 29%.

O baixo consumo abalou as ofensivas hegemônicas da China, embora ofereça preços comparativamente muito baixos.

Em 2022, as exportações chinesas de carros elétricos para a Europa aumentaram 58%, notadamente das marcas Great Wall, Chery, SAIC e BYD. Mas agora a tendência se inverteu acentuadamente.

Acresce que as marcas chinesas são cada vez mais vistas como predadoras incomparáveis que não compensam as exageradas facilidades nas tarifas europeias de importação que se aproximariam a um fim.

Na terminal do porto de Zeebrugge na Bélgica, os carros elétrricos chineses ficam em até 18 meses aguardando comprador
Na terminal do porto de Zeebrugge na Bélgica,
os carros elétricos chineses ficam até 18 meses aguardando comprador
“Os portos estão saturados há muito tempo”, disse Wolfgang Goebel, presidente da Associação Europeia de Logística de Veículos Acabados. “Temos um mercado fraco, o que provoca poucas vendas”.

As utopias ambientalistas não convenceram aos homens e só seriam implantáveis com uma introdução acelerada por governos que atropelam os desejos profundos de seus governados.

As diversas tecnologias “alternativas” estão irritando aos cidadãos não convencidos pela propaganda de quiméricas catástrofes espalhadas pela imprensa.


quarta-feira, 3 de julho de 2024

Conúbio do Vaticano com os perseguidores de Pequim

A perseguição religiosa ficou muito acentuada a partir fo acordo do comunismo com o Vaticano
A perseguição religiosa ficou muito acentuada
a partir do acordo do comunismo com o Vaticano
Luis Dufaur
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Apesar do contínuo encarceramento de bispos e padres católicos, o Vaticano continua permitindo que os ditadores comunistas designem como bispos das dioceses católicas a candidatos favoráveis à doutrinação comunista e ao controle governamental dos fiéis, escreveu LifeSiteNews.

O PCCh também está aumentando o assédio à Igreja Católica em Hong Kong. Na cidade outrora livre aprovou uma lei de segurança cujo Artigo 23 exige que os padres violem o secreto de Confissão se ouvirem o que as autoridades consideram um “crime de traição”.

No retorno de uma viagem apostólica à Mongólia, em setembro 2023, o Papa Francisco I dirigiu palavras de elogio à República Popular da China, que teria sido o verdadeiro objetivo da visita papal a Ulaanbator, considerada uma etapa de aproximação com Pequim.

Falando sobre a relação do Vaticano com a China comunista, o Papa Francisco a descreveu como “muito respeitosa”, apesar das autoridades em Pequim proibirem os católicos chineses de viajar para a vizinha Mongólia para verem o Papa.

“Pessoalmente, tenho uma grande admiração pelo povo chinês, eles são muito abertos, por assim dizer... Para a nomeação dos bispos existe uma comissão que trabalha há algum tempo com o governo chinês e o Vaticano: é um diálogo.

“E há também alguns padres católicos ou intelectuais católicos que são convidados a lecionar em universidades chinesas”, disse Francisco I.

Bispos que aderiram ao comunismo não são do Demônio diz o Partido do Diabo, ou comunista.
Bispos que aderiram ao comunismo não são do Demônio diz o Partido do Diabo, ou comunista.
O pontífice auspiciou ainda “que « os cidadãos chineses não pensem que a Igreja não aceita a sua cultura e valores, e que a Igreja depende de outra potência estrangeira”.

Numa outra conferência de imprensa aérea, regressando de Budapeste, o pontífice abandonou de fato o cardeal Zen, antigo arcebispo de Hong Kong que passou a vida a resistir as perseguições da China comunista,

O cardeal Zen encarna se destaca por defender os católicos chineses “clandestinos” que desde o acordo sino-vaticano têm o medo terrível de terem sido abandonados pelo Vaticano.

O Cdal. Zen está a ser julgado na Hong Kong controlada desde Pequim: a inércia do Vaticano levou até o Parlamento Europeu (!) a pedir à Santa Sé que fizesse alguma coisa pelo príncipe da Igreja chinês.

O acordo sino-vaticano, é tido como uma traição indescritível aos católicos chineses e à sua atual história de martírios.

O tratado é violado repetidamente por Pequim, que nomeou e transferiu bispos sem o consentimento de Roma. O Vaticano submeteu-se à vontade do Dragão.

Os sinais de enfeudamento da hierarquia católica ao poder marxista são visíveis há tempo e adotam formas cada vez mais revoltantes à moral e ao direito.

Um artigo em inglês no portal da Internet da Santa Sé qualificou de suposições os atos persecutórios do comunismo aos fiéis católicos da China.

Bispos que aderiram aos comunistas veneram imagem do Pe. Mateo Ricci, precursor da 'sinização' do catolicismo hoje
Bispos que aderiram aos comunistas veneram imagem do Pe. Mateo Ricci,
precursor da 'sinização' do catolicismo hoje
A China hackeou os dados de um aplicativo de namoro homossexual, e disse encontrar imensas quantidades de homens consagrados.

Durante muito tempo o encarregado do acordo com Pequim foi o ex-cardeal Theodore McCarrick, envolvido em escândalos de pedofilia. Quando ia à China para tramar o acordo ele dormia num seminário da Igreja Patriótica Chinesa...

Os ‘desaparecidos’ continuam, as denúncias são falsificadas abertamente por denunciantes pagos, se tenta a lavagem cerebral de muitos padres, freiras são perseguidas e as demolições de igrejas e institutos religiosos continuam implacavelmente.

Porém o Vaticano convida prelados patrióticos para o Sínodo, e Pequim agradece “sagrando” bispos sem a anuência de Roma – enquanto os padres fiéis são torturados pelo governo socialista.

Já correm rios de sangue de mártires do comunismo que a atual diplomacia vaticana não reconhece como “sementes de cristãos”. Desconhecimento tolo, aliás, que prepara a futura conversão do país-continente chinês.


quarta-feira, 26 de junho de 2024

Demolição forçada de igrejas

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O relatório da ChinaAid 2024 inclui a devastadora demolição forçada de igrejas levada a cabo pelas autoridades, enquanto os cristãos locais observavam horrorizados.

O relatório registra que “na noite de 11 de janeiro, sem aviso prévio, o governo do condado de Ruian, cidade de Wenzhou, província de Zhejiang, enviou grande número de policiais de choque para demolir a igreja de Nangang na rua Feiyun-

O pretexto foi construir edifícios comerciais no local. A igreja cobria uma área de 8 acres e valia dezenas de milhões de RMB”, moeda oficial chinesa.

Na Internet circularam dois vídeos da demolição forçada. Num deles dezenas de policiais pesadamente armados, com capacetes, máscaras, uniformes e capas de chuva, praticaram violências contra os cristãos que tentavam defender a igreja.

“Outro vídeo mostrava policiais cercando os cristãos que vieram impedir a demolição da igreja”.

“Grandes gruas trabalharam durante horas atravessando a noite. A igreja foi derrubada e as paredes e janelas foram rachadas. Havia tijolos e telhas amassados.

“A grande e bela igreja foi reduzida a escombros. Sua cruz caiu no chão com a igreja e ficou submersa numa nuvem de cinzas”.

Igrejas e conventos, incluindo uma abadia histórica e centenária anexa à Catedral do Imaculado Coração de Maria, foram arrasadas em outras províncias e os planos são de continuar com a demolição de igrejas no futuro.

A ChinaAid 2024 escreveu: “as autoridades de Wenzhou, na província de Zhejiang, pretendem retomar a demolição das cruzes das igrejas. No final de julho, a igreja de Dongqiao, no distrito de Baixiang, foi avisada de que as autoridades removeriam a cruz da igreja no dia 3 de agosto”.

No dia 22 de fevereiro, a polícia de Datong, província de Shanxi, demoliu residências em torno da histórica Catedral católica do Imaculado Coração de Maria, usada por padres e freiras da diocese local. A histórica catedral e abadia têm uma história de 100 anos com todas as licenças exigidas.

As autoridades socialistas procuraram também eliminar todos os vestígios dos feriados cristãos, proibindo até mesmo o menor sinal de celebrações do Natal em dezembro.

Na cidade de Baoding, a polícia impediu a frequentação dos serviços religiosos na noite de Natal.

ChinaAid 2024 acrescenta: “em 24 de dezembro (2023), a polícia tomou medidas especiais e os veículos não foram autorizados a circular pelas estradas que conduzem às igrejas.

“Os transportes públicos que passavam pela área tiveram que seguir rotas alternativas. Todas as lojas ao redor das igrejas foram obrigadas a fechar e as atividades comerciais ficaram proibidas”.

“Policiais em grande número foram mobilizados em redor das igrejas, com viaturas estacionadas perto das igrejas.

“Os policiais usavam equipamento de choque e alguns se instalaram dentro das igrejas. Numa atmosfera carregada de tensão e mal-estar a polícia impediu que pais com filhos entrassem nas igrejas”.


quarta-feira, 19 de junho de 2024

Perseguição comunista: padecimentos dos padres fiéis

Velório do Cardeal Joseph Fan Zhong-Liang, arcebispo de Shangai. Sofreu décadas em campos de concentração e prisões
Velório do Cardeal Joseph Fan Zhong-Liang, arcebispo de Shangai.
Sofreu décadas em campos de concentração e prisões.
Exemplos como os dele, inspiram a resistência católica.
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Luis Dufaur
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Em abril de 2023, a polícia prendeu o Pe. Xie Tianming, católico clandestino da diocese de Baoding, província de Hebei. Ele foi torturado e ainda está detido pelas autoridades por se recusar a aderir à igreja oficial estatal.

A ChinaAid escreveu que por volta das 18 horas do dia 10 de abril, o Pe. Xie Tianming, sacerdote católico clandestino da diocese de Baoding, na província de Hebei, “desapareceu”.

Descobriu-se que ele estava fora aprisionado num local secreto para receber “reeducação” política e “lavagem cerebral”.

Ele poderia enfrentar uma longa pena de prisão até “provar” que mudou de mentalidade. Devido ao bloqueio contínuo de informações por parte do governo chinês, há muito pouca informação sobre o padre.

Em Setembro de 2023, o Pe. Yang Xiaoming, da diocese de Wenzhou, província de Zhejiang, foi acusado de “falsário” por não ser reconhecido pelo governo como líder religioso, uma vez que recusou a se inscrever na Associação Patriótica.

Segundo a ChinaAid, no início de setembro foi acusado, julgado e condenado por “atividades religiosas sob o disfarce de pessoal religioso ou obter dinheiro através de fraude e outras atividades ilegais”, por não aderir à estatal Associação Patriótica Católica Chinesa.

Sofreu sanções administrativas, incluindo “a ordem de cessar suas atividades (sacerdotais)”, o confisco de rendimentos de 28.473,33 yuan (cerca de 3.500 euros) e uma multa de 1.526,67 yuan (cerca de 200 euros)”.

O Pe. Yang foi ordenado em 18 de dezembro de 2020 por Mons. Peter Shao Zhumin, da diocese de Wenzhou, aprovado pelo Vaticano, mas preso e monitorado porquee recusa entrar na Associação Patriótica Católica Chinesa”.

Assanhamento contra Mons. Peter Shao Zhumin

Mons. Peter Shao Zhumin
Mons. Peter Shao Zhumin
Em fevereiro de 2023, as autoridades prenderam o bispo católico clandestino Peter Shao Zhumin, da diocese de Wenzhou, província de Zhejiang, impedindo-o de assistir ao funeral de um dos seus sacerdotes, informou “Bitter Winter”.

O relatório de ChinaAid registra que “em 2 de fevereiro, as autoridades apreenderam o bispo e seu secretário, Pe. Paolo Jiang Sunian, para impedi-los de comparecer ao funeral do sacerdote “clandestino”, Pe.Leo Chen Nailiang.

Mons. Shao e Pe. Leo pertencem à Igreja “subterrânea” leal à Santa Sé. O Pe. Leo era sacerdote da paróquia de Pingyang, em Wenzhou, sendo profundamente querido pela congregação.

Após o seu desaparecimento, as autoridades proibiram todos os fiéis “ilegais” de participar no seu funeral e na celebração da missa presidida por três sacerdotes da paróquia de Rui'an.

Calvário do bispo James Su Zhimin


Foto histórica de Mons. Zhimin
Foto histórica de Mons. Zhimin
O bispo James Su Zhimin continua desaparecido após ser detido pelas autoridades comunistas. Em verdade, nem se sabe se ainda está vivo ou já ingressou na imensa legião dos mártires chineses que reina nos Céus.

Ele foi visto pela última vez em 2003, e hoje completaria 92 anos. Recusando-se firmemente a aderir à cismática Associação Patriótica, dirigida pelo ateu Partido Comunista Chinês.

Ele sofreu mais de 40 anos de prisão, nas pegadas do heroico cardeal de Xangai, Ignatius Kung, que passou 30 anos na prisão por se recusar a fundar uma igreja cismática a mando das autoridades comunistas em 1955.

Mons. Su padeceu numerosas detenções pelas autoridades chinesas e “Bitter Winter” escreveu que ele “é amplamente considerado um herói pelos católicos chineses.

“Ele foi um líder leigo católico preso três vezes entre 1956 e 1975. Libertado em 1979, estudou clandestinamente para se tornar padre e foi ordenado em 1981, aos 49 anos.

“Isto levou à sua quarta prisão em 1982. Libertado em 1986, em 1988 foi escolhido bispo auxiliar de Baoding e imediatamente preso novamente, pela quinta vez.

“Após a sua libertação, foi consagrado bispo na igreja clandestina em 1993, e promovido pela Santa Sé a bispo de Baoding em 1995, o que levou à sua sexta prisão.

“Seu caso começou a se tornar conhecido no exterior e, a pedido específico dos EUA, ele foi libertado e colocado em prisão domiciliar (que considerou sua sétima prisão). Porque ele continuou a ser popular entre os católicos, ele foi levado novamente para a prisão em 1997”.

“Esta oitava detenção foi a última. O PCCh conseguiu manter em segredo o nome da prisão onde ele estava detido.

“Ele foi ‘descoberto’ por acaso por parentes em um hospital em Baoding, onde havia sido internado por problemas oculares em 2003.

“Mas assim que foram reconhecidos, a polícia o tirou do hospital. Esta é a última vez que parentes ou amigos o viram”.




quarta-feira, 5 de junho de 2024

Acordo sino-vaticano resulta em bispos e padres presos, igrejas e cruzes demolidas

A China socialista é um imenso campo de concentração para os católicos
A China socialista é um imenso campo de concentração para os católicos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Vários bispos da Igreja Católica Romana clandestina da China continuam atrás das grades enquanto o Partido Comunista Chinês (PCCh) aumenta o assédio e a perseguição violenta aos fiéis e o Vaticano observa num silêncio perplezitante em que muitos veem covardia ou felonia.

Um destes bispos já cumpriu mais de 40 anos de prisão, se ainda estiver vivo explica “Bitter Winter”, um fato que Roma parece ter pouco interesse em investigar. Segundo relatou “LifeSiteNews”

O relatório anual de 2024 da associação ChinaAid sobre a perseguição aos cristãos pelo PCCh na China destacou o aumento da vigilância dos religiosos e das suas atividades pelas autoridades comunistas.

O Partido insistiu para que todas as religiões implementem um programa de sinicização que significa a pregação da ideologia comunista e a devoção aos líderes do partido, escreveu o site “Renovatio 21”.

A ChinaAid informou que “em 23 de dezembro [2023], Wang Huning, líder supremo dos assuntos religiosos do PCCh, pediu aos participantes na 11ª Conferência de Representantes Cristãos Chineses realizada em Pequim, que ‘se identificassem com o PCCh’ e ‘mantivessem uma governança rigorosa da religião’”.

Representação de métodos clássicos comunistas contra os cristãos
Representação de métodos clássicos comunistas contra os cristãos
Novos métodos da perseguição em 2023


A ChinaAid identificou as seguintes linhas principais da perseguição instituídas pelo governo em 2023:

Rotular o recebimento de dízimos e ofertas como fraude.

Hostilidade aberta crescente para com o cristianismo com uso da violência e da tortura.

Aumento dos julgamentos secretos e bloqueio estrito de informações sobre decisões judiciais, incluindo veredictos.

Reeducar os jovens que frequentaram a igreja, dentro e fora dos templos.

O relatório também detalha o “desaparecimento” forçado de clérigos “clandestinos” que se opõem às formas de religião sancionadas pelo Estado, como a versão cismática da Igreja Católica chamada de Associação Patriótica Católica (CPA).



quarta-feira, 22 de maio de 2024

Barco chinês pego com toneladas ilegais de peixe no Atlántico Sul

O Tai An de 104 metros de eslora, retido no porto de Ushuaia.
O Tai An de 104 metros de eslora, retido no porto de Ushuaia.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Altos funcionários argentinos, ainda supérstites do anterior governo populista derrotado nas eleições, ativos no Ministério de Relações Exteriores e da província da Terra do Fogo tiveram que renunciar.

Eles são acusados de favorecimento da pesca ilegal de uma empresa chinesa cujo barco foi apreendido carregando toneladas de ‘merluza negra’ espécie de alto valor comercial protegida em todo o mundo.

Segundo o jornal portenho “Clarín” a apreensão também custou o cargo a um coordenador da Chancelaria envolvido no caso.

Trata-se de mais um episódio do prolongado e bilionário saque dos recursos pesqueiros do Atlântico Sul que vem acontecendo há muitos anos com a cumplicidade de políticos esquerdistas da região.

A mudança de tendência ideológica no governo da Argentina está repercutindo negativamente contra o conchavo ideológico da China com seus amigos sul-americanos.

O presidente Javier Milei recebeu em pessoa a um navio guarda-costas americano de alto mar que veio patrulhar os mares livres do Atlântico Sul.

O fato é que centenas de pesqueiros em sua imensa maioria chineses, apoiados por uma frota de buques fábricas e de logística, ficam no estrito limite das Zonas Econômicas Exclusivas (200 milhas náuticas da costa, ou 320 quilômetros).

E aguardam que os escassos guarda-costas argentinos que só podem exercer suas faculdades dentro de dita Zona, continuem seu patrulhamento, para ingressar em águas exclusivas e pescar ilegalmente.

Essa pesca ilegal, agravada pelo uso de métodos proibidos, acaba roubando em peixe o equivalente a bilhões de dólares.

Pesquero chinês pego pescando ilegalmente é escoltado por patrulheiro argentino
Pesqueiro chinês pego pescando ilegalmente é escoltado por patrulheiro argentino
Porém, Pequim não se satisfazia com esses furtos de ladrão de galinhas, e seduziu políticos de esquerda que outorgavam licenças de pesca descabidas.

Foi o caso atual de Julián Suárez, diretor nacional de Coordenação e Supervisão das Pescas desde 2020, nomeado pelo presidente peronista-esquerdista Alberto Fernández.

Trata-se de um militante confesso do grupo dito “La Cámpora”, criado pelo peronismo esquerdista para chefiar empresas e repartições públicas com flagrante corrupção a serviço das organizações de esquerda.

Suárez permanecia no posto exigindo que a Casa Rosada não revogasse as regras desenvolvidas pelo governo anterior.

Essas incluíam o registro da “empresa argentina” Prodesur S.A. que na realidade pertencia a capitais chineses e se dedicava à pesca ilegal e predatória, com base em portos argentinos.

O caso estourou quando o grande pesqueiro, um dos maiores da frota nacional, “Tain An” foi preso

O proprietário da Prodesur S.A é Liu Zhijiang, que se apresenta como requintado colecionador de arte que teria em seu acervo obras do pintor holandês Rembrandt, mas é um designado pelo governo marxista chinês.

O “Tain An” de 104 metros de comprimento foi denunciado e capturado por pesca ilegal de “merluza negra” e conduzido ao porto de Ushuaia com 163 toneladas do peixe em seus adegas sem as licenças correspondentes.

No mercado internacional a comercialização da carga ilegal descoberta pode chegar a custar 4 milhões de dólares.

A detenção do Tai-An cheio de exemplares juvenis de merluza negra em pesca predatória proibida.
A detenção do Tai-An cheio de exemplares juvenis de merluza negra em pesca predatória proibida.
Acresce que diferentes organizações ambientais, definem a atividade da empresa chinesa argentinizada como um “roubo de recursos naturais”, acrescentou “Clarín”.

Suspeita-se que tenha havido tráfico de influência e solicitações específicas para que o navio não fosse sancionado e pudesse comercializar sua carga.

A denúncia foi elaborada pelas empresas que detêm legalmente quotas desse peixe e visa o proprietário do “Tain An” e inclui um pedido de deportação do “assessor de pesca” do mesmo por atacar recursos naturais e não ter autorização.

O governador da Terra do Fogo, Gustavo Melella, havia solicitado uma quota extra de 300 toneladas de pesca para o navio chinês violando os critérios que definem dita quota para empresas e os períodos de tempo de pesca prejudicando aos pescadores argentinos.

O empresário chinês Liu Zhinjang, proprietário do navio, respondeu com escapatórias. Falou de uma “captura acidental” em “quantidades inesperadas”, sem olhar que pescavam também peixes muito juvenis, pesca essa proibida.

A 'cidade' de luzes é uma frota pesqueira chinesa flagrada desde avião
A 'cidade' de luzes é uma frota pesqueira chinesa no Atlántico Sul flagrada desde avião
“Eles sabiam que estavam causando um desastre e seguiram em frente”
, diz Lucía Castro, chefe da Organização Ambiental Sin Azul no Hay Verde, que quer áreas protegidas. Na Assembleia provincial o debate foi longe.

O maior temor é com a existência de empresas pesqueiras radicadas na Argentina que servem de fachada à China, que não respeitam os recursos pesqueiros violando as normas legais e de bom senso na pesca.

Em breve, quantos são os “Tai An” que andam fazendo estragos e roubando recursos no mar argentino?

A depredação desse mar vem acontecendo em conluio com políticos populistas violando as normas claras e precisas de modo surpreendente, notório e alarmante, segundo foi achado e fotografado nas adegas do “Tai An”, comentou “Clarín”.

O “Tai An” pelas faltas verificadas deveria pagar multa milionária, ter a mercadoria confiscada, ficar parado no porto por pelo menos sessenta dias e talvez perder a permissão de pescar. Mas, ali entra a política e os chineses proprietários acham que poderão voltar a pescar logo.


quarta-feira, 8 de maio de 2024

Pequim associa catolicismo ao demônio

Bispos que aderiram ao comunismo não são do Demônio diz o Partido do Diabo, ou comunista
Bispos que aderiram ao comunismo não são do Demônio diz o Partido do Diabo, ou comunista
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O calendário tradicional pagão chinês associa os anos a animais reais ou mitológicos. E 2024 deu no ano do Dragão que o Partido Comunista (PCCh) associa ao catolicismo chinês que resiste à perseguição socialista, explicou “Bitter Winter”

2024 marca, de fato, o centenário da primeira reunião de todos os bispos da China no Concílio de Xangai (15 de maio a 12 de junho de 1924) que organizou a Igreja após as perseguições do paganismo, e na fidelidade ao Papa.

Agora, o rumo foi invertido pelo Acordo Vaticano-China de 2018, posteriormente renovado em 2020 e 2022, tornando-se permanente ou definitivamente abandonado.

Três premissas pesam sobre o destino da Igreja Católica na China em 2024.

A primeira é o “Plano Quinquenal para a Sinicização do Catolicismo na China (2023-2027)”, aprovado em 14 de dezembro de 2023, pelo órgão oficial.

Esse unifica a Conferência dos Bispos Católicos, entidade não reconhecida como tal pela Santa Sé, embora todos os seus Bispos membros sejam agora reconhecidos pelo Vaticano, e a Associação Católica Patriótica Chinesa, ambas operando sob a supervisão do Departamento de Trabalho da Frente Unida do PCCh.

O Plano da continuidade e amplia o “Plano Quinquenal para levar adiante a adesão da Igreja Católica à direção da sinicização em nosso país (2018–2022)”.

Esses dois documentos foram acompanhados pelo “Esboço de um Plano de Trabalho Quinquenal para Avançar ainda mais a Sinicização do Cristianismo (2023–2027)”, publicado em 19 de dezembro de 2023, e o “Esboço do Plano de Trabalho Quinquenal para a Promoção da Sinicização do Cristianismo em nosso País (2018–2022”).

'Ano do Dragão' em 2024 os católicos fiéis serão especialmente perseguidos
'Ano do Dragão': em 2024 os católicos fiéis serão especialmente perseguidos
Esse monstruoso empilhamento de normas burocráticas persecutórias, foi formulado por dois comitês nacionais protestantes chineses aprovados pelo governo: o Conselho Cristão da China e o Movimento Patriótico das Três Autonomias. Todos eles também sob a supervisão de funcionários da Frente Unida Departamento de Trabalho do PCCh.

Planos semelhantes foram e são adotados na China também para outras religiões, como mostra o “Esboço de Planejamento Quinquenal para Persistir na Sinificação do Islã (2018–2022)”. Estes documentos são fruto do trabalho constante e incansável do regime chinês para controlar e distorcer todas as religiões.

A segunda premissa é a chamada “Santa Sé de Xangai”, ou a imposição do PCCh ao Vaticano da nomeação sem a autorização do Papa de Giovanni Peng Weizhao como bispo auxiliar de Jiangxi em 24 de novembro de 2022, e de Joseph Shen Bin como bispo de Xangai em 4 de abril de 2023.

Isto tornou “óbvio que o acordo Vaticano-China de 2018 é considerado pelo PCCh como vinculativo apenas para o Vaticano, que não deverá criticar a perseguição religiosa na China, mas não é vinculativo para Pequim, que nomeia os bispos católicos conforme lhe aprouver, com ou sem mandato papal”. No final, o Papa Francisco aceitou ratificar a nomeação de Shen Bin post factum.

A terceira e última premissa é a ordenação de três novos bispos chineses em menos de uma semana, no início do 2024 do Dragão: Thaddeus Wang Yuesheng em 25 de janeiro como bispo de Zhengzhou; Anthony Sun Wenjun em 29 de janeiro como bispo das recém-criadas dioceses de Weifang; e Peter Wu Yishun em 31 de janeiro como chefe da Prefeitura Apostólica de Shaowu, que estava sem bispo desde 1964.

Desta vez, as ordenações tiveram a aprovação do Papa amigo dos ditadores e foram as primeiras acordadas entre o Vaticano e o governo chinês desde 2022, em cumprimento do Acordo de 2018.

Com a sinicização o PCCh quer marxistizar a religião.

Como diz o “Plano Quinquenal” trata-se de “construir uma base teórica sólida para que o catolicismo se manifeste constantemente com características chinesas”.

Bispos comunistas veneram imagem do Pe. Mateo Ricci, precursor da 'sinização' do catolicismo hoje
Bispos comunistas veneram imagem do Pe. Mateo Ricci SJ, precursor da 'sinização' do catolicismo hoje
O que quer dizer, explica o experiente sinólogo Pe. Gianni Criveller, que é uma “imposição […], por um regime autoritário, da adaptação da fé a uma política religiosa estabelecida pelas autoridades políticas”.

Assim, “o controle das autoridades políticas sobre os crentes católicos é justificado em nome da inculturação do Evangelho”. Por outras palavras, o PCCh tenta reformular o Cristianismo “com características chinesas” ou “Comunistizar a fé”.

O Pe. Criveller, não está entre os supercríticos ideológicos do Papa, mas ele vê como catastrófico o Acordo de 2018 e postula a sua revogação total pelo Vaticano porque visa “acabar pela raiz” a Igreja Católica na China.

Somente agindo assim, o Dragão de 2024, símbolo antigo chinês da sabedoria celestial, marcaria um ponto decisivo contra o Dragão Vermelho do Comunismo Chinês, conclui “Bitter Winter”.


quarta-feira, 24 de abril de 2024

China constrange Igreja a virar uma anti-Igreja “patriótica”

A perseguição religiosa ficou muito acentuada
A perseguição religiosa ficou muito acentuada
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O Departamento de Propaganda do Partido Comunista Chinês (PCCh) distribuiu o texto de uma nova “Lei Patriótica de Educação” (爱国主义教育法), válida desde o 1º de janeiro de 2024.

É uma das mais importantes leis chinesas porque reorganiza toda propaganda do Partido, explicou “Bitter Winter”.

O termo “educação” não se refere às escolas, mas à reeducação de todos os cidadãos, grande meta da Revolução Cultural de Mao Tsé-tung, até agora lograda apenas parcialmente, malgrado as massacres.

Em janeiro de 2004, a 25ª Conferencia Nacional de Grupos Religiosos, na Associação Chinesa Islâmica, recebeu instruções sobre como as comunidades devem reeducar os praticantes.

Trata-se de convencê-los de que na China “o Estado é maior que a religião, e que a lei socialista passa por cima de todas as normas religiosas”. Em breve, a meta suprema da propaganda do Partido Comunista.

As crianas na escola deverão ser ensinadas a obedecer o comunismo por cima de qualquer igreja
As crianas na escola deverão ser ensinadas
a obedecer o comunismo por cima de qualquer igreja
O site “Bitter Winter” ofereceu uma tradução em inglês do texto completo do novo lineamento.

Segundo o site, o cerne do novo instrumento persecutório gira em volta do “patriotismo” que recebe um monstruoso novo significado.

Na essência “patriotismo” consistiria no amor ao Partido e ao socialismo.

Ele exige compreender que sem o Partido Comunista não haverá socialismo e não haverá vida saudável para as religiões e os crentes. Leia-se perseguição, tortura e morte.

Para atingir esse objetivo, os crentes devem apreender, pensar e praticar o pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas da Nova Era.

As religiões devem insistir nas ideias de “unidade” e “paz” e nisto parafraseia a propaganda progressista pós-conciliar.

A ideia de “unidade” exige construir o socialismo por todo lado num país moderno obedecendo sempre ao Partido Comunista e o socialismo com características chinesas.

Então as religiões devem aprofundar e solidificar a Sinicização da religião, reinterpretando nesse sentido as Escrituras, organizando o clero e fiéis, para que todos reunidos celebrem os festivais pagãos imemoriais chineses. Muito ecumênico (sob as lentes da polícia, os visores dos fuzis ou látegos dos torturadores, é claro).

Igrejas católicas estão sendo fechadas e os padres encarcerados
Igrejas católicas estão sendo fechadas e os padres encarcerados
Com a mesma finalidade as religiões devem agir nas cerimônias históricas, insistindo no desenvolvimento socialista e no amor do Partido Comunista.

Os religiosos darão ao governo uma boa imagem de “patriotismo” aderindo estritamente às ordens oficiais. 

O que significa educar os fiéis na obediência à lei socialista, instalando firmemente em suas mentes a consciência de que o Estado é maior que a religião, de que a lei estatal esta por cima das leis religiosas.

Revistas, sites, perfis de Internet devem produzir e difundir excelentes temas “patrióticos” assim concebidos. 

O governo fornecerá sabedoria e força para isso (se necessário com a chibata ou com a bala, aliás isto não está escrito, para inglês não ver).