O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira). Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Carros elétricos chineses: máquinas da espionagem

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Os oficiais das Forças de Defesa de Israel (IDF) e seus parentes não podem circular em carros elétricos BYD, segundo informou o site israelense Ynetnews. 

O chefe de cibersegurança do Instituto de Tecnologia Holon (HIT) Dr. Harel Menashri qualifico-os de sistemas sofisticados de coleta de inteligência.

Eles têm sensores que transmitem a servidores na China informações visuais, sonoras e até biométricas dos usuários do veículo e seus arredores.

Em 2024, o governo Biden bloqueou sua compra, invocando a segurança nacional pois podem “ser pilotados ou desativados remotamente”.

Em maio de 2018, o governo dos EUA proibiu o setor de defesa americano de usar câmeras das empresas chinesas Hikvision e Dahua.

Ao se conectar à rede, elas buscam endereços na internet e transmitem para servidores do governo chinês.

Os aspiradores de pó robóticos equipados com chips Wi-Fi para controle remoto, lasers, câmeras e sensores para ajudá-los a coletar poeira, recolhem grande quantidade de dados sobre seus proprietários.

Eles aprendem a rotina diária da casa, o tamanho, a localização e a disposição interna que podem indicar renda e criam e armazenam um mapa da casa.

Em 2020, a Checkmarx, uma empresa de segurança especializada identificou sérias vulnerabilidades em um aspirador de pó robótico inteligente chinês, permitindo que invasores externos acessem todos os materiais fotografados pelo robô.

O Departamento de Comércio dos EUA anunciou que estava considerando impor restrições aos drones chineses, pois eles “representam riscos graves à nossa segurança nacional e à privacidade de todos os americanos”.

Embora as operações do TikTok, proibidas pelo presidente Biden, tenham sido retomadas por Trump, o Departamento de Justiça dos EUA alega que esse é uma plataforma para manipulação maliciosa, que coleta sistematicamente informações sobre seus milhões de usuários no Ocidente e suas opiniões.

Rede de espionagem chinesa embutida nos carros elétricos
Rede de espionagem chinesa embutida nos carros elétricos
O TikTok é apenas a ponta do iceberg: os serviços de inteligência dos EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia uniram forças há três meses para emitir um comunicado conjunto:

“Expusemos uma rede de 260.000 câmeras, roteadores e outros dispositivos com acesso à internet, que o governo chinês usou para espionar organizações sensíveis em cinco países, incluindo corporações, grupos de mídia, universidades e agências de segurança governamentais.

“A rede, Flax Typhoon, era operada por um grupo de hackers afiliado ao exército chinês, mas por meio de uma empresa chinesa de segurança cibernética legítima e ativa chamada Integrity Technology Group, que inclusive é negociada na bolsa de valores de Xangai.”

Os departamentos de Comércio, Defesa e Justiça dos EUA investigam os roteadores Wi-Fi da chinesa TP-Link, que constituem um 'canal' para violações cibernéticas e espionagem do governo chinês.

Os roteadores dessa empresa estão instalados no Departamento de Defesa dos EUA, na NASA e em outras agências federais.

Pesquisadores da Microsoft denunciaram que “uma entidade chinesa de hackers” operava roteadores fabricados pela TP-Link, para seus ataques cibernéticos a instituições de pesquisa, organizações e provedores de sistemas de segurança americanos.

Também os militares ingleses ficaram proibidos de usar carros elétricos chineses
Também os militares ingleses ficaram proibidos de usar carros elétricos chineses
Em março de 2024 os EUA investiriam bilhões para substituir guindastes fabricados pela empresa chinesa ZPMC, porque esses enormes braços metálicos possuem uma quantidade de equipamentos de comunicação e modems celulares que excede em muito suas necessidades operacionais regulares.

De acordo com o chefe do FBI, Christopher Wray, a China pretende “saquear” a propriedade intelectual de empresas ocidentais para, eventualmente, dominar setores-chave.

Ele alertou que a China está “espionando” “empresas em todos os lugares, de grandes cidades a pequenas cidades — de empresas da Fortune 100 a startups, pessoas que se concentram em tudo, desde aviação a IA e farmacêutica”.

Uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), com sede em Washington, com base em informações publicadas na mídia, lista centenas de casos de espionagem tecnológica chinesa contra os EUA desde 2000 – sem incluir casos de espionagem contra outros países ocidentais, espionagem contra americanos na própria China, tentativas de contrabando de itens proibidos dos EUA para a China e mais de 1.200 processos de roubo de propriedade intelectual movidos por empresas americanas contra órgãos chineses.

De acordo com Wray, a China pretende “saquear” a propriedade intelectual de empresas ocidentais para, eventualmente, dominar setores-chave.

Ele alertou que a China está “espionando” “empresas em todos os lugares, de grandes cidades a pequenas cidades — de empresas da Fortune 100 a startups, pessoas que se concentram em tudo, desde aviação a IA e farmacêutica”.

Ele afirmou também que “a China está engajada em um esforço de todo o Estado para se tornar a única superpotência mundial por todos os meios necessários” e que “a China utiliza uma gama diversificada de técnicas sofisticadas — desde invasões cibernéticas até a corrupção de pessoas de confiança.

Eles até se envolveram em roubo físico direto. E foram pioneiros em uma abordagem expansiva para roubar inovação por meio de uma ampla gama de atores — incluindo não apenas os serviços de inteligência chineses, mas também empresas estatais, empresas supostamente privadas, certos tipos de estudantes de pós-graduação e pesquisadores, e uma grande variedade de outros atores trabalhando em seu nome”.

A Lei Antiterrorismo da China permite que o governo acesse sua linha de produção e de produtos tecnológicos e seus códigos-fonte podendo implantar “portas dos fundos” que hackeam o funcionamento interno do produto remotamente e sem fio.

“A China está aproveitando sua capacidade de produzir produtos de qualidade a baixo custo, facilitando sua disseminação global e, ao mesmo tempo, facilitando seu hacking e a coleta de informações”, dizem os israelenses.

A principal agência de espionagem da China, o Ministério da Segurança do Estado (MSS), tem crescido a um ritmo sem precedentes nos últimos anos. Seu objetivo é concretizar a visão de Xi Jinping, líder da China desde 2012, de se tornar a principal superpotência militar e econômica do mundo.

O FBI afirma que “a maior ameaça a longo prazo às informações e à propriedade intelectual de nossa nação, e à nossa vitalidade econômica, é a ameaça de contrainteligência e espionagem econômica da China.”

O governo chinês emprega dezenas de grupos de hackers. Alguns são estatais e fazem parte de organizações governamentais, como o Exército e o Serviço Secreto de Segurança Nacional (MSS), ou grupos quase civis. 

Como a lei chinesa proíbe a atividade de hackers privados, o governo está disposto a ignorar suas atividades criminosas em todo o mundo e até mesmo conceder privilégios, desde que se juntem ao “esforço nacional” na área de hacking cibernético.

Esses grupos permitem que o governo negue suas atividades posteriormente.

“Os chineses coletam informações sobre tudo. Tudo lhes interessa”, afirmam dois dos maiores especialistas em segurança da informação do país, N. e T.

“Eles não se esquivam do que para nós pode parecer esotérico. Graças à sua expertise, conseguem absorver e processar vastas quantidades de informações e, a partir delas, extrair exatamente o que desejam saber.”

Dr. Menashri: “Nunca me deparei com tecnologia chinesa que não transmitisse. Quando você opera um dispositivo fabricado na China, ele primeiro busca canais de comunicação na internet para transmitir informações aos servidores do governo na China. Você estaria errado se dissesse a si mesmo: ‘O que eles podem fazer com as informações coletadas pelo meu aspirador de pó robótico?’

Em termos gerais, é assim que eles entendem o estilo de vida israelense. A China construiu vastos bancos de dados de metadados com todos os tipos de informações.

Eles são líderes em IA e têm uma tremenda capacidade de “derreter” essas informações e transformá-las em inteligência valiosa.

Em um episódio altamente informativo do podcast Why Cyber, da pesquisadora de tecnologia Danit Leybovich, Menashri cita um exemplo de outra área para explicar o modus operandi chinês – o método que a China usa para obter os recursos naturais de que o vasto país tanto precisa: metais, pedras preciosas, diamantes, algodão, energia, etc.

“Eles vão a países com muitos desses recursos, como na África, mas não só, e oferecem: em troca de seus recursos naturais, nós o levaremos para o mundo moderno.

Hackers chineses supervisionam ciberataques globais desde Dongguan
Hackers chineses supervisionam ciberataques globais desde Dongguan
“Nós construiremos infraestrutura civil para energia e dessalinização de água, além de prédios públicos. Construiremos estradas e pontes. E também comunicações.

“Também disponibilizaremos muito dinheiro para vocês tomarem emprestado”.

Todos sabem que esses países não conseguirão honrar os pagamentos, e então a infraestrutura construída eventualmente se tornará propriedade do governo chinês.

O governo do Sri Lanka, por exemplo, entrou em colapso quando a infraestrutura estatal foi transferida para a China.


quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Padroeira da China: “Maria Auxiliadora imperatriz da China”

Nossa Senhora “Imperatriz da China” ou “Rainha da China”
Nossa Senhora “Imperatriz da China” ou “Rainha da China”
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Todos os anos a polícia chinesa rodeou a aldeia de Donglu, que e célebre para os católicos chinês por causa de uma aparição de Nossa Senhora no início do século XX, informou o jornal oficial “South Morning China Post”.

A polícia impede rotineiramente que os peregrinos se unam aos moradores da cidade na comemoração em honra de Nossa Senhora. 

Mas Ela triunfa nos corações de milhões de chineses.

As forças da repressão bloqueiam as estradas que servem de aceso à cidade com homens armados dia e noite. 

Eles são entretanto, incapazes de impedir a conquista constante de Nossa Senhora, a única Imperatriz, de mais e mais almas para Nosso Senhor Jesus Cristo.

Ainda assim os engenhosos católicos chineses continuaram comemorando a festa com uma procissão solene diante o santuário.

Donglu, na diocese de Baoding, província de Hebei, tem 10.000 habitantes e se encontra a poucas horas de carro de Pequim.

90% da cidade é católica. Um fiel comentou que “a polícia impede o acesso às pessoas de fora no mês de maio todos os anos”.

Entretanto, os habitantes da cidade acossada sustentam que “os milagres se repetem sem parar” no local. E contra esse poder sobrenatural as forças comunistas se revelam impotentes.

Policiais vigiam peregrinos na cidade de Donglu
Policiais vigiam peregrinos na cidade de Donglu
A importância do santuário para a China é comparável ao de Nossa Senhora em Aparecida do Norte, e o santuário é a maior templo católico do país.

Na China durante o ano 1900, houve três aparições de Nossa Senhora.

Em Pequim Ela se fez ver acompanhada pelo arcanjo São Miguel e circundada por muitos anjos.

A segunda aparição aconteceu na aldeia de Santai durante a revolta dos nacionalistas antiocidentais boxer e a terceira aconteceu em Donglu, aldeia considerada um dos bastiões da Igreja Católica no país.

Naquela ocasião, em junho do ano 1900, uma belíssima Senhora apareceu no céu, no momento em que os fiéis imploravam o auxílio de Nossa Senhora para protege-los contra 10.000 ferozes boxers que atacavam a cidadezinha porque era católica em virtude do apostolado dos missionários vicentinos vindos de Ocidente.

A chusma pagã teria visto uma esplendorosa senhora pairando no ar que os apavorava e um poderoso cavaleiro – tal vez São Miguel arcanjo – que os mandava de volta. Os pagãos abriram fogo inutilmente e se deram à fuga, inteiramente apavorados.

Após o milagre os católicos construíram um esplêndido santuário como reconhecimento.

Procissão aconteceu sob ameaças e intimidações
Procissão aconteceu sob ameaças e intimidações
A primeira peregrinação oficial ocorreu em 1929 e desde 1932 é tão popular a o Papa Pio XI lhe concedeu os privilégios de santuário oficial de Nossa Senhora.

Donglu é a meta tradicional das romarias no norte da China, especialmente nos dias 23 e 24 de maio, festa de Maria Auxiliadora.

Cada ano comparece dezenas de milhares de fiéis vindos do país todo e sobre tudo, dos chamados “católicos das catacumbas” ou “subterrâneos” fiéis a Roma, e por isso mesmo odiados especialmente pelo socialismo.

Em 23 de maio de 1995 atingiram o número de 50.000 e o satânico comunismo decidiu impedir novos comparecimentos do gênero apelando para milhares de soldados do Exército vermelho, tanques e helicópteros.

Para representar a Nossa Senhora um missionário escolheu uma pintura da última imperatriz da China Ci Xi, da dinastia Manchou Qing, vestida em roupagens imperiais. O artista então usou essa imagem pintando Nossa Senhora segurando o Menino Jesus.

A imagem logo conquistou o coração dos chineses e foi instalada no santuário de Donglu e em 1924 foi proclamada “Imperatriz da China” ou “Rainha da China” pelo primeiro sínodo de bispos chineses.

E a confirma¡ção do ato veio do próprio Papa Pio XI então felizmente reinante, quem mandou acrescentar na invocação Maria Auxiliadora, pela data do grande milagre.

Assim ficou “Maria Auxiliadora Imperatriz da China”.

O Núncio Apostólico, D. Celso Costantini, consagrou o país a essa invocação.

A hostilidade dos esbirros socialistas forçou a esconder a imagem em local seguro, e a imagem hoje exibida é uma cópia. A imagem original gira pela China em peregrinação oculta aos Neros marxistas.





quarta-feira, 22 de outubro de 2025

China ganha trilhões com contrafações de grifes ‘luxuosas’

Falsos à venda em lojas chinesas
Falsos à venda em lojas chinesas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Os turistas que visitam Xangai são abordados com ofertas muito baratas de peças de marcas caríssimas como Louis Vuitton, Chanel, Prada, etc. Tal vez não poucos viajam à procura dessas “ofertas”.

Mas, na realidade são peças falsificadas que alimentam um mercado gigantesco de contrafações na China e no mundo inteiro.

Um jornalista do “O Estado de S.Paulo” visitou lojas de roupas, bolsas e sapatos falsificados na maior cidade chinesa, país classificado como o nº 1 no ranking dos que mais produzem itens ilegais, segundo o relatório The Notorious Markets List, do governo dos EUA, e movimenta um mercado trilionário, mostrou reportagem do “Estado de S.Paulo”. 

Há lojas oficiais das marcas de luxo internacional nas grandes cidades, especialmente as mais populosas e as mais visitadas por turistas, ou onde residem os hierarcas do Partido Comunista Chinês (PCCh). Porém as lojas de falsificações não ficam atrás.

Subsolo de shoppings, galerias, corredores de hotéis exibem esses produtos ilegais com exuberância de bolsas das marcas mais luxuosas, de diversos graus de “autenticidade”, desde cópias vulgares aa outras que enganam até especialistas.

Os preços oscilam segundo a ingenuidade do comprador ou sua habilidade para negociar o valor exposto na “etiqueta” que nem sempre é o final.

Na primeira “loja” visitada pela reportagem do quotidiano brasileiro, toda uma linha de produtos falsificados era exposta num tablet, com fotos das opções e fotos imorais.

Quando o comprador caia numa opção, outra vendedora vinha a trazer o item de um outro local, e negociava o preço.

Claro que recebia negativas pelos preços ou qualidade dos produtos. Entao a simpatia se mudava em agressividade.

Parece autêntico Patek Philippe, mas é pura contrafação
Parece autêntico Patek Philippe, mas é pura contrafação
Os preços dos produtos mais “simples”, leia-se mais burdamente falsificados ou menos na moda, podem partir de R$ 200, e os de “1ª linha” chegam a milhares de reais.

As casas internacionais se esforçam em campanhas contra a venda de produtos falsificados, mas na China esse mercado imoral movimenta trilhões de dólares anualmente acobertado por chefes bem instalados no regime socialista.

A plataforma Business of Fashion, de 2022, calcula uma movimentação de US$ 3 trilhões (R$ 17,43 trilhões), tendo aumentado 10 vezes desde 2013.

A máquina de produzir falsificações derruba as vendas dos originais “capitalistas” e abalam a economia ocidental em favor do objetivo da hegemonia econômica chinesa mundial, meta fixada por Mao Tsé tung no início da revolução comunista.

O European Union Intellectual Property Office Observatory (EUIPO, na sigla em inglês), calcula que em 2024, os mercados do luxo europeus perderam 10% em vendas anuais por essa causa.

No período de 2018 a 2021, as perdas pela falsificação foram de quase € 12 bilhões (R$ 72,5 bilhões, na cotação atual).

Segundo o relatório Notorious Markets List do governo dos EUA os gigantes chineses do e-commerce como WeChat, Taobao e Pinduoduo são dos principais fornecedores desse tipo de mercadoria.

No Brasil, segundo esse relatório, a rua 25 de Março, em São Paulo, é um dos principais pontos de venda das falcatruas no País.

Os controles alfandegários nacionais são insuficientes deveria haver um esforço coletivo puxados por grupos de nações ou blocos econômicos, como o Mercosul, União Europeia. E isto é o que misteriosamente falta.

“Há uma fraqueza legislativa global”, afirma.

A informalidade dificulta a ação da lei. Mas não na China onde a abordagem dos turistas acontece em frente às lojas de produtos originais ou em ruas cheias de policiais.

Mercaderías de conrafacionadas na China e contrabandeadas pelo Paraguai
Mercadorias de conrafacionadas na China e contrabandeadas pelo Paraguai
Os abordadores conduzem as vítimas, ou aproveitadores, a lojas em avenidas secundárias longe do policiamento mais pesado, onde em subsolos de são shoppings, atrás dos boxes tapeativos há salas abarrotadas de produtos falsos de grandes marcas, de bolsas falsas, de relógios, de malas, tênis e todo tipo de peça cobiçável.

O perfil anônimo “The Fake Birkin Slayer” desmascara no Instagram, quem usa bolsas falsificadas, mostrando nomes, fotos e tags de famosos e anônimos endinheirados, incluindo vários brasileiros que já foram pegos na “malha fina” do perfil.

O impacto financeiro mundial causado pelos criminosos é difícil de ser compilado, segundo os especialistas.

A professora Katherine Sresnewsky destaca que as grandes companhias de pesquisa dão apenas “uma vaga ideia” do volume dessa pirataria.

E enquanto o “jet set” e os que querem imitá-lo pagando menos se exibem ante seus fãs e amigos, em Pequim, o PCCh esfrega as mãos com os lucros imensos e com a desmoralização do nível cultural ocidental.


quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Arbitrariedades vaticano-comunistas na nomeação de bispos chineses

Mons. José Cai Bingrui, bispo de Xiamen
Mons. José Cai Bingrui, bispo de Xiamen
Luis Dufaur
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Monsenhor José Cai Bingrui, bispo de Xiamen, foi transferido pela força policial a uma outra sede episcopal em 2007.

A posteriori, a transferência foi aprovada pelo Papa Francisco em aplicação do Acordo Provisório entre Roma e Pequim sobre a nomeação de bispos, segundo a bem informada “AsiaNews”. 

O bispo Cai ordenado no seminário Sheshan de Xangai, foi feito administrador diocesano da diocese de Xianmen, por sua vez usurpada por um bispo ordenado ilegitimamente por Pequim (Joseph Huang Ziyu) que acabou falecendo.

Monseñor José Cai Bingrui fora sagrado em 2010, com o consentimento de Roma, seguindo os procedimentos anteriores ao funesto Acordo Provisório entre Roma e Pequim.

Depois, Francisco I aprovou o bispo ilegítimo pro-comunista e o bispo legítimo foi transferido para Fuzhou, substituindo ao arcebispo legítimo Peter Lin Jashan, que pertencia à “Igreja clandestina” e que morreu em 2023 aos 88 anos.

O Vaticano em comunicado tratou ao novo pastor de “bispo” e a Fuzhou como “diocese”, e não como “arcebispo” nem “arquidiocese”, adotando a geografia eclesiástica imposta pelas autoridades comunistas de Pequim, que não inclui mais sedes metropolitanas, ou arquidioceses.

Mons Joseph Cai Bingrui transferido da diocese de  Xiamen à diocese de Fuzhou
Mons Joseph Cai Bingrui transferido da diocese de  Xiamen
 à diocese de Fuzhou
Mons. Cai deverá governar uma vasta diocese com mais de 300.000 católicos. As confusões criadas pelo acordo Pequim-Vaticano não têm fundo, e os grandes prejudicados são os católicos que querem continuar fiéis a Roma.

Obviamente, o grande beneficiado é o comunismo que quer fazer apostatar os católicos que perseveram heroicamente

Em Fuzhou nos primeiros tempos da evangelização, deu-se a conversão histórica de um grupo de estudiosos confucionistas. 

Mas também nela aconteceram os primeiros e gloriosos martírios cristãos durante a Dinastia Qing.

Mártires da China
Em 1747, o bispo dominicano, Monsenhor Pedro Sans i Jordà, então vigário apostólico de Fujian, foi preso e decapitado.

A canonização dos 120 mártires chineses em 1º de outubro de 2000, foi criticada como “provocação” pelo Partido Comunista Chinês.

Os seis primeiros deles — mortos antes do século XIX — são todos missionários dominicanos que derramaram seu sangue pela proclamação do Evangelho nesta província chinesa.

Fujian também é uma das áreas economicamente mais dinâmicas do país e muito sensível do ponto de vista político, porque ali reside a base sobre a qual o ditador Xi Jinping se elevou ao topo do Partido Comunista Chinês.

Também está na primeira linha de confronto com Taiwan, que fica a apenas 120 quilômetros pelo mar.

Quando foi sagrado Monsenhor Cai, estava presente o bispo emérito de Taipei, Mons. Joseph Cheng Tsai-fa.

Mons. Cai explica que sua diocese há muito tempo recebe visitas de católicos da vizinha de Taiwan, que o comunismo de Pequim quer agressivamente invadir.


quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Mons. Guo comemorou os 40 anos de sua primeira missa detrás das grades

Dom Vicente Guo Xijing comemora aniversário sacerdotal detrás das grades
Dom Vicente Guo Xijing comemora aniversário sacerdotal detrás das grades
Luis Dufaur
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Mons. Vicente Guo Xijing, nomeado pela Santa Sé bispo auxiliar teve que entregar a diocese ao bispo "oficial" pro-comunista, Dom Vicente Zhan Silu, segundo “Asia News”. 

O padre comunista foi acolhido em comunhão pelo Papa Francisco I enquanto que o bispo fiel ficou confinado em sua residência, impedido de receber visitas.

No 40º aniversário de sua ordenação sacerdotal de Dom Vicente apareceu atrás de uma porta fechada à força com uma corrente.

Ele conseguiu oferecer um pedaço de bolo aos amigos que vinham visitá-lo através das grades, que também é a única maneira de distribuir a comunhão.

Isto se deve a que até a capela de sua residência foi lacrada pelas autoridades para impedir que os fiéis das comunidades clandestinas (historicamente muito fortes no norte de Fujian) participassem de suas celebrações.

Dom Vicente Guo Xijing não aceitou pacto comuno-progressista
Dom Vicente Guo Xijing não aceitou pacto comuno-progressista
Como mostra o vídeo, as pessoas ainda trazem rosários e objetos religiosos para o prelado abençoar, pelos quais também passam e ele retorna pela mesma porta.

Segundo fontes locais, esta nova ofensiva contra Monsenhor Guo Xijing começou no Natal, junto com uma nova pressão sobre os padres locais para que se registrassem nos "órgãos oficiais" impostos pelo Partido Comunista à Igreja na China.

Algo que o prelado e outros padres do norte de Fujian nunca quiseram fazer.

Vale acrescentar que tudo isso teria acontecido nas semanas seguintes à participação de Dom Zhan Silu, Bispo de Mindong, no Sínodo no Vaticano, realizado em outubro.

Os vídeos sobre a situação do bispo Guo Xijing também se tornaram conhecidos poucos dias após a transferência — aprovada pela Santa Sé — do bispo de Xiamen, Dom Cai Bingrui, para a diocese de Fuzhou, que é uma das sedes historicamente mais importantes da Igreja na China.

A cerimônia foi presidida pelo mesmo bispo Zhan Silu em outra diocese onde – como lembramos naquele artigo – a unidade entre “oficial” e “clandestino” ainda é um trabalho em andamento.

E os pesados portões com grades impostos pelas autoridades certamente não ajudam a conseguir isso.


quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Mais restrições religiosas aos estrangeiros na China

Perseguição religiosa acentuada na China
Perseguição religiosa acentuada na China
Luis Dufaur
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O braço do Partido Comunista chinês para Assuntos Religiosos ditou “Regras Detalhadas” para os estrangeiros que queiram praticar sua religião no país, descritas pela agência “Asia News”. 

Eles devem ter permissão das autoridades e obedecer ao Partido, aceitando a “independência e autogoverno” dos cultos, ou “sinicização” do ditador Xi.

O artigo 5 obriga aos “estrangeiros a respeitar a autogestão e aceitar o comando religioso do governo”.

Os católicos ficam proibidos de qualquer contato com “clandestinos” ou com os padres que não se filiaram à Associação Patriótica.

O Artigo 10 especifica que, mesmo em igrejas e templos “oficiais”, os estrangeiros só podem assistir a atos “presididos por religiosos chineses”.

O Artigo 16, postula uma estrita Separação: “as atividades religiosas em grupo realizadas por estrangeiros na China estão limitadas à participação de estrangeiros na China”.

Os religiosos estrangeiros que entram na China por meio de intercâmbios acadêmicos e culturais devem ser autorizados um a um pelo Partido.

Igreja católica sendo demolida em Shanxi para construir predios de apartamenos
Igreja católica sendo demolida em Shanxi 
para construir prédios de apartamenos

O Artigo 21 decreta quantos livros e material audiovisual os religiosos podem trazer para uso pessoal (nunca mais de 10).

O Artigo 26 especifica que “organizações ou indivíduos estrangeiros não devem recrutar estudantes no exterior com o propósito de cultivar novas religiões em território chinês sem autorização”.

Finalmente, o Artigo 29 lista uma série de proibições religiosas que se aplicam a qualquer estrangeiro na China.

Entre outras, estão: interferir nas atividades de grupos religiosos, realizar conferências ou sermões não autorizados, “recrutar seguidores entre cidadãos chineses”, produzir livros ou outros materiais sobre temas religiosos, aceitar doações de indivíduos ou organizações chinesas e realizar atividades religiosas na internet.

A síntese é clara: na China, nenhuma expressão religiosa fora do controle do Partido é permitida, mesmo para estrangeiros – incluindo a Igreja Católica – devem aceitar a autogestão sob a batuta do PCCh.

A universalidade da Igreja Católica só pode ser uma referência ideal genérica; com total submissão às diretrizes políticas do governo de Pequim.


quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Morre o sonho das empresas ocidentais na China

Fábricas param ou diminuem a atividade
Fábricas param ou diminuem a atividade
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Os executivos zombam do otimismo do governo da China, cortam os investimentos, alguns fecham fábricas e dispensam pessoal, escreveu “O Estado de S.Paulo”.

Nas últimas décadas, os chefes ocidentais olharam para a China como um lugar para fabricar coisas baratas e um mercado vasto e crescente para seus produtos.

Agora, as perspectivas pioraram, as vendas caíram e este ano não há nenhum sinal de melhora.

As empresas que estão enfrentando redução nas vendas no país vão desde a Apple, a Volkswagen, até a Starbucks, e a LVMH. “Já deveríamos ter revertido a situação”, reclama o diretor regional de uma empresa global.

Outro executivo estrangeiro lamenta que os dias de crescimento febril de sua empresa na China tenham acabado.

Embora algumas empresas ocidentais, como a Eli Lilly, fabricante de medicamentos, e o Walmart, gigante do varejo, continuem a crescer no país, suas fileiras estão diminuindo constantemente.

Um dos motivos para isso é a estagnação econômica da China.

Uma crise imobiliária fez os preços dos imóveis em todo o país despencarem e levou os consumidores a apertarem o cinto.

Desindustrialização virou palavra chave também na China
Desindustrialização virou palavra chave também na China

Em setembro, o governo central sinalizou que faria o que fosse necessário para reaquecer a economia e, em 9 de dezembro, anunciou que a China mudaria para uma política monetária “moderadamente frouxa” pela primeira vez em mais de uma década.

Mas as expectativas continuam baixas.

As vendas de imóveis ainda estão caindo, em comparação com o ano passado, e provavelmente continuarão caindo até 2025.

Apesar das promessas do governo de estimular o consumo, os indicadores de demanda estão em baixa.

No final de outubro, 27% das empresas industriais chinesas estavam registrando prejuízos.

A Starbucks cedeu sua participação no mercado para a Luckin Coffee, uma concorrente local mais barata que, em setembro, tinha 21 mil lojas no país, cerca de três vezes mais do que a rede americana e mais do que 13 mil no ano anterior.

Diz-se que a empresa está considerando vender uma participação em seus negócios na China para um parceiro local.

Em muitos setores, as empresas ocidentais não têm mais a vantagem tecnológica que tinham sobre os rivais chineses.

Os fabricantes chineses de robôs industriais agora fornecem quase metade do mercado local, em comparação com menos de um terço em 2020.

Se tudo isso não fosse ruim o suficiente, as empresas ocidentais também estão se tornando um dano colateral na rivalidade entre seus governos e o da China.

Após o anúncio das novas tarifas dos EUA e restrições à venda de ferramentas de fabricação de chips para determinadas empresas chinesas, bem como de chips de memória os fabricantes americanos saíram prejudicados.

Quatro associações industriais chinesas apelaram para reduzir as compras de chips americanos.

A lista de empresas expostas a perturbações geopolíticas está aumentando. As ações dos fabricantes 

Xi Jinping tenta equilíbrios sem sucesso
Xi Jinping tenta equilíbrios sem sucesso
europeus de conhaque, incluindo a Rémy Cointreau e a Pernod Ricard, caíram depois que a China disse que iria impor medidas antidumping sobre a bebida, em retaliação às tarifas cobradas pela UE sobre os veículos elétricos chineses.

O ditador comunista Xi Jinping se apresta a responder a Donald Trump dificultando ainda mais a vida das empresas americanas.

As empresas estrangeiras estão presas numa perigosa luta geopolítica, escreve Andrew Polk, da Trivium China, outra consultoria, que não diminuirá tão cedo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Grandes capitalistas financiam expansão do comunismo chinês

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O jornalista Patrick McGee denuncia no livro "Apple in China" que os EUA e o Ocidente não cobram da China seus crimes contra a humanidade.

Os “direitos humanos” viraram meras palavras pois os políticos não querem afundar seus negócios com Pequim.

A Apple está investindo na China US$ 275 bilhões, quase o dobro do Plano Marshall para reerguer Europa após a II Guerra Mundial.

A Apple é “a maior apoiadora” do projeto “Made in China 2025” de Xi Jinping, e coopera para reforçar o sistema de controle policial dos chineses, diz o autor.

McGee sugere que a profunda dependência da Apple da manufatura chinesa a coloca em uma posição desconfortável, especialmente com o aumento das tensões geopolíticas. 

A Apple diversificou a produção investindo na Índia e no Vietnã.

No entanto, a bem estabelecida cadeia de suprimentos da China continua indispensável.

Se a Apple transferir grande parte de suas operações para fora da China, corre o risco de interromper seus negócios e aumentar os custos.

A empresa não pode mais arcar com isso, especialmente com a concorrência cada vez mais agressiva de empresas chinesas às quais a empresa americana permitiu copiar sua tecnologia.

Embora a Apple seja uma empresa trilionária, McGee argumenta que ela não manda mais.

Apple sustenta regime marxista chinês
Apple sustenta regime marxista chinês
Pequim tem uma influência significativa, como evidenciado pela conformidade da Apple com as políticas de censura e remoções de aplicativos para manter o acesso ao mercado chinês.

Dado o tamanho da Apple, a questão é até que ponto seu envolvimento com a China influenciará as atitudes dos EUA em relação ao regime de Pequim.


quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Jovens fogem de cidades de velhos e não têm bebês

Em cidaades chinesas outrora ativas só vão ficando idosos
Em cidades chinesas outrora ativas só vão ficando idosos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Centros motores da ascensão industrial da China estão superpovoados de idosos e padecem espantosa escassez de jovens, após décadas de cruel limitação forçada da natalidade.

O jornal “Wall Street Journal” fez uma longa reportagem da crise populacional chinesa. E deu o exemplo de Fushun uma cidade que vibrava de energia e agora está em agonia. 

A maioria de suas minas de carvão e refinarias fecharam, metade de seus jovens foi embora e os cofres de pensão estão no vermelho não pudendo manter cerca de um terço de sua população idosa.

A cidade ainda tem 1,7 milhões de habitantes, mas apenas nasceram 5.541 bebês no ano passado. Em comparação, o condado de Wayne, em Michigan, EUA, que tem uma população similar, registrou mais de 20.000 nascimentos.

Em Fushun nos pontos de ônibus se exibem anúncios de cemitérios. Táxis anunciam implantes dentários US$ 200 por dente ou US$ 1.680 por “meia boca”.

Nos ônibus, os idosos cedem os assentos aos moços porque são a última esperança. O transporte público transita por avenidas de prédios de apartamentos vazios que antes fervilhavam com famílias. Sinal negro: as antigas escolas primárias viram asilos.

Fushun hoje anuncia a China de 2035, segundo a ONU. Na China a criminosa “política do filho único” comunista há vários anos fez diminuir vertiginosamente os nascimentos e causou este drama social de dimensões nacionais.

Previsão de centenas de milhões de idosos entrando na aposentadoria
Previsão de centenas de milhões de idosos entrando na aposentadoria que o governo não pode pagar

Fushun foi, além do mais, o modelo de cidade como a queria o Partido Comunista Chinês (IPCCh) e os investimentos aumentavam enquanto a população limitava nascimentos. Agora, ela simboliza a decadência econômica que corroi todo o país.

Na China, a nível nacional, os nascimentos em 2024 caíram abaixo de 8 milhões, menos da metade de 2015, o último ano da política maoísta do filho único. O país deixou de ser o mais populoso da Terra.

Para reverter as tendencias populacionais negativas, o regime marxista agora tenta promover uma “cultura favorável ao nascimento”.

Fushun, cuja taxa de fertilidade está há muito tempo abaixo de 1, perdeu mais de um quinto de sua população desde 2000.

Mais da metade de seus moradores terá 60 anos ou mais em uma década, de acordo com cálculos de Yi Fuxian, pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison, com base em dados do censo e na taxa de fertilidade atual de Fushun de 0,7.

Quando o crescimento da China decolou, Fushun se tornou conhecida como a “fornecedora de combustível” do país, chegando a ser responsável por 50% da produção de petróleo da China e um décimo de seu carvão.

Por um tempo, Fushun ficou entre as 10 principais cidades chinesas com indústria pesada, atraindo trabalhadores de todo o país.

Em Fushun, outrora dinâmica, o crescente abandono é a nota dominante
Em Fushun, outrora dinâmica, o crescente abandono é a nota dominante
A economia de Fushun em meados da década de 1980 era maior do que várias capitais provinciais.

Muitos dos líderes da China, começando com Mao Tsé-tung, visitaram sua mina West Open Pit, a maior do tipo na Ásia, estendendo-se por mais de 4 milhas de ponta a ponta e um quarto de milha de profundidade.

A política do filho único imposta policialmente ajudou a turbinar o crescimento econômico da China, mas agora ela está pagando o preço.

Hoje há menos jovens para cuidar dos idosos e menos mulheres para dar à luz.

A província de Liaoning, onde Fushun está localizada, adotou a política do filho único com zelo particular, ostentando um “milagre duplo” de controle populacional efetivo e maior crescimento econômico.

Autoridades viam como um perigo o nascimento de 22 milhões de crianças entre 1980 e 2010 para pôr em vigor essa política anti-familiar.

O milagre duplo se foi tornando um empecilho duplo por volta de 2000, quando começaram as demissões e fechamentos de minas.

Mais empregos foram cortados quando as refinarias estatais de petróleo perdiam dinheiro após anos de expansão descontrolada.

Os trabalhadores jovens iam embora, Fushun ficava cada vez mais grisalha e pobre. Até que o toque de finados foi dado pelo fechamento da mina West Open em 2019.

Fushun se tornou um símbolo do norte deprimido da China. Sua economia encolheu em cerca de um quarto na última década. Os bairros ao redor das minas fechadas estão se desintegrando e esvaziando.

A cidade desde 2015 luta contra um déficit previdenciário de cerca de US$ 1,5 bilhão, de acordo com a Agência oficial de Notícias Xinhua.

Jovens fogem e só ficam idosos
Jovens fogem e só ficam idosos
A única saída de Fushun é apelar aos subsídios do governo central. Mas o crescimento econômico está desacelerando até nas partes mais ricas do país.

Em Pequim os líderes ditatoriais falam que uma economia de “cabelos prateados” não é tão ruim enquanto as necessidades de assistência médica aumentam.

No Parque Laodong grupos de “avós dançarinas” tocavam música folclórica, outros idosos jogavam foot badminton, mulheres mais velhas praticavam bambolê, e outras faziam tai chi.

Muitos desses idosos se aposentaram de empresas estatais e ainda recebem pensões para uma vida relativamente confortável, mas não é assim para os moradores rurais, onde os mais velhos continuam trabalhando na terra até morrerem.

Xi Jinping pretendeu solucionar o problema com grandes projetos de infraestrutura que não tem nada a ver com as necessidades do mercado, para inventar trabalho às pessoas.

Entre a cidade e Shenyang, capital provincial de Liaoning, por exemplo foi construída uma cidade inteiramente nova, Shenfu para atrair empresas de tecnologia e outros negócios.

O custo foi multimilionário, mas Shenfu é uma cidade fantasma, com muitos prédios inacabados, outros abandonados ou pouco povoados.

Os prédios de escritórios estão pouco iluminados, os prédios de dois andares nas zonas “Posto de Saúde” e “Área de Contenção” parecem zonas proibidas durante a quarentena da Covid-19.

Numa outra área residencial, o único sinal de vida era dado por algumas galinhas bicando o chão em busca de comida.

É impossível atrair investimentos ou pessoas, disse Yichun Xie, professor de geografia e geologia na Eastern Michigan University em Ypsilanti, Michigan. “Parece uma batalha perdida”, disse ele.

O governo tenta impulsionar os nascimentos em Fushun, mas esses caem acentuadamente a cada ano, e as autoridades projetam fantasias.

Li Yong , 49, professor e fotógrafo, tentou montar um vídeo animador capturando faíscas de vida ou fumaça que sobe de um antigo aterro de resíduos.

Ele adorava brincar no Ethylene Park onde as fábricas estatais forneciam desde escolas a cerveja acessível, pagavam uma estação de TV a cabo, um jornal, uma equipe de basquete e apresentações de balé russo ou filmes no clube da fábrica.

Hoje o Ethylene Park está coberto de mato.



quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Coreia do Norte manda divorciados ao campo de concentração

Coreia do Norte proibiu divórcio como “ato anti-socialista”. Na verdade, o regime fica sem homens
Coreia do Norte proibiu divórcio como “ato anti-socialista”. 
Na verdade, o regime fica sem homens
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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diversos blogs







A ditadura comunista de Kim Jong-un na Coreia do Norte acusa o declínio das taxas de natalidade e para revertê-las manda os casais que querem divorciar para campos de trabalho visando sua “reeducação” marxista, segundo “France TV”. 

A medida vinha sendo ocultada pelo poder norte-coreano mas acabou sendo revelada por dois meios de comunicação estrangeiros geralmente muito bem informados, que disseram ter dados de fontes no local.

Entre eles estava a anticomunista Radio Free Asia, que surpreendentemente acabou sendo fechada pelo governo Trump.

O divórcio não estava proibido na Coreia do Norte em coerência com o pensamento marxista, mas era absolutamente necessário obter o consentimento do Estado.

Agora os tribunais, por ordem superior, o consideram ato antissocialista e hostil à nação.

Na província de Ryanggang casais saindo divorciados do tribunal eram presos e enviados diretamente para campos de trabalho para sofrer uma “reabilitação”.

As autoridades querem aumentar pela força o número de nascimentos.


quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Afundamento de fragata patenteou fragilidade do armamentismo norte-coreano

No lançamento frutro, mais moderna fragata norte-coreana afundou direto
No lançamento frustro, 
mais moderna fragata norte-coreana afundou direto.
Foi logo recoberta de plásticos para ocultar vergonha
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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No propagandístico lançamento da maior fragata da Coreia do Norte essa afundou ipso facto, enfurecendo ao ditador comunista Kim Jong-un.

O hilariante fiasco se deu no porto de Chongjin diante de Kim, seu ministério, generais e mídia oficial. Kim  culpou militares, cientistas e operadores por um “ato criminoso”, “negligência absoluta, irresponsabilidade e empirismo anticientífico”, sintetizou "La Nación" recolhendo muitas fontes internacionais. 

Enlouquecido mandou disparar mísseis que, sem direção, caíram no Oceano Pacífico.

A mídia estatal anunciou o navio como projetado para lidar com muitos sistemas de armas, armas antiaéreas e antinavio, mísseis balísticos e de cruzeiro com capacidade nuclear.

Kim supervisionou os testes de mísseis do navio.

Imagens da Planet Labs PBC, tiradas na quinta-feira e analisadas pela Associated Press, mostraram o navio parcialmente submerso de lado e coberto com lonas.

O Beyond Parallel, um site administrado pelo think tank Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, afirmou que imagens de satélite do Estaleiro Hambuk, em Chongjin, mostraram um segundo navio da classe Choe Hyon de contratorpedeiros com mísseis guiados em construção.

Autoridades e especialistas sul-coreanos afirmam que o contratorpedeiro Choe Hyon provavelmente foi construído com assistência russa, já que as parcerias militares entre os dois países estão em expansão.

Kim quis fazer do lançamento uma propaganda do valor de suas armas
Kim quis fazer do lançamento uma propaganda do valor de suas armas
Embora as forças navais norte-coreanas sejam consideradas inferiores às de seus rivais, analistas ainda veem o catastrófico destróier de mísseis com capacidade nuclear e o sistema de radar avançado como uma séria ameaça à segurança.

Kim enquadrou o acúmulo de armas como uma resposta às ameaças percebidas de Washington e Seul.

Ele afirma que a aquisição de um submarino nuclear seria o próximo grande passo para fortalecer sua marinha, enquanto não afundar sozinho.


quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Xi Jinping não pode confiar no Exército da China

Xi Jinping substitui a cúpula responsável pela Força Nuclear
Xi Jinping substitui a cúpula responsável pela Força Nuclear
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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sócio do IPCO,
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O ditador comunista Xi Jinping está expurgando generais do Exército Vermelho porque não confia neles para invadir Taiwan.

O expurgo mostra que Xi não acredita nem nos oficiais que ele indicou. Dois ministros da Defesa e os principais líderes da Força de Foguetes nucleares foram depostos, segundo relatório divulgado por “La Nación”.

A corrupção no Exército é fantástica porque ascenderam oficiais mais habilidosos em propinas do que em comandar tropas.

Os generais temem acima de tudo ao Partido Comunista Chinês, e só obedecem a Xi porque é chefe desse Partido.

Mao Tsé-tung transformou em dogma sua afirmação: “O poder político cresce do cano de uma arma”.

E as Forças Armadas são autônomas para garantir a lealdade dos generais policiando-os ideologicamente, escreveu a MSN

A corrupção permitiu que oficiais ambiciosos comprassem equipamentos de qualidade inferior, desviando milhões.

O Departamento de Defesa dos EUA acha que a Força de Foguetes da China se degradou a ponto de os silos de mísseis precisarem de reparos.

Os conselheiros militares falam as maravilhas que o ditador Xi quer ouvir.

O general He liderou o Comando do Teatro Oriental do ELP no planejamento da invasão de Taiwan, e Xi o promoveu a principal conselheiro sobre a campanha de Taiwan.

Mas ele próprio levanta dúvidas sobre uma eventual invasão à ilha.

Xi Jinping remove generais envolvidos na corrupção
Xi Jinping remove generais envolvidos na corrupção
Acresce que oficiais e soldados chineses perdem muito tempo nas sessões de doutrinação comunista, que inclui memorizar os discursos de Xi.

Xi repete as bravatas invasoras enquanto procura evitar uma desastrosa invasão como a perpetrada pelo seu amigo russo, Vladimir Putin, na Ucrânia.

O poderio material não garante uma vitória sobre um inimigo menor mas determinado.

A invasão de Taiwan poderia devastar a economia da China, já abalada pelas tarifas comerciais dos EUA, e uma derrota militar ameaçaria o trono de Xi.

Taiwan pode explorar a inexperiência e a falta de capacidade dos comandantes chineses postos diante de situações imprevistas.

O maior risco é aparecer na atual tensão um erro de cálculo que leve à guerra. E Xi hesita em acionar um Exército assolado por escândalos.