Livro Negro do Comunismo revela o maior crime da História
Reforma Agrária achincalhou os proprietários até a morte
A revolução comunista na China conduzida por Mao-Tsé-Tung seguiu as pegadas da Rússia com aspectos surpreendentes.
Assim que se apossava de uma região, o comunismo chinês empreendia a Reforma Agrária. Mas antes de eliminar os proprietários, desmoralizava-os o quanto podia.
Eles eram, por exemplo, submetidos ao “comício da acidez”: os parentes e empregados deviam acusá-los das piores infâmias até que “entregassem os pontos”, sendo então executados pelos presentes. Um proprietário teve que puxar um arado sob as chibatadas de colonos, até perecer.
Chegou-se a obrigar membros da família de um fazendeiro a comer pedaços da carne dele, na sua presença, ainda vivo!
A Reforma Agrária chinesa extinguiu de 2 a 5 milhões de vidas, sem contar aqueles que nunca voltaram entre os 4 a 6 milhões enviados aos campos de concentração.
O sistema amarelo de campos de concentração foi (e continua sendo) o maior do mundo. Até meados dos anos 80, mais de 50 milhões de infelizes passaram por ele.
A média de ingresso nesse sistema é de 1 a 2 milhões de pessoas por ano, e a população carcerária atinge, em média, a cifra de 5 milhões. Os presos-escravos vivem psiquicamente infantilizados, num sistema de autocríticas e delação mútua.
Esses cárceres, disfarçados em unidades industriais do Estado, desempenharam importante papel nas exportações chinesas. Pense nisso o leitor quando lhe oferecerem um produto chinês a preço ínfimo...
“Grande salto para a frente”: industrialização forçada até o extermínio pela fome
Em 1959, Mao propôs o “grande salto para a frente”, que consistiu em reagrupar os chineses em comunas populares, sob pretexto de um acelerado progresso.
Foi proibido abandonar a comuna, as portas das casas foram queimadas nos altos fornos, e os utensílios familiares transformados em aço. Iniciaram-se construções delirantes.
Os responsáveis comemoravam resultados fulgurantes e colheitas astronômicas. Mas logo começou a faltar o alimento básico. Barragens e canais viraram pesadelo para seus construtores escravos. A indústria parou.
A fome mais mortífera da História da humanidade sacrificou então 43 milhões de vidas! Era proibido recolher as crianças órfãs ou abandonadas. O regime reprimia os famintos, entes não previstos na planificação socialista...
“Revolução Cultural”: tentativa de extinguir a tradição e o pensamento
Em 1966, Mao lançou a Revolução Cultural. Tratava-se de reduzir a pó os vestígios do passado, de eliminar tudo quanto falasse da alma espiritual ou evocasse a beleza.
Os cenários e guarda-roupas da Ópera de Pequim foram queimados. Tentou-se demolir a Grande Muralha, e os tijolos arrancados serviram para construir chiqueiros! Era proibido possuir gatos, aves ou flores!
À palavra intelectual acrescentava-se sempre o qualificativo fedorento. Os professores deviam desfilar por ruas e praças em posições grotescas, latindo como cães, usando orelhas de burro, se auto-denunciando como inimigos de classe. Alguns, sobretudo diretores de colégio, foram mortos e comidos. Templos, bibliotecas, museus, pinturas, porcelanas viraram cacos ou cinzas.
Os mortos são calculados entre 400 mil a 1 milhão, e os encarceramentos em torno de 4 milhões: uma alucinante ninharia, se comparada aos massacres da Reforma Agrária e do “salto para a frente”! Apesar disso, a Revolução Cultural serve até hoje como fonte de inspiração para revoluções do gênero.
Novo “sucesso” maoísta: genocídio comuno-ecológico no Camboja
A China moldou os regimes comunistas do Oriente. Particularmente o do Camboja, onde os guerrilheiros vermelhos exterminaram mais de um quarto da população nacional.
Logo após a conquista da capital, Phnom Penh, metade dos habitantes do país foi impelida para as estradas. Doentes, anciãos, feridos, ex-funcionários, militares, comerciantes, intelectuais, jornalistas eram chacinados no local. 41,9% dos habitantes da capital foram eliminados nessa ocasião. Para poupar bala ou por sadismo, matava-se com instrumentos contundentes.
As multidões de ex-citadinos foram conduzidas a campos coletivizados. Ali trabalhavam em condições duríssimas, recebiam horas de doutrinação marxista, com pouco sono, separação total da família, vestimentas em farrapos e sem remédios.
Extermínio de massa para dar no “homem novo” por “evolução”
O país transformou-se num só conglomerado de concentração. Não havia tribunais, universidades, liceus, ensino, moeda, comércio, medicina, correios, livros, esportes ou distrações.
Os ex-citadinos viraram bestas de carga, enquanto ouviam elogios do boi que trabalha sem protestar, sem pensar na mulher e nos filhos.
Vestiam um uniforme único, de cor preta, e se arrastavam famintos pelos campos mal explorados. Os fugitivos sumiam na selva ou eram sadicamente chacinados. Comiam insetos, ratos e até aranhas, disputavam com os porcos o farelo das gamelas. Grassava o canibalismo.
Designavam-se prisioneiros para serem transformados em adubo! Por vezes, na colheita da mandioca, “desenterrava-se um crânio humano através de cujas órbitas saíam as raízes da planta comestível”.
Os chefes comunistas Cambojanos haviam estudado na França, onde militaram no Partido Comunista Francês, tendo então conhecido as novas doutrinas ecológicas...
Sua meta: eliminar o senso da própria individualidade, todo sentimento de piedade ou amizade, qualquer idéia de superioridade. Assim, queriam forjar o “homem novo”, integrado na natureza, espontaneamente socialista, detentor de um saber meramente material, de um pensamento que não pensa.
Resultado: diminuição demográfica de 3,8 milhões de pessoas; 5,2 milhões de sobreviventes; 64% dos adolescentes órfãos; e um povo psiquicamente arrasado.
O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira).
Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS
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Ji Weizhong foi designado bispo da diocese de Lüliang pelo Partido Comunista da China (PCCh). Mas essa ‘diocese’ não existia!
Mas, como em semelhantes casos anteriores, notavelmente o bispado de Xangai, a Santa Sé erigiu a diocese que o PCCh queria! E fez a vontade dos ditadores e Pequim.
A consagração desse bispo, aliás, foi feita sem nenhuma aprovação ou mandato papal, informou “Bitter Winter”.
Em Wenzhou, o bispo “não-oficial” fiel à Roma e que foi repetidamente preso mons. Pedro Shao Zumin foi multado em 200.000 yuans (US$ 26,500) por celebrar uma Missa pública.
A autoridade julga sua sede “vacante” e promove um sacerdote “patriótico”, à espera que o Vaticano aprove a vontade comunista, segundo "AsiaNews".
Ji Weizhong, bispo por vontade do Partido Comunista. Foto de Weibo
Mons. Pedro Shao Zhumin voltou a ser preso pela polícia porque não pagar a multa socialista.
As forças da repressão proibiram as romarias na diocese e invadiram igrejas para expulsar crianças e adolescentes, acrescentou a “AsiaNews”.
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A guarda costeira de Taiwan prendeu o cargueiro “Hong Tai 58”, que levava enganosamente a bandeira do Togo, e se dedicava a desconectar cabos de dados marítimos que transmitem todas as comunicações na costa sudoeste da ilha, segundo o site Rappler.
Taiwan tem reclamado repetidamente sobre as atividades pequinesas ao redor da ilha. E ficou alarmada depois que um navio ligado à China danificava mais outro cabo de comunicação submarinos, vitais para as conexões da ilha com o resto do mundo.
“Vimos as extensas operações que eles estão fazendo nas Filipinas”, diz o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
A embarcação carregava uma bandeira de conveniência, mas “todos os oito membros da tripulação são chineses”, disse a guarda costeira.
Esquema de cabo de dados submarino
Um alto funcionário de segurança de Taiwan, disse que o governo está lidando com o caso como uma questão de segurança nacional.
Taiwan relatou cinco casos de mau funcionamento de cabos marítimos este ano.
Em 2023, dois cabos submarinos conectando as ilhas Matsu foram cortados, desconectando a internet.
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De 8 a 14 de outubro dede 2024, o bispo Luo Xuegang da diocese católica de Yibin na província de Sichuan liderou 39 padres, freiras e líderes da Associação Patriótica Católica numa “Viagem Vermelha para Expressar Gratidão ao Partido” em Jiangxi, noticiou a bem informada publicação “Bitter Winter”.
A delegação fez propaganda marxista em Nanchang e Jingdezhen, incluindo o Nanchang Uprising Memorial Hall, o Jinggangshan Revolutionary Martyrs Memorial Hall, a Red Army Mint e o Lushan Conference Site.
A iniciativa é conhecida na China como uma “viagem vermelha” que escolas e empresas devem fazer regularmente para não serem suprimidas ou punidas.
A diocese justificou a caravana maoista dizendo em comunicado que “ouvir os feitos revolucionários no local, assistir a documentários de educação patriótica e depositar coroas de flores para os mártires revolucionários, os padres e fiéis fortaleceram ainda mais sua identificação com a grande pátria, a nação chinesa, a cultura chinesa, o Partido Comunista da China e o socialismo com características chinesas”.
Assim o comunicado da diocese adotou as “Cinco Identificações” no jargão do Partido Comunista Chinês, o cerne da propaganda e da doutrinação glorificadora do ditador Xi Jinping.
A diocese reconheceu que “todos os participantes acreditavam que esta ‘Viagem Vermelha para Expressar Gratidão ao Partido’ estava cheia de espírito revolucionário”.
Mas tentou afundar a resistência dos fiéis, acrescentando que os participantes “se beneficiaram muito” e que “todos eles ... constantemente aprimorarão as ‘cinco identificações’, aderirão firmemente à Sinicização do Catolicismo em nosso país, ouvirão e sentir-se-ão gratos ao Partido, ... e contribuirão ativamente para o desenvolvimento econômico e social com um estado de espírito mais elevado”.
Delegação católica de Sichuan doutrinam 'católicos patrióticos' pro-comunistas em Jiangxi
A doutrinação marxista dos padres, freiras e líderes leigos católicos chineses continua assim a todo vapor puxado pelos bispos colaboracionistas.
Os fieis, explica “Bitter Winter”, para serem aceitos como “sinicizados”, devem ter líderes selecionados pelo PCCh e operar dentro dos objetivos indicados pelo PCCh.
Por sua vez, a publicação explica que o ditador comunista Xi Jinping, presidente da China desde 2013, promove uma ditadura pessoal e um culto à sua personalidade que lembra o Presidente Mao Tsé-tung, fundador do comunismo chinês.
Também promove uma repressão a todas as religiões mais forte do que nas décadas anteriores.
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Mons. Shen Bin foi empossado em abril de 2023 pelas autoridades comunistas chinesas como bispo de Xangai, sem consentimento prévio do Vaticano, elevando mais um grau de tensão diplomática.
Três meses depois, o Papa Francisco aprovou a sua nomeação, explicando que a decisão visava o “bem maior” da diocese.
A verdade é que o novo bispo já havia mostrado a quem serve verdadeiramente: o Partido Comunista Chinês (PCCh).
Num simpósio realizado de 4 a 6 de novembro de 2024, sobre “Sinicização da Religião em Xangai”, o mau prelado defendeu a integração das atividades religiosas católicas dentro dos planos e doutrinas do regime comunista, o qual aplica uma política claramente oposta ao catolicismo e à liberdade religiosa, em geral.
Naquela funesta ocasião, o bispo Shen centrou o seu discurso na necessidade de adaptar a Igreja Católica na China às ideologias promovidas pelo ditador Xi Jinping.
Dita “sinicização” exige anular a autonomia das religiões, subordinando-as aos objetivos do Partido Comunista. Relatório recente da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), define essa “sinicização” como violação da liberdade religiosa e subordinação da fé ao controle estatal e à visão marxista da religião.
Essa política inclui a censura e reescrita dos textos religiosos; a substituição de imagens de Jesus Cristo e da Virgem Maria por retratos de líderes do PCCh, como Xi Jinping; restrições à participação de menores em atividades religiosas como a catequização; proibições de transmissão de cerimônias religiosas pela internet.
O bispo Shen não hesitou em fazer a apologia da “sinicização” num congresso realizado em 2024 no Vaticano, defendendo hipocritamente que essa política “não procura mudar a fé católica, mas sim adaptá-la às características socialistas da sociedade chinesa”.
Mons. Shen Bin, ocupando a sé de Xangai, promove o comunismo entre os fiéis
No evento de Xangai, segundo testemunhas citadas pelo portal digital “Bitter Winter”, o prevaricador bispo Shen exortou o clero e os fiéis a estudar e promover documentos-chave do regime, incluindo as resoluções do 20º Comitê Central do PCCh.
Segundo os observadores, a insistência em divulgar apenas as orientações ideológicas do PCCh mostra uma subordinação da Igreja Católica em Xangai ao aparelho estatal chinês e que afasta da união com Roma.
A gestão de Shen Bin em Xangai tornou-se um símbolo do acordo secreto entre o Vaticano e a China, renovado em outubro de 2024, que regula a nomeação de bispos no país.
O acordo mente dizendo que visa preservar a unidade da Igreja na China, quando na prática favorece claramente ao PCCh em sua repressão para submeter os fiéis à sua influência anticristã. Cfr. “Infocatólica”.
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Pouco mais da metade dos chineses adultos sofrem porque nunca se tornarão avós em virtude da repressão da natalidade imposta cruelmente pelo Partido Comunista durante décadas para acelerar os números do crescimento econômico.
Um profundo sentimento de saudade e perda do legado familiar causa uma dor muito real as pessoas que não sabem nem falar esse sofrimento.
O ateísmo infundido com a “política do filho único” formou gerações que não quer terem filhos. Esses escondem seu pessimismo induzido por trás de pretextos como o mal estado do mundo ou as alterações climáticas.
Muitas mulheres que sonharam viver rodeadas de netos à medida que envelhecem, transmitindo-lhes as receitas de família e o amor pela música, segundo o costume milenar chinês hoje não escondem sua depressão.
A decisão de não ter filhos prejudica a relação entre as gerações e os que sonharam com, pelo menos, ter netos. Os mais velhos não conseguem afastar a desilusão pessoal se decepcionado com seus filhos que não querem ter descendência.
O “The New York Times” fez um longo inquérito entre os chineses nesse estado. Muitos sentem saudade do que poderia ter sido sua casa quando vem fotos felizes de outros com os netos nas redes sociais.
Marido, pets, livros, jogos, não escondem a solidão e repetem que “os netos trazem esperança e luz para sua vida”, mas eles não virão.
É uma forma de luto e uma dor difícil de assumir.
O problema é de consulta psiquiátrica. Mas as respostas dos psiquiatras não conseguem mitigar essa dor profunda.
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Uma força-tarefa de órgãos federais resgatou trabalhadores chineses em condições análogas à escravidão na montadora de automóveis da BYD em construção na Bahia. Ela interditou parte das obras da montadora em Camaçari (BA).
163 operários “importados” da China trabalhavam em condições análogas à de escravos,
A empresa emitiu um comunicado para fazer bonito dizendo não tolerar “desrespeito à lei brasileira e à dignidade humana”, etc., etc. Na realidade estava usando os escravos como faz generalizadamente com os operários no China.
A BYD é uma gigante na fabricação de carros elétricos e híbridos de recente criação para o governo chinês atingir a hegemonia planetária de carros elétricos. A unidade estava sendo instalada no local onde ficou a fábrica da Ford com incentivos superiores a R$ 5,5 bilhões do governo da Bahia.
O lançamento da pedra fundamental foi feito em outubro de 2023, com presença de autoridades dos governos estadual e federal. A unidade deverá capacidade de montar 150 mil veículos por ano na primeira fase, elétricos e híbrido flex.
BYD usava uma empresa terceirizada para explorar os escravos
Os operários resgatados não poderão trabalhar e terão seus contratos de trabalho rescindidos, segundo o Ministério Público. Os alojamentos e os locais da obra embargados também permanecerão sem atividades até a completa regularização.
Os trabalhadores estavam distribuídos em quatro alojamentos principais. Num deles, dormiam em camas sem colchões e não possuíam armários para seus pertences pessoais, que ficavam misturados com materiais de alimentação.
A situação sanitária era crítica, com apenas um banheiro para cada 31 trabalhadores. Todos os alojamentos tinham problemas graves de infraestrutura e higiene.
Além das condições degradantes, a força-tarefa detectou situações de trabalho forçado. Caso um trabalhador tentasse rescindir o contrato de trabalho após seis meses, deixaria o País sem receber nada pelo trabalho, já que o desconto da caução, da passagem de vinda ao Brasil e o pagamento da passagem de retorno, na prática, configuraria confisco total dos valores recebidos pelos trabalhadores ao longo da relação de trabalho.
O ‘escravos’ apresentavam “sinais visíveis de lesões na pele”, seus passaportes estavam confiscados e o empregador “retinha 60% do salário”.
Condições de vida degradantes para os 'escravos' servindo à BYD
Seria a maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, a cerca de 50 km da capital do estado, Salvador da Bahia, noticiou “Clarin” de Buenos Aires.
O caso teve repercussão internacional pela constatação de “tráfico” de trabalhadores chineses. Os ‘escravos’ dependiam de uma subcontratada da BYD, a Jinjiang Open Engineering, e foram considerados “vítimas de tráfico internacional para fins de exploração laboral”.
A BYD está construindo 26 novas instalações e planeja começar a produzir os modelos elétricos Dolphin e Yuan Plus e o híbrido plug-in Song Plus.
Com essa instalação, a BYD pretendia oferecer “preços ainda mais competitivos”. Obviamente com esse esquema análogo à escravidão de africanos em séculos passados e amplamente aplicada na China hodierna acrescida de subsídios com intenções imperialistas o poder vermelho pode pretender afundar as demais montadoras funcionando no País.
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O Parlamento comunista pôs em vigor uma Lei de Educação Patriótica no início de 2024.
A diretriz é mera criação do comunismo, mas a Conferência Nacional Conjunta de Grupos Religiosos, impôs que seja aplicada nas comunidades religiosas, informou “Bitter Winter”.
A lei foi aclamada como a principal ferramenta de propaganda doméstica do Partido Comunista Chinês (PCCh) nos próximos anos.
As diretrizes visavam transformar religiões controladas pelo Estado em porta-vozes da propaganda do Partido.
O Departamento de Trabalho da Frente Unida que supervisiona as cinco religiões autorizadas, reclamou que as ordens não estavam sendo implementadas com rapidez suficiente pelos hierarcas eclesiásticos submissos.
A Igreja Católica Patriótica, antes considerada cismática por Roma, mas agora em comunhão com a Santa Sé após o acordo Vaticano-China de 2018, está organizando cursos de treinamento em educação patriótica para clérigos e líderes leigos.
Os burocratas da igreja se submetem à “governança rigorosa da religião” oficial. Os hierarcas religiosos pró-governo sabem que não são capazes sozinhos de controlar as comunidades religiosas, indispostas contra eles. Então, devem ficar sob uma despótica supervisão direta do PCCh.
Um exemplo foi o Curso de Treinamento de Educação Patriótica para Representantes Católicos em Jiangxi, organizado pelo Bureau Provincial de Assuntos Étnicos e Religiosos local em agosto de 2024 no Jiangxi Fuzhou Socialist College em Fuzhou.
O treinamento incluiu palestras especiais fornecidas por líderes de departamento do Departamento Central de Trabalho da Frente Unida.
Sacerdotes e leigos católicos visitam o Museu dos Slogans do Exército Vermelho, em Hufang. Fonte Weibo
O bispo João Batista Suguang da diocese de Jiangxi, o bispo auxiliar João Weizhao, todo o clero e mais de sessenta membros das Duas Conferências Católicas Provinciais participaram das sessões de reeducação e de treinamento.
O programa contou com palestras e aprendizado prático fornecidas por especialistas sobre o pensamento de Xi Jinping, o centenário do PCCh e como os católicos podem defender o Partido e seu Comitê Central.
Uma das excursões do curso levou padres e trabalhadores leigos ao Museu do Slogan do Exército Vermelho em Hufang. O Museu recolhe os slogans do Exército Vermelho na época da Guerra Civil.
Para os organizadores foi uma oportunidade única para padres católicos e trabalhadores leigos “herdarem o gene vermelho” dos seguidores leais do Partido Comunista.
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A ASIAPRESS continua a receber relatos de várias áreas da Coreia do Norte sobre um aumento dramático dos soldados famintos devido à redução do fornecimento de alimentos para bases militares.
A fonte desses relatórios são soldados reenviados para casa devido à desnutrição. A ASIAPRESS realizou uma pesquisa sobre as condições nas bases na parte norte do país em meados de setembro.
Os parceiros de reportagem se reuniram com soldados enviados para casa por desnutrição. Assim obteriam melhor controle sobre as realidades da fome dentro das forças armadas.
Um parceiro de reportagem (“A”) na província de Yanggang disse à ASIAPRESS :
“Houve um aumento de soldados que voltaram para casa devido à desnutrição. ... um jovem soldado que voltou depois de um período em uma base em Wonsan, província de Kangwon, disse que comia duas refeições por dia na base, e em dias sem almoços, as autoridades pularam o treinamento da tarde e fizeram os soldados tirarem cochilos.
Outro parceiro de reportagem (“B”) na província de Hamgyung do Norte, conversou com um soldado que disse à ASIAPRESS :
“Há três jovens que sofrem de desnutrição que receberam alta por razões médicas em minha unidade de vigilância. Provavelmente há mais voltando para casa para não ser desonrosamente dispensado.
Soldados clinicamente inaptos para continuar o serviço militar devido a doenças, ferimentos ou desnutrição são liberados sob um sistema chamado “gamjongjaedae”.
“B” disse à ASIAPRESS mais sobre o que ele ouviu do soldado:
“O jovem com quem falei passou um ano e meio em uma base em Jajupo, província de Hwanghae do Norte, e recentemente voltou para casa por razões médicas.
“As refeições da base eram apenas sal e milho, nem mesmo totalizando 400 gramas por dia.
“Ele me disse que ‘havia três refeições por dia, mas elas equivaliam a apenas uma refeição dividida em três refeições’.
O soldado também disse que houve um aumento tão grande de soldados famélicos que ninguém poderia ser enviado para trabalhar em fazendas durante o verão.
Outro parceiro de reportagem na província de Yanggang (“C”) disse à ASIAPRESS o seguinte:
“Os soldados não podem voltar para casa só porque precisam de tratamento médico para uma doença. A maioria dos jovens que retornaram recebeu alta temporariamente por razões médicas.
“Pais com algum dinheiro subornam os hospitais para obter um documento que confirme que seus filhos precisam ser tratados em hospitais.
“Os hospitais então informam as bases militares de onde os soldados vieram”.
Por que os soldados estão famintos durante a época de colheita?
Uma entre três crianças norte-coreanas com menos de cinco anos está desnutrida
Soldados desnutridos na Coreia do Norte não é um problema novo.
Muitos desertores que serviram nas forças armadas testemunharam sobre a falta de suprimentos de alimentos em bases militares desde o início dos anos 90.
Existem três grandes fontes de alimento fornecidas aos militares norte-coreanos.
1. Algumas das colheitas de fazendas coletivas são enviadas para bases militares. Este alimento é chamado de “arroz militar”.
2. Alimentos importados do exterior.
3. Milho e legumes cultivados por soldados em campos perto de bases militares. Esses campos são chamados de “buopji”.
Na primavera deste ano, o regime de Kim Jong-un ordenou que todos os “buopjis” militares fossem combinados com os campos administrados por fazendas coletivas, embora não esteja claro quantos dos campos agrícolas administrados por militares estão realmente sob gestão de fazendas coletivas.
A comida é adquirida sistematicamente pelo governo. Mas esse, no entanto, não consegue o suficiente para alimentar os soldados, o que levou a níveis crônicos de desnutrição nas forças armadas.
A partir de abril de 2024, o governo norte-coreano não conseguiu adquirir arroz branco e milho suficientes para as lojas de alimentos estatais, por isso tirou das lojas militares de alimentos para resolver rapidamente o problema.
O impacto de tudo isso é que os soldados estão sofrendo de fome, o que levou a um aumento nos crimes por eles cometidos.
A ASIAPRESS se comunica com parceiros de reportagem por meio de telefones celulares chineses contrabandeados para a Coreia do Norte.
Conselho de Mao: "Usem o Ocidente em benefício dos chineses".
Presidente Nixon inicia apertura de Ocidente ao comunismo chinês, 27.2.1972
Ensinamentos de Mao: revolução é um ato de violência
"A revolução não é o convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um ato de violência pelo qual uma classe derruba a outra."
Mao e a REFORMA AGRÁRIA:
"Encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros".
Conselho de Mao para tratar o Ocidente:
"A política é uma guerra sem derramamento de sangue, e a guerra uma política com derramamento de sangue" (Foto: Mao recebe o Secretario de Estado Kissinger e o presidente americano Ford).
Como a ideologia de Mao orienta o pragmatismo da China
O plano da China super-potência
“Mao esteve em condições de lançar, em 15 de junho [de 1953] seu plano de industrialização (...). O que Mao cuidava bem de não esclarecer era a natureza essencialmente militar desse plano, a qual iria ficar escondida, e ainda é muito pouco conhecida na China de hoje. A prioridade era dada à indústria das armas, e todos os recursos do país deviam ser consagrados para essa realização. O objetivo de Maoera que a China se tornasse uma superpotência para que quando ele falasse o mundo inteiro ouvisse”. (p. 414)
Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Mao: China centro tecnológico e militar da revolução mundial
Mao:
“Nós não devemos nos contentar com sermos o centro da revolução mundial, nós devemos nos transformar também no centro militar e tecnológico. Nós devemos armar os outros com armas chinesas, onde estará gravado nosso nome (...). Nós devemos nos tornar o arsenal da revolução mundial”. (p. 610-611)
Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Foto: Shangai
Mao e os empresários “úteis” para a Revolução Mundial
Foto: Hu Jintao e Bill Gates, 19/4/2006
“A coletivização da agricultura tornou o regime ainda mais totalitário. Na mesma época, Mao ordenou a nacionalização da indústria e do comércio nas zonas urbanas, a fim de concentrar a integralidade dos recursos para a realização de seu programa. Entretanto, os homens de negócios e os chefes de empresa não foram perseguidos como foram os proprietários agrícolas (...) ‘A burguesia, explicou Mao, é muito mais útil de que os proprietários de terras. Os burgueses possuem savoir-faire e qualidades de administradores’.” (p. 431) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Mao: a China substituirá à Rússia na chefia da Revolução mundial
Foto: Politburo chinês, 80º aniversário, 1-7-2001
“Mao previa uma situação na qual, dizia ele, ‘os Partidos Comunistas do mundo inteiro não acreditarão mais na Rússia, mas acreditarão em nós’. A China então poderia se apresentar como ‘centro da revolução mundial’. (...) A idéia de erigir a experiência chinesa como modelo, enquanto milhões de chineses morriam de fome, poderia parecer uma gagueira. Mao, entretanto não tinha preocupação alguma, pois confiava nos filtros através dos quais os estrangeiros estavam autorizados a ver e ouvir a China. (...) Quando Mao, em plena fome, se espraiava em mentiras desavergonhadas diante de François Mitterrand ‒ “eu repito, para ser ouvido: não há fome na China” ‒ este engoliu tudo e chegou a escrever a que Mao “não era um ditador”, mas um “humanista”.” (p. 500-501).
Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
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Ambição suprema: dominar o mundo e unificá-lo sob sua bota
“A ambição suprema de Mao era dominar o mundo. Em novembro de 1968, ele confidenciava a Edward Hill, chefe do partido maoísta australiano: “’No meu ponto de vista, seria preciso unificar o mundo (...). No passado, muitas pessoas, especialmente, os mongóis, os romanos, (...) Alexandre Magno, Napoleão e o império britânico tentaram fazê-lo. Nos nossos dias, os Estados Unidos e a União Soviética quereriam os dois consegui-lo. Hitler queria unificar o mundo (...). Mas, todos fracassaram. Entretanto, me parece que há uma possibilidade que não desapareceu (...). No meu ponto de vista, podemos ainda unificar o mundo’. (...) “Os argumentos que ele apresentava repousavam unicamente no tamanho da população chinesa (...)”. “Para açular esta ambição planetária, Mao lançou-se em 1953 no seu programa de industrialização e de armamento, queimando etapas e assumindo riscos consideráveis no domínio nuclear. Neste sentido, o episodio mais assombroso aconteceu quando, o 27 de outubro de 1966, um míssil balístico munido de uma ogiva nuclear foi disparado por cima do noroeste da China e percorreu oito centos quilômetros sobrevoando várias cidades bastante importantes. Era a primeira vez que um país ousava uma experiência desta natureza, com o acréscimo de que o foguete era conhecido pela falta de fiabilidade, o que pôs em perigo de morte todas as populações que se encontravam na sua trajetória. Três dias antes, Mao em pessoa disse ao responsável de proceder ao lançamento, e que em caso de fracasso ele assumiria a responsabilidade. “Quase todas as pessoas engajadas no projeto esperavam uma catástrofe, e o pessoal da sala de controle achou que tinha chegado sua última hora. (...) Nesse caso, o ensaio foi um sucesso, e apressou-se em atribuí-lo ao ‘pensamento’ de Mao (...). Na realidade, foi um puro golpe de sorte. Todos os ensaios posteriores fracassaram pois o míssil se pôs a girar furiosamente sobre si próprio logo após ter decolado. (p. 609-610)” Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Mao: prazer com a bomba atômica
Foto: teste bomba hidrogênio chinesa“
Mao foi o único chefe de Estado do mundo que saudou com festividades a nascença desta arma de destruição massiva. Em privado, ele compôs dois versos de má qualidade: Bomba atômica explode quando lhe é dito de explodir.Ah, que alegria inefável! (p. 526) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Genocídio para forçar a industrialização e o triunfo da revolução mundial
“Perto de trinta e oito milhões de pessoas morreram de fome ou de exaustão no curso dos quatro anos que durou o ‘Grande Salto avante’. Esta cifra, Liu Shao-Chi ele próprio, número dois de Mao, a confirmou (...) “Esta fome foi a pior do século XX ‒ e até de toda a História. Mao causou conscientemente a morte de essas dezenas de milhões de pessoas esfomeando-as e as esgotando pelo trabalho. (...) “Para dizer tudo, Mao previra um número de vítimas mais considerável ainda. Ainda que o 'Grande Salto' não tivesse por outro objetivo que eliminar chineses, Mao estava pronto para que houvesse hecatombes e fez entender aos dirigentes que eles não deveriam se mostrar chocados se aconteciam. “No Congresso de 1958, no qual foi dada a partida do ‘Grande Salto’, ele explicou a seu auditório que se pessoas morriam em conseqüência da política do Partido, não seria preciso se assustar, mas de se regozijar. (...) “A morte é verdadeiramente uma causa de regozijo (...). Dado que nos acreditamos na dialética, nos não podemos não ver nela senão um benefício”. “Esta filosofia, ao mesmo tempo despachada e macabra foi transmitida de degrau em degrau até os dirigentes de base. (...) “Nós estamos dispostos a sacrificar 300 milhões de chineses pela vitória da revolução mundial” declarou em Moscou em 1957, ou seja, a metade da população de então. Ele o confirmou diante do Congresso do Partido, o 17 de maio de 1958: “Não façam, pois, tantas histórias a propósito de uma guerra mundial. Na pior das hipóteses, ela causará mortes (...) a metade da população desapareceria (...) a melhor das hipóteses é que uma metade da população fique com vida, se não pelo menos um terço...” “Mao não pensava somente na guerra. Em 21 de novembro de 1958, evocando diante de seus conselheiros mais próximos, os projetos que exigiriam mão de obra enorme, como as campanhas de irrigação e o fabrico de aço, ele declarou, reconhecendo de modo implícito e quase boçal que os camponeses que não tinham o quê comer deviam se matar no trabalho: “Trabalhando desse modo, em todos esses projetos, a metade dos chineses deverão tal vez morrer. Se não é a metade, será tal vez um terço, ou um décimo ‒ digamos 50 milhões de pessoas”. (p. 478-479) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
A Revolução Cultural e a extinção da milenar cultura chinesa
“No fim de maio de 1966, Mao montou um novo organismo, o “Grupo restrito da Revolução cultural”, encarregado de organizar a purga. (...) “Em junho, Mao estendeu o terror ao conjunto da sociedade, fazendo dos jovens que freqüentavam escolas e universidades seus instrumentos primeiros. “Os estudantes foram encorajados a atacarem os professores e a todas as pessoas encarregadas de sua educação, com o pretexto de que uns e outros lhes tinham deformado o espírito com suas “idéias burguesas” (...) as primeiras vítimas foram os mestres e o pessoal administrativo dos estabelecimentos escolares porque eram eles que instilavam a cultura... “Em 2 de junho, colegiais de Pequim afixaram um cartaz assinado por um nome impactante: “os guardas vermelhos” ... “A prosa estava salpicada de fórmulas agressivas “A baixo os ‘bons sentimentos’!”, “Nós seremos brutais!”, “Nós vos derrubaremos e vos esmagaremos aos nossos pés!”. Mao tinha semeado o ódio e ia recolher os frutos desencadeando os piores instintos dos adolescentes que constituíam o elemento mais maleável e mais violento da sociedade”. (p. 556-557) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Desprezo da vida de milhões para lograr seus objetivos
“A fome que grassou em toda a China de 1958 até 1961 [N.R.: “Grande Salto avante”] atingiu seu ponto culminante em 1960. Naquele ano, as próprias estatísticas do regime indicam que o consumo médio de calorias por dia caíra a 1.534,8. “Segundo um dos grandes apologistas do regime comunista, Han Suyin, as donas de casa nas aldeias tinham direito, no máximo, a 1.200 calorias por dia em 1960. “A título de comparação: em Auschwitz, os deportados condenados a trabalhos forçados recebiam diariamente entre 1.300 e 1.700 calorias; eles trabalhavam por volta de onze horas por dia, e a maioria dos que não conseguiam achar um pouco mais de alimento morriam no espaço de alguns meses. “Durante a fome, o canibalismo fez sua aparição. (...) Durante esse tempo, havia de sobra para comer nos armazéns do Estado, sob custodia do Exército. Deixava-se mesmo apodrecer certos produtos. (...) Uma ordem vinda do alto dizia: “Proibição de abrir a porta do armazém, ainda que a população esteja morrendo de fome” (p. 477) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Extinguir a cultura e preparar a futura geração de líderes da China
foto: Hu Jintao“Depois das escolas, Mao ordenou aos guardas vermelhos espalhar o terror na própria sociedade (...). Em 18 de agosto, Lin Biao, do alto da porta Tienanmen, com Mao a seu lado, exortou os guardas vermelhos de todo o país a “acalcarem as quatro velharias ... o velho pensamento, a velha cultura, as velhas vestimentas e os velhos costumes”. Os jovens atacaram antes de tudo as lojas ... Tudo isso não era ainda suficiente para Mao. ‘Pequim não afundou suficientemente no caos (...) Pequim é civilizado de mais’, declarou ele o 23 de agosto. ... “A fim de espalhar o medo no mais fundo do país, Mao encorajou os jovens predadores a lançar operações punitivas contra pessoas cujo nome e endereço eram fornecidos pelas autoridades (p. 561) “Durante o verão de 1966, os guardas vermelhos devastaram todas as cidades sem exceção, grandes e pequenas, e algumas zonas rurais. Possuir livros ou o que quer que fosse que pudesse ser associado com a cultura era perigoso (...) “Mao conseguiu assim limpar os lares de todo sinal de civilização. Quanto ao aspecto das cidades, ele atingiu seu objetivo de longa data, que era tirar da vista de seus súbditos os vestígios do passado. Um grande número de monumentos históricos que tinham sobrevivido até lá à aversão geral, foram destruídos. Em Pequim, dos 6.843 que ainda estavam em pé em 1958, 4.922 foram reduzidos a pó.” (p. 563). Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
O crime de massa ensinado às bandas de facínoras exaltados
“As autoridades organizaram “demonstrações de chacinas modelo”, a fim de explicar às pessoas como dar a morte com um máximo de crueldade e, por vezes, a polícia supervisionava a carnificina. Nesse clima de horror, uma forma política de canibalismo fez aparição em numerosas partes do interior, particularmente no condado de Wuxuan, onde um inquérito oficial, diligenciado após a morte de Mao, contou 76 vítimas. “Tudo começava geralmente numa manifestação de denúncias, esse grande clássico da era maoísta. A seguir, as vítimas eram massacradas e os pedaços seletos de sua anatomia ‒ coração, fígado, e às vezes, o órgão sexual ‒ lhes eram tirados, por vezes, antes mesmo de os infelizes entregarem a alma, e cozidos no local para serem comidos no curso de ágapes batizados ‘banquetes de carne humana’” (p. 587). Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.