O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira). Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

China ganha trilhões com contrafações de grifes ‘luxuosas’

Falsos à venda em lojas chinesas
Falsos à venda em lojas chinesas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Os turistas que visitam Xangai são abordados com ofertas muito baratas de peças de marcas caríssimas como Louis Vuitton, Chanel, Prada, etc. Tal vez não poucos viajam à procura dessas “ofertas”.

Mas, na realidade são peças falsificadas que alimentam um mercado gigantesco de contrafações na China e no mundo inteiro.

Um jornalista do “O Estado de S.Paulo” visitou lojas de roupas, bolsas e sapatos falsificados na maior cidade chinesa, país classificado como o nº 1 no ranking dos que mais produzem itens ilegais, segundo o relatório The Notorious Markets List, do governo dos EUA, e movimenta um mercado trilionário, mostrou reportagem do “Estado de S.Paulo”. 

Há lojas oficiais das marcas de luxo internacional nas grandes cidades, especialmente as mais populosas e as mais visitadas por turistas, ou onde residem os hierarcas do Partido Comunista Chinês (PCCh). Porém as lojas de falsificações não ficam atrás.

Subsolo de shoppings, galerias, corredores de hotéis exibem esses produtos ilegais com exuberância de bolsas das marcas mais luxuosas, de diversos graus de “autenticidade”, desde cópias vulgares aa outras que enganam até especialistas.

Os preços oscilam segundo a ingenuidade do comprador ou sua habilidade para negociar o valor exposto na “etiqueta” que nem sempre é o final.

Na primeira “loja” visitada pela reportagem do quotidiano brasileiro, toda uma linha de produtos falsificados era exposta num tablet, com fotos das opções e fotos imorais.

Quando o comprador caia numa opção, outra vendedora vinha a trazer o item de um outro local, e negociava o preço.

Claro que recebia negativas pelos preços ou qualidade dos produtos. Entao a simpatia se mudava em agressividade.

Parece autêntico Patek Philippe, mas é pura contrafação
Parece autêntico Patek Philippe, mas é pura contrafação
Os preços dos produtos mais “simples”, leia-se mais burdamente falsificados ou menos na moda, podem partir de R$ 200, e os de “1ª linha” chegam a milhares de reais.

As casas internacionais se esforçam em campanhas contra a venda de produtos falsificados, mas na China esse mercado imoral movimenta trilhões de dólares anualmente acobertado por chefes bem instalados no regime socialista.

A plataforma Business of Fashion, de 2022, calcula uma movimentação de US$ 3 trilhões (R$ 17,43 trilhões), tendo aumentado 10 vezes desde 2013.

A máquina de produzir falsificações derruba as vendas dos originais “capitalistas” e abalam a economia ocidental em favor do objetivo da hegemonia econômica chinesa mundial, meta fixada por Mao Tsé tung no início da revolução comunista.

O European Union Intellectual Property Office Observatory (EUIPO, na sigla em inglês), calcula que em 2024, os mercados do luxo europeus perderam 10% em vendas anuais por essa causa.

No período de 2018 a 2021, as perdas pela falsificação foram de quase € 12 bilhões (R$ 72,5 bilhões, na cotação atual).

Segundo o relatório Notorious Markets List do governo dos EUA os gigantes chineses do e-commerce como WeChat, Taobao e Pinduoduo são dos principais fornecedores desse tipo de mercadoria.

No Brasil, segundo esse relatório, a rua 25 de Março, em São Paulo, é um dos principais pontos de venda das falcatruas no País.

Os controles alfandegários nacionais são insuficientes deveria haver um esforço coletivo puxados por grupos de nações ou blocos econômicos, como o Mercosul, União Europeia. E isto é o que misteriosamente falta.

“Há uma fraqueza legislativa global”, afirma.

A informalidade dificulta a ação da lei. Mas não na China onde a abordagem dos turistas acontece em frente às lojas de produtos originais ou em ruas cheias de policiais.

Mercaderías de conrafacionadas na China e contrabandeadas pelo Paraguai
Mercadorias de conrafacionadas na China e contrabandeadas pelo Paraguai
Os abordadores conduzem as vítimas, ou aproveitadores, a lojas em avenidas secundárias longe do policiamento mais pesado, onde em subsolos de são shoppings, atrás dos boxes tapeativos há salas abarrotadas de produtos falsos de grandes marcas, de bolsas falsas, de relógios, de malas, tênis e todo tipo de peça cobiçável.

O perfil anônimo “The Fake Birkin Slayer” desmascara no Instagram, quem usa bolsas falsificadas, mostrando nomes, fotos e tags de famosos e anônimos endinheirados, incluindo vários brasileiros que já foram pegos na “malha fina” do perfil.

O impacto financeiro mundial causado pelos criminosos é difícil de ser compilado, segundo os especialistas.

A professora Katherine Sresnewsky destaca que as grandes companhias de pesquisa dão apenas “uma vaga ideia” do volume dessa pirataria.

E enquanto o “jet set” e os que querem imitá-lo pagando menos se exibem ante seus fãs e amigos, em Pequim, o PCCh esfrega as mãos com os lucros imensos e com a desmoralização do nível cultural ocidental.


quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Arbitrariedades vaticano-comunistas na nomeação de bispos chineses

Mons. José Cai Bingrui, bispo de Xiamen
Mons. José Cai Bingrui, bispo de Xiamen
Luis Dufaur
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Monsenhor José Cai Bingrui, bispo de Xiamen, foi transferido pela força policial a uma outra sede episcopal em 2007.

A posteriori, a transferência foi aprovada pelo Papa Francisco em aplicação do Acordo Provisório entre Roma e Pequim sobre a nomeação de bispos, segundo a bem informada “AsiaNews”. 

O bispo Cai ordenado no seminário Sheshan de Xangai, foi feito administrador diocesano da diocese de Xianmen, por sua vez usurpada por um bispo ordenado ilegitimamente por Pequim (Joseph Huang Ziyu) que acabou falecendo.

Monseñor José Cai Bingrui fora sagrado em 2010, com o consentimento de Roma, seguindo os procedimentos anteriores ao funesto Acordo Provisório entre Roma e Pequim.

Depois, Francisco I aprovou o bispo ilegítimo pro-comunista e o bispo legítimo foi transferido para Fuzhou, substituindo ao arcebispo legítimo Peter Lin Jashan, que pertencia à “Igreja clandestina” e que morreu em 2023 aos 88 anos.

O Vaticano em comunicado tratou ao novo pastor de “bispo” e a Fuzhou como “diocese”, e não como “arcebispo” nem “arquidiocese”, adotando a geografia eclesiástica imposta pelas autoridades comunistas de Pequim, que não inclui mais sedes metropolitanas, ou arquidioceses.

Mons Joseph Cai Bingrui transferido da diocese de  Xiamen à diocese de Fuzhou
Mons Joseph Cai Bingrui transferido da diocese de  Xiamen
 à diocese de Fuzhou
Mons. Cai deverá governar uma vasta diocese com mais de 300.000 católicos. As confusões criadas pelo acordo Pequim-Vaticano não têm fundo, e os grandes prejudicados são os católicos que querem continuar fiéis a Roma.

Obviamente, o grande beneficiado é o comunismo que quer fazer apostatar os católicos que perseveram heroicamente

Em Fuzhou nos primeiros tempos da evangelização, deu-se a conversão histórica de um grupo de estudiosos confucionistas. 

Mas também nela aconteceram os primeiros e gloriosos martírios cristãos durante a Dinastia Qing.

Mártires da China
Em 1747, o bispo dominicano, Monsenhor Pedro Sans i Jordà, então vigário apostólico de Fujian, foi preso e decapitado.

A canonização dos 120 mártires chineses em 1º de outubro de 2000, foi criticada como “provocação” pelo Partido Comunista Chinês.

Os seis primeiros deles — mortos antes do século XIX — são todos missionários dominicanos que derramaram seu sangue pela proclamação do Evangelho nesta província chinesa.

Fujian também é uma das áreas economicamente mais dinâmicas do país e muito sensível do ponto de vista político, porque ali reside a base sobre a qual o ditador Xi Jinping se elevou ao topo do Partido Comunista Chinês.

Também está na primeira linha de confronto com Taiwan, que fica a apenas 120 quilômetros pelo mar.

Quando foi sagrado Monsenhor Cai, estava presente o bispo emérito de Taipei, Mons. Joseph Cheng Tsai-fa.

Mons. Cai explica que sua diocese há muito tempo recebe visitas de católicos da vizinha de Taiwan, que o comunismo de Pequim quer agressivamente invadir.


quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Mons. Guo comemorou os 40 anos de sua primeira missa detrás das grades

Dom Vicente Guo Xijing comemora aniversário sacerdotal detrás das grades
Dom Vicente Guo Xijing comemora aniversário sacerdotal detrás das grades
Luis Dufaur
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Mons. Vicente Guo Xijing, nomeado pela Santa Sé bispo auxiliar teve que entregar a diocese ao bispo "oficial" pro-comunista, Dom Vicente Zhan Silu, segundo “Asia News”. 

O padre comunista foi acolhido em comunhão pelo Papa Francisco I enquanto que o bispo fiel ficou confinado em sua residência, impedido de receber visitas.

No 40º aniversário de sua ordenação sacerdotal de Dom Vicente apareceu atrás de uma porta fechada à força com uma corrente.

Ele conseguiu oferecer um pedaço de bolo aos amigos que vinham visitá-lo através das grades, que também é a única maneira de distribuir a comunhão.

Isto se deve a que até a capela de sua residência foi lacrada pelas autoridades para impedir que os fiéis das comunidades clandestinas (historicamente muito fortes no norte de Fujian) participassem de suas celebrações.

Dom Vicente Guo Xijing não aceitou pacto comuno-progressista
Dom Vicente Guo Xijing não aceitou pacto comuno-progressista
Como mostra o vídeo, as pessoas ainda trazem rosários e objetos religiosos para o prelado abençoar, pelos quais também passam e ele retorna pela mesma porta.

Segundo fontes locais, esta nova ofensiva contra Monsenhor Guo Xijing começou no Natal, junto com uma nova pressão sobre os padres locais para que se registrassem nos "órgãos oficiais" impostos pelo Partido Comunista à Igreja na China.

Algo que o prelado e outros padres do norte de Fujian nunca quiseram fazer.

Vale acrescentar que tudo isso teria acontecido nas semanas seguintes à participação de Dom Zhan Silu, Bispo de Mindong, no Sínodo no Vaticano, realizado em outubro.

Os vídeos sobre a situação do bispo Guo Xijing também se tornaram conhecidos poucos dias após a transferência — aprovada pela Santa Sé — do bispo de Xiamen, Dom Cai Bingrui, para a diocese de Fuzhou, que é uma das sedes historicamente mais importantes da Igreja na China.

A cerimônia foi presidida pelo mesmo bispo Zhan Silu em outra diocese onde – como lembramos naquele artigo – a unidade entre “oficial” e “clandestino” ainda é um trabalho em andamento.

E os pesados portões com grades impostos pelas autoridades certamente não ajudam a conseguir isso.


quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Mais restrições religiosas aos estrangeiros na China

Perseguição religiosa acentuada na China
Perseguição religiosa acentuada na China
Luis Dufaur
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O braço do Partido Comunista chinês para Assuntos Religiosos ditou “Regras Detalhadas” para os estrangeiros que queiram praticar sua religião no país, descritas pela agência “Asia News”. 

Eles devem ter permissão das autoridades e obedecer ao Partido, aceitando a “independência e autogoverno” dos cultos, ou “sinicização” do ditador Xi.

O artigo 5 obriga aos “estrangeiros a respeitar a autogestão e aceitar o comando religioso do governo”.

Os católicos ficam proibidos de qualquer contato com “clandestinos” ou com os padres que não se filiaram à Associação Patriótica.

O Artigo 10 especifica que, mesmo em igrejas e templos “oficiais”, os estrangeiros só podem assistir a atos “presididos por religiosos chineses”.

O Artigo 16, postula uma estrita Separação: “as atividades religiosas em grupo realizadas por estrangeiros na China estão limitadas à participação de estrangeiros na China”.

Os religiosos estrangeiros que entram na China por meio de intercâmbios acadêmicos e culturais devem ser autorizados um a um pelo Partido.

Igreja católica sendo demolida em Shanxi para construir predios de apartamenos
Igreja católica sendo demolida em Shanxi 
para construir prédios de apartamenos

O Artigo 21 decreta quantos livros e material audiovisual os religiosos podem trazer para uso pessoal (nunca mais de 10).

O Artigo 26 especifica que “organizações ou indivíduos estrangeiros não devem recrutar estudantes no exterior com o propósito de cultivar novas religiões em território chinês sem autorização”.

Finalmente, o Artigo 29 lista uma série de proibições religiosas que se aplicam a qualquer estrangeiro na China.

Entre outras, estão: interferir nas atividades de grupos religiosos, realizar conferências ou sermões não autorizados, “recrutar seguidores entre cidadãos chineses”, produzir livros ou outros materiais sobre temas religiosos, aceitar doações de indivíduos ou organizações chinesas e realizar atividades religiosas na internet.

A síntese é clara: na China, nenhuma expressão religiosa fora do controle do Partido é permitida, mesmo para estrangeiros – incluindo a Igreja Católica – devem aceitar a autogestão sob a batuta do PCCh.

A universalidade da Igreja Católica só pode ser uma referência ideal genérica; com total submissão às diretrizes políticas do governo de Pequim.


quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Morre o sonho das empresas ocidentais na China

Fábricas param ou diminuem a atividade
Fábricas param ou diminuem a atividade
Luis Dufaur
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Os executivos zombam do otimismo do governo da China, cortam os investimentos, alguns fecham fábricas e dispensam pessoal, escreveu “O Estado de S.Paulo”.

Nas últimas décadas, os chefes ocidentais olharam para a China como um lugar para fabricar coisas baratas e um mercado vasto e crescente para seus produtos.

Agora, as perspectivas pioraram, as vendas caíram e este ano não há nenhum sinal de melhora.

As empresas que estão enfrentando redução nas vendas no país vão desde a Apple, a Volkswagen, até a Starbucks, e a LVMH. “Já deveríamos ter revertido a situação”, reclama o diretor regional de uma empresa global.

Outro executivo estrangeiro lamenta que os dias de crescimento febril de sua empresa na China tenham acabado.

Embora algumas empresas ocidentais, como a Eli Lilly, fabricante de medicamentos, e o Walmart, gigante do varejo, continuem a crescer no país, suas fileiras estão diminuindo constantemente.

Um dos motivos para isso é a estagnação econômica da China.

Uma crise imobiliária fez os preços dos imóveis em todo o país despencarem e levou os consumidores a apertarem o cinto.

Desindustrialização virou palavra chave também na China
Desindustrialização virou palavra chave também na China

Em setembro, o governo central sinalizou que faria o que fosse necessário para reaquecer a economia e, em 9 de dezembro, anunciou que a China mudaria para uma política monetária “moderadamente frouxa” pela primeira vez em mais de uma década.

Mas as expectativas continuam baixas.

As vendas de imóveis ainda estão caindo, em comparação com o ano passado, e provavelmente continuarão caindo até 2025.

Apesar das promessas do governo de estimular o consumo, os indicadores de demanda estão em baixa.

No final de outubro, 27% das empresas industriais chinesas estavam registrando prejuízos.

A Starbucks cedeu sua participação no mercado para a Luckin Coffee, uma concorrente local mais barata que, em setembro, tinha 21 mil lojas no país, cerca de três vezes mais do que a rede americana e mais do que 13 mil no ano anterior.

Diz-se que a empresa está considerando vender uma participação em seus negócios na China para um parceiro local.

Em muitos setores, as empresas ocidentais não têm mais a vantagem tecnológica que tinham sobre os rivais chineses.

Os fabricantes chineses de robôs industriais agora fornecem quase metade do mercado local, em comparação com menos de um terço em 2020.

Se tudo isso não fosse ruim o suficiente, as empresas ocidentais também estão se tornando um dano colateral na rivalidade entre seus governos e o da China.

Após o anúncio das novas tarifas dos EUA e restrições à venda de ferramentas de fabricação de chips para determinadas empresas chinesas, bem como de chips de memória os fabricantes americanos saíram prejudicados.

Quatro associações industriais chinesas apelaram para reduzir as compras de chips americanos.

A lista de empresas expostas a perturbações geopolíticas está aumentando. As ações dos fabricantes 

Xi Jinping tenta equilíbrios sem sucesso
Xi Jinping tenta equilíbrios sem sucesso
europeus de conhaque, incluindo a Rémy Cointreau e a Pernod Ricard, caíram depois que a China disse que iria impor medidas antidumping sobre a bebida, em retaliação às tarifas cobradas pela UE sobre os veículos elétricos chineses.

O ditador comunista Xi Jinping se apresta a responder a Donald Trump dificultando ainda mais a vida das empresas americanas.

As empresas estrangeiras estão presas numa perigosa luta geopolítica, escreve Andrew Polk, da Trivium China, outra consultoria, que não diminuirá tão cedo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Grandes capitalistas financiam expansão do comunismo chinês

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O jornalista Patrick McGee denuncia no livro "Apple in China" que os EUA e o Ocidente não cobram da China seus crimes contra a humanidade.

Os “direitos humanos” viraram meras palavras pois os políticos não querem afundar seus negócios com Pequim.

A Apple está investindo na China US$ 275 bilhões, quase o dobro do Plano Marshall para reerguer Europa após a II Guerra Mundial.

A Apple é “a maior apoiadora” do projeto “Made in China 2025” de Xi Jinping, e coopera para reforçar o sistema de controle policial dos chineses, diz o autor.

McGee sugere que a profunda dependência da Apple da manufatura chinesa a coloca em uma posição desconfortável, especialmente com o aumento das tensões geopolíticas. 

A Apple diversificou a produção investindo na Índia e no Vietnã.

No entanto, a bem estabelecida cadeia de suprimentos da China continua indispensável.

Se a Apple transferir grande parte de suas operações para fora da China, corre o risco de interromper seus negócios e aumentar os custos.

A empresa não pode mais arcar com isso, especialmente com a concorrência cada vez mais agressiva de empresas chinesas às quais a empresa americana permitiu copiar sua tecnologia.

Embora a Apple seja uma empresa trilionária, McGee argumenta que ela não manda mais.

Apple sustenta regime marxista chinês
Apple sustenta regime marxista chinês
Pequim tem uma influência significativa, como evidenciado pela conformidade da Apple com as políticas de censura e remoções de aplicativos para manter o acesso ao mercado chinês.

Dado o tamanho da Apple, a questão é até que ponto seu envolvimento com a China influenciará as atitudes dos EUA em relação ao regime de Pequim.


quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Jovens fogem de cidades de velhos e não têm bebês

Em cidaades chinesas outrora ativas só vão ficando idosos
Em cidades chinesas outrora ativas só vão ficando idosos
Luis Dufaur
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Centros motores da ascensão industrial da China estão superpovoados de idosos e padecem espantosa escassez de jovens, após décadas de cruel limitação forçada da natalidade.

O jornal “Wall Street Journal” fez uma longa reportagem da crise populacional chinesa. E deu o exemplo de Fushun uma cidade que vibrava de energia e agora está em agonia. 

A maioria de suas minas de carvão e refinarias fecharam, metade de seus jovens foi embora e os cofres de pensão estão no vermelho não pudendo manter cerca de um terço de sua população idosa.

A cidade ainda tem 1,7 milhões de habitantes, mas apenas nasceram 5.541 bebês no ano passado. Em comparação, o condado de Wayne, em Michigan, EUA, que tem uma população similar, registrou mais de 20.000 nascimentos.

Em Fushun nos pontos de ônibus se exibem anúncios de cemitérios. Táxis anunciam implantes dentários US$ 200 por dente ou US$ 1.680 por “meia boca”.

Nos ônibus, os idosos cedem os assentos aos moços porque são a última esperança. O transporte público transita por avenidas de prédios de apartamentos vazios que antes fervilhavam com famílias. Sinal negro: as antigas escolas primárias viram asilos.

Fushun hoje anuncia a China de 2035, segundo a ONU. Na China a criminosa “política do filho único” comunista há vários anos fez diminuir vertiginosamente os nascimentos e causou este drama social de dimensões nacionais.

Previsão de centenas de milhões de idosos entrando na aposentadoria
Previsão de centenas de milhões de idosos entrando na aposentadoria que o governo não pode pagar

Fushun foi, além do mais, o modelo de cidade como a queria o Partido Comunista Chinês (IPCCh) e os investimentos aumentavam enquanto a população limitava nascimentos. Agora, ela simboliza a decadência econômica que corroi todo o país.

Na China, a nível nacional, os nascimentos em 2024 caíram abaixo de 8 milhões, menos da metade de 2015, o último ano da política maoísta do filho único. O país deixou de ser o mais populoso da Terra.

Para reverter as tendencias populacionais negativas, o regime marxista agora tenta promover uma “cultura favorável ao nascimento”.

Fushun, cuja taxa de fertilidade está há muito tempo abaixo de 1, perdeu mais de um quinto de sua população desde 2000.

Mais da metade de seus moradores terá 60 anos ou mais em uma década, de acordo com cálculos de Yi Fuxian, pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison, com base em dados do censo e na taxa de fertilidade atual de Fushun de 0,7.

Quando o crescimento da China decolou, Fushun se tornou conhecida como a “fornecedora de combustível” do país, chegando a ser responsável por 50% da produção de petróleo da China e um décimo de seu carvão.

Por um tempo, Fushun ficou entre as 10 principais cidades chinesas com indústria pesada, atraindo trabalhadores de todo o país.

Em Fushun, outrora dinâmica, o crescente abandono é a nota dominante
Em Fushun, outrora dinâmica, o crescente abandono é a nota dominante
A economia de Fushun em meados da década de 1980 era maior do que várias capitais provinciais.

Muitos dos líderes da China, começando com Mao Tsé-tung, visitaram sua mina West Open Pit, a maior do tipo na Ásia, estendendo-se por mais de 4 milhas de ponta a ponta e um quarto de milha de profundidade.

A política do filho único imposta policialmente ajudou a turbinar o crescimento econômico da China, mas agora ela está pagando o preço.

Hoje há menos jovens para cuidar dos idosos e menos mulheres para dar à luz.

A província de Liaoning, onde Fushun está localizada, adotou a política do filho único com zelo particular, ostentando um “milagre duplo” de controle populacional efetivo e maior crescimento econômico.

Autoridades viam como um perigo o nascimento de 22 milhões de crianças entre 1980 e 2010 para pôr em vigor essa política anti-familiar.

O milagre duplo se foi tornando um empecilho duplo por volta de 2000, quando começaram as demissões e fechamentos de minas.

Mais empregos foram cortados quando as refinarias estatais de petróleo perdiam dinheiro após anos de expansão descontrolada.

Os trabalhadores jovens iam embora, Fushun ficava cada vez mais grisalha e pobre. Até que o toque de finados foi dado pelo fechamento da mina West Open em 2019.

Fushun se tornou um símbolo do norte deprimido da China. Sua economia encolheu em cerca de um quarto na última década. Os bairros ao redor das minas fechadas estão se desintegrando e esvaziando.

A cidade desde 2015 luta contra um déficit previdenciário de cerca de US$ 1,5 bilhão, de acordo com a Agência oficial de Notícias Xinhua.

Jovens fogem e só ficam idosos
Jovens fogem e só ficam idosos
A única saída de Fushun é apelar aos subsídios do governo central. Mas o crescimento econômico está desacelerando até nas partes mais ricas do país.

Em Pequim os líderes ditatoriais falam que uma economia de “cabelos prateados” não é tão ruim enquanto as necessidades de assistência médica aumentam.

No Parque Laodong grupos de “avós dançarinas” tocavam música folclórica, outros idosos jogavam foot badminton, mulheres mais velhas praticavam bambolê, e outras faziam tai chi.

Muitos desses idosos se aposentaram de empresas estatais e ainda recebem pensões para uma vida relativamente confortável, mas não é assim para os moradores rurais, onde os mais velhos continuam trabalhando na terra até morrerem.

Xi Jinping pretendeu solucionar o problema com grandes projetos de infraestrutura que não tem nada a ver com as necessidades do mercado, para inventar trabalho às pessoas.

Entre a cidade e Shenyang, capital provincial de Liaoning, por exemplo foi construída uma cidade inteiramente nova, Shenfu para atrair empresas de tecnologia e outros negócios.

O custo foi multimilionário, mas Shenfu é uma cidade fantasma, com muitos prédios inacabados, outros abandonados ou pouco povoados.

Os prédios de escritórios estão pouco iluminados, os prédios de dois andares nas zonas “Posto de Saúde” e “Área de Contenção” parecem zonas proibidas durante a quarentena da Covid-19.

Numa outra área residencial, o único sinal de vida era dado por algumas galinhas bicando o chão em busca de comida.

É impossível atrair investimentos ou pessoas, disse Yichun Xie, professor de geografia e geologia na Eastern Michigan University em Ypsilanti, Michigan. “Parece uma batalha perdida”, disse ele.

O governo tenta impulsionar os nascimentos em Fushun, mas esses caem acentuadamente a cada ano, e as autoridades projetam fantasias.

Li Yong , 49, professor e fotógrafo, tentou montar um vídeo animador capturando faíscas de vida ou fumaça que sobe de um antigo aterro de resíduos.

Ele adorava brincar no Ethylene Park onde as fábricas estatais forneciam desde escolas a cerveja acessível, pagavam uma estação de TV a cabo, um jornal, uma equipe de basquete e apresentações de balé russo ou filmes no clube da fábrica.

Hoje o Ethylene Park está coberto de mato.



quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Coreia do Norte manda divorciados ao campo de concentração

Coreia do Norte proibiu divórcio como “ato anti-socialista”. Na verdade, o regime fica sem homens
Coreia do Norte proibiu divórcio como “ato anti-socialista”. 
Na verdade, o regime fica sem homens
Luis Dufaur
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A ditadura comunista de Kim Jong-un na Coreia do Norte acusa o declínio das taxas de natalidade e para revertê-las manda os casais que querem divorciar para campos de trabalho visando sua “reeducação” marxista, segundo “France TV”. 

A medida vinha sendo ocultada pelo poder norte-coreano mas acabou sendo revelada por dois meios de comunicação estrangeiros geralmente muito bem informados, que disseram ter dados de fontes no local.

Entre eles estava a anticomunista Radio Free Asia, que surpreendentemente acabou sendo fechada pelo governo Trump.

O divórcio não estava proibido na Coreia do Norte em coerência com o pensamento marxista, mas era absolutamente necessário obter o consentimento do Estado.

Agora os tribunais, por ordem superior, o consideram ato antissocialista e hostil à nação.

Na província de Ryanggang casais saindo divorciados do tribunal eram presos e enviados diretamente para campos de trabalho para sofrer uma “reabilitação”.

As autoridades querem aumentar pela força o número de nascimentos.


quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Afundamento de fragata patenteou fragilidade do armamentismo norte-coreano

No lançamento frutro, mais moderna fragata norte-coreana afundou direto
No lançamento frustro, 
mais moderna fragata norte-coreana afundou direto.
Foi logo recoberta de plásticos para ocultar vergonha
Luis Dufaur
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No propagandístico lançamento da maior fragata da Coreia do Norte essa afundou ipso facto, enfurecendo ao ditador comunista Kim Jong-un.

O hilariante fiasco se deu no porto de Chongjin diante de Kim, seu ministério, generais e mídia oficial. Kim  culpou militares, cientistas e operadores por um “ato criminoso”, “negligência absoluta, irresponsabilidade e empirismo anticientífico”, sintetizou "La Nación" recolhendo muitas fontes internacionais. 

Enlouquecido mandou disparar mísseis que, sem direção, caíram no Oceano Pacífico.

A mídia estatal anunciou o navio como projetado para lidar com muitos sistemas de armas, armas antiaéreas e antinavio, mísseis balísticos e de cruzeiro com capacidade nuclear.

Kim supervisionou os testes de mísseis do navio.

Imagens da Planet Labs PBC, tiradas na quinta-feira e analisadas pela Associated Press, mostraram o navio parcialmente submerso de lado e coberto com lonas.

O Beyond Parallel, um site administrado pelo think tank Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, afirmou que imagens de satélite do Estaleiro Hambuk, em Chongjin, mostraram um segundo navio da classe Choe Hyon de contratorpedeiros com mísseis guiados em construção.

Autoridades e especialistas sul-coreanos afirmam que o contratorpedeiro Choe Hyon provavelmente foi construído com assistência russa, já que as parcerias militares entre os dois países estão em expansão.

Kim quis fazer do lançamento uma propaganda do valor de suas armas
Kim quis fazer do lançamento uma propaganda do valor de suas armas
Embora as forças navais norte-coreanas sejam consideradas inferiores às de seus rivais, analistas ainda veem o catastrófico destróier de mísseis com capacidade nuclear e o sistema de radar avançado como uma séria ameaça à segurança.

Kim enquadrou o acúmulo de armas como uma resposta às ameaças percebidas de Washington e Seul.

Ele afirma que a aquisição de um submarino nuclear seria o próximo grande passo para fortalecer sua marinha, enquanto não afundar sozinho.


quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Xi Jinping não pode confiar no Exército da China

Xi Jinping substitui a cúpula responsável pela Força Nuclear
Xi Jinping substitui a cúpula responsável pela Força Nuclear
Luis Dufaur
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O ditador comunista Xi Jinping está expurgando generais do Exército Vermelho porque não confia neles para invadir Taiwan.

O expurgo mostra que Xi não acredita nem nos oficiais que ele indicou. Dois ministros da Defesa e os principais líderes da Força de Foguetes nucleares foram depostos, segundo relatório divulgado por “La Nación”.

A corrupção no Exército é fantástica porque ascenderam oficiais mais habilidosos em propinas do que em comandar tropas.

Os generais temem acima de tudo ao Partido Comunista Chinês, e só obedecem a Xi porque é chefe desse Partido.

Mao Tsé-tung transformou em dogma sua afirmação: “O poder político cresce do cano de uma arma”.

E as Forças Armadas são autônomas para garantir a lealdade dos generais policiando-os ideologicamente, escreveu a MSN

A corrupção permitiu que oficiais ambiciosos comprassem equipamentos de qualidade inferior, desviando milhões.

O Departamento de Defesa dos EUA acha que a Força de Foguetes da China se degradou a ponto de os silos de mísseis precisarem de reparos.

Os conselheiros militares falam as maravilhas que o ditador Xi quer ouvir.

O general He liderou o Comando do Teatro Oriental do ELP no planejamento da invasão de Taiwan, e Xi o promoveu a principal conselheiro sobre a campanha de Taiwan.

Mas ele próprio levanta dúvidas sobre uma eventual invasão à ilha.

Xi Jinping remove generais envolvidos na corrupção
Xi Jinping remove generais envolvidos na corrupção
Acresce que oficiais e soldados chineses perdem muito tempo nas sessões de doutrinação comunista, que inclui memorizar os discursos de Xi.

Xi repete as bravatas invasoras enquanto procura evitar uma desastrosa invasão como a perpetrada pelo seu amigo russo, Vladimir Putin, na Ucrânia.

O poderio material não garante uma vitória sobre um inimigo menor mas determinado.

A invasão de Taiwan poderia devastar a economia da China, já abalada pelas tarifas comerciais dos EUA, e uma derrota militar ameaçaria o trono de Xi.

Taiwan pode explorar a inexperiência e a falta de capacidade dos comandantes chineses postos diante de situações imprevistas.

O maior risco é aparecer na atual tensão um erro de cálculo que leve à guerra. E Xi hesita em acionar um Exército assolado por escândalos.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Desabamento da bolha econômica chinesa ameaça o mundo

Bolha imobiliaria chinesa é combatida sem sucesso
Bolha imobiliária chinesa é combatida sem sucesso
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Em 2025 os seis maiores bancos da China, propriedade do Estado, têm perdas alarmantes, apontou uma reportagem global do canal “China en Foco” de NTD difundido em Youtube.  

A bolha imobiliária chinesa é a maior da história e espanta os investidores com um rombo de mais de US$ 28 trilhões, ou quase quatorze vezes o PIB do Brasil.

O Partido Comunista quis um grande PIB favorecendo gigantescos empreendimentos mobiliários.

Os governos locais transferiram massas de população miserável para as novas cidades, mas os investidores fugiam e a guerra das taxas preludia uma onda de chineses voltando do exterior e caindo no desemprego.

A gigantesca bolha imobiliária estourou em 2021 e desde então os preços só despencam e muitas famílias que se endividaram para comprar um imóvel e vendê-lo posteriormente entraram em desespero enquanto as imobiliárias começaram a falir.

Na queda, os bancos tentam evitar naufragio final.
Na queda, os bancos tentam evitar naufrágio final.
O governo tentou impedir o cataclismo com leis que limitava o número de casas que se podem revender, criando um enorme estoque de imóveis congelados.

Quando o governo afrouxa ligeiramente o limite de casas à venda, os preços despencam e ainda mais imobiliárias vão à falência.

Os cidadãos não querem mais comprar casas e muito menos têm capacidade financeira para fazê-lo numa economia em crise.

O governo prevê um tsunami de casas à venda numa economia em contração e com os investidores estrangeiros desaparecendo.

Bolha imobiliaria serviu ao governo para inchar os números. Agora é um pesadelo
Bolha imobiliária serviu ao governo para inchar os números. Agora é um pesadelo
É a implosão da maior bolha imobiliária da história que pode levar a uma crise financeira global.

Os pequenos poupadores chineses estão vendo suas economias desaparecerem.

Soma-se a isso uma batalha comercial na qual, se as exportações não forem drásticas, e ainda mais para os EUA, o desemprego decorrente do setor imobiliário será agravado pelo fluxo massivo de cidadãos chineses que estudaram no exterior, tornando impossível fornecer-lhes empregos.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Torturas psiquiátricas para os dissidentes

Jie Lijian contou as torturas padecidas c
Jie Lijian contou as torturas padecidas c

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Dezenas de chineses críticos do governo socialista são internados em hospitais psiquiátricos, onde recebem antipsicóticos e tratamentos elétricos como repressão sem passar por tribunais.

O estudante Zhang Junjies foi denunciado à polícia e internado num “centro de testes de COVID” e diagnosticado de “doença mental muito grave” que causa “opiniões sobre o partido e o governo”.

Ficou 12 dias amarrado numa cama com uma medicação lhe fazia “sentir como seu cérebro embagunçado”, até fugir para a Nova Zelândia.

Esse abuso é proibido pela Lei de Saúde Mental do país mas seu uso aumenta em continuidade.

O advogado Huang Xuetao, que ajudou a redigir a lei, reconheceu ao BBC World Service que há muitos casos.

O ativista Jie Lijian que participou de um protesto por melhores salários na fábrica e polícia o internou num hospital psiquiátrico onde lhe injetaram medicamentos que afetaram seu pensamento crítico.

Como ele se recusou a seguir recebendo-os foi encaminhado para terapia eletroconvulsiva (TEC), com descargas de correntes elétricas pelo cérebro que lhe faziam doer desde a cabeça até os pés.

“Desmaiei várias vezes. Senti como se estivesse morrendo”, disse. Ele fugiu para Los Angeles e procura asilo nos EUA.

A BBC comunicou os resultados da investigação à embaixada chinesa no Reino Unido, a qual reconheceu que o Partido Comunista Chinês precisa “aprimorar os mecanismos” da lei, sem inspirar esperança alguma às vítimas.


quarta-feira, 7 de maio de 2025

Fúria persecutória na China e complacência incompreensível no Vaticano

Antônio Ji Weizhong feito bispo por vontade dos ditadores comunistas
Antônio Ji Weizhong feito bispo por vontade dos ditadores comunistas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Ji Weizhong foi designado bispo da diocese de Lüliang pelo Partido Comunista da China (PCCh). Mas essa ‘diocese’ não existia!

Mas, como em semelhantes casos anteriores, notavelmente o bispado de Xangai, a Santa Sé erigiu a diocese que o PCCh queria! E fez a vontade dos ditadores e Pequim.

A consagração desse bispo, aliás, foi feita sem nenhuma aprovação ou mandato papal, informou “Bitter Winter”.

Em Wenzhou, o bispo “não-oficial” fiel à Roma e que foi repetidamente preso mons. Pedro Shao Zumin foi multado em 200.000 yuans (US$ 26,500) por celebrar uma Missa pública.

A autoridade julga sua sede “vacante” e promove um sacerdote “patriótico”, à espera que o Vaticano aprove a vontade comunista, segundo "AsiaNews".

Ji Weizhong, bispo por vontade do Partido Comunista. Foto de Weibo
Ji Weizhong, bispo por vontade do Partido Comunista. Foto de Weibo
Mons. Pedro Shao Zhumin voltou a ser preso pela polícia porque não pagar a multa socialista.

As forças da repressão proibiram as romarias na diocese e invadiram igrejas para expulsar crianças e adolescentes, acrescentou a “AsiaNews”.



quarta-feira, 23 de abril de 2025

Taiwan prende barco chinês cortando cabos de dados submarinos

Taiwan detém barco pirata chinês que cortava os cabos de dados submarinos
Taiwan detém barco pirata chinês que cortava os cabos de dados submarinos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A guarda costeira de Taiwan prendeu o cargueiro “Hong Tai 58”, que levava enganosamente a bandeira do Togo, e se dedicava a desconectar cabos de dados marítimos que transmitem todas as comunicações na costa sudoeste da ilha, segundo o site Rappler.

Taiwan tem reclamado repetidamente sobre as atividades pequinesas ao redor da ilha. E ficou alarmada depois que um navio ligado à China danificava mais outro cabo de comunicação submarinos, vitais para as conexões da ilha com o resto do mundo.

“Vimos as extensas operações que eles estão fazendo nas Filipinas”, diz o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

A embarcação carregava uma bandeira de conveniência, mas “todos os oito membros da tripulação são chineses”, disse a guarda costeira.

Esquema de cabo de dados submarino
Esquema de cabo de dados submarino
Um alto funcionário de segurança de Taiwan, disse que o governo está lidando com o caso como uma questão de segurança nacional.

Taiwan relatou cinco casos de mau funcionamento de cabos marítimos este ano.

Em 2023, dois cabos submarinos conectando as ilhas Matsu foram cortados, desconectando a internet.


quarta-feira, 26 de março de 2025

Diocese católica faz caravana “para exprimir gratidão ao Partido Comunista”

Delegação diocesana de Sichuan no Local Revolucionário de Jinggangshan, Jiangxi
Delegação diocesana de Sichuan
no Local Revolucionário de Jinggangshan, Jiangxi
Luis Dufaur
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De 8 a 14 de outubro dede 2024, o bispo Luo Xuegang da diocese católica de Yibin na província de Sichuan liderou 39 padres, freiras e líderes da Associação Patriótica Católica numa “Viagem Vermelha para Expressar Gratidão ao Partido” em Jiangxi, noticiou a bem informada publicação “Bitter Winter”.

A delegação fez propaganda marxista em Nanchang e Jingdezhen, incluindo o Nanchang Uprising Memorial Hall, o Jinggangshan Revolutionary Martyrs Memorial Hall, a Red Army Mint e o Lushan Conference Site.

A iniciativa é conhecida na China como uma “viagem vermelha” que escolas e empresas devem fazer regularmente para não serem suprimidas ou punidas.

A diocese justificou a caravana maoista dizendo em comunicado que “ouvir os feitos revolucionários no local, assistir a documentários de educação patriótica e depositar coroas de flores para os mártires revolucionários, os padres e fiéis fortaleceram ainda mais sua identificação com a grande pátria, a nação chinesa, a cultura chinesa, o Partido Comunista da China e o socialismo com características chinesas”.

Assim o comunicado da diocese adotou as “Cinco Identificações” no jargão do Partido Comunista Chinês, o cerne da propaganda e da doutrinação glorificadora do ditador Xi Jinping.

A diocese reconheceu que “todos os participantes acreditavam que esta ‘Viagem Vermelha para Expressar Gratidão ao Partido’ estava cheia de espírito revolucionário”.

Mas tentou afundar a resistência dos fiéis, acrescentando que os participantes “se beneficiaram muito” e que “todos eles ... constantemente aprimorarão as ‘cinco identificações’, aderirão firmemente à Sinicização do Catolicismo em nosso país, ouvirão e sentir-se-ão gratos ao Partido, ... e contribuirão ativamente para o desenvolvimento econômico e social com um estado de espírito mais elevado”.

Delegação católica de Sichuan adoutrinam 'católicos patrióticos' procomunista em Jiangxi
Delegação católica de Sichuan
doutrinam 'católicos patrióticos' pro-comunistas em Jiangxi
A doutrinação marxista dos padres, freiras e líderes leigos católicos chineses continua assim a todo vapor puxado pelos bispos colaboracionistas.

Os fieis, explica “Bitter Winter”, para serem aceitos como “sinicizados”, devem ter líderes selecionados pelo PCCh e operar dentro dos objetivos indicados pelo PCCh.

Por sua vez, a publicação explica que o ditador comunista Xi Jinping, presidente da China desde 2013, promove uma ditadura pessoal e um culto à sua personalidade que lembra o Presidente Mao Tsé-tung, fundador do comunismo chinês.

Também promove uma repressão a todas as religiões mais forte do que nas décadas anteriores.