O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira). Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

China condena ao Cardeal Zen cobrindo de vergonha a Santa Sede

Momento da prisão do Cardeal Joseph Zen
Momento da prisão do Cardeal Joseph Zen
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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O tribunal comunista de Hong Kong numa primeira sentença impôs ao Cardeal Joseph Zen e a outros cinco réus, uma pena material leve, mas de grande significado político e religioso, informou o site “La Nuova Bussola Quotidiana”.

A condena estava “cozinhada” desde o início e consiste em pagar uma multa de 4 mil dólares de Hong Kong (pouco menos de 500 euros)por não registrar adequadamente um fundo humanitário que ajudou os protagonistas das manifestações pró-democracia de 2019.

E isso é só o aperitivo, porque o Cardeal Zen terá em breve de enfrentar um processo muito mais pesado, o de “conspiração” com forças estrangeiras, sempre que a Lei de Segurança de 2020 considera crime gravíssimo.

Também aqui, qualquer condenação ainda teria um enorme significado político e religioso por que embaraçará ainda mais uma Santa Sé que continua a manter um silêncio injustificável para salvar o Acordo com os ditadores marxistas de Pequim, acrescenta o site.

O Cardeal Zen criou o Fundo Humanitário 612 para fornecer assistência econômica, psicológica e de saúde a pessoas presas ou feridas durante manifestações pró-democracia. As autoridades socialistas de Hong Kong contestam o registro.

A condenação do Cardeal Zen não é séria, mas tem como pano de fundo o acordo secreto entre a China e a Santa Sé para a nomeação de bispos, renovado há apenas um mês.

Então o processo se torna um grande escândalo da Igreja aceitando uma submissão ao regime chinês em troca de um prato de lentilhas envenenado: o das prometidas nomeações de bispos descumprido frequentemente pelo Partido Comunista Chinês.

Diante de um julgamento sensacional e injusto de um cardeal, a Secretaria de Estado do Vaticano continua mantendo um silêncio injustificável.

O Cardeal Zen e cooperadores presos pela polícia
O Cardeal Zen e cooperadores presos pela polícia
Mas Roma não estão tão arrependida já que o cardeal Zen é muito crítico do Acordo China-Santa Sé e, por isso, é um personagem indigesto tanto em Pequim quanto no Vaticano.

As perseguições aos católicos na China estão aumentando e dito Acordo só serve para anestesiar sobre a verdade.

Está aparecendo um sinistro espectro que fala da liberdade religiosa menosprezada em Roma.

Todos os sinais enviados a Pequim para demonstrar que a Santa Sé está pronta para transferir sua representação diplomática para a capital vermelha assim que o regime comunista assim o desejar.

E talvez no Vaticano se espere que o silêncio forçado do cardeal Zen facilite a operação. Porém mais uma condenação previsível por “conspiração” com forças estrangeiras será muito difícil de explicar ao mundo católico, por mais adormecido que esteja.

O cardeal Zen sempre lutou pela liberdade da Igreja e para ajudar os católicos perseguidos. Ele está dando a vida pela Igreja chinesa como muitos dos santos e mártires que o precederam na China.

Humilhá-lo dessa maneira é a última ignomínia de uma Cúpula do Vaticano cuja podridão está emergindo em processos morais e econômicos em andamento no próprio Vaticano.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Explosão de Covid na China satura hospitais e crematórios

Sem  opções, chineses acumulam cadáveres nos prédios. Divulgação
Sem  opções, chineses acumulam cadáveres nos prédios. Divulgação
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Dezenas de crematórios em Pequim estão sobrecarregados com a onda sem precedentes de vítimas de COVID-19 na China, que as autoridades dizem que em breve atingirá as áreas rurais do país, informou “Clarín” além de muitos outros órgãos da imprensa escrita e digital.

A epidemia está se espalhando rapidamente por todo o país, após a suspensão da maioria das restrições de saúde em vigor há quase três anos.

A ditadura vinha impondo um implacável, mas insensato controle dos cidadãos na campanha do “Covid-zero”. Bastava um empregado ou um morador de um prédio de dezenas de andares não passar pelo teste para todo mundo ficar preso no local.

Na Foxconn de Zhengzhou, maior fábrica mundial de Iphones com 220.000 empregados todos ficaram confinados dormindo no chão por causa de uma simples ocorrência.

No alto de muitos prédios de onde os moradores não podiam sair ouviam-se os gritos de “Socorro, morremos de fome!”. Até a extinção de um prédio interditado em chamas foi proibida pela polícia para evitar os contatos.

A situação ficou impossível e multidões se jogaram nas ruas em batalhas campais contra a polícia disfarçada de agentes de saúde. Pela primeira vez na história apareceram cartazes nominais contra o ditador Xi Jinping.

Se sentindo abalada, a ditadura fez uma abertura total imediata, altamente imprudente. A população não tinha gerado a imunização natural que ocorre em por volta de 80% dos casos.

Pequim reforma hospitais para fazer crematórios de massa
Pequim reforma hospitais para fazer crematórios de massa
Então aconteceu o pior previsível: a pandemia pegou como o fogo na palha seca. O governo liberou a partida dos chineses para o exterior, onde os países discutem se devem recebe-los, testa-los ou vacina-los. Muitas fábricas ocidentais migram para outros países ou continentes.

As autoridades admitem que agora é “impossível” contar o número de casos. Em vinte dias de liberalização descontrolada uma estimativa ponderada falava em 248 milhões de contagiados e mais de dois milhões de mortes. Mas a TV NTD avançava até 600 milhões, sem confirmação.

Cidades ultra-populosas como Pequim tinham um terço dos habitantes contagiados. Só a província de Zhejiang teria um milhão de contágios por dia, para citar apenas uma. E se aguarda pior para janeiro [2023]

“Nós cremamos 20 corpos por dia, principalmente de idosos. Muitas pessoas adoeceram recentemente", disse à AFP um funcionário de um crematório pequinês. “Dos 60 que trabalham aqui, mais de 10 deram positivo para COVID, mas não temos escolha porque há muito trabalho”, acrescentou.

Cadáveres entopem corredores de hospitais. Divulgação
Cadáveres entopem corredores de hospitais. Divulgação
Trabalhadores de outras duas funerárias de Pequim, contatados pela AFP, disseram que seus estabelecimentos estão trabalhando 24 horas por dia, oferecendo serviços de cremação no mesmo dia para atender à forte demanda. Hospitais em construção deram lugar às pressas a crematórios de massa.

Outro estabelecimento desse tipo indicou que sua lista de espera é de uma semana. Os cadáveres aguardam turno dentro das casas, filas de 80 ambulâncias e carros fúnebres aguardam intermináveis horas nas ruas.

No entanto, os números do governo não registram nenhuma morte relacionada ao COVID desde 4 de dezembro.

O esquema socialista instou os governos locais a aumentar a vigilância e os cuidados médicos para as pessoas que voltam para suas casas nas áreas rurais pelo feriado do Ano Novo Chinês em janeiro.

Nessa festa há multitudinárias movimentações de chineses e se aguarda dois milhões de contágios por dia.

O Ano Novo Chinês causa todos os anos o maior deslocamento populacional do mundo. Espera-se que seja ainda maior este ano, uma vez que as restrições de viagem entre as províncias foram suspensas.

A mídia estatal chinesa e os especialistas em saúde agora minimizam o perigo e o especialista em doenças respiratórias Zhong Nanshan propôs renomear o COVID como “vírus do resfriado”.

Pesquisadores da Universidade de Hong Kong afirmam que o COVID poderia matar um milhão de pessoas na China no inverno, que está transcorrendo.

Milhares de fábricas migraram para outros países e continentes. Divulgação
Milhares de fábricas migraram para outros países e continentes. Divulgação
No entanto, os testes e os medicamentos são escassos.

O governo só reconhece mais de 10.000 casos diários desde novembro, mas suas contas são tidas como falsos com intuito propagandístico. Antes disso, nos relatórios oficiais não havia mortes relacionadas ao coronavírus entre 28 de maio e 19 de novembro.

No início da pandemia, em dezembro de 2019 em Wuhan, muitas mortes não foram registradas em tempo por razões propagandísticas fato que impediu contramedidas em tempo e desencadeou a pandemia mundial.

Em Pequim, os funcionários de muitos lares de idosos, contatados pela AFP, se recusam a informar o que acontece em suas instalações.

Os pacientes com COVID sentam nos bancos do lado de fora de hospitais lotados. A AFP conseguiu filmar em frente a um hospital na cidade de Hanchuan, na província de Hubei (centro). Um funcionário explicou cinicamente que “os pacientes se ofereceram para se sentar ao sol porque havia muitas pessoas lá dentro”.


quarta-feira, 12 de outubro de 2022

“Evacuem! Vem ai um míssil norte-coreano!”

TV da Coreia do Sul alerta para míssil balístico norte-coreano
TV da Coreia do Sul alerta para míssil balístico norte-coreano
Luis Dufaur
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“Corra! evacue dentro de um prédio ou vá para o porão. A Coreia do Norte parece ter lançado um míssil. Área-alvo: Hokkaido” começou a repetir a televisão nacional japonesa, segundo “La Nación”.

O governo japonês emitiu essa alerta, aliás rara, e ordenou que os cidadãos se protegessem, pois o míssil de alcance intermediário (IRBM) ia sobrevoar seu território.

Vídeos nas mídias sociais mostraram as sirenes soando nas cidades, enquanto os moradores eram instruídos a procurar abrigo.

“Se você encontrar algo suspeito, não se aproxime e entre em contato imediatamente com a polícia ou os bombeiros”, postou a conta oficial do primeiro-ministro japonês Fumio Kishida no Twitter.

Os EUA e a Coreia do Sul vinham alertando há meses que o país comunista estava preparando mais um teste de uma arma nuclear que podia tentar realizar em a data do Congresso do Partido Comunista da China e as eleições de meio de mandato dos EUA em novembro.

Percurso final do míssil Mupyong-ri que provocou mais uma alarme no Japão
Percurso final do míssil desde Mupyong-ri que provocou mais uma alarme no Japão
De fato, a Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado que sobrevoou o Japão, disseram militares sul-coreanos e a guarda costeira do Japão, levando as autoridades japonesas a difundir a alerta.

O lançamento do míssil desde Mupyong-ri, na província de Jagang, no norte, foi detectado em direção ao Japão pelo Estado-Maior Conjunto (JCS), de acordo com o Korea Times.

Este foi o quinto lançamento de Pyongyang em 10 dias, em meio a exercícios antissubmarino dos EUA, da Coreia do Sul e forças navais japonesas. Foi um número recorde de testes de armas este ano [2022].

A ditadura marxista da Coreia do Norte é um dos mais perigosos regimes “bandidos” do mundo e pratica toda espécie de crimes contra seus cidadãos e países vizinhos.

Acresce que seus famosos mísseis são de uma periculosidade única pela sua péssima qualidade, tendo vários caído no próprio território norte-coreano. O governo socialista não permitiu avaliação de danos e vítimas. Numerosos testes caíram em águas próximas ou no Pacífico.

O ditador nortecoreano prometeu enviar muita munnição à Rússia que está esvaziando seus estoques na Ucrânia
O ditador norte-coreano prometeu enviar muita munição à Rússia
que está esvaziando seus estoques na Ucrânia
Recentemente, a Rússia de Putin anunciou que compraria munição norte-coreana pois seus estoques estão se esvaziando na invasão da Ucrânia e suas fábricas não são capazes de repor os perdidos.

Também o regime comunista norte-coreano há anos se gaba de estar desenvolvendo um míssil com cabeças nucleares capaz de atingir os EUA.

Embora os testes melhor sucedidos tenham se precipitado no Pacífico a alguns milhares de quilômetros do ponto de lançamento, ainda ficaram muito longe do alvo anunciado.

No percurso, os testes rumo aos EUA sobrevoam o Japão, país que teme racionalmente essa “roleta russa” de mísseis de rumo incerto e que não se sabe se levam ou não as pavoneadas cargas atômicas.


quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Pesca mundial depredada pela China

Barcos pesqueros em Yangjiang, Guangdong
Barcos pesqueiros em Yangjiang, Guangdong
Luis Dufaur
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Após esgotar sem sabedoria os estoques de peixes em suas águas costeiras, a China se jogou a pescar em qualquer oceano.

Para isso, nas últimas duas décadas construiu a maior frota mundial de pesca em alto mar, com quase 3.000 embarcações, cuja presença predatória se faz sentir cada vez mais do Oceano Índico, no Pacífico Sul, das costas da África às da América do Sul, Brasil incluído, registrou longa e pormenorizada reportagem do “The New York Times”.

China não ouve protestos diplomáticos e legais, e essa frota também exerce atividades ilegais, invade águas territoriais de outros países, pratica abusos trabalhistas e captura espécies ameaçadas de extinção.

Em 2017, o Equador apreendeu o Fu Yuan Yu Leng 999, com uma carga ilícita de 6.620 tubarões, muito prezados na China. No verão de 2020, cerca de 300 pesqueiros chineses operavam perto das ilhas equatorianas de Galápagos, e eram responsáveis de quase 99% das capturas na área.

“Nosso mar não aguenta mais essa pressão”, disse Alberto Andrade, pescador de Galápagos. “Estão destruindo os estoques e tememos que no futuro não haja mais pesca”, acrescentou.

Hai Feng 718, barco receptador da pesa ilegal propriedade chinesa
Hai Feng 718, barco receptador da pesa ilegal propriedade chinesa
China encomendou embarcações como o Hai Feng 718, um cargueiro refrigerado construído no Japão em 1996, propriedade da estatal China National Fisheries Corporation.

É um navio-mãe que recolhe toneladas de pescado dos pesqueiros e transporta toda espécie de suprimentos para que navios menores não parem de colher.

Em um ano, desde junho de 2021, o Hai Feng 718 fez o transbordo de 70 embarcações chinesas de pesca menores. Após partir de Weihai, cidade portuária na província de Shandong, foi à zona econômica exclusiva do Equador nas Galápagos, prosseguiu para a costa do Peru, e carregado de peixes congelados, retornou à China.

Em dezembro rumou para o Oceano Índico, fez seu serviço ilegal na costa da Argentina, e voltou às Galápagos.

Entre 1990 e 20 de fevereiro 2022, os barcos chineses de pesca de lula em alto mar passou de seis para 528, e a captura anual de 5.000 toneladas para 278.000.

Pesqueiro chinês de lulas perto das Galápagos em 2021Pesqueiro chinês de lulas perto das Galápagos em 2021
Pesqueiro chinês de lulas perto das Galápagos em 2021
Em 2019, no Pacífico Sul a China era dona de quase todos os barcos de lula, peixe muito bem cotado nos mercados.

Embarcações menores desligam seus transponders para evitar a detecção e disfarçar capturas ilegais. Já existem sinais preocupantes de declínio dos estoques, que preludiam um mais amplo colapso da pescaria.

Na Argentina, uma liminar foi introduzida na mais alta corte do país, mas o governo nacionalista-socialista ideologicamente afim com Pequim, pouco faz para defender os direitos soberanos do país.

Pesqueiros piratas na Indonesia prefrem se afundar a serem pegos com cargas e instrumentos ilegais
Pesqueiros piratas na Indonésia preferem se afundar
a serem pegos com cargas e instrumentos ilegais
Os EUA se comprometeram a ajudar a combater as práticas de pesca ilegais da China, mas o governo populista de Buenos Aires não quis receber nos portos o guarda-costas de alto mar da Guarda Costeira dos EUA designado para a missão.

O consumo de peixe no mundo atingiu o recorde em 2019, mas as populações conhecidas da maioria das espécies de peixes continuam a diminuir, segundo relatório da FAO, órgão da ONU para a Agricultura e a Alimentação.

Após ter jogado na subnutrição a imensa população chinesa e matado a dezenas de milhões de pessoas pela fome da reforma agrária socialista e confiscatória, agora Pequim parece querer repetir a dose macabra pelos mares do mundo inteiro.

Algumas associações ambientalistas protestam, mas a China parece saber que de ali não vai sair nada sério.


quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Grandes empresários fogem da China

Empresários fogem do colapso económico chinê
Empresários fogem do colapso econômico-ideológico chinês
Luis Dufaur
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Tiveram uma aparição fulgurante e se anotaram entre os maiores empresários do mundo idolatrados pelo público chinês, adorados pelo governo e cortejados por investidores estrangeiros.

Transformaram a economia chinesa em uma potência com apoio decisivo do Partido Comunista Chinês, do qual são membros como condição para progredir.

Mas agora, esses magnatas viraram os antipatizados numa economia que retorna ao “comunismo originário” sob a batuta implacável do ditador Xi Jinping, segundo longa e documentada reportagem do “The New York Times”.

O governo socialista reprime as empresas, a economia enfraquece, e os bilionários abandonam suas empresas ou fogem do país.

“The New York Times”.  fornece o exemplo de dois dos mais ricos empresários da China, o casal Pan Shiyi e Zhang Xin, que renunciaram a seu império imobiliário: a Soho China.

Ambos já haviam se mudado para os EUA e tentavam administrar suas empresas com ligações noturnas para a China.

O casal de empresários chineses Pan Shiyi (esq.) e Zhang Xin (dir.) renunciou a seu império imobiliário
O casal de empresários chineses Pan Shiyi (esq.) e Zhang Xin (dir.)
renunciou a seu império imobiliário
Mas ficou difícil e as ações do Soho China perderam mais da metade de seu valor.

Eles representaram o modelo melhor sucedido de ascensão da pobreza à riqueza e foram uma bandeira inspiradora para milhões que queriam sair da miséria.

Nascidos em famílias pobres começaram trabalhando no operário até abrir negócios imobiliários na ilha de Hainan, no extremo sul da China.

Trouxeram arquitetos famosos do Ocidente e criaram edifícios com fachadas curvas, mas minimalistas.

A época lhes foi favorável. Deng Xiaoping continuou a estratagema concebida por Mao Tse Tung para fazer do comunismo chinês a maior potência econômica da Terra.

Recorreu a empresários após a devastação da Revolução Cultural, introduziu a China na Organização Mundial do Comércio e fez do país o maior exportador mundial. A estratagema foi continuada e ampliada por seus sucessores.

Até que Xi Jinping, o ditador comunista desde 2012, decidiu voltar para uma sociedade autoritária e estatista com precedência sobre o crescimento econômico.

Os líderes empresariais e ativistas de direitos humanos que se opuseram ao estrangulamento do setor privado foram presos.

Os empresários muito ricos deixaram de ser estrelas, mas suspeitos de criminosos.

Jack Ma ficou meses desaparecido
Jack Ma ficou meses desaparecido
Jack Ma, o cofundador do Alibaba que dominou o setor de comércio eletrônico da China foi encarcerado meses, dizem 'desaparecido', numa prisão de alta segurança e renunciou à direção da empresa.

O mesmo fez Colin Huang, fundador da Pinduoduo, rival do Alibaba.

Zhang Yiming, fundador da ByteDance, empresa controladora do TikTok, entregou o cargo supremo.

Xangai foi bloqueada alegando uma draconiana estratégia. Zhou Hang, proeminente capitalista de risco fugiu para Vancouver, Colúmbia Britânica, onde denuncia as políticas atuais da China, narra “The New York Times”.

Soho China foi devassada pela polícia e repetidamente acusada e multada em quase US$ 30 milhões.

Os golpes do governo contra o setor imobiliário e os suspeitos bloqueios pelo “zero COVID” fizeram cambalear todo o mercado imobiliário.

Os investimentos em Pequim e Xangai de Soho China caíram 80% e seus diretores deixaram de responder a ligações e mensagens de texto.

Xi Jinping quer uma sociedade totalitária dirigida pelo estado
Xi Jinping quer uma sociedade totalitária dirigida pelo estado
Pan e Zhang, após muitas intrigas, renunciaram quando o Partido Comunista Chinês preparava um novo congresso nacional que daria a Xi um terceiro mandato de cinco anos e reforçaria o controle do setor privado.

Mas a economia da China está em queda livre e as tensões com os EUA são altas.

Para muitos chineses, a habitação era o investimento mais importante, respondendo por dois terços da riqueza das famílias. E o casal atendia aos mais ricos da elite da China.

Pan e Zhang eram os rostos de uma nova geração de líderes empresariais chineses sofisticados e cosmopolitas. E isso haveria de perde-los ante o comunismo de Xi.

Na mídia social Weibo, Pan tinha mais de 18 milhões de seguidores. Zhang foi uma palestrante requisitada no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Mas Xi iniciou sua campanha de “prosperidade comum” para que empresas e magnatas compartilhem sua riqueza para promover a igualdade, valor supremo no comunismo.

Xi exigiu de empresas e empresários privados lealdade política ao Partido Comunista.

Ren Zhiqiang, rico promotor imobiliário e amigo de Pan, criticou Xi e por isso foi condenado a 18 anos de prisão.

Populares aplicaram em massa nas imobiliária que hoje caem nas bolsas chinesas
Populares aplicaram em massa nas imobiliária que hoje caem nas bolsas chinesas
Outros empresários foram silenciados nas redes sociais, prossegue “The New York Times”.  

Isso faz parte da evolução do Partido Comunista”, disse Drew Thompson, pesquisador visitante da Escola de Políticas Públicas Lee Kuan Yew da Universidade Nacional de Cingapura.

“Empreendedores privados, pessoas ricas e de alto perfil, são cada vez mais incompatíveis com a ‘prosperidade comum’ de Xi Jinping”.

O atual modelo chinês totalitário arruína a economia que ameaça arrastar na queda à economia mundial, enquanto Xi parece visar uma guerra com os EUA pelo Taiwan que sepultaria todo sonho de progresso universal.

Compreende-se, então, a razão da fuga dos líderes econômicos que ainda é tida como a 2ª maior economia mundial.


quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Alerta vaticana: China reprimirá a liberdade religiosa em Hong Kong

Manifestante diante do quartel geral da polícia em Hong-Kong
Manifestante diante do quartel geral da polícia em Hong-Kong
Luis Dufaur
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O representante não oficial do Vaticano, Mons. Javier Herrera-Corona, enviou uma alerta às 50 missões católicas da cidade de Hong Kong avisando que as liberdades serão extintas e devem se preparar para sofrer a repressão socialista chinesa, noticiou “Religião Digital”.

O bispo soou a finados para a liberdade dos católicos dizendo: “Hong Kong já não é a grande cabeça de praia católica que foi até agora”.

Do lado estatal, quem soou o gongo fúnebre foi o ditador chinês Xi Jinping.

Em 30 de junho [2022], foi a Hong Kong, na sua primeira viagem fora das fronteiras da China continental após a pandemia.

Na ocasião ele comemorou com o novo chefe do Executivo “autônomo” o 25º aniversário da escravização da ex-colônia britânica à soberania de Pequim.

Cruzes coladas em mapa da China diante do escritório do Partido Comunista em Hong Kong
Cruzes coladas em mapa da China diante do escritório do Partido Comunista em Hong Kong
A viagem aconteceu no momento em que os habitantes da ilha viam minadas todos os dias as liberdades consagradas no protocolo de transferência do enclave a Pequim, num estrangulamento indisfarçável.

Em quatro reuniões realizadas desde outubro do ano passado, o prelado mexicano Javier Herrera-Corona preparou os missionários católicos em Hong Kong para um futuro difícil.

Ele os exortou a proteger suas propriedades, arquivos e fundos, segundo extenso relatório da agência Reuters.

Mons. Herrera-Corona avisou que nos próximos anos virão restrições cada vez mais tirânicas a grupos religiosos no “estilo continental”.

A notícia é especialmente alarmante para os católicos leais ao Vaticano e que no continente formam a “Igreja clandestina” por oposição aos submissos ao socialismo autogestionário oficial que são apoiados, mas também humilhados, pelo estado comunista.

Os católicos fiéis a Roma tinham toda a liberdade, como também os outros. 

Já estão sofrendo restrições, enquanto que nada garante que também os “oficiais” não venham a ser ainda mais aviltados, inclusive sob o acordo que o Papa Francisco quer renovar com os déspotas de Pequim.

Mons. Cosme Shi Enxiang, bispo de Yixiang, morreu após 14 anos de prisão
Mons. Cosme Shi Enxiang, bispo de Yixiang, morreu após 14 anos de prisão
na China Continental. Protesto em Hong Kong
As sociedades missionárias de Hong Kong cooperam estreitamente com a Igreja Católica local e recebem orientação do Vaticano. Concentram-se em atividades como a redução da pobreza e a educação.

Muitas vezes são financiadas e dirigidas desde outros países, mas isto é considerado crime e traição pela ditadura comunista.

Acresce que algumas dessas sociedades mantêm laços estreitos com os católicos no continente, onde a atividade religiosa é controlada e o trabalho das missões estrangeiras permanece estritamente limitado pelo governo como delitiva interferência externa nos assuntos chineses.

O Vaticano não tem Nunciatura na China depois que as relações diplomáticas foram rompidas em 1951 pela revolução marxista de Mao Tsé Tung perpetuada por Xi Jinping. Apenas mantém a presença de dois enviados não oficiais em Hong Kong.


quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Comunismo chinês pisa nos católicos em mais uma assembleia cismática

José Li Shen, submisso arcebispo de Pequim
José Li Shen, submisso arcebispo de Pequim
Luis Dufaur
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Os órgãos religiosos “oficiais” controlados pelo Partido Comunista Chinês e que não tem nada a ver com a Igreja Católica, realizaram sua 10ª Assembleia Nacional de Representantes Católicos Chineses, segundo noticiou “Infocatólica”.

Ela é a mais importante ficção desejada pela ditadura comunista e foi assistida por 345 delegados “católicos” das 28 subdivisões administrativas do país.

A cidade do evento foi Wuhan, região de Hubei, famosa no mundo por ser a origem da pandemia de Covid-19.

O Partido quer que essa Assembleia dite a linha que devem seguir os católicos, além de renovar seus dirigentes.

A primeira delas foi realizada em fevereiro de 1957 em Pequim. Ali o comunismo chinês forjou a Associação Patriótica dos Católicos Chineses em ruptura com Roma, portanto cismática.

A segunda foi em 1962. Mas logo a seguir, as assembleias foram suspensas pela Revolução Cultural que perseguiu o catolicismo, até mesmo este engendro “oficial”.

A terceira só voltou a ser realizada em 1980, quando foi fabricado o Conselho dos Bispos Católicos da China, espécie de CNBB marxista, estritamente controlada pelo Partido, desobediente em tudo a Roma.

Nova cúpula da 'Associação Patriótica' submissa ao comunismo autogestionário
Nova cúpula da 'Associação Patriótica' submissa ao comunismo autogestionário
Esta 10ª Assembleia aconteceu seis anos após a anterior, realizada em Pequim em 2016, e às vésperas do 20º Congresso do Partido Comunista Chinês.

A escolha de Wuhan não é causal: o catolicismo tem uma longa história na cidade. No século XIX, nela convergia a evangelização no interior da China aproveitando a comunicação pelo rio Yangtzé (ou Azul, o maior da Ásia).

Os comunistas de Mao expulsaram a todos os missionários estrangeiros, em 13 de abril de 1958.

Na cidade aconteceu a primeira ordenação sacrílega de dois bispos, sem a aprovação da Santa Sé: Bernardino Dong Guangqing, “bispo” de Hankou, e Marcos Yuan Wenhua, “bispo” de Wuhan.

Após a morte em 2007 do primeiro (que no meio tempo havia pedido e recebido o retorno à comunhão com Roma), a diocese permaneceu vaga por 14 anos. Até que em setembro de 2021, José Cui Qingqi foi feito bispo na catedral da cidade Wuhan, no âmbito do contestado acordo sino-vaticano de outubro de 2018 e renovado até 2020.

Na cerimônia, o vice-ministro socialista Cui Mahou voltou a calcar a autonomia da Igreja “patriótica” por aderir à bandeira da pátria socialista e da religião alinhada com a ditadura.

Bispos Patrióticos Chines juraram lealdade ao Partido Comunista
Bispos Patrióticos Chines juraram lealdade ao Partido Comunista
O funcionário da ditadura insistiu “na formação de uma ideologia e teologia chinesas” e exortou os católicos a “implementar as diretrizes do presidente Xi Jinping sobre o trabalho religioso, bem como as decisões do governo central para garantir os princípios de autonomia e autogestão, e promover a sinização da Igreja”.

O arcebispo de Pequim acatou a ordem do governo e assumiu a presidência da Associação Patriótica. A seguir o bispo de Haimen, leu um relatório com as submissões ofertadas ao comunismo desde a última Assembleia de 2016.

Para o bispo Shen Bin que ganhou a presidência do Conselho de Bispos (espécie de CNBB cismática), “a Igreja chinesa manteve a direção política correta, e preservou os princípios de autonomia e autogestão da Igreja”. Ressaltou também o progresso no democratismo na administração desse cisma.

Católicos fiéis se refugiam na clandestinidade
Católicos fiéis se refugiam na clandestinidade
Segundo a Associação Patriótica, nem o bispo de Haimen nem o Vice-Ministro Cui Mahou mencionaram o acordo sino-vaticano para a nomeação de bispos.

A omissão foi marcante porque dito acordo foi um dos eventos mais tragicamente importantes para a Igreja Católica na China entre 2016 e hoje.

A omissão confirmou o menosprezo do regime socialista pelo acordo com a Santa Sé, ao qual ela diz dar muita importância.

O Cardeal Zen, bispo emérito de Hong Kong, foi preso e liberado sob caução, porque não adere à 'Igreja Patriótica'
O Cardeal Zen, bispo emérito de Hong Kong, foi preso e liberado sob caução,
porque não adere à 'Igreja Patriótica'
Os organismos comunistas não vêm nele mais do que uma servil ratificação, por parte de Roma, dos bispos eleitos pela seita marxista imperante.

Há quase um ano que não há novas nomeações de bispos, mas o Papa Francisco quer renovar o Acordo agora mais uma vez desrespeitado e achincalhado pela bota marxista.


quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Bispo “patriotico” festeja na catedral a fundação do Partido Comunista Chinês

Mons. Lei celebra na catedral de Leshan o nascimento do Partido Comunista Chinês
Mons. Lei celebra na catedral de Leshan o nascimento do Partido Comunista Chinês
Luis Dufaur
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De modo deprimente o regime marxista chinês que oprime cada vez mais os fiéis católicos, obrigou-os a “ouvir a palavra do Partido, sentir a graça do Partido e seguir o Partido” na festa do 29 de junho, solenidade de São Pedro e São Paulo na catedral da diocese de Leshan (Sichuan).

Essa foi profanada para celebrar o aniversário de nascimento do Partido Comunista Chinês (PCCh) na data em que a Igreja celebra a solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.

O ato foi na presença do bispo, Monsenhor Lei Shiyin, e contou com a presença de padres e freiras.

Na realidade, a fundação oficial do Partido de Mao Zedong foi em 1º de julho de 1921 mas a imposição sacrílega parece ter visado achatar mais a Santa Igreja Católica.

Uma fonte católica contatada pela agência AsiaNews explica que na China “não se trata mais de ouvir o Senhor, sentir sua graça e segui-lo. Esta é a raiz da doença da atual Igreja chinesa, é difícil sair da influência de ideologia. A política entrou na Igreja”.

O bispo, Monsenhor Lei é um dos “patrióticos” ordenados sem mandato papal em 2011. E é uma personalidade controversa que mantém uma amante e filhos, como pedem os militantes do Sínodo Alemão.

O Papa Francisco I suspendeu sua excomunhão em 2018, após a assinatura do acordo sino-vaticano sobre a nomeação de bispos. Mais um sinal revelador do verdadeiro conteúdo desse acordo.

Aula para ensinar a cultuar o Partido Comunista Chinês
Aula para ensinar a cultuar o Partido Comunista Chinês
Desde então, a perseguição aos membros da Igreja Católica não cessou, especialmente aos católicos “não oficiais”, que recusam se submeter aos órgãos burocráticos supostamente religiosos controlados pelo Partido.

Desde o acordo, o ditador maoista Xi Jinping persegue todos os grupos religiosos, especialmente aos católicos chineses, lhes cortando cada vez mais a liberdade.

Em 1º de junho publicou “Medidas para a gestão financeira dos locais de culto” e em 1º de março “Medidas administrativas para serviços de informação religiosa na Internet”, mais outros regulamentos para estrangular a quem não serve ao PCCh.

Em fevereiro, a Administração Estatal para Assuntos Religiosos do PCCh, fulminou umas “Medidas Administrativas para o Pessoal Religioso”, um documento escraviza ainda mais o clero, monges, padres, bispos, etc. tornando mais pesado o “Novo Regulamento para Atividades Religiosas”, que obriga os religiosos a aderirem a órgãos “oficiais” se submetendo ao PCCh.


quarta-feira, 10 de agosto de 2022

“Jaula invisível” prende chineses por antecipado

Produtos de inteligência artificial exibidos em Pequim
Produtos de inteligência artificial exibidos em Pequim
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Os mais de 1,4 bilhão de chineses são constantemente espionados pelas onipresentes câmeras da polícia nas esquinas, metrôs, saguões de hotéis e entradas de prédios de apartamentos.

Seus celulares são rastreados, suas compras monitoradas e suas conversas nas redes são censuradas.

Mas, se isso parece demais, eis que agora até seu futuro foi posto sob vigilância, segundo recolhe reportagem do “The New York Times”.

Centrais informáticas hiper-repressivas aprofundam nos vastos registros de dados deixados pelos cidadãos em suas atividades cotidianas.

Elas procuram padrões e desvios da conduta socialista, e prometem prever crimes e protestos antes que eles ocorram, incluída qualquer forma de desacordo com o Partido Comunista.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Taiwan diz ter arma similar à bomba atômica

Taiwan poderia matar até centenas de milhões de chineses em caso de guerra total
Taiwan poderia matar até centenas de milhões de chineses em caso de ataque total comunista
Imagem artística
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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diversos blogs







Segundo o jornal Diário do Povo, porta-voz habitual do Partido Comunista da China os EUA estariam oferecendo 20 tipos de armas a Taiwan que se destacam pela sua “capacidade assimétrica”, relatou o especialista Gordon G. Chang do Gatestone Institute sediado em New York.

Pequim acha que é impossível Taiwan ter 'capacidades assimétricas', não importando o tipo de armas que receba dos EUA, pela diferença numérica entre os dois lados que é 'avassaladoramente grande'.

“Obviamente Taiwan jamais invadirá a China” salientou You Si-kun, presidente do Legislativo de Taiwan. Porém alertou que “antes da China atacar Taiwan”, essa poderia acionar recursos destrutivos pelos que Pequim “deveria botar as barbas de molho”.

A China comunista revidou comparando os recursos taiwaneses a frágeis ovos. Mas, pelo menos um dos “ovos” de Taiwan poderia matar dezenas de milhões de chineses, talvez mais, e destruir sua grande fonte de energia.

O míssil de cruzeiro hipersônico Yun Feng de Taiwan, nunca confirmado publicamente, atinge alvos a cerca de 1.240 milhas, o suficiente para golpear a capital chinesa ou a Barragem das Três Gargantas, a maior estrutura de contenção de água do planeta.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Colapso econômico chinês pode alastrar o mundo

Polícia de Shangai procura quem foge do lockdown
Polícia de Shangai procura quem foge do lockdown
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O Partido Comunista da China pôs sua economia em perigo com uma fantasiosa “política de zero covid” que congelou 200 milhões de pessoas sob medidas anti-pandêmicas, analisou “The Economist”

Muitos dormem no chão das fábricas para continuar trabalhando, mas a produção industrial caiu e China crescerá menos rápido que os EUA pela primeira vez desde 1990.

As vacinas ocidentais que seriam a solução para o COVID são proibidas, e a política de zero covid promete continuar em 2023. Proibido criticar! É sabotagem e ataque direto ao ditador Xi Jinping.

Assim não se vê como possa ser debelada a COVID.

O segundo problema e mais importante para Xi na sua política econômica é ideológico. Seus objetivos são coerentes com o comunismo: combater a desigualdade, os gigantes econômicos e a dívida.

Quer também garantir que a China domine as novas tecnologias e seja fortalecida contra as sanções ocidentais que, aliás não existem, mas poderiam existir em caso de guerra.

Xi expande a parte menos produtiva da economia – a estatal – e golpeia o setor privado com multas, regulamentações e expurgos.