Policial com óculos de reconhecimento facial na estação ferroviária de Zhengzhu. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
600 milhões de câmeras ligadas a supercomputadores com tecnologia de reconhecimento facial são as pilastras de um plano ironicamente qualificado de 'crédito social’, com o qual a ditadura de Pequim elaborará o 'carnê do bom cidadão' e identificará os sinais de mal-estar com o regime comunista a partir de 2020, escreveu “El Mundo” de Madri.
Já funcionam câmeras capazes de identificar 200 pessoas por minuto, reconhecer o ‘criminoso’ e passar sua posição à polícia. O sistema chinês cruzará os dados com a atividade econômica do ‘suspeito’, num sistema de controle sem precedentes.
O sistema não é só da China. No Ocidente, câmeras de vigilância identificam o rosto dos visitantes saindo do elevador e lhes abrem ou fecham portas sem necessidade de chaves ou códigos de acesso.
Em Pequim, a apresentação do sistema em tempo real focou uma multidão desembarcando na estação de trem de Hangzhou, no sul do país. O computador atribuía um número a cada rosto, enquanto reconhecia a sua identidade.
Segundo os jornais “The Paper” e “O Quotidiano do Povo”, citados por “Libération” de Paris, na estação de Zhengzhou, o maior entroncamento ferroviário do pais, a polícia testou os primeiros óculos de reconhecimento facial.