O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira). Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Pesca mundial depredada pela China

Barcos pesqueros em Yangjiang, Guangdong
Barcos pesqueiros em Yangjiang, Guangdong
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Após esgotar sem sabedoria os estoques de peixes em suas águas costeiras, a China se jogou a pescar em qualquer oceano.

Para isso, nas últimas duas décadas construiu a maior frota mundial de pesca em alto mar, com quase 3.000 embarcações, cuja presença predatória se faz sentir cada vez mais do Oceano Índico, no Pacífico Sul, das costas da África às da América do Sul, Brasil incluído, registrou longa e pormenorizada reportagem do “The New York Times”.

China não ouve protestos diplomáticos e legais, e essa frota também exerce atividades ilegais, invade águas territoriais de outros países, pratica abusos trabalhistas e captura espécies ameaçadas de extinção.

Em 2017, o Equador apreendeu o Fu Yuan Yu Leng 999, com uma carga ilícita de 6.620 tubarões, muito prezados na China. No verão de 2020, cerca de 300 pesqueiros chineses operavam perto das ilhas equatorianas de Galápagos, e eram responsáveis de quase 99% das capturas na área.

“Nosso mar não aguenta mais essa pressão”, disse Alberto Andrade, pescador de Galápagos. “Estão destruindo os estoques e tememos que no futuro não haja mais pesca”, acrescentou.

Hai Feng 718, barco receptador da pesa ilegal propriedade chinesa
Hai Feng 718, barco receptador da pesa ilegal propriedade chinesa
China encomendou embarcações como o Hai Feng 718, um cargueiro refrigerado construído no Japão em 1996, propriedade da estatal China National Fisheries Corporation.

É um navio-mãe que recolhe toneladas de pescado dos pesqueiros e transporta toda espécie de suprimentos para que navios menores não parem de colher.

Em um ano, desde junho de 2021, o Hai Feng 718 fez o transbordo de 70 embarcações chinesas de pesca menores. Após partir de Weihai, cidade portuária na província de Shandong, foi à zona econômica exclusiva do Equador nas Galápagos, prosseguiu para a costa do Peru, e carregado de peixes congelados, retornou à China.

Em dezembro rumou para o Oceano Índico, fez seu serviço ilegal na costa da Argentina, e voltou às Galápagos.

Entre 1990 e 20 de fevereiro 2022, os barcos chineses de pesca de lula em alto mar passou de seis para 528, e a captura anual de 5.000 toneladas para 278.000.

Pesqueiro chinês de lulas perto das Galápagos em 2021Pesqueiro chinês de lulas perto das Galápagos em 2021
Pesqueiro chinês de lulas perto das Galápagos em 2021
Em 2019, no Pacífico Sul a China era dona de quase todos os barcos de lula, peixe muito bem cotado nos mercados.

Embarcações menores desligam seus transponders para evitar a detecção e disfarçar capturas ilegais. Já existem sinais preocupantes de declínio dos estoques, que preludiam um mais amplo colapso da pescaria.

Na Argentina, uma liminar foi introduzida na mais alta corte do país, mas o governo nacionalista-socialista ideologicamente afim com Pequim, pouco faz para defender os direitos soberanos do país.

Pesqueiros piratas na Indonesia prefrem se afundar a serem pegos com cargas e instrumentos ilegais
Pesqueiros piratas na Indonésia preferem se afundar
a serem pegos com cargas e instrumentos ilegais
Os EUA se comprometeram a ajudar a combater as práticas de pesca ilegais da China, mas o governo populista de Buenos Aires não quis receber nos portos o guarda-costas de alto mar da Guarda Costeira dos EUA designado para a missão.

O consumo de peixe no mundo atingiu o recorde em 2019, mas as populações conhecidas da maioria das espécies de peixes continuam a diminuir, segundo relatório da FAO, órgão da ONU para a Agricultura e a Alimentação.

Após ter jogado na subnutrição a imensa população chinesa e matado a dezenas de milhões de pessoas pela fome da reforma agrária socialista e confiscatória, agora Pequim parece querer repetir a dose macabra pelos mares do mundo inteiro.

Algumas associações ambientalistas protestam, mas a China parece saber que de ali não vai sair nada sério.


quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Grandes empresários fogem da China

Empresários fogem do colapso económico chinê
Empresários fogem do colapso econômico-ideológico chinês
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









Tiveram uma aparição fulgurante e se anotaram entre os maiores empresários do mundo idolatrados pelo público chinês, adorados pelo governo e cortejados por investidores estrangeiros.

Transformaram a economia chinesa em uma potência com apoio decisivo do Partido Comunista Chinês, do qual são membros como condição para progredir.

Mas agora, esses magnatas viraram os antipatizados numa economia que retorna ao “comunismo originário” sob a batuta implacável do ditador Xi Jinping, segundo longa e documentada reportagem do “The New York Times”.

O governo socialista reprime as empresas, a economia enfraquece, e os bilionários abandonam suas empresas ou fogem do país.

“The New York Times”.  fornece o exemplo de dois dos mais ricos empresários da China, o casal Pan Shiyi e Zhang Xin, que renunciaram a seu império imobiliário: a Soho China.

Ambos já haviam se mudado para os EUA e tentavam administrar suas empresas com ligações noturnas para a China.

O casal de empresários chineses Pan Shiyi (esq.) e Zhang Xin (dir.) renunciou a seu império imobiliário
O casal de empresários chineses Pan Shiyi (esq.) e Zhang Xin (dir.)
renunciou a seu império imobiliário
Mas ficou difícil e as ações do Soho China perderam mais da metade de seu valor.

Eles representaram o modelo melhor sucedido de ascensão da pobreza à riqueza e foram uma bandeira inspiradora para milhões que queriam sair da miséria.

Nascidos em famílias pobres começaram trabalhando no operário até abrir negócios imobiliários na ilha de Hainan, no extremo sul da China.

Trouxeram arquitetos famosos do Ocidente e criaram edifícios com fachadas curvas, mas minimalistas.

A época lhes foi favorável. Deng Xiaoping continuou a estratagema concebida por Mao Tse Tung para fazer do comunismo chinês a maior potência econômica da Terra.

Recorreu a empresários após a devastação da Revolução Cultural, introduziu a China na Organização Mundial do Comércio e fez do país o maior exportador mundial. A estratagema foi continuada e ampliada por seus sucessores.

Até que Xi Jinping, o ditador comunista desde 2012, decidiu voltar para uma sociedade autoritária e estatista com precedência sobre o crescimento econômico.

Os líderes empresariais e ativistas de direitos humanos que se opuseram ao estrangulamento do setor privado foram presos.

Os empresários muito ricos deixaram de ser estrelas, mas suspeitos de criminosos.

Jack Ma ficou meses desaparecido
Jack Ma ficou meses desaparecido
Jack Ma, o cofundador do Alibaba que dominou o setor de comércio eletrônico da China foi encarcerado meses, dizem 'desaparecido', numa prisão de alta segurança e renunciou à direção da empresa.

O mesmo fez Colin Huang, fundador da Pinduoduo, rival do Alibaba.

Zhang Yiming, fundador da ByteDance, empresa controladora do TikTok, entregou o cargo supremo.

Xangai foi bloqueada alegando uma draconiana estratégia. Zhou Hang, proeminente capitalista de risco fugiu para Vancouver, Colúmbia Britânica, onde denuncia as políticas atuais da China, narra “The New York Times”.

Soho China foi devassada pela polícia e repetidamente acusada e multada em quase US$ 30 milhões.

Os golpes do governo contra o setor imobiliário e os suspeitos bloqueios pelo “zero COVID” fizeram cambalear todo o mercado imobiliário.

Os investimentos em Pequim e Xangai de Soho China caíram 80% e seus diretores deixaram de responder a ligações e mensagens de texto.

Xi Jinping quer uma sociedade totalitária dirigida pelo estado
Xi Jinping quer uma sociedade totalitária dirigida pelo estado
Pan e Zhang, após muitas intrigas, renunciaram quando o Partido Comunista Chinês preparava um novo congresso nacional que daria a Xi um terceiro mandato de cinco anos e reforçaria o controle do setor privado.

Mas a economia da China está em queda livre e as tensões com os EUA são altas.

Para muitos chineses, a habitação era o investimento mais importante, respondendo por dois terços da riqueza das famílias. E o casal atendia aos mais ricos da elite da China.

Pan e Zhang eram os rostos de uma nova geração de líderes empresariais chineses sofisticados e cosmopolitas. E isso haveria de perde-los ante o comunismo de Xi.

Na mídia social Weibo, Pan tinha mais de 18 milhões de seguidores. Zhang foi uma palestrante requisitada no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Mas Xi iniciou sua campanha de “prosperidade comum” para que empresas e magnatas compartilhem sua riqueza para promover a igualdade, valor supremo no comunismo.

Xi exigiu de empresas e empresários privados lealdade política ao Partido Comunista.

Ren Zhiqiang, rico promotor imobiliário e amigo de Pan, criticou Xi e por isso foi condenado a 18 anos de prisão.

Populares aplicaram em massa nas imobiliária que hoje caem nas bolsas chinesas
Populares aplicaram em massa nas imobiliária que hoje caem nas bolsas chinesas
Outros empresários foram silenciados nas redes sociais, prossegue “The New York Times”.  

Isso faz parte da evolução do Partido Comunista”, disse Drew Thompson, pesquisador visitante da Escola de Políticas Públicas Lee Kuan Yew da Universidade Nacional de Cingapura.

“Empreendedores privados, pessoas ricas e de alto perfil, são cada vez mais incompatíveis com a ‘prosperidade comum’ de Xi Jinping”.

O atual modelo chinês totalitário arruína a economia que ameaça arrastar na queda à economia mundial, enquanto Xi parece visar uma guerra com os EUA pelo Taiwan que sepultaria todo sonho de progresso universal.

Compreende-se, então, a razão da fuga dos líderes econômicos que ainda é tida como a 2ª maior economia mundial.


quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Alerta vaticana: China reprimirá a liberdade religiosa em Hong Kong

Manifestante diante do quartel geral da polícia em Hong-Kong
Manifestante diante do quartel geral da polícia em Hong-Kong
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








O representante não oficial do Vaticano, Mons. Javier Herrera-Corona, enviou uma alerta às 50 missões católicas da cidade de Hong Kong avisando que as liberdades serão extintas e devem se preparar para sofrer a repressão socialista chinesa, noticiou “Religião Digital”.

O bispo soou a finados para a liberdade dos católicos dizendo: “Hong Kong já não é a grande cabeça de praia católica que foi até agora”.

Do lado estatal, quem soou o gongo fúnebre foi o ditador chinês Xi Jinping.

Em 30 de junho [2022], foi a Hong Kong, na sua primeira viagem fora das fronteiras da China continental após a pandemia.

Na ocasião ele comemorou com o novo chefe do Executivo “autônomo” o 25º aniversário da escravização da ex-colônia britânica à soberania de Pequim.

Cruzes coladas em mapa da China diante do escritório do Partido Comunista em Hong Kong
Cruzes coladas em mapa da China diante do escritório do Partido Comunista em Hong Kong
A viagem aconteceu no momento em que os habitantes da ilha viam minadas todos os dias as liberdades consagradas no protocolo de transferência do enclave a Pequim, num estrangulamento indisfarçável.

Em quatro reuniões realizadas desde outubro do ano passado, o prelado mexicano Javier Herrera-Corona preparou os missionários católicos em Hong Kong para um futuro difícil.

Ele os exortou a proteger suas propriedades, arquivos e fundos, segundo extenso relatório da agência Reuters.

Mons. Herrera-Corona avisou que nos próximos anos virão restrições cada vez mais tirânicas a grupos religiosos no “estilo continental”.

A notícia é especialmente alarmante para os católicos leais ao Vaticano e que no continente formam a “Igreja clandestina” por oposição aos submissos ao socialismo autogestionário oficial que são apoiados, mas também humilhados, pelo estado comunista.

Os católicos fiéis a Roma tinham toda a liberdade, como também os outros. 

Já estão sofrendo restrições, enquanto que nada garante que também os “oficiais” não venham a ser ainda mais aviltados, inclusive sob o acordo que o Papa Francisco quer renovar com os déspotas de Pequim.

Mons. Cosme Shi Enxiang, bispo de Yixiang, morreu após 14 anos de prisão
Mons. Cosme Shi Enxiang, bispo de Yixiang, morreu após 14 anos de prisão
na China Continental. Protesto em Hong Kong
As sociedades missionárias de Hong Kong cooperam estreitamente com a Igreja Católica local e recebem orientação do Vaticano. Concentram-se em atividades como a redução da pobreza e a educação.

Muitas vezes são financiadas e dirigidas desde outros países, mas isto é considerado crime e traição pela ditadura comunista.

Acresce que algumas dessas sociedades mantêm laços estreitos com os católicos no continente, onde a atividade religiosa é controlada e o trabalho das missões estrangeiras permanece estritamente limitado pelo governo como delitiva interferência externa nos assuntos chineses.

O Vaticano não tem Nunciatura na China depois que as relações diplomáticas foram rompidas em 1951 pela revolução marxista de Mao Tsé Tung perpetuada por Xi Jinping. Apenas mantém a presença de dois enviados não oficiais em Hong Kong.


quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Comunismo chinês pisa nos católicos em mais uma assembleia cismática

José Li Shen, submisso arcebispo de Pequim
José Li Shen, submisso arcebispo de Pequim
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Os órgãos religiosos “oficiais” controlados pelo Partido Comunista Chinês e que não tem nada a ver com a Igreja Católica, realizaram sua 10ª Assembleia Nacional de Representantes Católicos Chineses, segundo noticiou “Infocatólica”.

Ela é a mais importante ficção desejada pela ditadura comunista e foi assistida por 345 delegados “católicos” das 28 subdivisões administrativas do país.

A cidade do evento foi Wuhan, região de Hubei, famosa no mundo por ser a origem da pandemia de Covid-19.

O Partido quer que essa Assembleia dite a linha que devem seguir os católicos, além de renovar seus dirigentes.

A primeira delas foi realizada em fevereiro de 1957 em Pequim. Ali o comunismo chinês forjou a Associação Patriótica dos Católicos Chineses em ruptura com Roma, portanto cismática.

A segunda foi em 1962. Mas logo a seguir, as assembleias foram suspensas pela Revolução Cultural que perseguiu o catolicismo, até mesmo este engendro “oficial”.

A terceira só voltou a ser realizada em 1980, quando foi fabricado o Conselho dos Bispos Católicos da China, espécie de CNBB marxista, estritamente controlada pelo Partido, desobediente em tudo a Roma.

Nova cúpula da 'Associação Patriótica' submissa ao comunismo autogestionário
Nova cúpula da 'Associação Patriótica' submissa ao comunismo autogestionário
Esta 10ª Assembleia aconteceu seis anos após a anterior, realizada em Pequim em 2016, e às vésperas do 20º Congresso do Partido Comunista Chinês.

A escolha de Wuhan não é causal: o catolicismo tem uma longa história na cidade. No século XIX, nela convergia a evangelização no interior da China aproveitando a comunicação pelo rio Yangtzé (ou Azul, o maior da Ásia).

Os comunistas de Mao expulsaram a todos os missionários estrangeiros, em 13 de abril de 1958.

Na cidade aconteceu a primeira ordenação sacrílega de dois bispos, sem a aprovação da Santa Sé: Bernardino Dong Guangqing, “bispo” de Hankou, e Marcos Yuan Wenhua, “bispo” de Wuhan.

Após a morte em 2007 do primeiro (que no meio tempo havia pedido e recebido o retorno à comunhão com Roma), a diocese permaneceu vaga por 14 anos. Até que em setembro de 2021, José Cui Qingqi foi feito bispo na catedral da cidade Wuhan, no âmbito do contestado acordo sino-vaticano de outubro de 2018 e renovado até 2020.

Na cerimônia, o vice-ministro socialista Cui Mahou voltou a calcar a autonomia da Igreja “patriótica” por aderir à bandeira da pátria socialista e da religião alinhada com a ditadura.

Bispos Patrióticos Chines juraram lealdade ao Partido Comunista
Bispos Patrióticos Chines juraram lealdade ao Partido Comunista
O funcionário da ditadura insistiu “na formação de uma ideologia e teologia chinesas” e exortou os católicos a “implementar as diretrizes do presidente Xi Jinping sobre o trabalho religioso, bem como as decisões do governo central para garantir os princípios de autonomia e autogestão, e promover a sinização da Igreja”.

O arcebispo de Pequim acatou a ordem do governo e assumiu a presidência da Associação Patriótica. A seguir o bispo de Haimen, leu um relatório com as submissões ofertadas ao comunismo desde a última Assembleia de 2016.

Para o bispo Shen Bin que ganhou a presidência do Conselho de Bispos (espécie de CNBB cismática), “a Igreja chinesa manteve a direção política correta, e preservou os princípios de autonomia e autogestão da Igreja”. Ressaltou também o progresso no democratismo na administração desse cisma.

Católicos fiéis se refugiam na clandestinidade
Católicos fiéis se refugiam na clandestinidade
Segundo a Associação Patriótica, nem o bispo de Haimen nem o Vice-Ministro Cui Mahou mencionaram o acordo sino-vaticano para a nomeação de bispos.

A omissão foi marcante porque dito acordo foi um dos eventos mais tragicamente importantes para a Igreja Católica na China entre 2016 e hoje.

A omissão confirmou o menosprezo do regime socialista pelo acordo com a Santa Sé, ao qual ela diz dar muita importância.

O Cardeal Zen, bispo emérito de Hong Kong, foi preso e liberado sob caução, porque não adere à 'Igreja Patriótica'
O Cardeal Zen, bispo emérito de Hong Kong, foi preso e liberado sob caução,
porque não adere à 'Igreja Patriótica'
Os organismos comunistas não vêm nele mais do que uma servil ratificação, por parte de Roma, dos bispos eleitos pela seita marxista imperante.

Há quase um ano que não há novas nomeações de bispos, mas o Papa Francisco quer renovar o Acordo agora mais uma vez desrespeitado e achincalhado pela bota marxista.


quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Bispo “patriotico” festeja na catedral a fundação do Partido Comunista Chinês

Mons. Lei celebra na catedral de Leshan o nascimento do Partido Comunista Chinês
Mons. Lei celebra na catedral de Leshan o nascimento do Partido Comunista Chinês
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







De modo deprimente o regime marxista chinês que oprime cada vez mais os fiéis católicos, obrigou-os a “ouvir a palavra do Partido, sentir a graça do Partido e seguir o Partido” na festa do 29 de junho, solenidade de São Pedro e São Paulo na catedral da diocese de Leshan (Sichuan).

Essa foi profanada para celebrar o aniversário de nascimento do Partido Comunista Chinês (PCCh) na data em que a Igreja celebra a solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.

O ato foi na presença do bispo, Monsenhor Lei Shiyin, e contou com a presença de padres e freiras.

Na realidade, a fundação oficial do Partido de Mao Zedong foi em 1º de julho de 1921 mas a imposição sacrílega parece ter visado achatar mais a Santa Igreja Católica.

Uma fonte católica contatada pela agência AsiaNews explica que na China “não se trata mais de ouvir o Senhor, sentir sua graça e segui-lo. Esta é a raiz da doença da atual Igreja chinesa, é difícil sair da influência de ideologia. A política entrou na Igreja”.

O bispo, Monsenhor Lei é um dos “patrióticos” ordenados sem mandato papal em 2011. E é uma personalidade controversa que mantém uma amante e filhos, como pedem os militantes do Sínodo Alemão.

O Papa Francisco I suspendeu sua excomunhão em 2018, após a assinatura do acordo sino-vaticano sobre a nomeação de bispos. Mais um sinal revelador do verdadeiro conteúdo desse acordo.

Aula para ensinar a cultuar o Partido Comunista Chinês
Aula para ensinar a cultuar o Partido Comunista Chinês
Desde então, a perseguição aos membros da Igreja Católica não cessou, especialmente aos católicos “não oficiais”, que recusam se submeter aos órgãos burocráticos supostamente religiosos controlados pelo Partido.

Desde o acordo, o ditador maoista Xi Jinping persegue todos os grupos religiosos, especialmente aos católicos chineses, lhes cortando cada vez mais a liberdade.

Em 1º de junho publicou “Medidas para a gestão financeira dos locais de culto” e em 1º de março “Medidas administrativas para serviços de informação religiosa na Internet”, mais outros regulamentos para estrangular a quem não serve ao PCCh.

Em fevereiro, a Administração Estatal para Assuntos Religiosos do PCCh, fulminou umas “Medidas Administrativas para o Pessoal Religioso”, um documento escraviza ainda mais o clero, monges, padres, bispos, etc. tornando mais pesado o “Novo Regulamento para Atividades Religiosas”, que obriga os religiosos a aderirem a órgãos “oficiais” se submetendo ao PCCh.


quarta-feira, 10 de agosto de 2022

“Jaula invisível” prende chineses por antecipado

Produtos de inteligência artificial exibidos em Pequim
Produtos de inteligência artificial exibidos em Pequim
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Os mais de 1,4 bilhão de chineses são constantemente espionados pelas onipresentes câmeras da polícia nas esquinas, metrôs, saguões de hotéis e entradas de prédios de apartamentos.

Seus celulares são rastreados, suas compras monitoradas e suas conversas nas redes são censuradas.

Mas, se isso parece demais, eis que agora até seu futuro foi posto sob vigilância, segundo recolhe reportagem do “The New York Times”.

Centrais informáticas hiper-repressivas aprofundam nos vastos registros de dados deixados pelos cidadãos em suas atividades cotidianas.

Elas procuram padrões e desvios da conduta socialista, e prometem prever crimes e protestos antes que eles ocorram, incluída qualquer forma de desacordo com o Partido Comunista.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Taiwan diz ter arma similar à bomba atômica

Taiwan poderia matar até centenas de milhões de chineses em caso de guerra total
Taiwan poderia matar até centenas de milhões de chineses em caso de ataque total comunista
Imagem artística
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Segundo o jornal Diário do Povo, porta-voz habitual do Partido Comunista da China os EUA estariam oferecendo 20 tipos de armas a Taiwan que se destacam pela sua “capacidade assimétrica”, relatou o especialista Gordon G. Chang do Gatestone Institute sediado em New York.

Pequim acha que é impossível Taiwan ter 'capacidades assimétricas', não importando o tipo de armas que receba dos EUA, pela diferença numérica entre os dois lados que é 'avassaladoramente grande'.

“Obviamente Taiwan jamais invadirá a China” salientou You Si-kun, presidente do Legislativo de Taiwan. Porém alertou que “antes da China atacar Taiwan”, essa poderia acionar recursos destrutivos pelos que Pequim “deveria botar as barbas de molho”.

A China comunista revidou comparando os recursos taiwaneses a frágeis ovos. Mas, pelo menos um dos “ovos” de Taiwan poderia matar dezenas de milhões de chineses, talvez mais, e destruir sua grande fonte de energia.

O míssil de cruzeiro hipersônico Yun Feng de Taiwan, nunca confirmado publicamente, atinge alvos a cerca de 1.240 milhas, o suficiente para golpear a capital chinesa ou a Barragem das Três Gargantas, a maior estrutura de contenção de água do planeta.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Colapso econômico chinês pode alastrar o mundo

Polícia de Shangai procura quem foge do lockdown
Polícia de Shangai procura quem foge do lockdown
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O Partido Comunista da China pôs sua economia em perigo com uma fantasiosa “política de zero covid” que congelou 200 milhões de pessoas sob medidas anti-pandêmicas, analisou “The Economist”

Muitos dormem no chão das fábricas para continuar trabalhando, mas a produção industrial caiu e China crescerá menos rápido que os EUA pela primeira vez desde 1990.

As vacinas ocidentais que seriam a solução para o COVID são proibidas, e a política de zero covid promete continuar em 2023. Proibido criticar! É sabotagem e ataque direto ao ditador Xi Jinping.

Assim não se vê como possa ser debelada a COVID.

O segundo problema e mais importante para Xi na sua política econômica é ideológico. Seus objetivos são coerentes com o comunismo: combater a desigualdade, os gigantes econômicos e a dívida.

Quer também garantir que a China domine as novas tecnologias e seja fortalecida contra as sanções ocidentais que, aliás não existem, mas poderiam existir em caso de guerra.

Xi expande a parte menos produtiva da economia – a estatal – e golpeia o setor privado com multas, regulamentações e expurgos.

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Em Taiwan pode ser destruída a rede digital global

Xi Jingping quer conquistar Taiwan ainda que vire terra calcinada
Xi Jingping quer conquistar Taiwan ainda que vire terra calcinada
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A ilha de Taiwan é um enclave vital para o mundo também pelo fato de ser de longe a líder mundial na fabricação de semicondutores pelos quais a indústria mundial está clamando.

E o ditador Xi Jinping está disposto a invadi-la ainda tendo que transformá-la numa placa radioativa inabitável por mil anos, escreveu Gordon G. Chang, escritor e membro do Conselho Consultivo do Gatestone Institute.

No caso de uma invasão geral comunista os EUA, segundo muitos, poderia ter que destruir a infraestrutura produtora de chips para não cair nas mãos de Pequim, ou até “traçar uma estratégia da terra arrasada que tornaria Taiwan desinteressante” para o invasor pequinês.

Segundo artigo do US Army War College esta opção pediria “destruir as instalações da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, a mais importante fabricante de chips do mundo e a mais importante fornecedora da China”.

A TSMC fabrica mais da metade dos chips do planeta e cerca de 90% dos processadores avançados mais avançados do mundo.

“Se a China controlar os fabricantes de chips de Taiwan, controlará o mundo”, escreveu Bob Anderson no site Federalist.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

China faz 80% dos produtos falsos

Produto de luxo fake interceptado por alfândega americana
Produto de luxo fake interceptado por alfândega americana
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






WhatsApp Facebook Twitter Skype Pinterest


Quase 80% das apreensões de produtos falsificados confirmam que a China monopoliza esse mercado ilegal. Muito atrás estão Hong Kong, com 5,7%, Turquia, com 5,6%, e Cingapura, com 3,3%, noticiou 20minutos.es.

É o que registra o novo estudo anual do Gabinete da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) enviado ao presidente americano.

O título é “Uso impróprio do comércio eletrônico para o comércio de produtos contrafeitos”.

Além disso, o relatório revela que o comércio online “está a tornar-se o principal facilitador da distribuição”, desses produtos fraudulentos segundo o EUIPO.

O comércio eletrônico explodiu na pandemia fato que acelerou a introdução de produtos falsificados em toda a Europa.

O valor dos produtos falsificados vendidos online é muito inferior aos são enviados em contêineres em modais rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo.

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Acordo Pequim-Vaticano acoberta perseguição religiosa

No Henan, Mons. Zhang Weizhu está preso ilegalmente pelo menos há um ano em local ignoto
No Henan, Mons. Zhang Weizhu está preso ilegalmente
pelo menos há um ano em local ignoto
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






WhatsApp Facebook Twitter Skype Pinterest


No congresso sobre ‘Cristãos perseguidos no mundo,’ coordenado pela Ordem dos Trinitários em abril de 2022, o correspondente do jornal “ABC” de Madri Pablo M. Díez, deitou luz sobre a situação dos cristãos na China.

O jornalista descreveu a repressão da religião na China com formas “sutis e escancaradas”, e pôs em dúvida que o acordo entre Pequim e o Vaticano tenha melhorado a situação dos 29 milhões de cristãos que ainda sofrem “um controle implacável, embora silencioso”.

“Na China, o Estado controla tudo o que pode afetar o poder absoluto do Partido Comunista. A chave é o desejo do regime de controlar tudo”, explicou o correspondente.

O acordo “provisório” da Santa Sé com a ditadura anticristã visa acordar a nomeação de novos bispos, e expira em outubro 2022.

Sob o acordo foram nomeados “apenas 6 das mais de 30 dioceses vagas na China” e “ainda há perseguição religiosa neste país”, disse.

Desde outubro de 1997 está desaparecido Mons. Jaime Su Zhi-min, e desde 2003 o bispo Jaime Sul; há pelo menos dois bispos em prisão domiciliar; e outros são obrigados a frequentar aulas de doutrinação política, ou têm sua eletricidade, água e gás cortados para que não possam pregar em suas igrejas.