O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira). Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Retorno da China ao “comunismo original”

A entrega de capitais e tecnologia por Nixon a Mao fez o gigantismo da China
A entrega de capitais e tecnologia por Nixon a Mao fez o gigantismo da China
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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A histórica visita nos dias 21 a 28 de fevereiro de 1972 do presidente americano Richard Nixon abriu as comportas das riquezas e tecnologias ocidentais para o agigantamento atual da China.

Como foi explicada aos marxistas chineses essa abertura ao odiado capitalismo americano?

Disso se encarregaria o divinizado pai do comunismo chinês Mao Tsé Tung. Mao sempre fixou como objetivo posicionar a China como potência mundial dominante.

Mas todas as tentativas marxistas fracassaram clamorosamente fazendo por volta de 80-100 milhões de mortes, segundo os autores.

Mao então pregou que para atingir o objetivo seria necessário enriquecer o país que se debatia na pior das misérias. Ele foi obedecido e aplaudiu a chegada de Nixon.

Há quatro décadas, Deng Xiaoping, um dos sucessores de Mao acrescentou que, na corrida rumo ao objetivo, a China comunista “deixaria que algumas pessoas se enriquecessem saindo na dianteira”.

Líderes ocidentais prolongaram a entrega de Nixon a uma China que fingia se converter ao capitalismo privado
Líderes ocidentais prolongaram a entrega de Nixon
a uma China que fingia se converter ao capitalismo privado
Os investidores ocidentais ficaram encantados com essa conversão do gigante asiático ao capitalismo, embora incompleta.

E assim aconteceu. A China ficou a grande fábrica do mundo e a segunda maior economia planetária.

Mas, agora, o continuador da manobra ideada por Mao, o ditador Xi Jinping veio alertar que a tolerância da ditadura à propriedade – ou aparência de tal – passou, segundo mostrou extensa reportagem do “The New York Times”.

Xi fez saber que chegou a hora para os magnatas enriquecidos pela manobra comunista. Agora eles terão que abrir mão de suas riquezas e compartilhá-las igualitariamente com o resto do país.

Xi indicou que o Partido Comunista pressionará empresas e empresários a sacrificarem seus bens para fazer “uma China poderosa e justa”, que no léxico marxista significa igualitária.

“A China é um dos piores países em termos de redistribuição, apesar de ser um país socialista” deplora Xi, enquanto lança uma enorme e constante ofensiva contra as grandes empresas e proprietários, sejam autênticos ou não.

É a campanha da “prosperidade compartilhada” que consiste numa série de medidas duras contra os gigantes da economia, da educação e da tecnologia.

Policiais protegem a falida construtora Evergrande dos populares que pedem de volta suas poupanças
Policiais protegem a falida construtora Evergrande
dos populares que pedem de volta suas poupanças
Para alguns é a “Segunda Revolução Cultural” análoga ao desapiedado extermínio de proprietários e intelectuais disposto por Mao Tsé Tung.

Alguns dos maiores ricaços chineses prometeram doar seus bilhões de dólares para instituições de caridade com tal de fugir do látego que está se abaixando sobre eles.

Até o riquisíssimo Jack Ma o fez. Mas não lhe adiantou de nada e conheceu a prisão.

Xi deu um basta à propriedade para retornar ao ‘antigo ideal de compartilhamento de riqueza do Partido Comunista’, leia-se a miséria igualitária.

Para Xi, a autoridade do Partido Comunista está em jogo.

A paralisia trazida pela pandemia foi o momento esperado.

Faltam bons salários, multiplicam-se as reclamações pelas longas e exaustivas horas de trabalho. As famílias legalmente podem ter mais filhos, mas não os querem pois não têm como educa-los. A crise demográfica está ameaçadora.

Retorno ao comunismo real é um perigo para Xi
Retorno ao comunismo real é um perigo para Xi
Xi enfrenta pouca oposição, ai de quem se opor! Mas também ai! se as queixas se acumularem.

“Não podemos permitir que apareça um abismo intransponível entre ricos e pobres”, repete Xi como que ecoando a pregação marxista ou da teologia da libertação ocidental e pós-conciliar.

O Partido Comunista promete ao povo maior poder de compra e mais impostos para os ricos.

Mas os ricos são membros da elite que está no poder e a maioria dos chineses que pode poupar algo, o fez – e, furiosamente – para comprar uma casa como principal propriedade.

Agora ficaram sabendo que não há propriedade que valha.

O Partido Comunista não houve as indignações e promete que “esta transformação limpará toda a poeira e os mercados de capitais não serão mais um covil para os capitalistas fazerem fortunas da noite para o dia”, como ecoava a Xinhua, principal agência de notícias.

Xi quer voltar à “prosperidade compartilhada” de Mao
Xi quer voltar à “prosperidade compartilhada” de Mao
O slogan “prosperidade compartilhada” que hoje ecoa por todo lado foi cunhado por Mao Tsé Tung na década de 1950 no início da coletivização socialista que culminou no desastroso “Grande Salto em Frente” para o Comunismo.

Xi voltou a ele prometendo “progressos substanciais” para alcançar a “prosperidade compartilhada” até 2035.

O fato é que, na hora do aperto estatista, muitas empresas gigantes se estão revelando compostas por imensas bolhas financeiras de sabão.

Então, os investidores ocidentais começaram a não querer fechar os olhos para o colosso composto de tanta mentira e tanta ideologia niveladora comandada por uma discípulo do pior ditador da história amarela.

Desde então a economia do planeta não parou de ser percorrida de medos e tremores.


quarta-feira, 13 de outubro de 2021

China: 400 “cidades do câncer” recenseadas

Criança com problemas respiratórios em Hefei, província de Anhui
Luis Dufaur
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Numa rara ocasião, o ministério chinês do Meio Ambiente publicou a lista das “cidades do câncer” em seu território.

Trata-se de urbes grandes, médias e pequenas, onde o nível de poluição é tão elevado que a proporção de pessoas atingidas pelo câncer superou os níveis mais alarmantes, noticiaram numerosas fontes, entre as quais o jornal “Le Figaro” de Paris.

Segundo a lista oficial, a China teria mais de 400 cidades em tal situação. Os grupos ecologistas, sempre lenientes e amigos do regime, falavam “apenas” em uma centena.

Porta de Dongbianmen, parte da antiga muralha de Pequim. PASSE O MOUSE PARA CONFERIR

O ministério chinês disse estar preocupado pela dimensão gigantesca do problema. Mas só falou lugares comuns, como o de que “os produtos químicos tóxicos estão na origem de numerosas crises ambientais ligadas à poluição do ar ou da água. Existem até casos muito sérios, como as aldeias do câncer em certas regiões circunscritas”.

Os satélites ocidentais fotografaram essas “regiões circunscritas”, que incluem centenas de milhares de quilômetros quadrados, desde Pequim até Xangai.

Nas frequentes épocas em que a poluição habitual cobre essa imensa região, a superfície do planeta fica invisível pela densa nuvem de poluição.

Imagem satelital do nordeste da China (Pequim=mancha no centro acima)
nos dias 3.1.2013 (limpo) e 14.1.2013 (poluído).
PASSE O MOUSE PARA CONFERIR
Para atingir os agressivos objetivos marxistas de conquista econômica do mundo, as fábricas não providenciam nenhuma forma de controle, poluindo sem qualquer medida de prudência as regiões agrícolas.

E ai de quem não cumprir as metas determinadas pela burocracia socialista em Pequim!

O descontentamento social cresce e os cidadãos se mobilizam, opondo-se a projetos ameaçadores de fábricas químicas. Mas o regime é insensível: morra quem morrer, é preciso atingir a meta comunista de produção, como ensinou o “Grande Timoneiro” Mao Tse Tung.

A poluição em Pequim supera todos os recordes, tornando-se evidência incontestável quando uma nuvem tóxica de periculosidade inédita envolveu a capital durante mais de três semanas no mês de janeiro.

Patenteou-se, então, que o fenômeno que destrói a saúde de milhões de cidadãos escravos não se limita a algumas “regiões circunscritas”.

Operários trabalhando em Pequim. PASSE O MOUSE PARA CONFERIR

O Ministério do Meio Ambiente elaborou então um relatório visando abafar e desviar as queixas. Mas um número crescente de cidadãos comuns já não acredita nas falácias do governo.

No ano de 2009, o jornalista Deng Fei, do canal Phoenix TV, no Ano Novo chinês, lançou uma campanha intitulada “Mostrem-me os rios sujos”, recebendo então milhares de fotos mostrando deprimentes paisagens de rios supersaturados de lixo e fábricas jogando águas não tratadas nos riachos próximos.



quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Xi Jinping: a China não respeita e não respeitará “valor universal” algum

A China arranca órgãos dos prisioneiros pela força, divulga a CNN
A China arranca órgãos dos prisioneiros pela força, divulga a CNN
Luis Dufaur
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Os escritos ideológicos mais importantes de Xi Jinping só existem em chinês, e raramente são traduzidos para o inglês pelo Partido Comunista Chinês (PCCh).

Os meios de comunicação e políticos ocidentais não encomendam sua tradução. Portanto, não tem ideia do que pensa o ditador e assim cometem um dos maiores erros na informação, escreveu o diretor de Bitter Winter.

Um exemplo foi fornecido pelo jornal “Diário do Povo” do PCCh que publica a série “Perguntas e respostas sobre o estudo dos pensamentos de Xi Jinping sobre o socialismo com características chinesas na Nova Era”.

Documentário: O que deixará a epidemia do PC chinês?



A série é aprovada pessoalmente por Xi Jinping e as respostas são um resumo de seus escritos e discursos.

No caderno nº 34 Xi responde à pergunta “Por que devemos tomar uma posição clara contra os chamados ‘valores universais’ do Ocidente?”

O caderno começa explicando que os ‘valores universais’ são “a ‘liberdade’, a ‘democracia’ e os ‘direitos humanos’ “defendidos pela burguesia ocidental moderna”.

Xi Jinping, como marxista ortodoxo, inicia descrevendo a História segundo a luta de classes: no início a “autocracia feudal” é esmagada pelas revoluções burguesas até que o ‘liberalismo burguês’’ é derrotado pelo socialismo marxista.

Na mesma ótica, Xi explica que a ‘liberdade’, a ‘democracia’ e os ‘direitos humanos’ ajudaram a derrubar a “autocracia feudal”.

Mas, como ensina o materialismo dialético, esses valores se tornaram reacionários no estágio histórico seguinte.

Hoje, prossegue, a burguesia internacional, liderada pelos “EUA e outros países ocidentais”, pretendem promover esses ‘valores universais’.

Mas, para o presidente chinês hoje não há mais ‘valores universais’.

Eles foram úteis para derrotar a “autocracia feudal” mas hoje são armas reacionárias que devem ser liquidadas pelo socialismo.

Xi Jinping diz que nem os EUA acreditam neles como se evidenciaria na repressão do movimento Black Lives Matter.

Xi deplora que ditos ‘valores universais’ tenham sido usados para causar “a desintegração da URSS, as mudanças drásticas na Europa Oriental” e outros episódios que danificaram o domínio do comunismo.

Pior ainda, diz Xi, o Ocidente promove esses valores na China, para “derrubar a liderança do PCCh e do sistema socialista”.

Xi admite a existência de ‘valores comuns’ como paz, desenvolvimento ou justiça mas apenas enquanto interpretados segundo os diferentes sistemas políticos e tradições nacionais.

Xi Jinping a China não respeita e não respeitará 'valor universal algum
Xi Jinping: a China não respeita e não respeitará 'valor universal' algum
Então a China ou a Rússia os interpretam de maneira diverso que nos EUA ou na Europa, ao gosto do marxismo e do socialismo de seus ditadores.

As palavras de Xi Jinping, comenta Bitter Winter, são música para os ouvidos de todos os ditadores do mundo, e é por isso que eles apoiam a China toda vez que seu histórico abismalmente baixo de direitos humanos é denunciado.

O presidente comunista então conclui que não é por acaso que na China não há direitos humanos, liberdade ou democracia.

Não há porque assim o quer a ideologia do PCCh.

Em poucas palavras, Xi Jinping ensina ao mundo que a China não respeita e não respeitará ‘valor universal’ algum.


quarta-feira, 29 de setembro de 2021

China vermelha cria confusão sobre a origen do Covid

A China tenta impedir o esclarecimento do que se passou no Instituto de Virologia de Wuhan
A China tenta impedir o esclarecimento
do que se passou no Instituto de Virologia de Wuhan
Luis Dufaur
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Se intensificam as suspeitas sobre o papel do Instituto de Virologia de Wuhan (China) na gênese de pandemia que matou milhões de pessoas.

As tentativas chinesas de fugir das investigações ficaram complicadas com a comprovação de que técnicos do laboratório procuraram assistência hospitalar em novembro de 2019, no “momento zero” da epidemia.

Num relatório de inteligência americano, o reputado The Wall Street Journal teve acesso à folha dos sintomas de três trabalhadores do Instituto que denunciariam o Covid-19.

Os primeiros casos da doença foram reconhecidos em dezembro de 2019 na mesma Wuhan, embora se supõe que o vírus já circulava no final de novembro. O primeiro caso registrado foi em 8 de dezembro de 2019.

O referido relatório de inteligência do governo americano divide as opiniões. E as fontes consultadas pelo Wall Street Journal fizeram avaliações diferentes.

Segundo o jornal americano, um representante do laboratório de Wuhan afirmou à Organização Mundial da Saúde (OMS) que todos os funcionários haviam sido testados para Covid-19 e nenhum para o coronavírus.

A OMS está investigando a origem do coronavírus com a ajuda de países membros da organização. A China tira o corpo e afirma ser “extremamente improvável” que o vírus fugisse do laboratório.

Mas os EUA e outros países apontam para a falta de transparência dos procedimentos da China.

Em fevereiro de 2021, a OMS confirmou que 13 variantes do vírus foram encontradas em Wuhan, sugerindo que esses vírus já circulavam antes da data oficial do início da eclosão.

A Fox Business insiste no caso dos três pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan que procuraram atendimento hospitalar.

De acordo com o relatório do Departamento de Estado, os pesquisadores adoeceram no outono de 2019 “com sintomas consistentes com COVID-19” e alguma doença sazonal comum”.

O mistério sobre os morcegos de Wuhan não fica esclarecido
O mistério sobre os morcegos de Wuhan não fica esclarecido
O Instituto de Wuhan nega dados brutos, registros de segurança e registros de laboratório nas experiências com coronavírus em morcegos, tal vez a mais temida fonte do vírus.

O Ministério das Relações Exteriores da China cita em seu favor um relatório da OMS e menospreza o posicionamento adverso: “Os EUA continuam a exagerar na teoria de vazamento de laboratório”.

O governo Biden contribui à confusão, não comenta seus relatórios e passa a responsabilidade à OMS e a especialistas internacionais, a priori suspeitos de seduzidos pela China.

Porém, uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA reafirmou que “continuamos a ter sérias dúvidas sobre os primeiros dias da pandemia Covid-19, incluindo suas origens na República Popular da China”.

Pequim chicaneia dizendo que o vírus pode vir de fora da China, inclusive do laboratório militar de Fort Detrick em Maryland.

Alega que seus pesquisadores acham que o vírus chegou em alimentos congelados.

Disputa-se a iintencionalidade das manipulações do Instituto de Wuhan
Disputa-se a iintencionalidade das manipulações do Instituto de Wuhan
A maioria dos cientistas imparciais acha rocambolesca a história do laboratório militar dos EUA.

O governo americano insiste para que a China seja mais transparente com as investigações sobre a origem do vírus, escreveu a “Gazeta do Povo”.

Mas apesar da pressão internacional, a China não aceita uma nova investigação independente e transparente, como pedem as potências ocidentais.

A Comissão Nacional de Saúde da China e o laboratório de Wuhan não respondem aos pedidos de comentários.

A China nega as suspeitas e o Partido Comunista Chinês as atribui a “teorias da conspiração”.

Não há qualquer pressão interna para que o governo abra suas portas a investigadores independentes. Pequim treme num momento em que as relações econômicas vão de mal a pior.

Nesse pé ficou montada a confusão, não podendo ser melhor para embaralhar as pistas que apontam ao suspeito nº1: a China marxista.


quarta-feira, 22 de setembro de 2021

China nos leva ao período mais turbulento da história?

Haverá paz China estendeu sua mão para auxiliar os Talibãs. Foto Asia Times
Haverá paz China estendeu sua mão para auxiliar os Talibãs. Foto Asia Times
Luis Dufaur
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Haverá paz após a entrega do Afeganistão como dizem acreditar o presidente americano Joe Biden e muitos altos porta-vozes políticos da esquerda e do espectro eclesiástico?

Só se houver algum processo político diplomático em andamento que pudesse evitar uma saída conflitiva e os líderes do mundo estivessem agindo bem.

Mas se houvesse e os líderes não estivessem agindo bem, não haverá paz no mundo.

Para o colunista Thomas L. Friedman do “The New York Times” as incógnitas em volta dessa problemática giram em torno de uma só palavra: China.

E resume seus temores em alguns parágrafos:

Nos 40 anos de 1979 a 2019 as relações EUA-China consistiram no essencial na promoção econômica do gigante marxista.

A amola propulsora foram os capitais e condições de comércio favoráveis que Ocidente foi dando à ditadura comunista chinesa desde a desastrosa viagem do presidente americano Richard Nixon.

O resultado foi uma globalização da economia mundial e uma relativa paz entre as duas grandes potências econômicas mundiais.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Milagre econômico chinês deu em terremoto financeiro mundial

Projetos concebidos sem relação com a realidade
Projetos sem relação com a realidade presagiam terremoto financeiro
Luis Dufaur
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O editor de economia da BBC, Robert Peston, vem investigando como a desaceleração econômica da China pode levar a uma 'terceira onda' da crise econômica que abalou o mundo em 2008, noticiou G1.

A cidade chinesa de Wuhan é um exemplo: cresceu mais do que qualquer outra cidade do país nas últimas três décadas.

Mas hoje é o símbolo que o “milagre” econômico chinês beira o fim com sério risco para os mercados mundiais.

O prefeito de Wuhan, Tang Liangzhi, gasta quase R$ 800 bilhões na tentativa de transformar a cidade – 10 milhões de habitantes – querendo construir uma megametrópole que dispute com Xangai o segundo lugar entre as cidades chinesas.

Gigante chinesa ameaça desabar e o mundo e o Brasil podem ser afetados



Em Wuhan se constroem centenas de edifícios residenciais, anéis viários, pontes, ferrovias, um sistema de metrô e um aeroporto internacional, entre outras coisas mastodônticas.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Da China: sinais de terremoto financeiro mundial

Pequim intervem mercados tecnológicos e faz tremer o mundo
Pequim intervém mercados tecnológicos e faz tremer o mundo
Luis Dufaur
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Pequim passou a intervir rudemente em diferentes mercados, como os de tecnologia e educação, radicalizando o controle socialista das grandes empresas que enriqueceram a China nas últimas décadas.

Nessas décadas que começaram com a viagem entreguista do presidente americano Richard Nixon, que bancava de conservador, os investimentos americanos, ocidentais e de países capitalistas do Oriente, reergueram a China, miserabilizada pelas reformas de base do líder marxista Mao Tsé Tung.

Nelas o governo comunista tolerou a competição das empresas que surgiram para produzir para Ocidente e que visavam ganhar o mercado nascente, inovar e destruir a concorrência, escreveu Rodrigo Zeidan, Professor da New York University Shanghai (China) na “Folha de S.Paulo”.

Porém, esse período otimista está sendo abalado por Xi Jinping. Esse voltou a agitar a bandeira vermelho tijolo do marxismo estatista e igualitário, sem fornecer razões, gerando uma incerteza corrosiva das pirâmides financeiras e industriais, aliás de mal explicada consistência.

Xi promete a vitória da corrente exacerbadamente nacionalista e marxista que comanda dentro do Partido Comunista Chinês com um retorno ao “socialismo raiz”.

domingo, 5 de setembro de 2021

Milionários subornos chineses para espalhar o medo do aquecimento global

Chefe de Departamento de Harvard recebia verbas ocultas da China
Chefe de Departamento de Harvard recebia verbas ocultas da China
Luis Dufaur
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A China teria investido bilhões de dólares para seduzir cientistas em universidades americanas de elite como Harvard, Yale, Georgetown e Cornell com o objetivo de promover o alarmismo climático, segundo documentos colhidos pelo Ministério de Educação dos EUA. Cfr. Climate Change Dispatch: “How China’s Communist Party Is Stoking Climate Alarmism At Elite Colleges”.

Os documentos deixam ver que Pequim aposta nesse alarmismo como “uma das principais armas do Partido Comunista Chinês contra os EUA”, pois induz a prejudiciais despesas e restrições econômicas.

Os dados constam num relatório publicado por Jay Lehr, analista da International Climate Science Coalition e ex-diretor do Heartland Institute, e por Tom Harris, diretor executivo da International Climate Science Coalition, sediada no Canadá.

As Universidades americanas são obrigadas por lei a declarar a procedência de qualquer doação superior aos 250.000 dólares proveniente do exterior, mas a lei não era aplicada.

Lehr e Harris citam um documento de 2019 do Conselho Geral do Departamento de Educação dos EUA afirmando que haviam sido descobertos US $ 6,5 bilhões em financiamentos universitários não declarados.

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

“Sinicização do cristianismo” não prevalecerá sobre a Igreja

Acelerar a “sinicização do cristianismo” é a ordem do PC
Acelerar a “sinicização do cristianismo” é a ordem do PC
Luis Dufaur
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O 100º aniversário do Partido Comunista Chinês (PCCh) comemorado em 2021 foi escolhido para acelerar a “sinicização do cristianismo” segundo relataram cristãos de diversas denominações em 13 de julho em Xangai, citados por “Bitter Winter”.

A “sinicização” promovida pelo PCCh visa que os chineses “se livrem completamente da religião estrangeira”.

O que isto significa? O cristianismo é chamado de “religião estrangeira” pela propaganda ateia do PCCh.

No jargão do PCCh, “sinicização” não significa apresentar o Evangelho em um estilo adaptado ao chinês como vem fazendo os missionários há séculos.

Significa apresentar o cristianismo em termos comunistas, persuadir os cristãos de que a Bíblia confirma as teorias do PCCh, como faz a Teologia da Libertação com o comunismo latino-americano.

“Ouvimos muito que devemos incluir em nossas igrejas a ‘excelente cultura tradicional chinesa’” disse a “Bitter Winter” uma testemunha que pediu permanecer no anonimato por prudência.

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Se a bolha chinesa explodir,
nem o Brasil sairá ileso

Se a bolha chinesa explodir até os EUA sofrerão o impacto.
Se a bolha chinesa explodir até os EUA sofrerão o impacto.
Luis Dufaur
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Numa economia do tamanho da Grécia, o pior dos cenários ocasionaria um abalo que poderia ser assimilado.

Porém, caso as negras perspectivas na China se confirmem, dificilmente algum país do mundo ficará ileso.

A crise da China interessa sobremaneira ao Brasil, considerado há muito tempo pelos investidores como um “derivativo da China” por sua quase dependência comercial com ela, consolidada no período petista.

O Brasil ficou vendendo suas matérias-primas para a indústria chinesa, fechando as fábricas nacionais e importando manufaturas de todo tipo outrora fabricadas no país.

À dependência da China, forjada em larga medida pelos governos de Lula e Dilma, se somam os incomensuráveis problemas internos que se avolumaram no mesmo período como a recessão e o desemprego.

Para O Estado de S.Paulo, o Brasil assumiu a atitude de “dependente da China como um país colonial depende da metrópole”.

domingo, 22 de agosto de 2021

Empresas ocidentais nos acumpliciam com escravagismo da China

Campos de concentração chineses exploram trabalho escravo
Campos de concentração chineses exploram trabalho escravo
Luis Dufaur
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Grandes empresas americanas como Amazon, Apple e Nike fecham os olhos para o trabalho escravo de que se beneficiam na China.

Assim agindo acumpliciam os consumidores com esse procedimento inumano, denunciou o senador republicano Marco Rubio diante do Comitê de Relações Exteriores do Senado em Washington, segundo reproduziu a agência Reuters.

Segundo o depoimento do senador, muitas companhias dos EUA estão colhendo lucros com os crimes do regime escravagista chinês.

“Há muito empresas como Nike, Apple, Amazon e Coca-Cola exploram o trabalho forçado ou se enriquecem com fornecedores suspeitos de usá-lo.

“Essas companhias estão nos tornando a todos nós cúmplices desses crimes”, disse.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Academias de dor e castigo fabricaram medalhistas da Olimpíada

Luis Dufaur
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Na última Olimpíada os atletas chineses ganharam um número anormal de medalhas, porém elas foram sendo "produzidas" a um custo assustador, num regime carcerário, desde crianças, anos a fio.

A matéria da BBC sobre essa preparação foi reproduzida por O Globo em 2012 e os frutos se contabilizaram nas Olimpíadas que vieram depois.

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

A menina mártir da Eucaristia

A menina chinesa que inspirou Mons. Fulton Sheen
A menina chinesa que inspirou a Mons. Fulton Sheen
Luis Dufaur
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O arcebispo Fulton J. Sheen foi um apologeta católico de fama mundial na era da TV nascente. Numa entrevista em rede nacional de televisão meses antes da sua morte, em 1979, perguntaram-lhe:

‘Bispo Sheen, o senhor inspirou milhares de pessoas em todo o mundo. Quem inspirou o senhor? Foi acaso um Papa?’

O arcebispo surpreendeu dizendo que sua maior inspiração não foi um Papa, nem um Cardeal, nem outro bispo, e nem sequer um sacerdote ou monja. Foi uma menininha chinesa.

O arcebispo relatou que o martírio pela Eucaristia dessa menina foi a maior fonte de inspiração em sua vida.

Aconteceu assim: quando os comunistas se apossaram da China pela metade do século XX, prenderam um sacerdote em sua própria reitoria e invadiram a igreja.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Babéis vazias na China: maus presságios econômicos

Kangbashi: não e filme fiction mas é mais uma cidade fantasma da China
Kangbashi: não e filme fiction mas é mais uma cidade fantasma da China
Luis Dufaur
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É uma cidade fantasma, mas não é um cenário de novela. Está despovoada, mas não é uma cidade como as da Antiguidade.

Kangbashi, na Mongólia Interior, norte da China, pode dar moradia a um milhão de habitantes, más nela só há 50.000 pessoas, noticiou “La Nación” de Buenos Aires.

É um cidade brilhante pela sua modernidade. Milagre da planificação socialista, ela possui largas avenidas, enormes prédios, parques impecáveis e gigantescos shoppings, além de um museu e uma pista de corrida de carros ‘novinha em folha’.

Só que não tem gente.

Kangbashi está no meio das estepes da Mongólia, a 23 km de Dongsheng, capital de Ordos, uma das 12 zonas da região. 

O problema foi a sua má planificação. Ela é até um símbolo do erro crasso de se pretender fazer uma urbanização planificada, nos moldes que os Planos Diretores esquerdistas no Brasil tentam a seu modo imitar.

O pesadelo começou assim: na região de Ordos foram descobertas jazidas de carvão, gás natural e “terras raras”. A partir dali começaram as elucubrações cerebrinas de uma futura metrópole invejável. A iniciativa privada foi banida de vez.

A abissal diferença entre o cálculo e o produto final não pode ser reconhecida, sob pena de crime contra a sabedoria dos dirigentes totalitários do PC.

Kangbashi: o asfalto já esta rachando mas os carros não passam
Kangbashi: o asfalto já esta rachando mas os carros não passam
Mais ainda, o responsável pelas relações públicas da cidade fantasma, Chai Jiliang, sublinhou no jornal oficial China Daily que o absurdo descompasso faz parte de um plano estratégico! Plano esse que ele obviamente não explicou, estratégia que nem sequer disse no que consiste.

Desde 2013 a China construiu por volta de 20 cidades e distritos fantasmas.

No passado, a criação por Deng Xiao Ping de “Zonas Econômicas Especiais” favoreceu a instalação de fábricas de empresas capitalistas privadas e a aparição de gigantescos centros urbanos exportadores e importadores.

Shenzhen e Pudong, em Xangai e Zhengdou, são exemplos.

Mas a bonança econômica internacional já não está para isso. Capitais e indústrias até estão saindo da China.

Mas o Partido precisava exibir resultados econômicos fulgurantes, inclusive em plena recessão planetária, para justificar a crescente projeção chinesa no mundo todo.

Então as cidades fantasmas encheram os números do PIB, obedecendo às dogmáticas indicações do poder central. Mas já não dá mais, como disse Gary Liu, diretor executivo do Instituto Internacional Lujiazui, ao jornal espanhol El País.

As vendas imobiliárias caíram mais de 10% entre janeiro e maio deste ano em 71 das 100 cidades acompanhadas pelo Sistema de Índice Imobiliário da China. Só em Pequim a queda foi de 34,8%.

Fiel a seu infalível dirigismo, o socialismo anunciou um “Novo Plano de Urbanização Nacional 2014-2020” que custará US$7 bilhões.

Kangbashi: a cidade que não nasceu mas já tem seu museu
Kangbashi: a cidade que não nasceu mas já tem seu museu
Imperturbável em face do naufrágio deste “Titanic” de dimensões continentais, o governo anunciou que a urbanização artificial prosseguirá, porque “é um poderoso motor para o crescimento econômico num ritmo sustentável”. O slogan soa lindo aos ouvidos ambientalistas, mas não por isso o plano de urbanização é menos insustentável.

Haverá, pois, mais cidades e distritos fantasmas. Nelas, os exíguos habitantes como os de Kangbashi usufruem de benefícios exclusivos como ônibus grátis (poderíamos enviar muitos desordeiros brasileiros para fazer experiência lá), impostos quase zero e serviços subsidiados.

Algum dia a verdade baterá à porta e o desastre ficará exposto a todos os ventos. E isso talvez aconteça antes mesmo de esses fantasmas de cimento terem sido completados. Como Babel há alguns milênios atrás...


quarta-feira, 28 de julho de 2021

Polícia sequestra bispo chinês e o submete a “sessões políticas”

O bispo Xhang no enterro de sua mãe Maria em Fanjiajie, Henan, em janeiro de 2016
O bispo Xhang no enterro de sua mãe Maria em Fanjiajie, Henan, em janeiro de 2016
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Continua desconhecida a sorte do bispo de Xinxiang (Henan), Mons. José Zhang Weizhu, arrestado no mês de maio junto com 10 sacerdotes e um número análogo de seminaristas, informou a agência AsiaNews.

A polícia deteve Mons. Zhang no seminário de Cangzhou (Hebei).

A versão oficial é que, no momento da prisão, as autoridades haviam convidado o bispo e os padres “para o chá”.

No momento, a polícia libertou os 10 religiosos e mandou os seminaristas para casa. No entanto, Mons Zhang ainda não voltou para sua casa.

O bispo de Xinxiang está no cargo desde 1991. Ele é reconhecido pela Santa Sé, mas não pelo governo chinês, o que o torna um “criminoso”.

Pelo mesmo critério, os 10 padres presos também são “criminosos” porque se recusam a se inscrever na espúria “Igreja independente” ou “Patriótica” e se submeter ao Partido Comunista Chinês (PCCh), conforme exigido pelo Novo Regulamento comunista sobre Atividades Religiosas.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Pequim e Moscou usam vacinas como armas de conquista

A China manipula suas vacinas como instrumentos de conquista
A China manipula suas vacinas como instrumentos de conquista
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A Mongólia prometeu “um verão sem Covid”; o Bahrein que “voltaria à vida normal” e as ilhas Seychelles a retomada da economia.

Todos confiavam nas promessas das vacinas chinesas baratas. Mas, agora enfrentam uma escalada de casos e infecções, revela reportagem do “La Nación”.

A “diplomacia das vacinas” chinesas é muito política e pelo menos inescrupulosa ditada pela ânsia de conquista dos países debilitados pela pandemia.

As vacinas não eram tão eficazes quando propagandeava Pequim. No Chile, Bahrein, Mongólia e Seychelles, entre 50% e 80% da população foi inoculada com as duas doses da Sinopharm ou da Sinovac e estão no top 10 dos piores surtos denunciou o “The New York Times”.

“Se fossem boas o suficiente, esse padrão não seria observado”, disse Jin Dongyan, especialista da Universidade de Hong Kong. “A China tem a responsabilidade de consertar isso”.

Muitos acham que se deveria exigir indenizações multibilionárias da China pela irresponsabilidade com que agiu na origem e posterior proliferação do vírus.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Humilhação religiosa no centenário do Partido Comunista Chinês

'Internados e desprogramados' em 'Casa de Amor' forzados a cantar pelo centenário do Partido Comunista
'Internados e desprogramados' em 'Casa de Amor'
forçados a cantar pelo centenário do Partido Comunista
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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política internacional,
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A perseguição religiosa não esteve ausente das comemorações do centenário do Partido Comunista Chinês (PCCh) enquanto transcorriam espetaculares encenações militaristas e exibicionismos do “triunfo” do materialismo.

Nas escolas de reforma do pensamento, hipocritamente denominadas “Casas de Amor” especialmente os católicos fiéis à Roma foram obrigados a cantar “Glória ao Partido Comunista Chinês!”, como informou “Bitter Winter”.

Nessas casas verdadeiras residências de tortura moral e religiosa são encerrados os denominados “sectários desprogramados”.

Quer dizer os condenados como membros do xie jiao (“ensinamentos heterodoxos”, ou seja, movimentos religiosos proibidos, às vezes rotulados “cultos do mal”) que foram detidos e estão sendo ‘desprogramados’.