Aluna do ciclo primário faz saudação quotidiana à sua professora. Antigos costumes voltam e restabelecem a hierarquia e a ordem |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Uma das práticas mais simbólicas do comunismo chinês está desaparecendo por via de fato. Não é a primeira que morre, mas é uma das mais sensíveis para a metafísica igualitária socialista.
Falando para os 90 milhões de membros do Partido Comunista Chinês, o presidente Xi Jinping enviou uma única e fundamental mensagem:
“Não me chamem de presidente, não me chamem de secretário do partido. Chamem-me “camarada” (“tongzhi” em chinês).
O igualitário tratamento de “camarada” foi obrigatório e universal na China marxista, escreveu o “The New York Times”.
Porém, hoje o tratamento de “tongzhi” ganhou conotações sexuais e afetivas exclusivas do relacionamento entre o público LGBT, explicou o jornal nova-iorquino.
Por isso, o Centro de Pequim para LGBT se autodenomina Beijing Tongzhi Zhongxin, ou Centro Camarada de Pequim.
Mas, o povo chinês não quer saber de todo esse igualitarismo e na vida prática abandonou o nivelador tratamento.