Livro Negro do Comunismo revela o maior crime da História
Reforma Agrária achincalhou os proprietários até a morte
A revolução comunista na China conduzida por Mao-Tsé-Tung seguiu as pegadas da Rússia com aspectos surpreendentes.
Assim que se apossava de uma região, o comunismo chinês empreendia a Reforma Agrária. Mas antes de eliminar os proprietários, desmoralizava-os o quanto podia.
Eles eram, por exemplo, submetidos ao “comício da acidez”: os parentes e empregados deviam acusá-los das piores infâmias até que “entregassem os pontos”, sendo então executados pelos presentes. Um proprietário teve que puxar um arado sob as chibatadas de colonos, até perecer.
Chegou-se a obrigar membros da família de um fazendeiro a comer pedaços da carne dele, na sua presença, ainda vivo!
A Reforma Agrária chinesa extinguiu de 2 a 5 milhões de vidas, sem contar aqueles que nunca voltaram entre os 4 a 6 milhões enviados aos campos de concentração.
O sistema amarelo de campos de concentração foi (e continua sendo) o maior do mundo. Até meados dos anos 80, mais de 50 milhões de infelizes passaram por ele.
A média de ingresso nesse sistema é de 1 a 2 milhões de pessoas por ano, e a população carcerária atinge, em média, a cifra de 5 milhões. Os presos-escravos vivem psiquicamente infantilizados, num sistema de autocríticas e delação mútua.
Esses cárceres, disfarçados em unidades industriais do Estado, desempenharam importante papel nas exportações chinesas. Pense nisso o leitor quando lhe oferecerem um produto chinês a preço ínfimo...
“Grande salto para a frente”: industrialização forçada até o extermínio pela fome
Em 1959, Mao propôs o “grande salto para a frente”, que consistiu em reagrupar os chineses em comunas populares, sob pretexto de um acelerado progresso.
Foi proibido abandonar a comuna, as portas das casas foram queimadas nos altos fornos, e os utensílios familiares transformados em aço. Iniciaram-se construções delirantes.
Os responsáveis comemoravam resultados fulgurantes e colheitas astronômicas. Mas logo começou a faltar o alimento básico. Barragens e canais viraram pesadelo para seus construtores escravos. A indústria parou.
A fome mais mortífera da História da humanidade sacrificou então 43 milhões de vidas! Era proibido recolher as crianças órfãs ou abandonadas. O regime reprimia os famintos, entes não previstos na planificação socialista...
“Revolução Cultural”: tentativa de extinguir a tradição e o pensamento
Em 1966, Mao lançou a Revolução Cultural. Tratava-se de reduzir a pó os vestígios do passado, de eliminar tudo quanto falasse da alma espiritual ou evocasse a beleza.
Os cenários e guarda-roupas da Ópera de Pequim foram queimados. Tentou-se demolir a Grande Muralha, e os tijolos arrancados serviram para construir chiqueiros! Era proibido possuir gatos, aves ou flores!
À palavra intelectual acrescentava-se sempre o qualificativo fedorento. Os professores deviam desfilar por ruas e praças em posições grotescas, latindo como cães, usando orelhas de burro, se auto-denunciando como inimigos de classe. Alguns, sobretudo diretores de colégio, foram mortos e comidos. Templos, bibliotecas, museus, pinturas, porcelanas viraram cacos ou cinzas.
Os mortos são calculados entre 400 mil a 1 milhão, e os encarceramentos em torno de 4 milhões: uma alucinante ninharia, se comparada aos massacres da Reforma Agrária e do “salto para a frente”! Apesar disso, a Revolução Cultural serve até hoje como fonte de inspiração para revoluções do gênero.
Novo “sucesso” maoísta: genocídio comuno-ecológico no Camboja
A China moldou os regimes comunistas do Oriente. Particularmente o do Camboja, onde os guerrilheiros vermelhos exterminaram mais de um quarto da população nacional.
Logo após a conquista da capital, Phnom Penh, metade dos habitantes do país foi impelida para as estradas. Doentes, anciãos, feridos, ex-funcionários, militares, comerciantes, intelectuais, jornalistas eram chacinados no local. 41,9% dos habitantes da capital foram eliminados nessa ocasião. Para poupar bala ou por sadismo, matava-se com instrumentos contundentes.
As multidões de ex-citadinos foram conduzidas a campos coletivizados. Ali trabalhavam em condições duríssimas, recebiam horas de doutrinação marxista, com pouco sono, separação total da família, vestimentas em farrapos e sem remédios.
Extermínio de massa para dar no “homem novo” por “evolução”
O país transformou-se num só conglomerado de concentração. Não havia tribunais, universidades, liceus, ensino, moeda, comércio, medicina, correios, livros, esportes ou distrações.
Os ex-citadinos viraram bestas de carga, enquanto ouviam elogios do boi que trabalha sem protestar, sem pensar na mulher e nos filhos.
Vestiam um uniforme único, de cor preta, e se arrastavam famintos pelos campos mal explorados. Os fugitivos sumiam na selva ou eram sadicamente chacinados. Comiam insetos, ratos e até aranhas, disputavam com os porcos o farelo das gamelas. Grassava o canibalismo.
Designavam-se prisioneiros para serem transformados em adubo! Por vezes, na colheita da mandioca, “desenterrava-se um crânio humano através de cujas órbitas saíam as raízes da planta comestível”.
Os chefes comunistas Cambojanos haviam estudado na França, onde militaram no Partido Comunista Francês, tendo então conhecido as novas doutrinas ecológicas...
Sua meta: eliminar o senso da própria individualidade, todo sentimento de piedade ou amizade, qualquer idéia de superioridade. Assim, queriam forjar o “homem novo”, integrado na natureza, espontaneamente socialista, detentor de um saber meramente material, de um pensamento que não pensa.
Resultado: diminuição demográfica de 3,8 milhões de pessoas; 5,2 milhões de sobreviventes; 64% dos adolescentes órfãos; e um povo psiquicamente arrasado.
O Test behind the Great Firewall of China, confirmou mais uma vez que nosso blog ESTÁ BLOQUEADO NA CHINA. A máquina repressiva impede o acesso em Pequim (confira); em Shangai (confira); e agora em Guangzhou (confira). Hong Kong é a exceção (confira).
Enquanto Pequim não cobrar medidas coercitivas dos seus correligionários brasileiros ou da Teologia da Libertação, este blog continuará na linha católica anti-comunista, pelo bem do Brasil. MAIS
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Continua desconhecida a sorte do bispo de Xinxiang (Henan), Mons. José Zhang Weizhu, arrestado no mês de maio junto com 10 sacerdotes e um número análogo de seminaristas, informou a agência AsiaNews.
A polícia deteve Mons. Zhang no seminário de Cangzhou (Hebei).
A versão oficial é que, no momento da prisão, as autoridades haviam convidado o bispo e os padres “para o chá”.
No momento, a polícia libertou os 10 religiosos e mandou os seminaristas para casa. No entanto, Mons Zhang ainda não voltou para sua casa.
O bispo de Xinxiang está no cargo desde 1991. Ele é reconhecido pela Santa Sé, mas não pelo governo chinês, o que o torna um “criminoso”.
Pelo mesmo critério, os 10 padres presos também são “criminosos” porque se recusam a se inscrever na espúria “Igreja independente” ou “Patriótica” e se submeter ao Partido Comunista Chinês (PCCh), conforme exigido pelo Novo Regulamento comunista sobre Atividades Religiosas.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
A Mongólia prometeu “um verão sem Covid”; o Bahrein que “voltaria à vida normal” e as ilhas Seychelles a retomada da economia.
Todos confiavam nas promessas das vacinas chinesas baratas. Mas, agora enfrentam uma escalada de casos e infecções, revela reportagem do “La Nación”.
A “diplomacia das vacinas” chinesas é muito política e pelo menos inescrupulosa ditada pela ânsia de conquista dos países debilitados pela pandemia.
As vacinas não eram tão eficazes quando propagandeava Pequim. No Chile, Bahrein, Mongólia e Seychelles, entre 50% e 80% da população foi inoculada com as duas doses da Sinopharm ou da Sinovac e estão no top 10 dos piores surtos denunciou o “The New York Times”.
“Se fossem boas o suficiente, esse padrão não seria observado”, disse Jin Dongyan, especialista da Universidade de Hong Kong. “A China tem a responsabilidade de consertar isso”.
Muitos acham que se deveria exigir indenizações multibilionárias da China pela irresponsabilidade com que agiu na origem e posterior proliferação do vírus.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
A perseguição religiosa não esteve ausente das comemorações do centenário do Partido Comunista Chinês (PCCh) enquanto transcorriam espetaculares encenações militaristas e exibicionismos do “triunfo” do materialismo.
Nas escolas de reforma do pensamento, hipocritamente denominadas “Casas de Amor” especialmente os católicos fiéis à Roma foram obrigados a cantar “Glória ao Partido Comunista Chinês!”, como informou “Bitter Winter”.
Nessas casas verdadeiras residências de tortura moral e religiosa são encerrados os denominados “sectários desprogramados”.
Quer dizer os condenados como membros do xie jiao (“ensinamentos heterodoxos”, ou seja, movimentos religiosos proibidos, às vezes rotulados “cultos do mal”) que foram detidos e estão sendo ‘desprogramados’.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Quinhentos policiais invadiram a redação do jornal pró-democracia Apple Daily de Hong Kong e prenderam seus executivos alegando a nova lei de segurança nacional que replica o regime ditatorial pequinês no território que foi livre, noticiou “Yahoo! Finanças”.
O proprietário Jimmy Lai, ferrenho crítico da ditadura comunista, teve os bens congelados e cumpre pena de prisão por se manifestar contra o regime de Xi Jinping e a invasão de fato do antigo território livre de Hong Kong.
Os policiais confiscaram os documentos e proibiram os funcionários de ingressar ou ter contato com os equipamentos da redação.
As autoridades vermelhas definiram a redação como sendo uma “cena de crime” onde os funcionários usariam suas reportagens como “ferramentas para colocar em perigo” a segurança nacional, incitando a intervenção de “forças estrangeiras”.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Enormes cidades-fantasma povoam o horizonte chinês e ameaçam jogar por terra o castelo de baralho da planificação econômica marxista, segundo descrevera há anos a “Folha de S. Paulo”.
Milhares de prédios novos em cidades completas e novas em folha, mas desabitadas, existentes em várias regiões chinesas, sugerem que imensa bolha está em vias de fazer voar aos pedaços a economia mais desequilibrada do mundo.
A escala dos empreendimentos vazios impressiona os observadores estrangeiros.
Só em Chenggong, no sudoeste chinês, há, vazios, 100 mil apartamentos e uma vasta infraestrutura de universidades, escolas, bancos e até duas estações de trem inteiramente vazias.
Taiyuan: seres humanos são raridade. Bolha pode explodir.
A mais famosa das cidades fantasmas é Ordos, na desértica Mongólia Interior: 300 mil apartamentos e uma vasta infraestrutura, mas a população, segundo cálculos oficiais, é de cerca de 30 mil pessoas.
O governo precisava de cifras vertiginosas de crescimento para projetar a imagem da China no mundo.
Os funcionários estatais imaginavam cidades completas – ai deles se não o fizessem – com os mais variados argumentos e o governo os financiava alimentando vertiginosamente a bolha financeira.
Taiyuan: porco do mato anda como em sua floresta.
Em Tianjin – cidade portuária que fica a meia hora da capital em trem-bala – um novo bairro, chamado Yujiapu, com dezenas de prédios de escritório, cresce para servir a um polo de empresas financeiras.
Será concluído em 2019 e terá réplicas de edifícios de Manhattan, incluindo o Rockfeller Center.
O custo estimado é de R$ 63 bilhões. Ele acrescentará mais 9,5 milhões de metros quadrados de escritórios e ameaça virar mais uma cidade fantasma.
Taiyuan: polícia abateu porco do mato em caçada surrealista.
Em Hainan, ilha no sul do país, emerge a Phoenix Island, um arquipélago artificial que abrigará um resort e uma torre de 200 metros, apelidada de “Dubai da China”.
O empresário britânico Mark Kitto, radicado na China, prevê que a bolha estourará ou, numa hipótese mais remota, se desinchará lentamente, gerando instabilidade social.
Ao mesmo tempo há dezenas de milhões de chineses morando em condições miseráveis, muitos deles expulsos de seus casebres para liberar terreno para essas cidades-fantasma que não são para eles.
Ao se associar economicamente à China, o Ocidente está abraçando um colosso de papelão que na sua queda poderá arrastar o mundo ao mais fundo dos precipícios.
Imobiliário chinês: próxima causa de catástrofe econômica mundial?
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Num post anterior tratamos de instituições financeiras de desenvolvimento internacional, na maior parte estatais chinesas, que financiam investimentos em larga escala na Amazônia, contrariando até as alegações oficiais de “salvar a floresta, “salvar o clima”, etc..
Essa tendência aumentará, diz trabalho do Centro de Políticas de Desenvolvimento Global da Universidade de Boston, que não concorda com ela.
Esses capitais têm diversas procedências e objetivos econômicos e sociais.
Mas o caso da China é inquietante porque esse país tem se fixado como objetivo final assujeitar o mundo. E para isso não poupa nada.
Dos 70 bilhões de dólares aplicados por órgãos de todo o mundo público e privado na bacia do Amazonas, de 2018 até 2020, segundo a Boston University, o Banco de Desenvolvimento da China e o Banco de Exportação e Importação da China financiaram, ou irão financiar, quase um terço, reportou o site Amazôniasocioambiental.
Pedro Castillo, simpatizante do marxismo e próximo do movimento guerrilheiro maoista Sendero Luminoso está à beira de ficar com a presidência da grande nação peruana
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Numa contagem de votos muito apertada e provavelmente contestada, no Peru avança para ficar com a presidência um candidato que se professa marxista, inimigo da evangelização e de Nossa Senhora, rodeado de simpatizantes do maoismo chinês e do regime norte-coreano.
E ele é apenas mais um representante da onda comunista desencadeada sobre a América do Sul e que há pouco quase leva o Equador.
O Papa Francisco I já tinha recebido de presente e aceito com um sorriso uma grande foice e martelo com um Crucificado bem ao gosto da guerrilha comunista apoiada nos anos 60 e 70 por sacerdotes e teólogos da libertação, e doada por Evo Morales quando era presidente.
Notícias surpreendentes como essas caem como raio em céu sereno com crescente frequência. Dir-se-ia que múmias ressuscitam dos mausoléus do comunismo e de sua versão maoista se instalam nos centros de poder reservados pela Providência para dar o rumo da civilização no III Milênio.
“As lições não ouvidas da História”.
O retorno súbito do comunismo, que se julgava morto, espanta a muitos. Mas não a todos, observou o influente e perspicaz jornal milanês “Il Corriere della Sera” em editorial intitulado “As lições não ouvidas da História”.
Segundo ele, tal espanto testemunha o fato de que muitíssimas pessoas, talvez a grande maioria, preferem não prestar ouvidos às lições da História.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
O módulo central do foguete chinês Longa Marcha 5B, pesando 22,5 toneladas, com cerca de 50 metros de altura e 5 metros de largura, ficou completamente descontrolado em rota de colisão contra a Terra transformado num bólido incandescente que se despedaçava.
O lançamento foro realizado no dia 29 de abril, na base de Wenchang, província de Hainan. O corpo do 5B Longa Marcha ejetou o módulo não tripulado Harmonia Celestial para orbitar em volta da Terra, noticiou “Clarín”.
Longa Marcha evoca a retirada nos anos 1934-1935 em que o líder marxista Mao Tsé Tung consolidou sua liderança no comunismo chinês. Harmonia Celestial evoca a massacre dos estudantes que pediam uma liberalização da ditadura na Praça da Paz Celestial em 1989.
É o nome do mais recente e grave desafio da China ao mundo: a construção de uma estação espacial chinesa permanente, Tianhe em chinês.
Portanto, nada de Paz nem de Harmonia, palavras frequentes no linguajar de Xi Jinping e ausentes em seu acionar.
No palavreado de Xi a Harmonia é muito aplicada à relação entre os povos e o meio ambiente, em que a China é líder da destruição.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
O Partido Comunista da China (PCCh) financia o desmatamento em vários países segundo relatório da Forests & Finance, uma coalizão global de organizações não governamentais, escreveu a Revista Oeste com informações internacionais avalizadas.
Os bancos chineses aparecem como os segundos maiores consumidores de commodities que implicam no desmatamento da floresta tropical, diz Forests & Finance.
Os resultados finais do informe põem sob suspeita as alegações de Pequim ser um líder mundial no combate às mudanças climáticas, escreveu ZeddBrasil.
Os dados dos investigadores mostram que de janeiro de 2016 a abril de 2020, as financeiras chinesas forneceram US $15 bilhões em empréstimos e serviços a empresas que exploram commodities que puxam o desmatamento no Sudeste Asiático, no Brasil e na África.
As empresas chinesas envolvidas no comércio de celulose e papel, óleo de palma, soja, borracha e madeira que operam em grande parte no exterior são financiadas por bancos pertencentes ao governo ou ao Partido Comunista chinês, explicou o Financial Times.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
A China escolheu protagonizar uma guerra civilizacional contra os EUA e o Ocidente, quer dizer uma guerra total em todos os campos da atividade do homem, escreveu Gordon G. Chang, autor especializado na China e membro do Conselho Consultivo do Gatestone Institute.
Uma das palavras-código do regime de Pequim é “pólvora” com a qual sinaliza que está pensando em guerra e visa catalisar o sentimento nacionalista da China continental.
Chang observou que Pequim quer dividir o mundo em cores raciais e formar uma coalizão global contra os brancos, que no fim dará na supremacia universal da raça amarela.
Xi acredita que chegou a vez da raça chinesa, porque acha que os EUA estão ladeira abaixo. Hitler também achou algo parecido a respeito da superioridade da raça ariana e da “decadência” de seus adversários anglo-saxões, judeus e outros.
Xi convocou seu exército em rápida expansão a estar pronto para a batalha “a qualquer momento”.
Por sua vez, a Comissão Militar Central do Partido assumiu o poder de mobilizar toda a sociedade para a guerra.
Com esses e outros apelos o Partido Comunista da China catalisa o agudo sentimento nacionalista do povo chinês excitando-o para o conflito.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Enquanto um até então pouco conhecido laboratório trabalhava com o vírus Covid-19 que viraria pandemia absorvendo as atenções mundiais, a mesma China dava início a algo que poderá ser ainda pior nos próximos anos.
Os historiadores poderão chama-lo de Segunda Guerra Fria, escreveu o historiador Niall Ferguson, acadêmico do Instituto Hoover da Universidade de Stanford e autor de 15 livros, no “The New York Times”.
Essa soltou suas primeiras psico-rajadas em 2019 segundo Ferguson. Ele recusa que a nova Guerra Fria tenha começado quando Moscou enviou suas tropas em 2014 Ucrânia numa guerra aberta mal dissimulada.
O verdadeiro início da nova Guerra Fria deu-se com as sistemáticas provocações chinesas contra os EUA nos últimos anos.
E nada pode ser comparado em animosidade, universalidade e perigosidade.
Os EUA ainda podem evitar a guerra “quente”. Mas Pequim não parece hesitar: se aparecer a oportunidade, obedecerá a instrução de Mao Tsé Tung: “Nós estamos dispostos a sacrificar 300 milhões de chineses pela vitória da revolução mundial” (Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, p. 478-479).
Acadêmicos pedantes acham que a nova Guerra Fria começou com a eleição de Trump em 2016 e a política de represálias econômicas que adotou, escreve Ferguson.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
O governo do Reino Unido pareceu adormecido quando um magnata chinês comprou o Rosslea Hall Hotel, a seis quilômetros da base de submarinos nucleares de Faslane na Escócia.
A apenas 300 metros de distância o hotel tem uma visão panorâmica do local por onde entram e saem da base quatro submarinos de mísseis balísticos Trident e mais oito submarinos nucleares de ataque britânicos, alertou o site Bitter Winter.
No Comitê de Relações Exteriores do Reino Unido que debatia os campos de concentração de Xinjiang, se fizeram ouvir relatos da complacência governamental em questões cruciais de segurança interna e de educação superior.
O presidente do comitê, Tom Tugendhat, pediu esclarecer se o governo do Reino Unido tinha percebido que estava pura e simplesmente “cooperando com um poder estatal muito hostil”.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
A partir de 1º de maio (2021), as repartições do governo socialista rotuladas “igreja patriótica” e “conferência dos bispos”, nenhuma delas reconhecida por Roma, selecionarão, aprovarão e ordenarão os novos bispos “católicos” sem ouvir o Vaticano.
A repartição estatal Associação Patriótica Católica Chinesa (CCPA) selecionará os candidatos que serão “aprovados e consagrados pela Conferência dos Bispos Católicos da China”. Nenhuma delas tem qualquer poder para isso e o resultante serão “bispos” ilegítimos.
As “Medidas Administrativas” não reconhecem papel algum ao Vaticano apesar do acordo secreto Vaticano-China de 2018 renovado em outubro de 2020. Esse faria depender as nomeações de um mecanismo de diálogo, estranhamente secreto, e nulo para muitos.
Segundo se especulou a “Igreja Patriótica” apresentaria candidatos a bispos que deveriam ser aprovados ou vetados pela Santa Sé. O Vaticano noticiou que até novembro três bispos foram nomeados respeitando o acordo fajuto.
O cardeal Joseph Zen, ex-bispo de Hong Kong, disse que se o Vaticano levasse a sério a missão confiada por Jesus Cristo deveria vetar repetidamente os candidatos episcopais apresentados na realidade pelo Partido Comunista chinês.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Os serviços de inteligência dos EUA fizeram uma descoberta estarrecedora: “a China conduz testes em militares do Exército Popular de Libertação da China com a esperança de cultivar soldados com habilidades biologicamente aprimoradas”, denunciou o então Diretor de Inteligência Nacional John Ratcliffe, no Wall Street Journal no artigo “A China é a Ameaça nº 1 à Segurança Nacional”, 3/12/2020.
Todo o empenho chinês está posto em atingir a “hegemonia biológica”. “Para Pequim não há nenhum limite ético na busca do poder”, salientou Ratcliffe, citado por Gordon G. Chang, Senior Fellow do Gatestone Institute.
Os horrores dos experimentos do Terceiro Reich para criar uma “raça superior” pareciam relegados a arrepiantes documentários no Youtube.
Mas sob a bandeira marxista de Xi Jinping são uma realidade que está sendo tentada enquanto o leitor acompanha estas linhas.
O perigoso e sádico trabalho do Dr. He Jenkui em Shenzhen foi pego e provocou um bafafá internacional, sendo multado e condenado a três anos de prisão por “conduzir ilegalmente a edição de genes de embriões humanos”.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
As convulsões internas no comunismo chinês com suas lutas pelo poder, entrechoques pessoais sanguinários, crimes e corrupção, são opacas para os não iniciados.
Essa escuridão em parte se compreende pelo culto do mistério que marcou a psicologia do poder já no paganismo antigo e em outra grande parte no desapiedado igualitarismo não menos cruel do marxismo.
Aos ocidentais chegam apenas as repercussões dessas lutas cainitas revestidas das aparências excogitadas pelo vencedor. Em diversos posts tivemos ocasião de ecoar o noticiário de purgas, corrupção e extermínios. Veja por exemplo: Corrupção no comunismo chinês supera os recordes da América Latina
A ascensão de Xi Jinping soou como gongo fúnebre para aqueles – comunistas sinceros ou não – que adotaram um confuso liberalismo econômico que sonhava com se aproximar do capitalismo.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
A obsessão pelo controle das ideias, do tamanho das famílias, da fidelidade ao Partido, das religiões, etc., é devoradora na China. E Xi Jinping é seu mais recente e radical executor, disputando a macabra herança de Mao Tsé Tung.
As esquerdas ocidentais, que clamam pelos direitos humanos, pelos direitos das minorias, das mulheres, da cultura, etc. etc. foram e seguem sendo insensíveis aos crimes de massa do comunismo chinês.
Em maio de 68, nas ruas de Paris durante a revolta da Sorbonne, ou no campus de Berkeley, na California, o nome de Mao compunha alguns dos slogans mais cantados pelos militantes do sexo livre, da droga e da anarquia.
Marx, Mao, Marcuse e McLuhan compunham as “4Ms” do anti-establishment. Charles Manson com seus crimes abjetos completava por fora o leque das “Ms”.
Há matéria para um livro reconstruindo esta história dos demolidores da humanidade.
Nas últimas décadas o presidente americano Bill Clinton escreveu algumas das mais danosas páginas desse Thriller. Com um sorriso lunar, se mostrou esperançoso de que a internet facilitaria a abertura política no império ditatorial pequinês.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Um tribunal militar chinês condenou à morte o antigo responsável pela logística das Forças Armadas vermelhas, general Gu Junshan, por corrupção, desvio de verbas, propinas, abuso de poder e uso ilícito de fundos estatais, segundo noticiou a agência oficial Xinhua, citada por La Nación de Buenos Aires.
A sentença incluiu as possibilidades de adiamento e mutação da pena em prisão perpétua.
Os ativos pessoais do general Gu foram confiscados e ele foi degradado de sua condição militar, acrescentou a Xinhua.
Preso em 2014, Gu teria recebido propinas de aproximadamente 600 milhões de yuanes (96 milhões de dólares) de um esquema ilícito que movimentou cerca de 4,8 bilhões de dólares, segundo cálculos do semanário Phoenix Weekly, vinculado ao governo central chinês.
Os escândalos sul-americanos fazem pálida figura ao lado da corrupção socialista chinesa, embora se lhe assemelhem em muitos pontos.
Segundo o Phoenix Weekly, Gu enchia carros de luxo com lingotes de ouro que presenteava a seus ‘colaboradores’.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Em Pequim, a Administração Estatal socialista para Assuntos Religiosos (SARA) lançou um banco de dados para catalogar clérigos, monges, padres e bispos de qualquer religião, seita ou crença.
Ele registrará “recompensas” e “punições” incluindo “o cancelamento” do ministério e “outras informações” na sua maioria provenientes dos serviços repressivos, informou a agência AsiaNews.
O ponto central da espionagem será indagar se eles “apoiam a liderança do Partido Comunista Chinês e o sistema socialista”, se “resistem às atividades religiosas ilegais, ao extremismo religioso e à infiltração de forças estrangeiras que usam a religião”, leia-se missionários.
A base de dados foi incluída no artigo 33 do novo documento “Medidas administrativas para o pessoal religioso” feito para reforçar o controle total das experiências religiosas na China.
Ele contém 7 capítulos e 52 artigos voltados para a perseguição, foi publicado em novembro de 2020 e entrará em vigor em 1º de maio de 2021.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Era preciso tirar a China comunista da miséria e estagnação. E em 1957 o líder comunista Mão Tsé Tung lançou o chamado Grande Salto Adiante um inumano esforço igualitário para tirar a economia socialista daquela situação.
Foi de um desastre para outro muito pior. Mao descobriu que o país andava sobe duas pernas: a industrial e a agrícola. E excogitou o impensável: todo o sangue da agrícola devia passar para a indústria.
O método é bem conhecido no Brasil: a coletivização da terra e a organização militrarizada do campesinato em comunas, ou assentamentos. Acabou sendo o modelo inspirador da reforma agrária socialista confiscatória brasileira, das CEBS agrícolas e do MST.
A desgraça da coletivização forçada da terra, executada em aras de uma utopia igualitária, gerou a pior fome da historia da humanidade: 45 milhões de cadáveres, segundo as mais recentes estatísticas.
O Grande Salto Adiante virou o Grande Salto Mortal para dezenas de milhões de chineses que se extinguiram sem terem o que comer, bem como para centenas de milhões de outros que com dificuldades indizíveis fugiram da extinção pela carência.
Poderia ter sido o destino do Brasil, e ainda poderá sê-lo caso se apliquem as fantasias teológico-igualitárias da CNBB e de seus ativistas, pregadores e tentáculos subversivos.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Zhang Zhan, advogada de 37 anos e “cidadã jornalista” chinesa foi condenada a quatro anos de prisão após informar sobre a quarentena em Wuhan.
Foi acusada de “provocar agitação” por um tribunal de Xangai num julgamento de várias horas disse Ren Quanniu, um de seus advogados à Agência France-Presse (AFP), escreveu “Le Monde” de Paris.
Uma dúzia de diplomatas estrangeiros tentou sem sucesso entrar no tribunal onde o julgamento ideologicamente deformado estava sendo realizado, mas a polícia os empurrou para longe junto com os jornalistas.
A expressão “provocação à agitação” é usada contra os opositores da ditadura marxista de Xi Jinping.
O tribunal a acusou de disseminar informações falsas na Internet, acrescentou seu outro advogado, Zhang Keke. “Ela acredita que morrerá na prisão”, explicou Keke.
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
A organização internacional Human Rights Watch (HRW) afirma ter uma detalhada lista de 2.000 prisioneiros uigures, (turcomenos da Ásia Central, 8.680.000 pessoas no total), presos pelo sistema repressivo chinês entre 2016 e 2018 na cidade de Aksu, na região de Xinjiang.
Membros dessa minoria muçulmana teriam sido presos após serem localizados pelo software “Plataforma de Operações Conjuntas Integradas” (IJOP), divulgou Yahoo!
É um software que rastreia a atividade online e a vida diária das pessoas por meio de um amplo sistema de vigilância eletrônica existente na região.
E cria um enorme banco de informações pessoais como tipo de sangue, altura, afiliação política ou religiosa e até mesmo seu consumo de eletricidade ou combustível de cada indivíduo.
As menores ações dos indivíduos são fiscalizadas, em particular, pelo rastreamento de smartphones ou dos milhões de câmeras de Circuito Fechado de TV instaladas na província.
Conselho de Mao: "Usem o Ocidente em benefício dos chineses".
Presidente Nixon inicia apertura de Ocidente ao comunismo chinês, 27.2.1972
Ensinamentos de Mao: revolução é um ato de violência
"A revolução não é o convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um ato de violência pelo qual uma classe derruba a outra."
Mao e a REFORMA AGRÁRIA:
"Encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros".
Conselho de Mao para tratar o Ocidente:
"A política é uma guerra sem derramamento de sangue, e a guerra uma política com derramamento de sangue" (Foto: Mao recebe o Secretario de Estado Kissinger e o presidente americano Ford).
Como a ideologia de Mao orienta o pragmatismo da China
O plano da China super-potência
“Mao esteve em condições de lançar, em 15 de junho [de 1953] seu plano de industrialização (...). O que Mao cuidava bem de não esclarecer era a natureza essencialmente militar desse plano, a qual iria ficar escondida, e ainda é muito pouco conhecida na China de hoje. A prioridade era dada à indústria das armas, e todos os recursos do país deviam ser consagrados para essa realização. O objetivo de Maoera que a China se tornasse uma superpotência para que quando ele falasse o mundo inteiro ouvisse”. (p. 414)
Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Mao: China centro tecnológico e militar da revolução mundial
Mao:
“Nós não devemos nos contentar com sermos o centro da revolução mundial, nós devemos nos transformar também no centro militar e tecnológico. Nós devemos armar os outros com armas chinesas, onde estará gravado nosso nome (...). Nós devemos nos tornar o arsenal da revolução mundial”. (p. 610-611)
Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Foto: Shangai
Mao e os empresários “úteis” para a Revolução Mundial
Foto: Hu Jintao e Bill Gates, 19/4/2006
“A coletivização da agricultura tornou o regime ainda mais totalitário. Na mesma época, Mao ordenou a nacionalização da indústria e do comércio nas zonas urbanas, a fim de concentrar a integralidade dos recursos para a realização de seu programa. Entretanto, os homens de negócios e os chefes de empresa não foram perseguidos como foram os proprietários agrícolas (...) ‘A burguesia, explicou Mao, é muito mais útil de que os proprietários de terras. Os burgueses possuem savoir-faire e qualidades de administradores’.” (p. 431) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Mao: a China substituirá à Rússia na chefia da Revolução mundial
Foto: Politburo chinês, 80º aniversário, 1-7-2001
“Mao previa uma situação na qual, dizia ele, ‘os Partidos Comunistas do mundo inteiro não acreditarão mais na Rússia, mas acreditarão em nós’. A China então poderia se apresentar como ‘centro da revolução mundial’. (...) A idéia de erigir a experiência chinesa como modelo, enquanto milhões de chineses morriam de fome, poderia parecer uma gagueira. Mao, entretanto não tinha preocupação alguma, pois confiava nos filtros através dos quais os estrangeiros estavam autorizados a ver e ouvir a China. (...) Quando Mao, em plena fome, se espraiava em mentiras desavergonhadas diante de François Mitterrand ‒ “eu repito, para ser ouvido: não há fome na China” ‒ este engoliu tudo e chegou a escrever a que Mao “não era um ditador”, mas um “humanista”.” (p. 500-501).
Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Inscreva-se
Ambição suprema: dominar o mundo e unificá-lo sob sua bota
“A ambição suprema de Mao era dominar o mundo. Em novembro de 1968, ele confidenciava a Edward Hill, chefe do partido maoísta australiano: “’No meu ponto de vista, seria preciso unificar o mundo (...). No passado, muitas pessoas, especialmente, os mongóis, os romanos, (...) Alexandre Magno, Napoleão e o império britânico tentaram fazê-lo. Nos nossos dias, os Estados Unidos e a União Soviética quereriam os dois consegui-lo. Hitler queria unificar o mundo (...). Mas, todos fracassaram. Entretanto, me parece que há uma possibilidade que não desapareceu (...). No meu ponto de vista, podemos ainda unificar o mundo’. (...) “Os argumentos que ele apresentava repousavam unicamente no tamanho da população chinesa (...)”. “Para açular esta ambição planetária, Mao lançou-se em 1953 no seu programa de industrialização e de armamento, queimando etapas e assumindo riscos consideráveis no domínio nuclear. Neste sentido, o episodio mais assombroso aconteceu quando, o 27 de outubro de 1966, um míssil balístico munido de uma ogiva nuclear foi disparado por cima do noroeste da China e percorreu oito centos quilômetros sobrevoando várias cidades bastante importantes. Era a primeira vez que um país ousava uma experiência desta natureza, com o acréscimo de que o foguete era conhecido pela falta de fiabilidade, o que pôs em perigo de morte todas as populações que se encontravam na sua trajetória. Três dias antes, Mao em pessoa disse ao responsável de proceder ao lançamento, e que em caso de fracasso ele assumiria a responsabilidade. “Quase todas as pessoas engajadas no projeto esperavam uma catástrofe, e o pessoal da sala de controle achou que tinha chegado sua última hora. (...) Nesse caso, o ensaio foi um sucesso, e apressou-se em atribuí-lo ao ‘pensamento’ de Mao (...). Na realidade, foi um puro golpe de sorte. Todos os ensaios posteriores fracassaram pois o míssil se pôs a girar furiosamente sobre si próprio logo após ter decolado. (p. 609-610)” Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Mao: prazer com a bomba atômica
Foto: teste bomba hidrogênio chinesa“
Mao foi o único chefe de Estado do mundo que saudou com festividades a nascença desta arma de destruição massiva. Em privado, ele compôs dois versos de má qualidade: Bomba atômica explode quando lhe é dito de explodir.Ah, que alegria inefável! (p. 526) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Genocídio para forçar a industrialização e o triunfo da revolução mundial
“Perto de trinta e oito milhões de pessoas morreram de fome ou de exaustão no curso dos quatro anos que durou o ‘Grande Salto avante’. Esta cifra, Liu Shao-Chi ele próprio, número dois de Mao, a confirmou (...) “Esta fome foi a pior do século XX ‒ e até de toda a História. Mao causou conscientemente a morte de essas dezenas de milhões de pessoas esfomeando-as e as esgotando pelo trabalho. (...) “Para dizer tudo, Mao previra um número de vítimas mais considerável ainda. Ainda que o 'Grande Salto' não tivesse por outro objetivo que eliminar chineses, Mao estava pronto para que houvesse hecatombes e fez entender aos dirigentes que eles não deveriam se mostrar chocados se aconteciam. “No Congresso de 1958, no qual foi dada a partida do ‘Grande Salto’, ele explicou a seu auditório que se pessoas morriam em conseqüência da política do Partido, não seria preciso se assustar, mas de se regozijar. (...) “A morte é verdadeiramente uma causa de regozijo (...). Dado que nos acreditamos na dialética, nos não podemos não ver nela senão um benefício”. “Esta filosofia, ao mesmo tempo despachada e macabra foi transmitida de degrau em degrau até os dirigentes de base. (...) “Nós estamos dispostos a sacrificar 300 milhões de chineses pela vitória da revolução mundial” declarou em Moscou em 1957, ou seja, a metade da população de então. Ele o confirmou diante do Congresso do Partido, o 17 de maio de 1958: “Não façam, pois, tantas histórias a propósito de uma guerra mundial. Na pior das hipóteses, ela causará mortes (...) a metade da população desapareceria (...) a melhor das hipóteses é que uma metade da população fique com vida, se não pelo menos um terço...” “Mao não pensava somente na guerra. Em 21 de novembro de 1958, evocando diante de seus conselheiros mais próximos, os projetos que exigiriam mão de obra enorme, como as campanhas de irrigação e o fabrico de aço, ele declarou, reconhecendo de modo implícito e quase boçal que os camponeses que não tinham o quê comer deviam se matar no trabalho: “Trabalhando desse modo, em todos esses projetos, a metade dos chineses deverão tal vez morrer. Se não é a metade, será tal vez um terço, ou um décimo ‒ digamos 50 milhões de pessoas”. (p. 478-479) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
A Revolução Cultural e a extinção da milenar cultura chinesa
“No fim de maio de 1966, Mao montou um novo organismo, o “Grupo restrito da Revolução cultural”, encarregado de organizar a purga. (...) “Em junho, Mao estendeu o terror ao conjunto da sociedade, fazendo dos jovens que freqüentavam escolas e universidades seus instrumentos primeiros. “Os estudantes foram encorajados a atacarem os professores e a todas as pessoas encarregadas de sua educação, com o pretexto de que uns e outros lhes tinham deformado o espírito com suas “idéias burguesas” (...) as primeiras vítimas foram os mestres e o pessoal administrativo dos estabelecimentos escolares porque eram eles que instilavam a cultura... “Em 2 de junho, colegiais de Pequim afixaram um cartaz assinado por um nome impactante: “os guardas vermelhos” ... “A prosa estava salpicada de fórmulas agressivas “A baixo os ‘bons sentimentos’!”, “Nós seremos brutais!”, “Nós vos derrubaremos e vos esmagaremos aos nossos pés!”. Mao tinha semeado o ódio e ia recolher os frutos desencadeando os piores instintos dos adolescentes que constituíam o elemento mais maleável e mais violento da sociedade”. (p. 556-557) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Desprezo da vida de milhões para lograr seus objetivos
“A fome que grassou em toda a China de 1958 até 1961 [N.R.: “Grande Salto avante”] atingiu seu ponto culminante em 1960. Naquele ano, as próprias estatísticas do regime indicam que o consumo médio de calorias por dia caíra a 1.534,8. “Segundo um dos grandes apologistas do regime comunista, Han Suyin, as donas de casa nas aldeias tinham direito, no máximo, a 1.200 calorias por dia em 1960. “A título de comparação: em Auschwitz, os deportados condenados a trabalhos forçados recebiam diariamente entre 1.300 e 1.700 calorias; eles trabalhavam por volta de onze horas por dia, e a maioria dos que não conseguiam achar um pouco mais de alimento morriam no espaço de alguns meses. “Durante a fome, o canibalismo fez sua aparição. (...) Durante esse tempo, havia de sobra para comer nos armazéns do Estado, sob custodia do Exército. Deixava-se mesmo apodrecer certos produtos. (...) Uma ordem vinda do alto dizia: “Proibição de abrir a porta do armazém, ainda que a população esteja morrendo de fome” (p. 477) Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
Extinguir a cultura e preparar a futura geração de líderes da China
foto: Hu Jintao“Depois das escolas, Mao ordenou aos guardas vermelhos espalhar o terror na própria sociedade (...). Em 18 de agosto, Lin Biao, do alto da porta Tienanmen, com Mao a seu lado, exortou os guardas vermelhos de todo o país a “acalcarem as quatro velharias ... o velho pensamento, a velha cultura, as velhas vestimentas e os velhos costumes”. Os jovens atacaram antes de tudo as lojas ... Tudo isso não era ainda suficiente para Mao. ‘Pequim não afundou suficientemente no caos (...) Pequim é civilizado de mais’, declarou ele o 23 de agosto. ... “A fim de espalhar o medo no mais fundo do país, Mao encorajou os jovens predadores a lançar operações punitivas contra pessoas cujo nome e endereço eram fornecidos pelas autoridades (p. 561) “Durante o verão de 1966, os guardas vermelhos devastaram todas as cidades sem exceção, grandes e pequenas, e algumas zonas rurais. Possuir livros ou o que quer que fosse que pudesse ser associado com a cultura era perigoso (...) “Mao conseguiu assim limpar os lares de todo sinal de civilização. Quanto ao aspecto das cidades, ele atingiu seu objetivo de longa data, que era tirar da vista de seus súbditos os vestígios do passado. Um grande número de monumentos históricos que tinham sobrevivido até lá à aversão geral, foram destruídos. Em Pequim, dos 6.843 que ainda estavam em pé em 1958, 4.922 foram reduzidos a pó.” (p. 563). Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.
O crime de massa ensinado às bandas de facínoras exaltados
“As autoridades organizaram “demonstrações de chacinas modelo”, a fim de explicar às pessoas como dar a morte com um máximo de crueldade e, por vezes, a polícia supervisionava a carnificina. Nesse clima de horror, uma forma política de canibalismo fez aparição em numerosas partes do interior, particularmente no condado de Wuxuan, onde um inquérito oficial, diligenciado após a morte de Mao, contou 76 vítimas. “Tudo começava geralmente numa manifestação de denúncias, esse grande clássico da era maoísta. A seguir, as vítimas eram massacradas e os pedaços seletos de sua anatomia ‒ coração, fígado, e às vezes, o órgão sexual ‒ lhes eram tirados, por vezes, antes mesmo de os infelizes entregarem a alma, e cozidos no local para serem comidos no curso de ágapes batizados ‘banquetes de carne humana’” (p. 587). Fonte: Jung Chang e Jon Halliday, “Mao”, Gallimard, Paris, 2005, 843 p.