Xi-Jinping e Bolsonaro, o chinês prometeu maravilhas mas só chegou o coronavírus |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
“A mentira generalizada, imposta e compulsória é o aspecto mais terrível dos homens de seu país”.
Tal denúncia contra os líderes da União Soviética, feita pelo dissidente russo Alexander Solzhenitsyn em 1974, define por inteiro os atuais dirigentes da China, segundo Jean-Christophe Buisson, diretor adjunto da revista Figaro Magazine, uma das mais lidas e respeitadas da França.
Quase meio século depois dessa acusação, a URSS não existe mais, mas a China comunista existe. E é ela que alimenta a enxurrada de mentiras que intoxica o mundo. Hoje com o Covid-19, ontem com todo o resto, escreve Buisson.
Mesmo sem ter lido a novela “1984” de Orwell, Mao Tsé-tung entendeu a imoral utilidade e a criminosa necessidade de distorcer a verdade.
Ele transformou em vitória a derrota militar que sofreu na “Longa Marcha”. A história oficial a apresenta como tendo sido uma epopeia, embora dos 130 mil comunistas que partiram de Jiangxi apenas 25 mil chegaram a Shaanxi...
Ele proclamou a República Popular da China em 1º de outubro de 1949, escondendo seu jogo do mesmo modo que seus colegas da Europa Oriental. Criou um governo provisório abrindo espaço para não comunistas e dissimular assim sua fraqueza.