Ninguém vai no restaurante mas o dono Dai Jianglai recebe subsídios fingindo que funciona |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Enquanto o epicentro da histeria midiática face ao coronavírus é transferido para o Ocidente, a China comemora ter superado o auge da epidemia e anuncia que está voltando a trabalhar.
Após semanas de paralisação, os líderes marxistas estão mandando todo mundo voltar a seus postos, escreveu o “The New York Times”.
Muitos empregados, contudo, como os de Zhang Xu, em Xangai, ainda não retornaram de suas remotas cidades do interior onde se haviam refugiado. Mas isso não importa tanto porque não há clientes.
Parar a imensa máquina industrial chinesa foi danoso para a China e de modo especial para o mundo, que dependia dela, sobretudo quanto aos produtos mais básicos.
Para as fábricas não é fácil voltar a trabalhar com capacidade plena. Isso leva tempo, mas elas estão recomeçando pelo mais importante. Dezenas de milhões de trabalhadores devem ainda reocupar suas vagas.
Mais de 50 milhões de trabalhadores migrantes ainda não retornaram aos seus empregos, segundo dados oficiais. Alguns permanecem em quarentena.
A corrupção, endêmica na China, já retomou a fraude de massa. Muitos pedem subsídios que não precisam e enchem o bolso.