“Nova normalidade” de Xi Jinping: confissões forçadas após tortura emitidas como 'educativas' pela TV |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Confissões forçadas obtidas após dias de tortura física e psicológica passaram a integrar a “nova normalidade” da China de Xi Jinping e são ‘atrações’ das emissões da TV oficial chinesa para Ocidente, escreve “Libération” de Paris.
Simon Cheng, um ex-funcionário do consulado britânico em Hong Kong, foi um dos mais recentes e deploráveis exemplos.
Ele foi exposto pelo canal CGTN (China Global Television Network), da estatal chinesa CCTV, que atinge dezenas de milhões de telespectadores em todo o mundo num clip intitulado “Simon Cheng, que vergonha”.
Simon, de 29 anos, foi preso durante uma viagem à China continental acusado pela polícia chinesa de apoiar o movimento democrático em Hong Kong.
Ele de fato só podia repetir como verdade o que a polícia já o tinha previamente instruído ou acusado.
A autocrítica parecia ter desaparecido com a modernização da China.